Artigos e Opinião

Cláudio Humberto

"Mais dívida para o povo pagar"

Deputado Capitão Alberto Neto (PL-AM), sobre empréstimo de R$ 20 bilhões aos Correios

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Correios falidos pagam diária milionária no exterior

Sem saber como fechar as contas e pretendendo um “cheque especial” de R$ 20 bilhões para não falir de vez, os Correios torraram mais de R$ 1,3 milhão só com diárias de servidores no exterior durante a gestão de Lula (PT), quando a estatal voltou a registrar deficit. A coluna teve acesso a comprovantes de gastos com diárias da ordem de R$ 1.383.220,64. Em fevereiro deste ano, um diretor dos Correios se mandou para a Flórida, da Disney, e os brasileiros pagaram a passagem do folgado: R$ 23 mil.

Bolso aberto

Nos quatro primeiros meses deste ano, a estatal torrou
R$ 92,3 mil com o bem-bom. No ano passado, passou de meio milhão: R$ 502,8 mil.

Gastam mesmo

No primeiro ano do Lula 3, servidores parecem ter viajado sem o menor pudor. A fatura empurrada no pagador de impostos foi de R$ 788 mil.

Amnésia

A despesa certamente é maior, já que dados como “passagens aéreas” estão desatualizados desde fevereiro e não foram considerados.

Deu no que deu

Os Correios davam lucro até Lula assumir e anular a lei que protegia estatais de tipos como seu churrasqueiro, que ele nomeou presidente.

CPMI define se encara “medalhões” no escândalo

A CPMI que investiga a roubalheira aos aposentados do INSS hoje vota 101 requerimentos fundamentais para aprofundar as investigações. Entre as propostas a serem votadas está a convocação de Frei Chico, irmão de Lula e vice-presidente do Sindnapi, um dos mais beneficiados pelos descontos nas aposentadorias. Esse sindicato já teve R$ 391 milhões bloqueados por ordem do ministro do STF André Mendonça. E a CPMI pediu a prisão de Miguel Cavalo, seu presidente. 

Ex-chefe

Outro nome de peso que figura entre os requerimentos é o de Carlos Lupi, ex-ministro da Previdência Social de Lula.

Exposto ao sol

A CPMI vota se vai quebrar os sigilos bancários, fiscais e de comunicações de Lupi, incluindo e-mail institucional e celular pessoal.

Vai crescer

Serão analisados também pedidos de quebras de sigilo bancário e fiscal de 13 empresas enroladas na roubalheira.

Maduro marrom

Notícias de que o governo de Trump autorizou operações secretas (e letais) da CIA contra a ditadura na Venezuela, além do sobrevoo de mais de quatro horas de dois bombardeiros da Força Aérea dos EUA no Mar do Caribe, fizeram “Maduro” e “medo” entrarem para os assuntos do momento no X.

Confusão garantida

A previsão é de que hoje a CPMI do INSS será invadida pela tropa de choque de Lula, que não quer a convocação de seu irmão Frei Chico, cujo sindicato virou caso de polícia. Vai ter confusão. 

Devassa de Lupi 

A CPMI que investiga o roubo aos aposentados do INSS decide hoje se vai quebrar os sigilos do ex-ministro da Previdência Carlos Lupi, incluindo bancário e fiscal, e-mail institucional, celular pessoal, etc.

Pelegada insaciável

Ação no STF pede o fim dos descontos no INSS que enriqueceram sindicatos picaretas. A AGU de Lula pretende manter. O presidente da CPMI, senador Carlos Viana, desabafou: “A lista de absurdos não para”.

Motta nem reagiu

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que estava de papagaio de pirata ao lado de Lula no Rio de Janeiro, teve que engolir seco, além da vaia de petistas, Lula acusando o “baixo nível” do Congresso. 

Só depois

A oficialização do substituto de Luís Roberto Barroso não deve sair até sábado. É a data em que o ministro realmente deixa o STF. A antecipação é considerada grosseira até para Lula.

Meses de atraso

A Comissão Mista de Orçamento adiou outra vez a análise da Lei de Diretrizes Orçamentárias, apesar de a Constituição obrigar votação até 17 de julho. Será no dia 21. O governo entregou no prazo, em 15 de abril.

Passaram a perna

A Sociedade Beneficente São Camilo, mantenedora do Hospital São Camilo e São Luís, em Macapá (AP), rescindiu contrato com a Secretaria de Saúde estadual. Diz que tomou calote que passa dos R$ 98,7 milhões.

Pensando bem...

... o pior da química é a dependência.

PODER SEM PUDOR

Corrupção virou piada

Ao inquirir o empresário Antônio Velasco na CPI dos Correios, que investigava o escândalo do mensalão do primeiro governo de Lula, o deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP) descontraiu o ambiente ao lembrar a célebre frase do mítico jornalista Aparício Torelli, o Barão de Itararé: “Negociata é aquele bom negócio para o qual não fomos convidados...”

EDITORIAL

Judiciário não é palco nem mercado

Restringir a atuação como coach e impor limites a determinadas docências, especialmente aquelas transformadas em verdadeiros cursos caça-níqueis, é fundamental

13/12/2025 07h15

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A decisão do presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Edson Fachin, de proibir que magistrados atuem como coaches, seja nas redes sociais ou fora delas, não é apenas correta como necessária.

Trata-se de um freio institucional que chega em boa hora a um Judiciário que, nos últimos anos, tem convivido com excessos de exposição, vaidade e práticas que colocam em xeque a sobriedade exigida da magistratura.

Não é de hoje que esse limite vem sendo testado.

Há cerca de dois anos, causou perplexidade o caso de um ex-juiz federal que passou a vender cursos na internet ensinando “táticas” para ganhar recursos judiciais. O paradoxo salta aos olhos: quem julgava recursos passou a faturar dinheiro “por fora” ensinando advogados a vencê-los.

Ainda que se alegue liberdade profissional após deixar a toga, a prática é, no mínimo, eticamente questionável e contribui para corroer a confiança da sociedade na imparcialidade do sistema de Justiça.

A medida de Fachin reconhece um problema real: tem faltado comedimento à parte da magistratura brasileira.

Em tempos de redes sociais, palestras remuneradas e cursos de viés mercadológico, alguns juízes parecem ter esquecido uma máxima antiga, simples e ainda extremamente atual: o lugar em que o magistrado mais deve falar é nos autos.

A autoridade da toga não se constrói com likes, seguidores ou discursos performáticos, mas com decisões técnicas, fundamentadas e discretas.

Restringir a atuação como coach e impor limites à determinadas docências, especialmente aquelas transformadas em verdadeiros cursos caça-níqueis, é fundamental. Não se trata de censura nem de cerceamento da liberdade intelectual, mas de preservação da função jurisdicional.

O juiz não é um influenciador digital, tampouco um vendedor de fórmulas de sucesso processual. É agente do Estado, investido de poder para decidir conflitos com independência e imparcialidade.

Isso, porém, não significa defender um Judiciário hermético ou alheio à sociedade. Ao contrário: as cortes precisam, sim, se comunicar melhor nestes novos tempos, explicar decisões complexas, dialogar institucionalmente com a população e prestar contas de seu funcionamento. Comunicação institucional é necessária; autopromoção individual, não.

No fim das contas, o que está em jogo é o respeito à própria instituição. O Judiciário é, talvez, o Poder que mais precisa ser respeitado para que a democracia funcione. E esse respeito não é um privilégio – é uma obrigação que começa dentro de casa.

Seriedade, sobriedade e autocontenção não são virtudes acessórias para magistrados; são requisitos essenciais para quem exerce uma das funções mais sensíveis do Estado.

ARTIGOS

Novas regras do Banco Central sobre ativos virtuais: um marco de maturidade regulatória

Brasil consolida seu papel de protagonista na integração entre inovação financeira e solidez regulatória, aproximando-se dos padrões internacionais de governança e Prevenção à Lavagem de Dinheiro e ao Financiamento do Terrorismo

12/12/2025 07h45

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Em 10 de novembro, o Banco Central do Brasil deu um passo histórico ao publicar as Resoluções BCB nº 519, nº 520 e nº 521, que inauguram um novo ciclo de regulação do mercado de ativos virtuais no País.

Com essas normas, o Brasil consolida seu papel de protagonista na integração entre inovação financeira e solidez regulatória, aproximando-se dos padrões internacionais de governança e Prevenção à Lavagem de Dinheiro e ao Financiamento do Terrorismo (PLD/FT).

Mais do que um conjunto técnico de regras, essas resoluções representam um amadurecimento institucional do sistema financeiro brasileiro diante da realidade cripto. Até então, o setor operava em uma zona cinzenta regulatória, com supervisão limitada e grande diferenças de informações entre prestadores e usuários.

Agora, o País passa a estabelecer bases claras para a operação de Sociedades Prestadoras de Serviços de Ativos Virtuais (Psav), além de definir, pela primeira vez, o tratamento cambial para operações internacionais com criptoativos.

A Resolução BCB nº 519/2025 impõe um padrão de governança que coloca as Psav sob um nível de exigência comparável ao das instituições financeiras. Exige-se segregação patrimonial, controles internos robustos e políticas de PLD/FT equivalentes às do sistema bancário.

Essa medida mitiga riscos de uso indevido dos recursos dos clientes e reduz o espaço para fraudes e práticas abusivas. Pontos sensíveis em um setor historicamente marcado por volatilidade e escândalos.

Já a Resolução BCB nº 520/2025 institui o processo de autorização prévia para funcionamento das Psav, com vedações expressas à oferta de crédito e à captação de recursos de clientes qualificados.

O objetivo é proteger investidores e garantir que as operações com criptoativos não contaminem o sistema financeiro tradicional com riscos de liquidez e solvência. A exigência de sede no Brasil e critérios rigorosos de idoneidade e gestão de riscos também reforçam o compromisso com a responsabilidade corporativa e a transparência operacional.

Por sua vez, a Resolução BCB nº 521/2025 corrige uma lacuna importante ao enquadrar as operações internacionais com criptoativos, como operações de câmbio, sempre que houver conversão de moeda ou transferência internacional de valores.

Essa regra coloca as transações de cripto sob a mesma lente de compliance cambial que rege outras formas de movimentação financeira internacional, prevenindo brechas para evasão de divisas e lavagem de dinheiro.

Para bancos e instituições financeiras, o novo marco regulatório representa tanto uma oportunidade quanto uma responsabilidade. A integração dos serviços com ativos virtuais ao portfólio bancário passa a ser viável, desde que sejam obedecidos os novos parâmetros de segurança, segregação de recursos e reporte regulatório.

Ao mesmo tempo, essas instituições terão de repensar suas estruturas de governança e compliance para acomodar o ecossistema cripto dentro de uma lógica de controle prudencial.

Alguns pontos, entretanto, merecem atenção especial: a vedação de crédito com recursos próprios em operações cripto, a segregação total de fundos de clientes, o reforço dos controles de PLD/FT, e o tratamento cambial obrigatório em transações internacionais.

Tais exigências sinalizam que o Banco Central, de maneira mais que devida e assertiva, pretende equilibrar o incentivo à inovação com a blindagem contra riscos sistêmicos e ilícitos financeiros.

Contudo, o período de adaptação será curto. As regras entram em vigor a partir de 2 de fevereiro de 2026 e as obrigações adicionais de reporte internacional passam a valer a partir de 4 de maio de 2026.

Empresas que já atuam no mercado precisam, portanto, iniciar imediatamente seus processos de adequação, revisando estruturas societárias, sistêmicas, políticas de custódia e mecanismos de compliance.

Por fim, as novas resoluções não devem ser vistas como um freio à inovação, mas como um sinal evidente de maturidade regulatória do País.

Ao oferecer um ambiente seguro, transparente e supervisionado, o Banco Central cria as condições para que o Brasil se consolide como um polo confiável de desenvolvimento em blockchain e ativos digitais. É o início de uma nova era em que a confiança institucional passa a ser o ativo mais valioso do universo cripto.

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