Cidades

julgamento

Assassino diz que perdeu as 'estribeiras' e detalha morte

Assassino diz que perdeu as 'estribeiras' e detalha morte

vivianne nunes e evelin araujo

03/03/2011 - 10h13
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Durante depoimento que durou vinte e cinco minutos na 1ª Vara do Tribunal do Júri em Campo Grande, o empresário Luis Afonso Andrade, acusado de matar e atear fogo no corpo da arquiteta Eliane Aparecida Nogueira de Andrade, falou em detalhes sobre o relacionamento conturbado que vivenciou na companhia da esposa desde o ano de 2006, quando começaram a namorar.

Ele relata que foi neste ano (2006) que chegou à Capital vindo de Curitiba. Afonso abriu em Campo Grande uma loja de projetos de fabricação de luminárias. Neste período eles se conheceram e passaram a namorar, mas o casamento ocorreu apenas dois anos depois, em outubro de 2008.

Para o acusado, a insegurança de Eliane teria motivado as mais de dez separações do casal e todos os desentendimenots que tiveram. Segundo ele, outros dois relacionamentos que teve antes dela eram sempre trazidos para a vida do casal com desconfianças. Ele alega que a insegurança dela era fruto de um relacionamento em que ela sofreu com a infidelidade do parceiro.

Na noite do crime, Luis Afonso e Eliane estavam separados há três dias. Mesmo assim, eles saíram juntos para uma festa e depois foram, na companhia de um grupo de amigos, até um restaurante onde pretendiam jantar, mas ao chegar até o local notaram que o estabelecimento estava fechado. Neste momento então, todos resolveram ir para casa e ela o teria convidado para jantar e dormir no apartamento dela, mas ele se negou e teve início a primeira discussão da noite. Ela o acusara de não querer ir com ela porque teria outra pessoa esperando por ele.

“Eu mesmo a ajudei a escolher a roupa”

Neste momento o juiz Aluízo Pereira dos Santos o interrompeu questionando: “Então você a matou?”. Ele disse que sim. Depois de admitir o crime, Luis Afonso lembrou que ela estava muito bonita naquela noite. “Eu mesmo a ajudei a escolher a roupa”, afirmou de maneira calma lembrando a discussão que seguia.

Ele passaram a discutir e ele deixou o carro dela a pé, seguindo orientação da psicóloga. Isso porque ambos faziam terapia de casal há nove meses e a profissional que os atendia teria sugerido que Luis Afonso de saísse das discussões já por conta de seu descontrole emocional diante das brigas.

O assassino deixou o local em seu veículo e foi perseguido pela ex-mulher. Na rua Arthur Jorge, ele teria se escondido em uma borracharia mas ao sair, pensando que Eliane já tinha ido embora, se surpreendeu com ela que fechou seu carro com o dela. Nesta hora a ira de Luis Afonso despertou por conta do acidente provocado por ela e que teria amaçado o carro dele e machucado a perna. Ele então afirma que foi nesta hora que perdeu “as estribeiras”. Desceu do carro e os dois passaram a se agredir de maneira violenta. Segundo ele, a ex teria lhe arranhado a boca o que o deixou ainda mais nervoso e fez com que ele a asfixiasse com uma gravata. Pensando que ela havia morrido ali, a arrastou pelo pescoço até o banco traseiro do carro dela.

O agressor conta então que ela já não respirava mais e ele sentou-se à calçada por alguns instantes, pensando no que iria fazer. Ele foi até a loja dele e pegou um tambor de solvente de seis litros e na Avenida Três Barras, despejou o produto no carro. Ele afirma que a ideia inicial era forjar um acidente em que ele morresse junto com ela. Ele lembra que chegou a ficar no veículo quando ateou fogo, mas diz que o “instinto” falou mais alto e ele resolveu sair.

Assassino confesso, o crime cometido por Luis Afonso pode ter três agravantes. O fato torpe de ter sido provocado por ciúmes, os recursos que impossibilitaram a defesa da vítima, neste caso a 'gravata' dada em Eliane e o fato de ter incendiado o veículo com ela dentro.

O acusado admite que chegou a ir até a conveniência próximo do local para buscar cigarros e fósforo. Ele lembra ainda que não fumava há dez anos mas que ficou muito nervoso com caso.

Para o magistrado que julga o caso, Luis Afonso pode ser condenado à até trinta anos de prisão por conta dos agravantes.

Neste momento o juiz houve acusação e defesa. Ao término da audiência haverá ainda uma nova fase para ouvir novamente o assassino da Arquiteta e então, a sentença será decretada.
 

Irmão

O comerciante Vladmir Nogueira, irmão da vítima, está acompanhando o desenrolar do julgamento da platéia. "Ele está falando a versão dele e, como o juiz disse, ele pode mentir se ele quiser, é um direito dele", afirma o irmão de Eliane. "Ela já tinha dito que ele era muito violento, mas a gente nunca imagina que vá chegar a um ponto desse".

 

Acusação

O promotor Renzo Siufi, que fará a acusação junto com a promotora Luciana Rabelo, diz que Luis é um assassino e mentiroso. "A Eliane estava tentando se disvencilhar dele, estava se separando inclusive da sociedade que tinham no comércio", ele diz. "Existem provas periciais de que ela estava vivae morreu por intoxicação do monóxido de carbono [produzido pelo incêndio no carro]."

"Há provas também de que ela morreu  por esganadura e não por uma gravata, como ele quer alegar, para parecer que foi acidental. A parte técnica será decisiva para a causa", alegou o promotor ao júri, que está na segunda parte do julgamento, quando quem começa a falar é a acusação, por uma hora e meia e depois a defesa, pelo mesmo tempo.

 

Atualizada às 11h28min para acréscimo de informações

Pesquisa científica

Hospital procura voluntários para estudo de prevenção a AVC em Campo Grande

Voluntários que desejam contribuir com a pesquisa precisam ter mais de 18 anos e ter sido diagnosticados com fibrilação atrial e doença renal crônica avançada, estejam em hemodiálise ou não

26/12/2024 17h55

Gerson Oliveira / Correio do Estado

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O Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian (Humap-UFMS) está à procura de voluntários com predisposição a sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC) com intuito de prevenção em Campo Grande.

Um dos objetivos do estudo é justamente encontrar o equilíbrio para a redução dos riscos de o paciente sofrer um AVC isquêmico e, com isso, garantir a segurança de outros tratamentos.

Para se ter noção, o Acidente Vascular Cerebral (AVC) figura entre as principais causas de morte no mundo. O dado é ainda mais agravante em pacientes com doença renal crônica avançada que apresentam fibrilação atrial.

Como participar

Estão aptos a participar do estudo pessoas maiores de 18 anos, que possuam diagnóstico de fibrilação atrial e doença renal crônica avançada, fazendo ou não hemodiálise.

Os interessados devem entrar em contato pelo telefone (67) 3345-3352. Cabe ressaltar que a participação contribui para o avanço da ciência que procura novas formas de prevenção.

Estudo no país

Segundo a médica Adriana Lugo Ferrachini, uma das subinvestigadoras do estudo, a pesquisa pretende incluir 1.500 pacientes em todo o país. Com isso, 50 centros de pesquisa estão envolvidos, entre eles o Humap-UFMS.

O tempo de acompanhamento dos voluntários será de 24 meses, em que receberão visitas trimestrais. Um dos objetivos do estudo é encontrar a melhor estratégia de anticoagulação para pacientes com doença renal avançada, reduzindo o risco de AVC com um baixo índice de sangramentos.

“Este estudo é de extrema importância, pois é o primeiro no mundo a avaliar a melhor estratégia de anticoagulação nos pacientes com doença renal crônica avançada, inclusive naqueles que estão em hemodiálise”, explicou Ferrachini.

Ela atuará ao lado de outros quatro pesquisadores, sendo Dr. Delcio Gonçalves Da Silva Junior, Dra. Roberta Cristine Miranda Lorandi e os coordenadores de pesquisa Filipe Stadler e Guilherme Fermiano Bertolli.

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Meteorologia

Reveillon deverá ser de tempestades e rajadas de vento em MS

Conforme boletim meteorológico do Cemtec, chuvas devem atingir todas as regiões do estado com ventos de até 60 km/h

26/12/2024 17h30

Previsão do tempo indica chuvas em todas as regiões do estado

Previsão do tempo indica chuvas em todas as regiões do estado Gerson Oliveira/Correio do Estado

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A virada do ano de 2024 para 2025 deverá ser de tempestades e fortes rajadas de vento em Mato Grosso do Sul. A informação foi divulgada pelo Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima no Estado (Cemtec), em boletim de tendência meteorológica.

Conforme a publicação, esse cenário está previsto em razão de uma baixa pressão atmosférica sobre o Paraguai e Argentina. Este cenário aliado ao transporte de calor e umidade, favorece a formação das chuvas no estado.

Ainda conforme o Cemtec, entre os dias 31 de dezembro e 2 de janeiro, a previsão indica ocorrência de chuvas em todas as regiões de Mato Grosso do Sul. Neste recorte, a publicação indica acumulados entre 30 e 90 milímetros de água, com ventos de até 60 km/h.

Para depois desta data, a tendência é que o estado receba um volume de chuvas ainda maior. Do dia 3 ao dia 11 de janeiro, os mapas do Cemtec indicam acumulados entre 50 e 175 milímetros de água.

Semana termina sob alerta de chuvas

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) também emitiu alerta de risco de chuvas. Conforme a publicação - no recorte entre quarta-feira (25) e sexta-feira, dia 27 de dezembro - a semana terminará chuvosa em todo o estado de Mato Grosso do Sul.

Segundo o instituto, estão previstas chuvas entre 30 e 60 milímetros; ou 50 e 100 milímetros por dia, com ventos de até 100 km/h neste período.

Diante deste cenário, o Inmet também alertou para o risco de cortes de energia elétrica no estado, queda de galhos de árvores, alagamentos e de descargas elétricas.

Em caso de emergência, o instituto recomenda o contato imediato com a Defesa Civil, pelo telefone 199.

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