Com a aceleração da pandemia do novo coronavírus em Mato Grosso do Sul e, especificamente em Campo Grande, nem o decreto municipal do prefeito Marcos Trad (PSD) foi capaz de colocar a cidade no nível recomendado de isolamento.
Para conter o avanço da pandemia, é imprescindível que esse número seja maior que 60%, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
O decreto que instituiu o lockdown aos finais de semana em Campo Grande está chegando ao fim. Ele vai até esta sexta-feira, 31.
Porém, é possível ter uma ideia dos impactos no nível de isolamento comparado com os dias de semana e sábados e domingos anteriores.
Colocando lado a lado os dias em que o decreto restringia ainda mais a circulação, a mudança foi quase insignificante.
O isolamento desse domingo aumentou 0,4% em relação ao dia 19, que marcou 49%. Já no sábado, o aumento foi um pouco melhor; saímos de 43% no dia 18 para 44,1% no dia 25.
Durante a semana, também não foi notado nenhuma melhora. Se compararmos com a primeira semana de decreto municipal, houve até uma pequena piora, pois na terça-feira, 14, a taxa esteve em 38,8% e no período que compreendeu o dia 20 até o dia 24, não foi possível passar da marca de 37%.
Como já levantado pelo Correio do Estado, os fins de semanas de semi-lockdown melhoraram em relação aos mesmos períodos observados em junho e no começo de julho.
No entanto, o melhor fim de semana continua sendo sábado, 27 e domingo 28 de junho, que apresentaram 50,6% e 45,5%, respectivamente.
Estado registra, até domingo, 26, 21.514 casos confirmados de coronavírus, segundo o boletim epidemiológico da Secretaria Estadual de Saúde.
Deste total, 5.497 estão em isolamento social e 458 pessoas estão internadas, sendo 5 de outros estados, 247 pessoas em leitos clínicos e 216 em leitos de UTI.