Cidades

CULTURA LOCAL

Campão Cultural volta com 'Os Garotin' e Sandra de Sá entre mix regional

Festival será dividido em dois finais de semana, entre 27 e 03 de abril, com circuito comunidades dando início à programação e ocupação da 14 de julho fechando o calendário com direito até à desfile

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Entre os dias 27 de março e 03 de abril Campo Grande deve respirar mais uma vez os ares do Campão Cultural,  Festival que ficou marcado no imaginário local e que volta, quase cerca de três anos após a última edição, mas com um novo conceito: de ser mais regionalizado e urbano, ainda assim trazendo nomes nacionais como Sandra de Sá e Os Garotin. 

Essa terceira edição do festival está marcada para acontecer entre os dias 27 de março e 03 de abril, sendo o primeiro final de semana com o "Circuito Comunidades" e entre os dias 04 e 06 com a ocupação da avenida 14 de julho no Centro de Campo Grande. 

Vencedores na cerimônia de premiação do Grammy Latino de 2024, na categoria de melhor álbum de pop contemporâneo em língua portuguesa, o grupo de São Gonçalo (RJ) chega para apresentação marcada para o dia 05 de abril, na rua 14 de julho em Campo Grande. 

Já Sandra de Sá, conhecida também como a rainha brasileira do soul, é uma das programações que encerram as atrações do dia 30 de março, com show em palco montado na Praça do Rádio, onde se apresenta ainda Isabel Fillardis. 

Fora esses nomes, alguns artistas de fora ainda estão relacionados para apresentações musicais na Capital, como o cantor Dani Black; a sonoridade do grupo Mental Abstrato e a cantora mineira Bia Ferreira no show "Marina Peralta Convida".

Repetindo ideia que já deu certo nos festivais América do Sul Pantanal (FASP) e de Bonito (FIB), o Capital também receberá o Catedral Erudita, que se aproveita da acústica de igrejas católicas para propagar também a música clássica. 

Além disso, haverá uma feira de música específica sobre os valores de MS; o retorno do "Campão Geek" e programações voltadas à cultura nerd; o Pantanal Film Fest, com conversas sobre audiovisual duranteo Festival, bem como: 

  • Espetáculos de circo,
  • Dança
  • Teatro,
  • Tenda de venda de artes visuais,
  • Performances de hip hop,
  • Batalha Ballroom Kiki Ball,
  • Batalha de Breaking
  • Oficinas,
  • Campeonato de skate,
  • Exibição de filmes,
  • Concurso de Cosplay,
  • Concurso de Just Dance,
  • Concurso de K-Pop,
  • Campeonato de Video Game e Quadrinhos,
  • Blocos de carnaval e mais

Cabe citar também o desfile de moda que acontece na avenida 14 de julho com a Maracaju, que deve fechar as vias de acesso durante o fim de semana de abril, com apoio da Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran) e demais forças de segurança.

Essa "invasão" de espaços públicos e ida até as comunidades, com a programação Campão Cultural, terá ainda um Circuito Universidades, realizado "in memorian" ao professor Roberto Figueiredo, por quem foi idealizado, segundo divulgado em coletiva na manhã de hoje (11) no   Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul. 

Identidade regional

Diante da edição de 2022, que trouxe artistas como Ludmilla e Péricles, o Campão Cultural deste 2025, o primeiro desde que Eduardo Riedel assumiu o Governo de Mato Grosso do Sul, traz o que o secretário de Estado de Turismo, Esporte e Cultura, Marcelo Miranda, chama de "mudança de formato conceitual". 

"Nós estamos utilizando praticamente todo o recurso para valorizar os artistas do Mato Grosso do Sul. Diferente das edições anteriores, que foram um sucesso, mas hoje nós temos duas atrações nacionais... isso que foi uma reivindicação da classe, do conselho, muito discutido dentro da Fundação de Cultura", diz. 

Ele comenta que é preciso criar oportunidade para a circulação do produto dos artistas locais, como forma de democratizar o acesso à cultura, levando o Festival para os bairros através do Circuito Comunidade, além de trazer a população geral para a ocupação da avenida 14 de julho. 

Já dos artistas "regionais", a campo-grandense Alzira E, de uma das famílias mais icônicas da música local, os "Espíndolas", por exemplo, é um dos nomes listados para o 3º Campão Cultural, listagem que traz ainda o show de 60 anos de Jerry Espíndola, a apresentação do duo Vozmecê e a psicodelia da banda Codinome Winchester. 

Toda a programação já está disponível na plataforma da Fundação de Cultura chamada "MS CULTURAL", site que você acessa CLICANDO AQUI. 

Diretor-Presidente da Fundação da Cultura, Eduardo Mendes confirma a contratação de 156 atrações por edital, o que segundo ele garante a "descentralização" de certos nomes que costumam sempre vencer os certames. 

Edu frisa que esses nomes seguem vencendo, uma vez que sabem escrever bons editais e, nesse sentido, complementa que a Fundação tem mirado uma maior democratização, com oficinas pelo interior do Estado e auxiliando os Executivos nas elaborações de  editais mais simplificados, além de admitir formais mais simples de inscrição.

"A gente fez agora, em fevereiro, aqui em Campo Grande, o primeiro encontro dos gestores municipais, onde a gente disponibilizou pessoas físicas para que possam auxiliar nos editais das PNABs dos municípios essa questão da democratização", conclui. 

 

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"Mais louco do Brasil" recebe ultimato para combater megaerosão

Justiça impôs multa diária de R$ 100 mil caso o prefeito de Ivinhema e a Agesul não tomarem providências para combater erosão

20/12/2025 19h30

Água de dois bairros sem drenagem provou erosão de 3,8 quilômetros na margem de rodovia na saída de Ivinhema para Angélica

Água de dois bairros sem drenagem provou erosão de 3,8 quilômetros na margem de rodovia na saída de Ivinhema para Angélica Ivinotícias

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Apesar de uma gigantesca erosão estar ameaçando destruir uma rodovia estadual, a MS-141, que está sob a responsabilidade do Governo do Estado, o prefeito Juliano Ferro, que se autodenomina "o mais louco do Brasil, também recebeu um ultimato da Justiça para que tome providências para tentar acabar com o problema. 

Segundo denúncia do Ministério Público acatada pela Justiça, a erosão ocorre porque falta drenagem no conjunto habitacional Salvador de Souza Lima e no Residencial Solar do Vale. A água destes dois bairros acabar descendo pela margem da MS-141, na saída de Ivinhema para Angélica, e provoca a erosão que se estende por cerca de 3,8 quilômetros.

E, por conta do risco de acidentes e por causa do grande volume de terra que foi arrastado para propriedades rurais vizinhas, a Justiça determinou multa diária de R$ 100 mil para a prefeitura, a Agesul (resposponsável pela manutenção da rodovia) e ao Governo do Estado caso não adotem medidas imediatas para conter a erosão. 

Mesmo com liminar anteriormente deferida, as fortes chuvas das últimas semanas agravaram o cenário e ao longo da última semana a promotoria realizar novas diligências no local e voltou à Justiça para exigir a imposição da multa, no que foi atendida..

Durante as vistorias, foram identificadas valas com cerca de 10 metros de largura e até dois metros de profundidade às margens da rodovia, além da exposição de tubulações de esgoto, que ficaram vulneráveis a rompimentos. 

De acordo com a promotoria, a situação representa risco concreto e iminente de acidentes de grandes proporções, inclusive com possibilidade de vítimas fatais, em um trecho por onde trafegam diariamente ônibus, veículos leves e caminhões pesados.

Diante dos novos fatos, o Promotor de Justiça Allan Thiago Barbosa Arakaki peticionou nos autos destacando a piora do quadro e a ameaça à segurança viária, à saúde pública e ao meio ambiente.

Ao analisar os documentos e fotografias apresentados pelo MPMS, o juiz Rodrigo Barbosa Sanches acolheu os pedidos e determinou que os requeridos iniciem, em até cinco dias, ações emergenciais para conter o escoamento das águas pluviais, realizem a manutenção dos sistemas de drenagem e apresentem, em até 60 dias, relatório técnico com as providências adotadas e os resultados obtidos.

Além da atuação judicial, o MPMS também dialogou com proprietários rurais afetados pelos danos, esclarecendo que prejuízos patrimoniais individuais poderão ser objeto de reparação específica.

Por conta desta terra e de outras erosões, o Córrego Piravevê, que desemboca no Rio Ivinhema e separa os municípios de Angélica e Ivinhema, praticamente desapareceu. O leito foi completamente tomado pela terra e a promotoria também já recorreu à Justiça para tentar obrigar a prefeitura e o Governo do Estado a fazerem a recuperação.

O Correio do Estado procurou o prefeito Juliano Ferro em busca de informações para saber se alguma providência já foi adotada nos dois bairros que dão origem à erosão, mas ele não deu retorno. 

 

 

atraso nas chuvas

Nível do Rio Paraguai começa a subir e traz alento à mineração

Nos últimos 12 dias subiu 24 centímetros na régua de Ladário, mas ainda está longe de alcançar o nível ideal para o transporte de minérios

20/12/2025 18h30

Parte dos embarques de minérios é feita próximo da área urbana de Ladário, mas o volume maior ocorre em Porto Esperança

Parte dos embarques de minérios é feita próximo da área urbana de Ladário, mas o volume maior ocorre em Porto Esperança

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Depois de chegar a 3,31 metros na régua de Ladário no dia 16 de julho, o nível do Rio Paraguai estava baixando ininterruptamente até o dia 8 de dezembro, quando atingiu a mínima de apenas 24 centímetros. Depois disso, começou a subir, mas tardiamente. No ano passado ele começou a subir quase dois meses mais cedo.

E, apesar de até agora as chuvas terem sido escassas na região norte de Mato Grosso do Sul e no sul de Mato Grosso, o nível do rio está melhorando nos últimos 12 dias e neste sábado amanheceu  em 54 centímetros. O nível ainda está longe do necessário, mas já traz alívio para o setor de transporte de minérios, que está praticamente parado faz dois meses. 

Nos dez primeiros meses do ano foram escoados, segundo dados da Agência Nacional de Transporte Aquaviário (Antaq), 7,6 milhões de toneldas de minérios pela hidrovias, batendo todos os recordes de movimentação. Incluindo grãos e outros produtos, o volume transportado pelo Rio Paraguai chega a 8,2 milhões de toneladas em dez meses de 2025.

Em 2023, que até então era o melhor ano do setor, o volume de minérios havia chegado a 5,6 milhões de toneladas nos dez primeiros meses do ano. Naquele ano, porém, havia muito mais água no rio e o pico da cheia chegou a 4,24 metros. Depois que ultrapassa os quatro metros em Ladário o rio começa a transbordar e a alagar a planície pantaneira.

No ano passado, quando atingiu seu pior nível da história, com 69 centímetros abaixo de zero na régua de Ladário, as chuvas fortes chegaram mais cedo e o Rio Paraguai começou a subir já a partir do dia 17 de outubro. 

Por conta disso, no dia 20 de dezembro já estava em 94 centímetros, o que é 40 centímetros acima do nível em que amanheceu neste sábado (20). Estas chuvas logo no início da temporada, em setembro do ano passado, foram fundamentais para que o transporte de minérios fosse retomado logo no começo de 2025.

O cenário, porém, será diferente no começo de 2026. Sem as dragagens que estão previstas no projeto de concessão da hidrovia, o nível ideal para o transporte é acima de 1,5 metro. Porém, as barcaças ainda descem pela hidrovia, com volume menor, até que o rio tenha em torno de um metro na régua de Ladário. 

E, como até agora os rios subiram pouco na região sul de Mato Grosso, a pespectiva é de que o nível em Ladário só chegue a 1,5 metro depois de janeiro, atrapalhando o transporte de minérios no primeiro mês do ano. Em janeiro de 2025, por exemplo, foram despachadas 521 mil toneladas de produtos. No final do mês o rio já estava em 1,34 metro. 

O nível se manteve acima de um metro até o dia 20 de outubro deste ano. No dia primeiro daquele mês ainda estava em 1,79 metro, mas recuou rapidamente e no final do mês estava em apenas 66 centímetros. Mesmo assim, segundo a Antaq, ainda foram despachadas 678 mil toneladas de minérios, o que equivale ao volome de cerca de 14 mil carretas bi-trem somente em outubro. 

TRIBUTÁRIOS IMPORTANTES

Embora os rios Miranda e Aquidauana desemboquem no Rio Paraguai abaixo da régua de Ladário, a água destes dois tributários é fundamental para melhorar a navegabilidade. E, esta semana foi a primeira vez que ambos superaram a marca dos quatro metros, segundo dados do Imasul. 

Na sexta-feira (19), em Aquidauana, o rio com o mesmo nome da cidade alcançou 4,56 metros, o que ainda é 1,5 metro abaixo do nível de alerta. Somente quando supera os 7,3 metros é que entre em situação de emergência. Ou seja, já se passaram quase quatro meses do período de chuvas e o Aquidauana não encheu nenhuma vez. 

Situação parecida ocorreu com o Miranda. Após as chuvas do começo da última semana, ele chegou a 4,48 metros na régua instalada próximo à cidade de Miranda. Ele também só entra em situação de emergência depois que ultrapassa os 7 metros, o que não aconteceu nenhuma vez na atual temporada de chuvas. 

O Rio Coxim, por sua vez, chegou a entrar em nível de alerta ao longo da última semana, ultrapassando os quatro metros. Mas, depois de alcançar 4,16 metros começou a baixar. Somente depois que ultrapassa os cinco metros é que se considera que ele encheu. 

O Rio Piquiri, na divisa com Mato Grosso, que entra em situação de emergência somente depois que ultrapassa os 5,8 metros, estava em apenas 2,12 metros nesta sexta-feira, apesar das chuvas que atingiram a região ao longo da semana. 


 

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