Cidades

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Brasil tem maior nº de casos de Covid dos últimos 10 meses

Diagnóstico subiu 151% em janeiro; O pico de novos casos dos últimos dez meses ocorreu entre os dias 5 e 11 de janeiro

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O Brasil contabilizou 57.713 casos de covid-19 nas três primeiras semanas de 2025 - o maior registro de casos dos últimos dez meses. O número representa um aumento de 151% nos diagnósticos da doença em comparação com as três últimas semanas do mês passado, que somaram 23.018 infecções.

Os dados foram compilados por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Estadual Paulista (Unesp), de acordo com informações do Ministério da Saúde e da plataforma SP Covid-19 Info Tracker, projeto de pesquisa que estuda o avanço diário da doença.

O pico de novos casos dos últimos dez meses ocorreu entre os dias 5 e 11 de janeiro, quando pouco mais de 23,5 mil infecções foram comunicadas às autoridades de saúde. A título de comparação, de 29 de dezembro a 4 de janeiro, haviam sido contabilizados cerca de 16 mil casos e, entre os dias 22 e 28 de dezembro, 6.090.

Desde março de 2024 não eram observados números tão altos quanto os registrados em janeiro de 2025, diz o matemático Wallace Casaca, professor da Unesp e coordenador do Info Tracker. "Esse aumento vem desde novembro, mas teve uma queda acentuada, então nos últimos dez dias de 2024 começou a ganhar forma, explodindo em novos casos em 2025."

Casaca lembra que a primeira semana epidemiológica de março de 2024 registrou 53,8 mil casos. A segunda, 35,6 mil. A partir da terceira, o total caiu para 14 mil. Desde então, os números oscilaram, com quedas e subidas, mas poucas vezes ultrapassaram a casa dos 10 mil casos.

"Os dados atualizados confirmam o que antes era apenas uma percepção no dia a dia das pessoas neste ano: muita gente está se queixando de sintomas gripais que, em grande parte, correspondem na verdade a casos de covid-19", diz.

Segundo Casaca, as festas de fim de ano colaboraram com a alta de registros, mas ainda assim os números estão além do esperado. "As pessoas acabam se contaminando e isso vai sendo propagado. É esperado que se tenha um aumento, mas a magnitude do aumento está surpreendendo em 2025", afirma.

O infectologista Julio Croda, membro da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), faz algumas ressalvas. A primeira é que não é possível entender o quadro real da covid-19 no Brasil apenas observando o número de casos porque a maioria deles não tem sido notificada. Além disso, os dados também podem ser um sinal de aumento da testagem para detecção da doença.

Em relação a casos graves, o último Boletim InfoGripe da Fiocruz, referente à semana de 12 a 18 de janeiro, aponta um crescimento de notificações de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) associadas à covid-19 em estados das regiões Norte e Nordeste.

"O crescimento ocorre principalmente na população mais idosa, mas em alguns estados também temos observado um aumento dos casos graves na população de jovens e adultos", afirma Tatiana Portella, pesquisadora do InfoGripe, no vídeo de divulgação do boletim. Ela lembra que a vacina contra o coronavírus está disponível para os grupos definidos pelo Ministério da Saúde (veja aqui o esquema vacinal) e é eficaz na prevenção de formas graves e mortes.

Procurado na terça-feira, 28, para comentar os registros da doença no País, o ministério não respondeu até a publicação do texto.

ARTEIRO

Cachorro prende pescoço em cano e é levado até quartel dos bombeiros para retirar objeto

Animalzinho foi colocar a cabeça para fora do muro para latir a rua, mas acabou com o pescoço preso

18/02/2025 12h00

Cachorrinho

Cachorrinho "arteiro" foi olhar a rua e prendeu pescoço no cano do muro de sua residência DIVULGAÇÃO/CBMMS de Corumbá

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Cachorro “arteiro” prendeu o pescoço em um cano no muro de sua residência, na tarde desta segunda-feira (17), no bairro Padre Ernesto, em Corumbá, município localizado a 416 quilômetros de Campo Grande.

Militares do 3º Grupamento de Bombeiro Militar foram até a residência e tiveram que quebrar o muro para retirar o cãozinho, ainda com o cano no pescoço.

O cachorro foi levado até o quartel do Corpo de Bombeiros Militar, onde foi usado um equipamento conhecido como “retifica”, utilizado em cortes de precisão para retirada de anéis e metais presos ao corpo.

Após ter sido socorrido com o objeto retirado de seu pescoço, o cachorrinho foi entregue “sã e salvo” a sua dona. Veja o vídeo:

penduricalhos

Cada juiz de MS recebeu R$ 734 mil acima do teto em 2024

Dados do CNJ mostram que os 221 magistrados estaduais de MS são os campeões nacionais no que se refere a supersalários

18/02/2025 11h51

Em média, os juízes brasileiros receberam R$ 170 mil acima do teto no ano passado, valor bem inferior ao que foi pago em MS

Em média, os juízes brasileiros receberam R$ 170 mil acima do teto no ano passado, valor bem inferior ao que foi pago em MS

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Reportagem do jornal O Globo publicada nesta terça-feira (18) revela que os 221 magistrados do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul receberam, no ano passado, R$ 162 milhões em salários acima do teto constitucional, o que equivale a R$ 734 mil por magistrado.

Mas o valor é ainda maior, pois foram excluídos valores referentes a  auxílio-moradia, auxílio-alimentação e auxílio-saúde.

Este valor, segundo o levantamento é o mais alto entre os tribunais estaduais, ficando atrás somente do Tribunal de Justiça Militar de Minas Gerais, onde o rendimento médio acima do teto foi de R$ 835 mil. 

Em segundo lugar neste ranking dos supersalários aparece o TJ de Minas Gerais, onde 1.597 juízes e desembargadores embolaram R$ 596 mil acima do teto constitucional, que no ano passado era de R$ 44 mil e que neste ano subiu para R$ 46,3 mil.

Na média de todos os tribunais do país, nas esferas estadual e federal, o pagamento acima do teto para magistrado foi de R$ 270 mil no ano passado.

Ou seja, com R$ 734 mil, os juízes e desembargadores de Mato Grosso do Sul rebeberam 171,8% acima da média nacional. 

No ano anterior, em 2023, os magistrados de Mato Grosso do Sul já estavam em primeiro lugar no ranking nacional dos maiores salários, conforme mostrou a 21ª primeira edição do relatório “Justiça em Números”, divulgado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Eles custaram 195,9% a mais que os últimos colocados do ranking, que são os magistrados do estado de Alagoas.

Em média, os juízes brasileiros receberam R$ 170 mil acima do teto no ano passado, valor bem inferior ao que foi pago em MS

Em Alagoas, berço eleitoral de Fernando Collor, que na década de 80 do século passado virou presidente da República por conta de sua “caçada aos marajás” do serviço público, um magistrado custou R$ 40.673,00 por mês aos cofres públicos em 2023.

Enquanto isso, em Mato Grosso do Sul esse valor foi de R$ 120.354,00. Estar no topo deste ranking não chega a ser novidade. Em 2022, os magistrados daqui estavam em segundo lugar, ficando atrás apenas de Minas Gerais. 

Estado eficiente

Os números divulgados pelo jornal carioca desta terça-feira fazem parte da primeira de uma série de cinco reportagens que o diário começou a publicar sobre um “Estado Eficiente”. Esta primeira reportagem morta que o Judiciário pagou quase R$ 7 bilhões em remunerações acima do teto estabelecido pela Constituição durante o ano de 2024.

Os dados foram disponibilizados pelo próprio Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que, em nota, disse que “muitos dos pagamentos citados são passivos relativos a decisões judiciais que deram ganho de causa a esses profissionais para o pagamento desses valores”.

A discussão sobre remunerações de servidores acima do teto está entre as principais pautas no debate sobre corte de gastos.

Em reuniões com os presidentes da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apresentou uma série de projetos considerados prioritários para a equipe econômica para este ano.

Entre eles, está a aprovação do projeto de lei atualmente no Senado que busca regulamentar o pagamento a servidores, incluindo as verbas indenizatórias.

Ao longo dos últimos anos, tornou-se prática comum o pagamento de verbas de caráter indenizatório, chamadas de “penduricalhos”. A rubrica contempla uma série de benefícios e auxílios concedidos a servidores que, ao serem classificados nesta categoria, não estão sujeitos ao teto remuneratório.

Os dados do CNJ apontam que, nas esferas federal e estadual, o Judiciário gastou R$ 4,9 bilhões com direitos eventuais como “pagamentos retroativos” e “licença compensatória”. Além disso, foi gasto R$ 1,8 bilhão com indenizações. No total, R$ 6,7 bilhões.

E estes valores só não são maiores porque foram retiradas algumas rubricas mais comuns a demais servidores ou a iniciativa privada, como auxílio-moradia, auxílio-alimentação, auxílio-saúde e gratificação natalina. Se fossem considerados todos os valores de indenizações e “direitos eventuais”, o valor chegaria a R$ 12 bilhões. 

Para Luciana Zaffalon, advogada e diretora executiva do Justa, centro de pesquisa que atua no campo da economia política da justiça, os valores pagos acima do teto atingem praticamente todos os órgãos do sistema de Justiça, incluindo os Ministérios Públicos, que em cada estado paga valores idênticos aos da magistratura.

'Licença compensatória'

Conforme a reportagem do jornal carioca, para justificar os pagamentos, os tribunais geralmente se baseiam em decisões administrativas próprias ou do Conselho Nacional de Justiça. 

Nos últimos anos, um desses mecanismos que gerou críticas, por exemplo, foi a chamada licença compensatória, valor pago em dinheiro por supostas folgas não usufruídas pelos magistrados.

A licença transforma a gratificação por exercício cumulativo em um dia de folga para cada três trabalhados, que pode ser convertido em pagamento. 

Ou seja, o juiz é indenizado por não usufruir da folga e o valor assume natureza indenizatória, fora do teto constitucional. Um levantamento feito pela ONG Transparência Brasil apontou que, em 16 meses, os pagamentos dessa rubrica por si só, responderam por R$ 816 milhões no país.

Distorções

O Globo também ouviu o economista Nelson Marconi, professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Para ele,  além do impacto fiscal causado pelo pagamento de valores acima do teto, os penduricalhos também reforçam a injustiça dentro da máquina pública. 

Um relatório do Tesouro Nacional publicado no início de 2024 deixou isso claro: no Brasil, 1,6% do Produto Interno Bruto é gasto com tribunais. Em comparação, a média dos países emergentes é de 0,5% e nas economias avançadas é de 0,3%.

Marconi foi diretor de Carreiras e Remuneração do Ministério da Administração Federal e Reforma do Estado durante o governo Fernando Henrique. A pasta foi responsável por formular e implementar a última reforma administrativa de grande porte no Brasil, em 1998.

“Naquele momento, a discussão já era essa e foi definido que dentro do teto estariam incluídas as vantagens remuneratórias, já estava muito claro. Mas eles sempre fazem uma interpretação de que esse tipo de despesa não está considerado nessa definição que está na lei, definem que está fora do teto. O teto em si não é um absurdo, mas sim essas vantagens indenizatórias, que transformam esse valor”, entende ele.

O jornal carioca procurou o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, que não se manifestou. 

      


      

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