Cidades

Congresso Nacional

Atraso na votação da Lei das Cotas tira 12 mil vagas de negros

Atraso na votação da Lei das Cotas tira 12 mil vagas de negros

R7

23/02/2014 - 14h45
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Se tivesse sido aprovada pelo Congresso há três anos, a lei que pretende destinar 20% das vagas de concursos federais para negros e pardos teria reservado, no mínimo, 12 mil oportunidades para os cotistas.

O dado segue número de abertura de vagas do Ministério do Planejamento, que nestes três anos autorizou 61.667 contratações por concurso público.

Se fosse autorizada até a semana passada, seriam criadas no mínimo mais 9.400 vagas para negros e pardos conforme estimativa de LOA (Lei Orçamentária Anual) para os três poderes, Ministério Público da União e Conselho Nacional do Ministério Público, que tinha autorizado a abertura de até 47.112 vagas neste ano.

Na última quinta-feira (20), porém, a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, anunciou um corte de vagas em concursos juntamente com a redução R$ 44 bilhões do Orçamento.
Considerando concursos autorizados pelo governo federal nos últimos três anos, é possível determinar que a lei de cotas teria garantido o ingresso de mais de 12 mil afrodescendentes.

Polêmica
O debate sobre as cotas em concursos federais entrou em discussão na última segunda-feira (17), quando a CDH (Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa) reuniu entidades do movimento negro e especialistas em políticas de ações afirmativas para tratar do projeto.

Especialistas e autoridades consultados pelo R7 apontam que programas de inclusão baseados em cotas raciais são positivos, mas o critério de enquadramento na reserva das vagas, que consiste na declaração do candidato que ele pertence à população contemplada pelo benefício, pode fragilizar a lei se ela for aprovada.

— Aceitar apenas a declaração como critério é uma opção frágil porque mostra que o governo espera algo da sociedade brasileira que não é típico dela, a suposição de boa fé. Estamos cansados de saber que o “jeitinho” brasileiro muitas vezes acaba predominando, comentou o advogado especializado em concursos públicos, Sérgio Camargo.

Já a ministrada Igualdade Racial, Luiza Bairros, disse que a autodeclaração sempre foi adotada nos levantamentos de dados da população e não representa um problema para o projeto de cotas em concursos.

— O IBGE trabalha com dados declarados espontaneamente. Ações afirmativas [que são as medidas tomadas pelo governo para eliminar desigualdades historicamente acumuladas] em benefício de uma parcela da população tendem a despertar críticas. Essa visão tem surgido quando falamos das cotas para negros e pardos nos concursos. Por outro lado, os críticos não falam que o número de fraudes em seleções com regime de cotas é insignificante, afirma a ministra.

A simples declaração para o enquadramento nas cotas também é defendida por José Vicente, reitor da Universidade Zumbi dos Palmares. Ele explica que esse dispositivo tenta construir uma “política do bom censo”.

— O conceito de autodeclaração visa criar uma segurança mínima de validação do que é ser negro num País miscigenado. É impossível ter um pressuposto definitivo sobre isso no Brasil. Acho que o governo acertou ao deixar a escolha para o candidato.

O advogado especializado em concursos comenta que as cotas são justificáveis porque as populações beneficiadas com a lei foram historicamente massacradas, mas o princípio da isonomia deve constar na sua aplicação. Ele defende a inclusão de um critério financeiro, ou seja, da comprovação de que o cotista tem renda inferior à média da população branca.

Fazendo uma previsão sobre a apreciação da Lei 6738/2013, que pode determinar as cotas, a ministra finalizou dizendo que projeto de lei deve passar pelas duas Casas (Câmara e Senado) até o meio do ano. Segundo ela, o projeto ganhará força depois que os legisladores apreciarem o Marco Civil da Internet. 

PORTO GERAL (CORUMBÁ)

Homem de 23 anos é ferroado por arraia no Pantanal

Ele teve ferimentos no pé esquerdo e alegou dores intensas, vermelhidão e inchaço

28/04/2025 12h02

Arraia do Bioparque Pantanal - IMAGEM ILUSTRATIVA

Arraia do Bioparque Pantanal - IMAGEM ILUSTRATIVA

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Homem, de 23 anos, foi ferroado por uma arraia no Rio Paraguai, na prainha do Porto Geral, em Corumbá, município localizado a 416 quilômetros de Campo Grande.

Conforme apurado pela reportagem, o rapaz nadava no rio, quando pisou no animal e foi ferroado. Ele teve ferimentos no pé esquerdo e alegou dores intensas, vermelhidão e inchaço.

O Corpo de Bombeiros Militar (CBMMS) foi acionado e encaminhou a vítima até o pronto socorro de Corumbá.

As arraias, também conhecidas como raias ou peixes batóides, são peixes cartilaginosos marinhos "parentes" dos tubarões. Mas, também existem arraias de rios de água doce, mais especificamente da família Potamotrygonidae.

As arraias são conhecidas por seus corpos achatados e barbatanas peitorais que se assemelham a asas. Se defendem pela cauda, que é cheia de espinhos. Ferroada de arraia é uma lesão causada pelo ferrão venenoso de sua cauda.

A dor é intensa e pode causar sintomas como inchaço, vermelhidão, náuseas, vômitos, sangramentos, desmaio, dificuldade respiratória e cãibra.

O tratamento envolve limpeza da ferida com soro fisiológico, aplicação de água quente, antibióticos e vacinas antitetânica para prevenir infecções

Além disso, é necessário retirar os espinhos e conter o sangramento. "Poderá ser necessária uma intervenção cirúrgica para fechar a ferida, a depender da gravidade, mas geralmente são necessários alguns meses até a lesão se fechar por completo", acrescentou o CBMMS.

Para evitar picadas de arraias, não pise nelas. Uma forma eficaz é entrar na água arrastando os pés, o que sinaliza sua presença e permite que a arraia se afaste. Esta técnica, chamada de "arrasto de arraia", permite que a arraia se desloque sem ser pisada. 

 

 

TURISMO

Balneário de Bonito é interditado devido ao grande volume de chuvas

Nível do Rio Formoso subiu significativamente e local está fechado ao público desde a última sexta-feira (25)

28/04/2025 11h30

Balneário Municipal de Bonito foi interditado após chuvas elevarem nível do Rio Formoso

Balneário Municipal de Bonito foi interditado após chuvas elevarem nível do Rio Formoso Foto: Viagens e Destinos

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O Balneário Municipal de Bonito está interditado há quatro dias, sem previsão de reabertura, devido ao grande volume de chuvas que caiu na cidade e que elevou o nível do Rio Formoso significativamente.

A medida foi tomada pela prefeitura do município, por meio da Secretaria de Turismo e Desenvolvimento Econômico, para garantir a segurança de turistas e banhistas em geral.

O primeiro comunicado nas redes sociais do Executivo Municipal, informando sobre a interdição, foi publicado na sexta-feira (5). Deste então, diariamente o alerta foi renovado com o mesmo aviso, sendo o último divulgado na manhã desta segunda-feira (28).

Conforme dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), em abril, choveu 182 mm na cidade.

Nos últimos dias, o acumulado foi de:

  • 17,2 mm na quinta-feira
  • 42 mm na sexta-feira
  • 0 mm no sábado
  • 4 mm no domingo

Nesta segunda-feira, até às 11h já choveu 18,2 mm em Bonito e a previsão é de as chuvas continuem pelo menos até a quarta-feira (30).

As chuvas intensas que atingiram a região de Bonito, Jardim e Guia Lopes da Laguna também provocaram estragos, transbordamento de rios e alagamento de casas nos últimos dias.

Além dos prejuízos e estragos, também foi observado o fenômeno curioso no Recanto Ecológico Rio da Prata, localizado em Jardim.

Conforme reportagem do Correio do Estado, o Rio da Prata transbordou, nível da água subiu cerca de três metros e cobriu uma passarela de madeira, que ficou totalmente submersa pela água cristalina.

A situação aconteceu no fim de semana passado e o nível do rio baixou e os passeios de flutuação e mergulho já voltaram ao normal. 

Balneário Municipal

O Balneário Municipal de Bonito está localizado às margens do Rio Formoso, de águas cristalinas em tons de azul esverdeado.

Administrado pela Prefeitura Municipal de Bonito, é o mais antigo balneário e a entrada é gratuita para os moradores locais, com comprovação de residência.

Embora seja administrado pela Prefeitura, a entrada só é permitida mediante um voucher único emitido pelas agências de turismo locais. 

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