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COLHEITA

Brasil perde 4% da soja na colheita

Brasil perde 4% da soja na colheita

valor Econômico

31/03/2011 - 01h00
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Levantamento realizado pela Agroconsult revela que quase 3 milhões de toneladas de soja sequer saem das lavouras brasileiras. O volume de grão é literalmente perdido durante o processo de colheita da oleaginosa e equivale a 4% da produção nacional de soja. Nesse valor não são consideradas as perdas que ocorrem durante o processo de transporte da safra, seja para os silos das tradings, seja para os portos com destino ao mercado externo. Considerando os atuais preços praticados nas regiões, as perdas nas colheitas equivalem a mais de R$ 115 milhões que deixam de ir para o caixa do produtor. Apesar de a média nacional de perdas ser de 4%, as regiões Norte e Nordeste são as que apresentam os piores resultados, com 4,9% da produção ficando na lavoura. Diferentemente das expectativas, o Sul, onde estão localizadas as máquinas mais antigas em operação, é a região onde as perdas são menores, 3,4% da produção. "Antes de fazer o levantamento, nossa estimativa era que as perdas na colheita fossem qualquer coisa entre 5% e 8% da produção. O levantamento indicou que 4% ficam na lavoura, mas esse ainda é um percentual muito elevado", afirma André Pessôa, diretor da Agroconsult. Ele lembra que, em uma colheitadeira bem regulada, operando na velocidade recomendada e seguindo as orientações do fabricante, as perdas durante a colheita não poderiam superar 0,5%. A análise foi feita a partir dos dados coletados durante os quase três meses que o Rally da Safra percorreu onze Estados para levantar a campo as condições das lavouras de soja e milho do país. Os dados finais foram apresentados ontem, em São Paulo, e indicam que a produção brasileira de soja no ciclo 2010/11 alcançará um novo recorde, 72,7 milhões de toneladas. O volume é 5,4% superior ao registrado na safra passada. Segundo Pessôa, as perdas em decorrência de adversidades climáticas, como a La Niña, foram menores que o esperado, especialmente na região Sul. "Os produtores gaúchos anteciparam o plantio, fazendo com que o período de enchimento de grãos acontecesse antes do pico da estiagem, que ocorre em março", disse. No caso do milho, a expectativa para o ciclo atual é de uma produção de 34,8 milhões de toneladas para a safra de verão, desempenho 2,2% superior ao registrado no ano passado. A safra maior se deve principalmente ao ganho de produtividade obtido pelo uso de sementes de melhor padrão tecnológico. Segundo a Agroconsult, a média nacional foi de 4.518 quilos por hectare, sendo que no Paraná, a média foi de 7.884 quilos. "Já não identificamos mais lavouras de baixo padrão tecnológico. Hoje só existe de alto e médio padrão, sendo que esse segundo já está em fase de extinção", diz Pessôa. Segundo o consultor, já não é raro encontrar lavouras de milho com rendimentos de 12 mil quilos por hectare.

JARDIM IMÁ

Falta de iluminação pública em avenida da Capital vira alvo do Ministério Público

Reclamações ocorrem desde 2022 e moradores relatam que escuridão gera insegurança, além de pagarem taxa de iluminação mesmo sem contar com o serviço na rua

15/09/2024 17h29

Parte da Avenida Ulisses Serra não tem nem postes de iluminação, no Jardim Imá

Parte da Avenida Ulisses Serra não tem nem postes de iluminação, no Jardim Imá Reprodução / Google Street View

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O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) instaurou procedimento administrativo para acompanhar a adoção de políticas públicas por parte do município de Campo Grande para a prestação de serviço público de iluminação pública na Avenida Ulisses Serra, no bairro Jardim Imá.

A falta de iluminação pública na região é alvo de reclamação dos moradores há alguns anos, já havendo duas notícias de fato registradas no órgão ministerial, relatando insegurança e possível irregularidade, pois há cobrança da taxa de iluminação, mesmo sem o efetivo serviço.

A reiteração do teor das reclamações motivou a abertura do novo procedimento administrativo, que está disponível no Diário Oficial do MPMS de segunda-feira (16), 

Segundo o órgão, há a necessidade de políticas públicas referentes à iluminação pública na rua Ulisses Serra, que se situa em bairro localizado nas proximidades do aeroporto da Capital, além de ser conveniente acompanhar a implementação das mesmas.

Denúncias

Em 2022, foram registradas duas reclamações junto à Prefeitura de Campo Grande e, sem sucesso, também na ouvidoria do Ministério Público Estadual com a mesma reclamação e denunciou uma possível irregularidade na prestação do serviço, pois os moradores pagam a taxa de Contribuição de Serviço de Iluminação Pública (Cosip), mesmo não havendo postes na rua.

Uma moradora relatou que a rua Ulisses Serra é de pista dupla, separadas por canteiro central e árvores muito altas que, durante o dia, proporcionam grande cobertura e sombras, enquanto na parte da noite acabam por deixar a via ainda mais "sombria".

Isto porque não há iluminação pública e a rua fica no escuro, causando medo nos moradores e pessoas que passam pelo local, pois, ainda segundo a denúncia, ocorrem muitos roubos e furtos na região.

"Além disso, instalado na via pública encontra-se um estabelecimento de reciclagem, o qual é muito frequentado por andarilhos que coletam resíduos e despacham no local, de modo que se faz imprescindível a instalação de iluminação para fins de resguardar a segurança pública dos residentes locais", diz ainda a reclamação.

Em primeira análise, de 2022, o Ministério Público deliberou pelo arquivamento do procedimento.

Na ocasião, o promotor citou que outros procedimentos já tramitaram na Promotoria de Justiça com o mesmo objeto e a então Secretaria Municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação esclareceu que a necessidade do serviço de iluminação pública é determinada pelo adensamento populacional da localidade.

Com relação ao pagamento da Cosip mesmo sem contar o serviço na rua de suas casas, foi considerado que não há lesão aos consumidores, pois a legislação que permite a cobrança para o custerio foi julgada constitucional pelo Tribunal de Justiça.

"A contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública não confere ao sujeito passivo da relação tributária a garantia e o direito de contar, imediata e diretamente, com iluminação pública especificamente na rua de sua casa. Tem de haver, isso sim, iluminação pública na cidade onde o sujeito passivo da relação reside. E não há dúvida, por ser público e notório, que Campo Grande dispõe de iluminação pública", disse o promotor, na ocasião.

"Sem maiores delongas, a verdade é que no município e no Jardim Imá há iluminação pública, havendo ausência desse serviço apenas em alguns pontos do referido bairro, o que se mostra insuficiente, dada a natureza da contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública, para acusar lesão a direito", acrescentou, afirmando que o fato não configura lesão aos direitos dos consumidores.

Desta forma, a notícia de fato foi arquivada.

Outra denúncia, do mesmo teor, foi feita em 2023, na ouvidoria do MPMS, onde a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep) foi oficiada para adotar medidas visando solucionar a demanda.

Segundo a moradora, equipe chegou a ir até o local para supostamente realizar a instalação, mas como não há postes, informaram que seria feito um comunicado para a concessionária de energia elétrica, a Energisa, mas não houve mais retorno 

Assim, a mesma moradora realizou nova denúncia que motivou a abertura do novo procedimento.

 

histórico

Quatro municípios de MS registraram chuva preta neste fim de semana

Chuva preta é um fenômeno atmosférico que ocorre quando a chuva se mistura com fuligem, cinzas ou outras substâncias escuras misturadas com a água, que se formaram a partir de queimadas e incêndios

15/09/2024 17h00

Morador registrou fotos da chuva preta que caiu em MS neste sábado

Morador registrou fotos da chuva preta que caiu em MS neste sábado Foto: Redes Sociais

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Meteorologia acertou, e, conforme antecipado pelo Correio do Estado, chuva preta atingiu os municípios de Eldorado, Japorã, Naviraí e Corumbá neste sábado (14).

Moradores registraram fotos e vídeos do balde cheio de água da chuva com coloração preta. O fenômeno impressionou sul-mato-grossenses que afirmaram nunca terem presenciado tal fenômeno antes.

Morador de Eldorado, município localizado a 445 quilômetros de Campo Grande, comparou a água limpa/pura da torneira com a água da chuva e compartilhou nas redes sociais. Veja:

Morador registrou fotos da chuva preta que caiu em MS neste sábadoFoto: Redes Sociais

Chuva preta é um fenômeno atmosférico que ocorre quando a chuva se mistura com fuligem, cinzas ou outras substâncias escuras misturadas com a água, que se formaram a partir de queimadas e incêndios.

O resultado é gotas de chuva com coloração mais escura que o normal: marrom ou preta.

O fenômeno se forma de duas maneiras:

  • Quando a carga de poluentes se encontra com uma nuvem de chuva, os materiais se agregam e há precipitação
  • Quando a "pluma de fumaça" se forma abaixo da nuvem, e a água capta essa sujeira ao chover

É prejudicial para ao meio ambiente e saúde humana/animal. O fenômeno pode poluir o solo, vegetação, rios, mananciais e lagos. Ao ser humano, causa problemas respiratórios.

A chuva preta é diferente da chuva ácida, pois, a chuva ácida ocorre a partir da fumaça de fábricas/indústrias, que liberam enxofre e nitrogênio que podem reagir com água, formando ácido sulfúrico e ácido nítrico.

Abrahão havia aconselhado para que a população não se exponha a chuva deste fim de semana. “É sempre importante não se expor, tanto pessoas quanto animais à chuvas que ocorrem depois de longos períodos de estiagem. A melhor chuva é a segunda porque aí a atmosfera já estará limpa”, detalhou.

ACUMULADO DE CHUVA

A tão esperada chuva chegou e “abençoou” alguns municípios de Mato Grosso do Sul neste fim de semana.

De acordo com o meteorologista Natálio Abrahão, neste domingo (15), choveu em Sete Quedas (25,4 mm), Mundo Novo (27,4 mm), Iguatemi (25,2 mm), Itaquiraí (31,8 mm), Amambaí (17,4 mm), Aral Moreira (15,4 mm), Laguna Carapã (28,6 mm), Juti (33 mm), Caarapó (23,4 mm), Ponta Porã (27 mm), Dourados (0,2 mm), Itaporã 19,6 mm), Bonito (18,2 mm), Porto Murtinho (0,4 mm), e Sidrolândia (2 mm).

No sábado (14), choveu em Sete Quedas (14,2 mm), Japorã (13,6 mm), Mundo Novo (11,6 mm), Paranhos (4,8 mm), Jardim (13 mm), Itaquiraí (1,4 mm), Maracaju (2,4 mm), Miranda (15,4 mm), Laguna Carapã (1,8 mm), Iguatemi (2,2 mm), Bonito (35,8 mm), Aral Moreira (3,4 mm), Aquidauana (3,8 mm), Maracaju (1,8 mm), Porto Murtinho (1,6 mm), Corumbá (8,4 mm) e Ponta Porã (4,2 mm).

Eldorado, município localizado a 445 quilômetros da Capital, chegou a registrar a chuva preta neste sábado (14), conforme antecipado pelo Correio do Estado. Até às 15 horas deste domingo (15), ainda não havia chovido em Campo Grande.

Confira o acumulado de chuva total neste fim de semana (sábado [14 set] e domingo [15 set]) em MS:

MUNICÍPIO

CHUVA NO SÁBADO (14)

CHUVA NO DOMINGO (15)

TOTAL DE CHUVA NO FIM DE SEMANA

Sete Quedas

14,2 mm

25,4 mm

39,6 mm

Mundo Novo

11,6 mm

27,4 mm

39 mm

Japorã

13,6 mm

-

13,6 mm

Iguatemi

2,2 mm

25,2 mm

27,4 mm

Paranhos

4,8 mm

-

4,8 mm

Bonito

35,8 mm

18,2 mm

54 mm

Aral Moreira

3,4 mm

15,4 mm

18,8 mm

Aquidauana

3,8 mm

6,6 mm

10,4 mm

Laguna Carapã

1,8 mm

28,6 mm

30,4 mm

Porto Murtinho

1,6 mm

0,4 mm

2 mm

Corumbá

8,4 mm

-

8,4 mm

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