Mesmo com portaria do Ministério da Educação (MEC) permitindo o retorno das aulas presenciais em 1º de março, a maior parte das universidades públicas do Estado não devem retornar para as salas de aula no primeiro semestre letivo de 2021.
A Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e a Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) suspenderam as atividades presenciais em março de 2020. Após dez meses, as aulas ainda não voltaram ao normal.
A UEMS e a UFMS adotaram o ensino remoto para todos os acadêmicos, mas a UFGD suspendeu o calendário acadêmico e deixou a critério dos alunos a escolha do ensino remoto ou não, pois alguns alunos alegaram não ter acesso à internet.
O MEC recomenda que, para a realização das aulas presenciais, as instituições deverão observar os protocolos de biossegurança para o enfrentamento da pandemia da Covid-19.
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Inicialmente, o MEC aprovou que as aulas deveriam voltar em 4 de janeiro deste ano, mas após retaliações, o ministério publicou nova portaria com o retorno marcado para 1º de março.
O texto diz que "os recursos educacionais digitais, tecnologias de informação e comunicação ou outros meios convencionais poderão ser utilizados em caráter excepcional, para integralização da carga horária das atividades pedagógicas", no cumprimento das medidas para enfrentamento da pandemia.
Nesta quarta-feira (13), Mato Grosso do Sul já conta 146.143 casos confirmados de Covid-19 e 2.609 óbitos pela doença, de acordo com o Boletim Epidemiológico da Secretaria Estadual de Saúde (SES).
A esperança é a disponibilização da vacina. A Prefeitura Municipal de Campo Grande (PMCG) já enviou ofício com o pedido de 347.817 doses da Coronavac ao Instituto Butantan. O secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende afirmou que a vacinação deve começar no dia 20 de janeiro.
UEMS
A UEMS disse que iniciará o ano letivo em ensino remoto e vai avaliar as condições de biossegurança de acordo com a evolução da pandemia.
Para o segundo semestre de 2021, a instituição espera voltar à modalidade presencial, suspensas desde março de 2020, “sempre levando em consideração as questões de biossegurança de alunos, professores e servidores”.
De acordo com o calendário acadêmico publicado no Diário Oficial do Estado em 16 de dezembro, as aulas devem começar em 5 de abril, após o feriado da Semana Santa. O primeiro semestre letivo terminará no dia 6 de agosto para as disciplinas semestrais e no dia 13 para as disciplinas anuais.
O calendário não se aplica ao Curso de Medicina, da Unidade Universitária de Campo Grande e ao Curso de Enfermagem, da Unidade Universitária de Dourados.
Os novos alunos que ingressarem em 2021 na UEMS iniciarão as aulas junto aos demais, conforme o calendário estabelecido.
UFMS
A UFMS também vai iniciar as aulas pela modalidade Ensino Remoto de Emergência, mas ressaltou que cada unidade, como campus, faculdades, institutos e escola, possuem o próprio Plano de Biossegurança e “podem decidir sobre as atividades presenciais ou remotas”.
Para o segundo semestre a Universidade não possui critérios definidos. De acordo com o calendário acadêmico da instituição, no primeiro semestre as aulas voltarão no dia 15 de março, tanto para veteranos, quanto para ingressantes, com encerramento em 10 de julho.
UFGD
O coordenador de Assuntos Acadêmico da UFGD, Alexandre Rodrigues Nettho disse que a Câmara de Ensino de Graduação (CEG) se reunirá no dia 18 de janeiro para tratar sobre o retorno do Calendário Acadêmico.
No caso da UFGD, o retorno a ser discutido é sobre o plano de ensino do primeiro semestre letivo de 2020. Isso porque o calendário acadêmico do ano passado foi suspenso em março e ainda não foi retomado.
O Regime Acadêmico Emergencial foi aplicado na Universidade e os acadêmicos puderam optar se queriam, ou não, continuar com as atividades acadêmicas de modo remoto.
Os alunos que forem aprovados nos processos seletivos em 2021 só vão iniciar as atividades deste ano quando as aulas de 2020 forem finalizadas.