Cidades

ESTRAGOS

Buracos e vegetação aumentam na rodovia MS-080 após as chuvas de verão

Asfalto danificado, mato e falta de acostamento colocam em risco segurança de condutores

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As chuvas de verão não têm comprometido apenas ruas de centros urbanos. Estradas que dão acesso a municípios no interior do Estado também foram afetadas, por exemplo, os buracos estão tomando conta da MS-080, rodovia com extensão de 209 km, que começa em Campo Grande e termina próximo ao município de Rio Verde de Mato Grosso.

Além dos buracos que invadem a pista, o matagal às margens da rodovia cresce com as chuvas constantes e comprometem a visão de motoristas que trafegam no local.

Proprietária de uma chácara na região de Rochedo, Valdirene Alves Camargo frequenta a rodovia semanalmente e conta que a situação da pista está perigosa. “Toda semana faço o trajeto Campo Grande-Rochedo e, após essa chuvarada, percebi que há buracos na via, que muitas vezes preciso invadir a pista contrária para desviar”, afirma.  

Para ela, o risco tem sido duplo. “Não sei o que é pior, passar a 80 km/h em cima dos buracos e desestabilizar o carro, com risco de capotamento, ou invadir a pista contrária e correr o risco de colisão. Está complicado”, complementa.

Outro problema, segundo Valdirene, é que o trecho Campo Grande-Rochedo, em sua maioria, não tem acostamento. “Ciclistas pedalam na MS-080, que não tem nenhum acostamento, e isso é muito perigoso”, critica.

SINALIZAÇÃO

Morador de Rochedo, Valdir José Bosso vem com frequência a Campo Grande e relata que, apesar de a rodovia ter sido recuperada no passado, ainda faltam muitas melhorias.

“Depois da recuperação, ficou ótima, mas agora ela está com muitos buracos, acredito que por dois fatores, a falta de manutenção e as carretas com excesso de cargas”, disse.

Valdir também reclama da vegetação que tem invadido a pista e da falta de sinalização no trecho, principalmente alertando que há risco de animais na pista.

Outro ponto seria a falta de fiscalização, que resulta em excesso de velocidade. “Sem as condições mínimas para trafegar e com veículos transitando com a velocidade acima do permitido, já aconteceram inúmeros acidentes com vítimas fatais. Eu mesmo perdi meu neto, de 4 anos, em agosto do ano passado em um acidente na MS-080”.

Em entrevista ao Correio do Estado, a Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos (Agesul) informou que equipes já estão trabalhando na recuperação da MS-080, no trecho entre Campo Grande e Rochedo. Já o trecho entre Rochedo e Rio Negro, as obras estavam previstas para o fim de fevereiro.

BR-262

Com 2.213 quilômetros de extensão, a BR-262 é uma importante via de Mato Grosso do Sul. Com as chuvas, a rodovia também foi afetada, com o surgimento de buracos em vários trechos.

De acordo com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), obras já estão sendo feitas nesse local. Do KM 708 ao 781, trecho entre a ponte do Rio Paraguai e da Fronteira com a Bolívia, há operação de tapa-buracos, as árvores estão sendo podadas e também há execução de meio-fio.

“Todas as rodovias federais do MS possuem contrato de manutenção. Eles são de caráter continuado e sempre fazem os tapa-buracos quando existe a necessidade”, afirma Euro Nunes, superintendente do DNIT.

“As fortes chuvas aumentam a necessidade de atuação e o DNIT vem mantendo as condições de trafegabilidade”, complementa.  

MS-040

Sem distinção das outras, a MS-040 também sofre com buracos, que podem ser a causa de acidentes na pista.

O trajeto liga Campo Grande ao município de Santa Rita do Pardo e serve como rota alternativa para caminhões que saem de Corumbá (MS) com destino ao Porto de Santos (SP).

Equipes da Agesul já estão trabalhando no local, porém, muitas vezes, as obras têm de ser paradas por conta das chuvas.

“As equipes da Agesul estão trabalhando de forma intensiva para aproveitar os momentos de sol e vai priorizar alguns trechos, como a MS-040, onde vamos atacar em várias frentes, assim que as chuvas derem uma trégua”, destaca o diretor de Manutenção Viária da Agesul, Mauro Rondon. 

16 dias internado

Morre segunda vítima de acidente envolvendo mureta na Gunter Hans

Daniel Moretti, de 26 anos, será velado nesta segunda-feira (15), no Cemitério Memorial Park, em Campo Grande

15/12/2025 09h35

Daniel Moretti, de 26 anos, ficou 16 dias internado em estado gravíssimo

Daniel Moretti, de 26 anos, ficou 16 dias internado em estado gravíssimo Reprodução Instagram

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Daniel Moretti Nogueira, de 26 anos, morreu na madrugada desta segunda-feira (15), no Hospital Santa Casa, após ficar 16 dias internado em estado gravíssimo.

Ele é o motorista do carro que se envolveu em um acidente grave, em 29 de novembro de 2025, na mureta da avenida Gunter Hans. Na ocasião, Ângelo Antônio Alvarenga Perez, de 23 anos, passageiro, faleceu no local do acidente.

Daniel Moretti, de 26 anos, ficou 16 dias internado em estado gravíssimoCarro ficou completamente destruído. Foto: divulgação

Conforme apurado pela reportagem, os jovens seguiam em um Peugeot 2008 na avenida Gunter Hans, sentido centro-bairro, por volta das 22 horas, quando colidiu violentamente contra a mureta do corredor de ônibus. O motorista vinha em alta velocidade e freou quando viu a mureta, mas, não conseguiu evitar a colisão.

A lateral direita do veículo ficou destruída. Daniel Moretti era o motorista e foi socorrido em estado grave. Já Ângelo Alvarenga era o passageiro e morreu no local.

Quatro viaturas do Corpo de Bombeiros (CBMMS), duas da Polícia Militar (PMMS), uma da Polícia Civil (PCMS), uma da Polícia Científica e um carro funerário estiveram no local para socorrer as vítimas, isolar a área, recolher os vestígios do acidente, realizar a perícia e retirar o corpo.

Daniel Moretti será velado a partir das 10h desta segunda-feira (15), no Cemitério Memorial Park, em Campo Grande.

O acidente repercutiu na imprensa campo-grandense e pôs em questão a inutilidade da mureta do corredor de ônibus da Gunter Hans, que está sem utilidade há anos devido a obra inacabada.

INADIMPLÊNCIA

Imasul divulga mais de 9 mil empresas inadimplentes por Lei da Logística Reversa

Fabricantes e importadoras que venderam produtos em 2022 e não implementaram sistema de acordo com a lei estão sujeitos a multas por crime ambiental

15/12/2025 09h32

Imasul divulga nome de 9 mil empresas inadimplentes devido a lei de logística reversa

Imasul divulga nome de 9 mil empresas inadimplentes devido a lei de logística reversa Divulgação: Governo do Estado

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Publicado no Diário Oficial do Estado de Mato Grosso do Sul desta segunda-feira (15), o Instituto do Meio Ambiente do Estado, o Imasul, por meio de edição de suplemento, divulgou mais de 9 mil empresas que não cumpriram com a lei da logística reversa.

Segundo o documento, 9.130 comerciantes geraram embalagens descartáveis há 3 anos atrás, em 2022 e ainda não comprovaram a existência de um sistema de logística reversa, que é previsto obrigatoriedade na legislação de Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), baseada na Lei nº 12.305 de 2010.

A lei a princípio estabelece para fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes, consumidores e também poder público, a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, com foco principal na destinação correta de embalagens e resíduos pós-consumo.

Os produtos e, consequentemente, empresas sujeitas à logística reversa, são as que fabricam mercadorias de:

  • Agrotóxicos e embalagens;
  • Óleos lubrificantes, com resíduos e embalagens;
  • Pneus inservíveis – que estão no fim da vida útil;
  • Lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e de mercúrio;
  • Baterias e pilhas;
  • Equipamentos eletroeletrônicos, que geram lixo eletrônico;
  • Medicamentos domiciliares vencidos ou em desuso, além das embalagens;
  • E embalagens de alimentos, bebidas, produtos de higiene, cosméticos, limpeza, entre outros.

Agora, as empresas citadas no documento são consideradas inadimplentes e estão sujeitas à multas e penalidades ambientais, com base no Decreto Federal nº 6.514/08 e na Lei Federal de Crimes Ambientais, que responsabilizam sobre crimes do tipo.

Entre as identificadas, aparecem empresas da área de saúde e medicamentos, como farmácias e clínicas odontológicas, além de empresas de eletrônicos, confeitarias, de decoração e papelaria, agrícolas e têxtil. Também estão na lista comércios de bebidas, alimentos e calçados.

Confira a lista divulgada no Diário Oficial de Mato Grosso do Sul aqui.

* Saiba

Algumas grandes empresas contam com programas individuais que estabelecem sistemas de coleta das embalagens, como em comércio de cosméticos, com a devolução de frascos nas próprias unidades, ou também no comércio de bebidas com a criação de embalagens retornáveis, com reintrodução na cadeia produtiva.

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