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Campo Grande está entre as 10 capitais com aumento de síndrome respiratória grave

A incidência de SRAG impacta mais as crianças de até dois anos

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Dados do Boletim InfoGripe, divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) mostram que Campo Grande está entre as 10 capitais brasileiras em que foi constatado aumento no número de casos de síndrome respiratória aguda grave (Srag).

Além de Campo Grande, as capitais que apresentaram sinais de alta de Srag em geral foram: Aracaju (Sergipe), Brasília (Distrito Federal), Boa Vista (Roraima), Florianópolis (Santa Catarina), Fortaleza (Ceará), João Pessoa (Paraíba), Porto Velho (Rondônia), São Luís (Maranhão) e Vitória (Espírito Santo).

Os dados das últimas quatro semanas epidemiológicas revelam que a prevalência entre os casos positivos foi de 7,2% para influenza A, 7,9% para influenza B, 6,9% para o vírus sincicial respiratório (VSR), 40,5% para rinovírus e 29,6% para Sars-CoV-2 (Covid). Entre os óbitos, as prevalências foram de 9,7% para influenza A, 11,3% para influenza B, 0% para VSR, 17,2% para rinovírus e 58,6% para Sars-CoV-2 (Covid).

Incidência e mortalidade

A incidência e mortalidade média nas últimas oito semanas epidemiológicas mantiveram o cenário típico de maior impacto nos extremos das faixas etárias analisadas. A incidência de SRAG impacta mais as crianças de até dois anos. Já em termos de mortalidade ocorre o inverso, com a população a partir de 65 anos sendo a mais impactada. 

Nos casos de SRAG por Sars-CoV-2 (Covid-19), a incidência tem maior impacto nas crianças pequenas e idosos, enquanto a mortalidade é mais elevada entre os idosos a partir de 65 anos. Quanto aos demais vírus com circulação relevante no país, o impacto nos casos de SRAG tem se concentrado nas crianças pequenas e são decorrentes principalmente ao rinovírus. 

Os Vírus

O rinovírus é um dos principais agentes causadores do resfriado comum, sendo um vírus respiratório altamente contagioso que afeta especialmente crianças.

Já os vírus Influenza A e B são os responsáveis pela gripe sazonal.

A Influenza A é conhecida por ocasionar surtos e pandemias de maior gravidade, enquanto a Influenza B tende a provocar sintomas mais leves e é menos frequente em epidemias. Ambos podem causar doenças respiratórias de diferentes graus de severidade, com maior risco de complicações em idosos, crianças e indivíduos com condições de saúde preexistentes.

Por isso, é fundamental manter a vacinação atualizada, especialmente para grupos de risco, como idosos, crianças, gestantes, puérperas, povos indígenas e profissionais de saúde. Recomenda-se também o uso de máscaras em locais com alta concentração de pessoas, pouca ventilação ou em unidades de saúde.

Nas últimas oito semanas epidemiológicas, análises de incidência e mortalidade indicam que crianças pequenas e idosos são os mais afetados. A maior incidência de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) é observada em crianças de até dois anos, enquanto a mortalidade é mais significativa entre idosos com 65 anos ou mais.

Nos casos de Srag associados à Covid-19, tanto a incidência quanto a mortalidade são mais expressivas em crianças pequenas e idosos, com uma proporção de óbitos substancialmente elevada entre os mais velhos. Quanto a outros vírus em circulação, como o rinovírus, os registros de Srag são notavelmente elevados entre crianças pequenas.

Com informações de Folha Press

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Curso ensina letramento racial a trabalhadores do SUS

Elaborado pela Fiocruz e universidades, iniciativa tem 7 mil inscritos

15/12/2024 19h00

Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

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No contexto das comemorações ao Dia da Consciência Negra, celebrado pela primeira vez como feriado nacional neste ano, a Escola Politécnica em Saúde Joaquim Venâncio, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), e o Campus Virtual Fiocruz lançaram o curso online gratuito Letramento racial para trabalhadores do SUS.

A formação, com foco em trabalhadores do Sistema Único de Saúde (SUS), busca conscientizar sobre a necessidade de desconstruir práticas racistas e promover a diversidade e a equidade no campo da saúde. 

Coordenado pelas professoras Regimarina Reis e Letícia Batista, da escola politécnica, a iniciativa é fruto de uma parceria entre a instituição e as universidades federais da Bahia (UFBA), do Maranhão (UFMA), do Rio de Janeiro (UFRJ) e Fluminense (UFF), com apoio do Ministério da Educação (MEC). 

Durante a capacitação, serão abordados temas como as relações entre o racismo e a saúde como direito no Brasil e a prática antirracista como princípio do trabalho em saúde. O objetivo é reconhecer e questionar estereótipos, preconceitos, discriminações e injustiças raciais.

Formação

A professora Regimarina Reis disse que o curso é resultado de um conjunto de pesquisas desenvolvidas e coordenadas em parceria com a professora Letícia Batista, da UFF, e com o professor da Universidade Federal da Bahia Marcos Araújo. 

“Desenvolvemos o curso partindo da evidência inquestionável de que a população negra é desproporcionalmente afetada pelas desigualdades sociais no Brasil”, explicou. 

Coordenadora adjunta do curso, Letícia Batista destaca que “o racismo é uma produção social e sua ação impacta também o SUS, reproduzindo iniquidades em saúde”. A pesquisadora reforça que a capacitação não busca apenas reconhecer o racismo, mas fortalecer a produção de ações antirracistas no âmbito das políticas voltadas para a saúde.

A formação é a primeira desenvolvida no âmbito do edital Inova Educação - Recursos Educacionais Abertos, iniciativa da Fiocruz. O curso é aberto para todos os interessados pelo tema e pode ser adaptado e utilizado em outros materiais. 

“É nesse sentido que entendemos a importância do curso, como processo formativo introdutório, com abrangência nacional, que afirma e difunde o lugar da questão racial para compreender as relações sociais e os processos de saúde e adoecimento no país. O racismo é um obstáculo central para a realização da saúde como direito no Brasil, devendo ser enfrentado”, resume Reis. 

“Com racismo não há saúde, com racismo os princípios do SUS são irrealizáveis em sua plenitude. A expectativa é que mais iniciativas formativas e de práticas antirracistas possam ser realizadas ao nível nacional e local”.

Letramento racial

No Brasil, 55,5% da população nacional se identifica como negra sendo 45,3% (92,1 milhões) autodeclarada parda e 10,2% (20,7 milhões) preta. Os dados são do Censo Demográfico 2022, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Mesmo representando a maioria da população, pessoas negras ainda têm menos acesso aos serviços de saúde no país, principalmente em comparação às pessoas brancas. 

Apenas 74,8% das pessoas pretas e 73,3% das pessoas pardas consultaram um médico nos 12 meses anteriores à divulgação da Pesquisa Nacional de Saúde 2019, também realizada pelo IBGE, em convênio com o Ministério da Saúde. Entre pessoas brancas, essa proporção passa para 79,4%.

“Fato é que negras e negros no país vivem em piores moradias, tem menos acesso à educação, apresentam piores condições de saúde, recebem os menores salários, ocupam menos as posições de poder, são mais encarcerados, entre outros indicadores sociais que evidenciam a sub-representação negra, em relação à população branca. Isso reflete o processo de formação da sociedade brasileira, que é fortemente ancorado em hierarquias raciais e tem o racismo estrutural como tecnologia de poder”, reflete Reis.

Para a coordenadora, a sociedade brasileira é construída com base no racismo estrutural, que organiza e orienta o cotidiano de pessoas negras e brancas. À reportagem, ela ressalta que essa forma de discriminação está presente não apenas nas relações interpessoais, mas também nas instituições públicas, incluindo o SUS. 

“O racismo presente na sociedade é também produzido e reproduzido nas organizações de saúde, no trabalho em saúde e na formação dos trabalhadores da saúde”. 

Reis ainda aponta para a negligência de debates sobre o tema ao longo da formação dos trabalhadores da área da saúde. “O racismo é promotor de adoecimento individual e coletivo, apesar disso, as questões raciais não são abordadas na formação dos trabalhadores da saúde, e nem nos processos de trabalho.

Há uma interdição dessa discussão em todas as categorias profissionais e níveis formativos em saúde”.

Até o momento, a formação conta com cerca de 7 mil inscritos, de todas as 27 unidades da Federação.

DOMINGÃO DO HUCK

Pelo trabalho no Pantanal, coronel Rabelo recebe homenagem do Melhores do Ano

Presidente do Instituto Homem Pantaneiro, o coronel foi homenageado no Domingão do Huck e citou o poeta Manoel de Barros em seu discurso

15/12/2024 18h37

Coronel Rabelo foi homenageado pelo trabalho que desenvolve no Pantanal

Coronel Rabelo foi homenageado pelo trabalho que desenvolve no Pantanal Foto: Dayane Albuquerque

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O presidente do Intituto Homem Pantaneiro (IHP), Angelo Rabelo, recebeu homenagem no programa Melhores do Ano de 2024, exibido pela TV Globo, durante o programa Domingão do Huck, neste domingo (15).

O programa foi apresentado por Luciano Huck. A premiação foi direcionada para pessoas que ajudaram a inspirar ações positivas e de superação no Brasil.

O Pantanal foi um dos temas centrais nas homenagens feitas pelo programa, que também reconhece os melhores da TV no ano. Além do Pantanal e Angelo Rabelo, houve homenagem para ações desenvolvidas no Rio Grande do Sul, por conta do impacto das enchentes, e dos impactos da violência no Rio de Janeiro.

Angelo Rabelo está há mais de 40 anos em atuação direta para conservar o Pantanal. Em seu discurso de agradecimento que durou 2 minutos, ele destacou a necessidade de as pessoas valorizarem as origens, principalmente para terem atenção com a proteção da natureza.

Ele também citou o trabalho fundamental da equipe do Instituto Homem Pantaneiro (IHP), que ele fundou em 2002, bem como o apoio do Prevfogo/Ibama e o Corpo de Bombeiros para prevenir e combater os incêndios florestais.

Ainda, foi enfático sobre a dedicação de pantaneiras e pantaneiros em ocupar o território com respeito aos limites da natureza e se utilizou do poeta Manoel de Barros para valorizar a riqueza cultural do Pantanal.

“A grande maioria das pessoas tem compromisso com si mesmo, o compromisso coletivo é um desafio que todos deveriamos assumir, porque devemos de fato caminhar para proteger. Manoel de Barros nos disse que somos todos deveredores dessas águas, e nós somos devedores dessas águas”, concluiu o coronel.

A entrega do prêmio foi feita pelo jornalista William Bonner, que fez o anúncio sobre a homenagem e ressaltou os danos que as mudanças climáticas estão causando no Pantanal, com estiagem grave e incêndios florestais intensos. Neste ano, o fogo queimou mais de 17% do território.

Neste ano, essa é a segunda importante homenagem que Rabelo recebeu, bem como se utilizou desses eventos para reforçar a necessidade de se olhar pela conservação do Pantanal e valorização da cultura pantaneira.

No primeiro semestre ele foi para Nova Iorque (EUA) para o evento anual do The Explorers Club, que reúne mais de 3,6 mil pessoas de referência global para transformar positivamente o mundo. Ele foi indicado como uma das 50 pessoas no mundo a atuar para transformações positivas, no The Explorers 50.

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