Imagens no mínimo curiosas têm dividido opiniões dos sul-mato-grossenses e internautas no geral, já que um vídeo de andamento de obra chama atenção para a ponte que está sendo construída cerca de 2 quilômetros acima da atual de concreto sobre o rio que dá acesso às cidades de Aquidauana e Anastácio. Isso porque o método escolhido e a quantia de terra usada acumula críticas e também defensores.
As imagens em questão foram publicadas no último dia 10, pelo perfil Edfly Drone, fazendo comentários sobre a "construção de uma ponte em que é preciso aterrar mais da metade do rio".
Como bem narra o vídeo, isso acontece na região da obra da ponte sobre o Rio Aquidauana, que interligada a BR-419 à BR-262, o que traria desenvolvimento e melhor logística entre os municípios, mas segundo o material o método escolhido tem sido alvo de questionamentos.
"Toneladas de terra foram jogadas dentro do Rio, para sustentar as máquinas e bases da ponte. Moradores e ambientalistas temem o impacto do aterramento, que sufoca um dos rios mais importantes de MS", diz. Confira:
Porém, os próprios comentários da publicação já apontam que esses "questionamentos" não são tão unânimes assim, uma vez que entre educados e os mais desaforados, há quem aceite e inclusive tenta explicar sobre o método.
"Essa terra vai sair, seu cavalo, isso é a ensecadeira para ficar mais fácil para se trabalhar", comenta Miguel Damião Pereira.
Entre versos que extraem poesia do "sufocamento" do Rio, há ainda quem defenda a atual obra dizendo que até existiriam outros métodos de engenharia, com o custo tecnológico apontado como possível fator de escolha por Luiz Alves.
Outros ainda tentam esclarecer que, dizendo que há uma espécie de "revezamento" na escolha dos lados a serem fechados para possivelmente facilitar a obra.
Antes disso, uma primeira gravação e postagem divulgada pelo escrivão de Polícia Judiciária e Jornalista, Ronaldo Regis, que datam do início de agosto, mostram essa "marcha" Rio Aquidauana adentro onde um pantaneiro que grava comenta sua preocupação com o impacto ambiental imediato.
"Ou eles fazem a ponte ou aterram o Rio, uma coisa vai acontecer, pois já estão para lá do meio e o caminhão está andando dentro do rio quase. Será que não é crime ambiental?" questiona o responsável pelas imagens.
Essa é uma das chamadas "obras de arte especiais" trabalhadas pelo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), sendo 13,5 quilômetros do contorno de Aquidauana que interligam a BR-419 até a BR-262, junto ao Sindicato Rural de Anastácio.
Vale lembrar, sendo de origem goiana, a construtora Caiapó é responsável por atuar, entre outras obras, na pavimentação da BR-419 e a construção do acesso sobre o Rio Paraguai, em Porto Murtinho.


