O Brasil vive dias agitados. Retrocedendo às páginas da História Pátria, deparamos com a intrigante renúncia de Jânio Quadros à Presidência da República, ocorrida em 24/08/1961, após sete meses e vinte e quatro dias de governo. O fato tumultuou o País e gerou grande reviravolta na política nacional, com reflexos negativos até aos dias atuais. Jânio justificou a renúncia nas “forças ocultas”, que o impediam de realizar um governo forte, que varresse os corruptos do poder e fosse capaz de tirar o Brasil do subdesenvolvimento, e colocá-lo na senda do engrandecimento econômico e da justiça social, como era seu plano de governo difundido na campanha eleitoral.
Entretanto, apesar de apontar a presença ameaçadora das mirabolantes forças ocultas, em tempo algum o “homem da vassoura” esclareceu a estranha justificativa, o que levou os comentaristas da época a taxá-lo de esquizofrênico. E o fantasma, que pôs a correr o presidente eleito com a mais espetacular votação até então, passou a ser o jargão preferido nos meios políticos nacionais. O tempo passou, e o enigma persiste. Creio que a resposta está na cara: a corrupção tramada na surdina pelos políticos corruptos, eleitos pelo povo, os quais agem sempre na sombra em conluio com poderosos magnatas da iniciativa privada. Jânio Quadros, um homem visionário e inteligente, observou, logo no início de seu promissor governo, o poder de influência dos corruptos e a vulnerabilidade dos instrumentos de repressão à corrupção. Na época, o Ministério Público não tinha poderes especiais para investigar e denunciar os assaltantes dos cofres públicos protegidos pela couraça da imunidade.
A malograda intentona comunista de 1935, e a prolongada guerrilha comunista de 1962 a 1976, constituem o outro lado das forças ocultas vislumbradas por Jânio Quadros. Isto porque, em ambos os movimentos armados, seus mentores ocultaram-se sinistramente na calada da noite, para levar avante o maquiavélico plano de implantar no Brasil a ditadura comunista. A intentona foi efetivada de surpresa, na madrugada de 23/11/1935, através de ataques simultâneos a vários quartéis do Exército, que resultaram em muitos mortos e feridos. Posteriormente, a partir de 1962, a guerrilha comunista foi outra sangrenta tentativa dos comunistas de jogar o Brasil nas garras de uma ditadura comunista. Graças a Deus, e às nossas heróicas Forças Armadas, muito especialmente ao glorioso Exército de Caxias, a hedionda guerrilha foi derrotada fragorosamente, e assim o pacífico povo brasileiro continuou a viver em uma democracia legalmente constituída.
Todavia, os seguidores da esquerda anarco-comunista não desistiram do sonho maldito de impor o comunismo no Brasil. Como não conseguiram pelas armas, passaram a agir sob o pálio da democracia, mentindo descaradamente ao povo brasileiro que “lutaram na guerrilha para derrubar a ditadura militar, e foram presos e torturados”, quando, na verdade, os militares, pacificamente, entregaram o poder de mão beijada aos civis em 21/04/1985. A falácia infame conseguiu sensibilizar muitos brasileiros incautos, graças ao sentimento cristão de nossa gente. Não tardou para que Lula e Dilma conseguissem chegar ao poder dissimulados como “democratas”.
Entretanto, não deixaram de cortejar cinicamente os perversos ditadores comunistas donatários de Cuba, Angola, Venezuela e outras infelizes republiquetas dominadas pelo sistema totalitário comunista, que aflige seus povos com escassez de alimentos e outros produtos de primeira necessidade, além da supressão totalitária das liberdades democráticas, como direito de expressão, livre manifestação do pensamento e outros direitos difusos imprescindíveis à liberdade e ao bem-estar dos cidadãos.


