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Bullying pode dar quatro anos de prisão

Bullying pode dar quatro anos de prisão

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29/05/2012 - 12h00
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O grupo que discute o texto do novo Código Penal decidiu nesta segunda-feira tipificar como crime a prática de bullying - ato de agredir fisicamente ou verbalmente algum menor de idade, de forma intencional e continuada. O crime foi classificado como "intimidação vexatória" e poderá resultar em até quatro anos de prisão quando o autor for maior de idade.

Quando o agressor tiver menos de 18 anos, o bullying será considerado ato infracional e, de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, o autor receberá medidas socioeducativas, como prestação de serviços, acompanhamento e internação.

Para que o crime seja tipificado, é preciso ficar provado que houve sofrimento da vítima a partir de uma pretensa superioridade do autor da violência.

O grupo também decidiu criminalizar a prática de stalking, que é perseguir alguém com ameaça à sua integridade física ou psicológica, invadindo sua privacidade ou liberdade. Classificado de “perseguição obsessiva ou insidiosa”, o crime pode resultar de dois a seis anos de prisão.

Ainda entre as ameaças, a comissão de juristas decidiu aumentar a punição para o crime de constrangimento ilegal, o que afetará diretamente a atuação dos guardadores de carro irregulares. Apesar de o texto não destacar a atuação dos “flanelinhas”, a adequação atingirá aqueles que ameaçarem donos de veículos como forma de obter dinheiro, que poderão pegar até quatro anos de prisão.

Caso a ameaça seja feita por mais de três pessoas, ou ainda se houver uso de arma de fogo, a pena pode chegar a seis anos e meio de prisão. O grupo entendeu, no entanto, que o simples fato de pedir dinheiro não é ilegal.

Outros crimes

Os juristas definiram, ainda, que os médicos não podem obrigar pessoas maiores e capazes a fazer tratamento de saúde, como transplante de órgãos e transfusão de sangue. A mudança pretende atender a liberdade religiosa e a autonomia da vontade dos pacientes.

Nos crimes de sequestro, houve ajustes de penas: de um a quatro anos para sequestros simples, e até cinco anos se o sequestro tiver finalidades sexuais, se houver internação em casa de saúde ou se for praticado contra menores menores, idosos, companheiros, pais e filhos. A pena pode chegar a dez anos se o sequestro durar mais de seis meses. O crime de tratar pessoas como escravos recebeu pena de quatro a oito anos, que pode aumentar se houver violência ou tráfico de pessoas.

A comissão que elabora o anteprojeto do novo Código Penal no Senado foi formada em outubro do ano passado e deve concluir seu trabalho no próximo dia 25 de junho. Assim que o texto ficar pronto, começará a tramitar no Legislativo como um projeto de lei comum, que poderá ser alterado pelos parlamentares e pela Presidência da República.

O Código Penal brasileiro é de 1940, foi sancionado pelo então presidente Getúlio Vargas, e só teve alterações pontuais desde então. Com a chegada da Constituição de 1988 e com as crescentes mudanças na sociedade, o Legislativo decidiu revisar o texto, que hoje tem 361 artigos.

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Chuvas continuam e frente fria deve chegar já na próxima semana em MS

A mudança no tempo ocorre devido à combinação de diversos fatores que levarão a mínimas entre 12°C e 14°C e máximas 26-28°C em alguns locais

25/04/2025 11h00

Chuvas continuam e frente fria deve chegar já na próxima semana em MS

Chuvas continuam e frente fria deve chegar já na próxima semana em MS Gerson Oliveira

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Após tempestades constantes, a previsão do tempo do Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul (CEMTEC) prevê a chegada de uma nova frente fria em grande parte do Estado. 

De acordo com o centro de monitoramento, com início previsto entre sexta-feira (25) e domingo (27), há probabilidade para ocorrência de chuvas intensas e tempestades acompanhadas de raios e rajadas de vento com acumulados significativos de chuvas, acima de 50 mm em 24 horas. 

Segundo o CEMTEC, a mudança no tempo ocorre devido à combinação de diversos fatores, como o intenso transporte de umidade, à atuação de uma área de baixa pressão atmosférica sobre o norte da Argentina e no Paraguai, um cavado em médios níveis da atmosfera e a formação de um ciclone extratropical associado a uma frente fria na altura do litoral da região Sul do Brasil.

Conforme a previsão, haverá queda nas temperaturas, com mínimas entre 12ºC e 14ºC e máximas 26-28°C em alguns locais. 

No Pantanal e regiões próximas, esperam-se mínimas entre 18-21°C e máximas entre 26-28°C. Na capital, em Campo Grande, o frio deve chegar de maneira breve, com mínimas entre 22-23°C e máximas entre 25-28°C ao longo dos três dias.

Já nas regiões do bolsão, leste e norte, os termômetros devem registrar mínimas de 21° a 23°C e máximas entre 28-31°C. Em relação aos ventos, os valores poderão variar entre 40-60 km/h e, pontualmente, podem ocorrer rajadas de vento acima de 60 km/h.

Chuva na Capital

Precipitação que beirou cerca de 70 milímetros ontem (24) em Campo Grande, a chuva de quinta-feira foi suficiente para arrastar árvores e deixar um rastro de destruição que se espalha pela Capital, que deve demorar todo o final de semana para ser reparado. 

Após a chuva da tarde de quinta-feira (25), logo no começo da noite foi possível notar que diversos pontos da cidade já sofriam com alagamentos, como o trecho das avenidas Rachid Neder, Ernesto Geisel, próximo à Tamandaré. 

Logo no período da noite equipes da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep) e da Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil estavam nas ruas para levantamento dos pontos mais atingidos. 

A própria prefeita, Adriane Lopes esteve na Avenida Ernesto Geisel, onde próximo ao Hospital do Câncer Alfredo Abrão, no sentido centro/bairro, a chuva danificou, segundo a equipe do Executivo em nota, placas de concreto que revestem as paredes do Córrego Prosa. 

Sendo que a prefeitura aponta para uma chuva de 68 milímetros ontem, imagens que circulam pelas redes sociais mostram que esse volume foi suficiente para uma árvore à beira do córrego Segredo, na avenida Ernesto Geisel, ser arrastada e levada com a enxurrada.  

Previsão para os próximos dias em Campo Grande:

25/04 - Sexta-feira

  • Temperatura Mínima: 19°C
  • Temperatura Máxima: 25°C

26/04 - Sábado

  • Temperatura Mínima: 19°C
  • Temperatura Máxima: 28°C

27/04 - Domingo

  • Temperatura Mínima: 21°C
  • Temperatura Máxima: 28°C

28/04 - Segunda-feira

  • Temperatura Mínima: 20°C
  • Temperatura Máxima: 26°C

29/04 - Terça-feira

  • Temperatura Mínima: 17°C
  • Temperatura Máxima: 25°C

Frente de obras

Titular da Sisep, Marcelo Miglioli disse que as ações emergenciais já começaram, sendo que as frentes de obras devem se estender pelo menos durante todo o final de semana. 

“Já nesta sexta-feira (25), daremos continuidade aos atendimentos emergenciais em toda a cidade. Algumas intervenções dependem de estiagem para execução, mas onde for possível agir, nossas equipes estarão atuando, inclusive ao longo de todo o final de semana” afirmou ele.

A prefeitura reforça que todas as equipes estão empenhadas no atendimento às demandas, porém, estão à mercê de uma trégua por parte da chuva. 

Outono

O outono, que dura até dia 21 de junho, é um período de transição entre o verão, que tem os meses mais quentes e úmidos na maior parte do país, e o inverno, que tem predomínio de tempo seco e passagens de grandes massas polares que podem causar queda acentuada da temperatura.

Neste período, ocorrem as primeiras incursões de massas de ar frio, vindas do sul do continente e que provocam uma queda gradativa das temperaturas ao longo da estação.

Além disso, os dias ficam mais curtos, as chuvas são menos frequentes e a umidade relativa do ar diminui gradativamente.

O prognóstico do Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul (Cemtec) aponta que o outono de 2025 terá menor precipitação e maiores temperaturas do que a média histórica.

Segundo análises baseadas em modelos climáticos, o trimestre de abril a junho deverá apresentar características mais secas e quentes que o normal para a estação. 

As projeções indicam uma tendência de chuvas abaixo da média histórica, especialmente nas regiões oeste e sudeste do estado.

Enquanto a média histórica dos últimos 30 anos para o trimestre abril-maio-junho varia entre 150 a 300 mm na maior parte do estado, as previsões apontam para volumes inferiores, principalmente na metade oeste e sudeste de Mato Grosso do Sul.

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CIDADE MORENA

Chuva abre crateras em Campo Grande e prefeitura espera 'trégua' para início de obras

Enxurrada que caiu desde a tarde de quinta-feira (25) deixou novos estragos pela cidade, além de agravar situação em pontos críticos

25/04/2025 10h47

Estrago foi responsável por engolir boa parte da ciclovia que fica localizada atrás do aeroporto

Estrago foi responsável por engolir boa parte da ciclovia que fica localizada atrás do aeroporto Naiara Camargo/Correio do Estado

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Entre os estragos causados pela chuva que começou na tarde de ontem (25), e estão sendo levantados por equipes da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep) e da Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil, há crateras nos mais variados pontos de Campo Grande e alguns reparos que só devem começar após uma "trégua" das precipitações. 

Estrago foi responsável por engolir boa parte da ciclovia que fica localizada atrás do aeroporto Marcelo Victor/Correio do Estado

Uma dessas crateras, que já foi interditada, fica localizada na avenida Wilson Paes de Barros, estrago esse que foi responsável por engolir boa parte da ciclovia que fica localizada atrás do aeroporto de Campo Grande.

Esse estrago traz riscos aos que transitam pelo local de bicicleta, já que agora é preciso se esgueirar entre a faixa de interdição e os carros que transitam pela avenida. 

Outro estrago, um dos primeiros a vir à tona, foram os desabamentos de parte do concreto que reveste a parede do córrego na avenida Ernesto Geisel, sendo um desses pontos em frente ao Hospital do Câncer e outro em frente ao Centro de Belas Artes. 

Na manhã de hoje (25) o titular da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep), Marcelo Miglioli, afirmou que a chuva de ontem (24) beirou os 80 milímetros e o problema das placas de concreto no córrego da Ernesto Geisel possuem complexidades diferentes. 

"O do Belas Artes é mais simples, nós já vamos começar imediatamente a intervenção no do Belas Artes e vamos providenciar os materiais necessários para que a gente possa fazer a intervenção nesse ponto da frente do Hospital Alfredo Abrão, que é uma recuperação mais complexa", disse o secretário. 

Ainda perto da Ernesto Geisel, na rua Anápolis, um trecho do asfalto cedeu, o mesmo problema que aconteceu na Carlota de Almeida Lemos - entre a Youssif Abdulahad e a avenida Tamandaré -, onde um bueiro acabou estourado. 

Demais estragos

Miglioli aponta para os estragos registrados na Chácara dos Poderes, ponto que classificou como "mais crítico", onde a chuva da semana passada já havia causado uma erosão no córrego Pedregulho, situação que piorou com a precipitação de ontem (25).

"Houve uma interrupção da pista, nós temos que fazer uma intervenção mais pesada ali, porém, para fazer isso dependemos de São Pedro colaborar um pouco com a gente". 

Sobre a avenida Wilson Paes, ele esclarece que houve um fechamento da tubulação, obra essa que ele diz estar em execução e ser de responsabilidade da empresa construtora, que deverá restabelecer a normalidade sem nenhum custo para o município. 

Além da árvore arrastada dentro do Córrego Segredo, várias outras árvores caíram por Campo Grande, como o estrago registrado em frente à Unidade Básica de Saúde (UBS) Piratininga, que fica localizada na avenida Paulista, do bairro Piratininga, que por despencar alguns metros para o lado evitou que caísse na estrutura do posto local. 

No trecho do Lago do Amor, região de muita polêmica após a última pancada forte na cidade, a chuva de ontem (24), apesar de frear o andamento dos reparos, não trouxe problemas ou comprometimentos à estrutura reedificada recentemente. 

"A água passou por cima da pista, mas o serviço feito segurou bem, não houve nenhum comprometimento aqui no Lago do Amor", complementa Miglioli. 

Apesar disso, no local o trânsito segue normalmente como reestabelecido, com ambas as faixas liberadas para o fluxo de veículos. 


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