Campo Grande sediará um debate sobre a Rota Bioceânica, nova rota de integração que une os oceanos Atlântico e Pacífico, abordando seus impactos na saúde pública e no desenvolvimento regional.
O evento “Rota Bioceânica e suas Implicações para o Desenvolvimento Regional e a Saúde Pública”, organizado pela Fiocruz de Mato Grosso do Sul em parceria com a Escola de Saúde Pública do Governo do Estado, acontecerá no dia 19 de setembro no Auditório da Assomasul.
A participação é gratuita, mas as vagas são limitadas. Inscrições devem ser feitas aqui. Profissionais e acadêmicos receberão um certificado de 30 horas de formação e 2 créditos para programas de mestrado e doutorado.
Especialistas contribuirão para um debate abrangente sobre como a Rota Bioceânica pode influenciar o desenvolvimento regional e a saúde pública. Entre os destaques estão:
- Edilson Ferreira Jr., representante do Ministério da Saúde, que abordará as implicações da rota na saúde pública.
- Jorge Barreto, da Fiocruz Brasília, especialista em saúde pública e desenvolvimento regional.
- Vanessa Gubert, da Escola Nacional de Administração Pública (ENAP) em Brasília, que discutirá a gestão e políticas relacionadas à nova rota.
- Sandra Leone, da Fiocruz Mato Grosso do Sul, que trará insights sobre os desafios e oportunidades regionais.
- Lúcio Lagemann, Assessor de Logística da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar de Mato Grosso do Sul (Semadesc), que explorará o impacto logístico e econômico da Rota Bioceânica.
- Ana Gabriela, do Ministério da Saúde, que fornecerá uma visão sobre as estratégias de saúde pública associadas à nova rota.
- Marcos de Freitas, Coordenador de Tecnologia da Informação da Secretaria Estadual de Saúde (SES/MS), que discutirá as inovações tecnológicas e a integração de dados para melhorar a saúde pública na região.
Rota Bioceânica
A Rota Bioceânica é um corredor rodoviário com extensão de 2.396 km que ligará os dois maiores oceanos do planeta, o Atlântico e o Pacífico, partindo do Brasil e chegando aos portos de Antofagasta e Iquique, no Chile, além de passar pelo Paraguai e pela Argentina.
O projeto da rota, que começou a ser debatido em 2014 e que teve início em 2017, tem a promessa de ampliar a relação comercial do Estado com países asiáticos e sul-americanos.
A ideia é de que o corredor rodoviário entre Brasil, Paraguai, Argentina e Chile interligue o Pacífico e o Atlântico ao mundo. Conforme estudo da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS),
os custos para o envio da produção sul-mato-grossense serão reduzidos, além do tempo de viagem, que será encurtado em até 17 dias rumo ao mercado asiático.
A Rota Bioceânica, conforme os mais otimistas, terá potencial de movimentar US$ 1,5 bilhão por ano em exportações de carnes, açúcar, farelo de soja e couros para os outros países por onde passará.
Do lado paraguaio, as obras também estão em andamento. O primeiro tramo de pavimentação, entre Carmelo Peralta e Marechal Estigarribia, está perto de sua conclusão. Já o segundo, entre Estigarribia e a fronteira com a Argentina, de mais de 220 km de extensão, deve ter os trabalhos começados em abril. Nesse mesmo mês terá início o acesso à ponte do lado paraguaio, em Carmelo Peralta.