O ano caminha para um encerramento mais positivo do que se imaginava no segundo e terceiro trimestre, especialmente no que diz respeito ao comércio exterior de Mato Grosso do Sul.
Após meses de incertezas e oscilações, o Estado volta a registrar avanços consistentes nas exportações e se aproxima de estabelecer um novo recorde, dependendo do desempenho de dezembro.
Os números, ainda preliminares, já sinalizam que 2025 será marcado por um fôlego renovado na economia sul-mato-grossense.
Dois setores, em particular, ajudam a explicar essa recuperação sustentada: a carne bovina e a celulose. A pecuária demonstrou uma resiliência que merece ser registrada.
Mesmo diante do tarifaço imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que por pouco não fechou uma das principais portas comerciais do Estado, o setor resistiu por quase cinco meses.
Este período foi marcado por enfrentamento direto aos custos elevados, renegociação de contratos e busca de mercados alternativos, mas o segmento manteve o desempenho necessário para evitar impactos ainda maiores.
Já a indústria de celulose, que continua em expansão no território sul-mato-grossense, reforça sua posição como uma das molas propulsoras das exportações locais, sustentando volumes expressivos e ampliando sua importância estratégica.
Outro ponto que merece destaque é o saldo positivo da balança comercial estadual. A diferença entre exportações e importações permanece favorável para Mato Grosso do Sul, o que reforça a solidez do comércio exterior local.
Esse resultado não se limita a um bom número no papel: ele deve se refletir muito em breve na atividade econômica interna. A lógica é clara – com maior fluxo comercial e com o avanço dos setores produtivos, o Produto Interno Bruto tende a crescer.
O desempenho consistente da balança comercial, portanto, não é apenas um indicador técnico, mas um sinal concreto de fortalecimento econômico.
As perspectivas para os próximos anos mantêm esse horizonte otimista. O Estado já tem contratos firmados em áreas estratégicas, como proteína animal, bioenergia e celulose, setores que não apenas ampliam a capacidade produtiva, mas também diversificam a matriz econômica e reduzem vulnerabilidades.
São investimentos que gerarão impacto direto em empregos, arrecadação e competitividade, permitindo que Mato Grosso do Sul avance com mais estabilidade e previsibilidade.
Em síntese, o encerramento de 2025 projeta um cenário mais animador do que aquele visto meses atrás. O comércio exterior volta a despontar como um dos pilares da economia sul-mato-grossense, sustentado pela força de setores tradicionais e pelo potencial de novas cadeias produtivas.
Cabe agora acompanhar os próximos passos e torcer para que o impulso atual se transforme em bases duradouras para o crescimento que o Estado busca consolidar.


