Percebeu o trocadilho acima? Ainda que não tenha percebido, o assunto lhe diz respeito.É o problema relacionado à lentidão da justiça. Quebrar o termômetro não acaba a febre. Problemas difíceis, soluções simples. Todas erradas. Como tornar nossa justiça célere como o vento? Não sei. Proponho uma abordagem diferente,sem pretensão de ser a verdadeira.
A lentidão da justiça atormenta muitos povos que vivem subjugados pelo sistema mercantil. Esse sistema tem apenas um limite: lucro. O lucro é a única razão do agir. Pense um pouco. Quantas compras, serviços e compromissos você assumiu por causa da propaganda? E quantas vezes sua real expectativa foi confirmada? Ocorre no mundo todo diariamente bilhões de relações de consumo. Onde alguém paga determinado valor pela contratação de um serviço, compra de um produto, ou algo assim, a gigantescas corporações internacionais. Tais valores somam a cada momento bilhões de dólares.
Tenho certeza de que você sabe que grande parte dos serviços que utilizamos são oriundos de controladores internacionais que têm apenas vaga ideia de onde fica nosso país. Vivem em grandes metrópoles do primeiro mundo. O capital investido por eles soma muitos trilhões de dólares. Somente visam o lucro. Portanto, todos nós vivemos em uma sociedade onde o que importa é informar aos controladores do capital que foram obtidos lucros.
Diante disso,na busca do que realmente importa, essas grandes corporações violam cotidianamente os direitos do consumidor, apostando que apenas uma minoria inconformada vai recorrer ao judiciário, totalmente congestionado por milhões de processos. Então imagine agora que todos, absolutamente todos, que tiveram seus direitos violados aforassem ação no judiciário e em questão de dias o judiciário julga o caso; fixa multa; danos morais e faça imediatamente a penhora on-line de valores.
Seriam muitos bilhões retirados dessas grandes organizações em pouquíssimo tempo, pois o judiciário seria rápido. Isso vai malignar o ânimo do grande capital. Não se pode estomagar o humor dos investidores. É que nosso país desesperadamente depende da entrada de dólares. Compreendeu? Justiça rápida contraria poderosos interesses econômicos. Agora proponho que você reflita sobre a situação estatal. Diariamente o Estado agride o cidadão. São milhares de situações ocorrentes a cada dia. Desde um veículo oficial que atropela e mata uma criança até prejuízos com aqueles planos econômicos.
Quantos bilhões o Estado deve de precatórios? Imagine o juiz tendo o poder de mandar imediatamente pagar todos os valores que o Estado (município, estado e união,etc) deve ao cidadão. Ocorrerá uma quebradeira geral. Entendeu? Justiça rápida contraria os donos do poder. Por isso te digo, não acredite em discursos fáceis.Reflita e descubra que discursos fáceis apenas atendem interesses que visam retirar o foco das reformas estruturais necessárias ao nosso país, mas que contrariam interesses de poderosos trustes econômicos.


