Cidades

SAÚDE

Estado recebe mais de 160 mil doses de vacinas para imunizar crianças e adolescentes

Ao todo são 18 vacinas para atualização da carteira, mas objetivo principal é imunizar as crianças contra sarampo e poliomielite

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Crianças e adolescentes já podem ser vacinadas em todo Mato Grosso do Sul. A Campanha Nacional de Multivacinação começou na segunda-feira (5) com mais de 160 mil doses disponíveis.

Os pais poderão atualizar a carteira de vacinação dos filhos até o dia 30 de outubro. São 18 vacinas disponíveis, com prioridade de imunização contra sarampo e poliomielite.

As doses recebidas pelo Ministério da Saúde foram distribuídas entre todos os municípios do Estado.  

A meta da Secretaria de Estado de Saúde (SES) é imunizar no mínimo 80% dos adolescentes de 11 e 12 anos e 95% das crianças menores de 5 anos em Mato Grosso do Sul.  

Se o objetivo for cumprido, todas as Cadernetas de Vacinação de crianças e adolescentes menores de 15 anos de idade e em crianças de 12 meses a menores de 5 anos de idade contra a Poliomielite, poderão ser atualizadas. 

Em Campo Grande, as doses estão disponíveis em qualquer Unidade Básica de Saúde (UBSs) e Unidade de Saúde Familiar (USFs). Diferente da Campanha Nacional contra Gripe, dessa vez não será possível ter acesso às vacinas em farmácias.

“Como é atualização de caderneta, é necessário ter acesso ao sistema Hygea e e-SUS, e as farmácias não têm acesso a esses sistemas para confirmar se a criança já tomou ou não a vacina”, explicou a assessoria da Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande (Sesau).

De acordo com a Gerente Técnica de Imunização da SES, Ana Paula Rezende de Oliveira Goldfinger, a pandemia da Covid-19 afetou a imunização das crianças, já que pais deixaram de levar seus filhos aos postos de saúde por medo do coronavírus.

“Estamos bem esperançosos com esta campanha e pedimos aos pais que procurem as unidades de saúde. Todos os protocolos de segurança recomendados pela SES e pelo Ministério da Saúde serão seguidos para minimizar o risco de infecção pelo vírus”, ressaltou.

Confira as vacinas disponíveis  

Vacinas disponibilizadas para crianças: BCG; Hepatite B; Poliomielite 1,2,3 (VIP - inativada); Poliomielite 1 e 3 (VOP - atenuada); Rotavírus humano G1P1 (VRH); DTP+Hib+HB (Penta); Pneumocócica 10 valentes; Meningocócica C (conjugada); Febre Amarela (Atenuada).

Sarampo, Caxumba, Rubéola (SCR); Sarampo, Caxumba, Rubéola e Varicela (SCRV); Hepatite A (HA); Difteria, Tétano, Pertussis (DTP); Difteria, Tétano (dT); Papilomavírus humano (HPV); Varicela, pneumocócica 23-valente (Pncc 23*) vacina indicada para população indígena a partir dos cinco anos de idade.

Vacinas disponibilizadas para adolescentes: Hepatite B (HB recombinante); Difteria, Tétano (dT); Febre amarela (Atenuada); Sarampo, Caxumba e Rubéola (SCR); Papilomavírus humano (HPV); Meningocócica ACWY (conjugada); Pneumocócica 23-valente (Pncc 23) vacina indicada para população indígena.

Perigo

Inmet alerta para chuvas intensas e tempestade em MS

Previsão aponta ventos de até 100 km por hora

27/11/2024 16h30

Chuva e vento devem atingir boa parte do estado

Chuva e vento devem atingir boa parte do estado Gerson Oliveira / Correio do Estado

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O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta de "perigo" para Mato Grosso do Sul, indicando a possibilidade de tempestades e chuvas intensas a partir de hoje (27). O aviso faz parte de uma série de alertas que abrangem diversas regiões do país, com Mato Grosso do Sul sendo um dos estados mais afetados.

O alerta de "perigo" para o estado prevê chuvas com precipitações entre 30 e 60 mm por hora e ventos intensos que podem chegar a 100 km/h.

Essas condições meteorológicas gerar uma série de riscos potenciais, incluindo: cortes no fornecimento de energia elétrica, queda de galhos e árvores, alagamentos e descargas elétricas.

Chuva e vento devem atingir boa parte do estado

Recomendações de segurança

Diante da gravidade da situação, o Inmet faz as seguintes recomendações aos moradores das áreas afetadas:

  • Evitar se abrigar debaixo de árvores devido ao risco de queda e descargas elétricas
  • Desligar aparelhos elétricos e o quadro geral de energia, quando possível

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Conflito

Estado oferece 2 litros d'água por indígena para liberar rodovia em Dourados

MS-156, que liga Dourados a Itaporã, segue bloqueada há dois dias por indígenas, que negociam liberação

27/11/2024 16h00

Soldados da Tropa de Choque reunidos próximo às aldeias

Soldados da Tropa de Choque reunidos próximo às aldeias Foto: Divulgação

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A proposta das autoridades para liberar a MS-156, que liga Dourados a Itaporã, bloqueada há dois dias por indígenas da etnia Guarani-Kaiowá e indígenas da etnia Terena que exigem abastecimento d’água nas aldeias, é de oferecer, paliativamente, dois litros de água por indígena, apurou o Correio do Estado.

Uma fonte que acompanha as negociações informou ao Correio do Estado que autoridades estaduais ofereceram dois caminhões-pipa, que transportam no máximo 30 mil litros d’água, para atender as aldeias Juaguapiru e Bororo que, juntas, têm 25 mil residentes.

Os dois caminhões cheios dariam pouco mais de 60 mil litros para os indígenas, pouco mais de 2 litros de água para cada um. Conforme apurado, uma reunião entre o Capitão Romão Fernandes, líder da Aldeia Jaguapiru e autoridades está marcada para às 16h desta quarta-feira (27).

“A situação está bem feia, a tropa de choque feriu alguns indígenas, já encaminhados ao hospital, neste momento não tem acordo. Caso a medida seja utilizar caminhões-pipa, ao menos cinco para cada aldeia, além de distribuirem outros galões de água”, falou Ade Vera, indígena Kaiowá, professor e morador da Aldeia Jaguapiru.

 

O pivô do problema foi um convênio do governo de Mato Grosso do Sul e a Itaipu Binacional anunciado na semana passada pelo governador Eduardo Riedel. O investimento de R$ 60 milhões na implantação de rede de água potável e saneamento atenderia aldeias indígenas guarani-kaiowa de oito municípios. Jaguapiru e Bororó, em Dourados, não foram contempladas.

Ainda não há posicionamento do governo sobre a oferta de saneamento básico nas aldeias indígenas de Dourados.

Nas redes sociais, Luzinete Reginaldo, esposa do Capitão Ramão Fernandes, disse estar muito indignada com a atuação policial na aldeia. Conforme apurado, ao menos 10 carros do Batalhão de Choque foram deslocados até a região. “Quando a gente chama a base (polícia) para atender tráfico, para atender roubo, eles não vem. Queremos só água, socorro por àgua, socorro às crianças, socorro às gestantes, a gente já tentou dialogar mas não tivemos êxito.”

Em agenda nesta manhã, o governador Eduardo Riedel (PSDB) disse que o bloqueio de rodovias inibe o direito de ir e vir das pessoas. Na oportunidade, questionado sobre a atuação do Batalhão de Choque da Polícia Militar, falou que “confrontos sempre têm dano.”

"Hora que fecha uma rodovia, inibe o direito de ir e vir, trabalhadores que não chegam na fábrica, gente que não passa... por uma reivindicação que é justa e que foi negociada, mas o tempo todo sendo procrastinada por interesses políticos e tem um BO [boletim de ocorrência] feito contra a pessoa que estava incentivando as comunidades", disse Riedel. A reportagem buscou contato com o Capitão Ramão Fernandes, entretanto não obteve retorno até a publicação. 

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