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Campo Grande volta a ter janeiro chuvoso depois de seca em 2022

O acumulado dos últimos 31 dias ultrapassou em 57,69% o esperado para o mês; a previsão indica céu nublado e trovoadas isoladas nos próximos dias

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O primeiro mês do ano voltou a ser chuvoso em Campo Grande. De acordo com dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o acumulado de chuvas entre os dias 1º e 31 foi de 328,6 mm, 57,69% a mais que o volume de 208,8 mm registrado no mesmo período do ano passado.

A forte estiagem registrada no início do ano passado no Estado motivou, inclusive, o então governador Reinaldo Azambuja (PSDB) a decretar situação de emergência por 180 dias nas 79 cidades de Mato Grosso do Sul por conta da seca.

O cenário neste ano já condiz com o clima típico esperado para a estação do verão. Pela manhã, o céu amanhece nublado, com as chuvas se intensificando no início da tarde.
Apenas nos últimos 31 dias, o volume registrado no município superou em 42,6% os 230,7 mm que eram esperados para o período. Ontem, apenas, o município registrou 40 mm de chuvas.

Ao Correio do Estado, o Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima do Estado de Mato Grosso do Sul (Cemtec/Semagro) informou que no dia 4 de janeiro houve o maior registro de chuvas na Capital, com o acumulado de 124,4 mm.

Na época, entre as 16h10min do dia 4 de janeiro e as 16h10min do dia 5, houve um acúmulo de precipitação de 165,2 milímetros na Capital, segundo dados do Cemtec. Em função do grande volume de chuva, diversas ruas de Campo Grande ficaram alagadas e houve registro de danos em diferentes regiões da cidade.

No Lago do Amor, a quantidade exacerbada de chuva em pouco tempo fez o lago transbordar, inundando as duas pistas da Avenida Senador Filinto Müller. A força da água também derrubou parte da barragem do lago, que permanece interditada e sem previsão para que as obras de recuperação comecem.

O Cemtec informou ainda que, em janeiro de 2021, ocorreram chuvas acima da média histórica em Campo Grande, com precipitação acumulada de 387,2 mm de precipitação na estação meteorológica automática da Embrapa. O volume representa 66,9% acima do esperado para o período.

PREVISÃO

De acordo com Cleber Souza, meteorologista do Inmet, a tendência de chuvas diárias devem permanecer durante o mês de fevereiro em Campo Grande.

“Principalmente para este início do mês, teremos nos próximos dias a prevalência de muitas nuvens carregadas, com possibilidade de trovoadas isoladas”, destacou Souza.

Para hoje, é esperado temperaturas entre 22ºC e 29ºC, céu com muitas nuvens e possibilidade de trovoadas isoladas, principalmente nos períodos da tarde e noite. A tendência para amanhã permanece a mesma na Capital, com o céu nublado e pancadas de chuvas isoladas.

Já na região norte de Mato Grosso do Sul, espera-se mínimas entre 22ºC e máximas de até 33°C para o resto da semana. Na cidade de Chapadão do Sul, a quarta-feira será marcada por temperaturas entre 21ºC a 33ºC.

Para amanhã, a previsão do Inmet indica o mesmo clima.

Em Dourados, a mínima de hoje será de 23ºC e máxima de 30ºC. Amanhã, a mínima será de 23ºC, com máxima de 31ºC.

Na região pantaneira, Corumbá terá hoje ao longo do dia temperaturas fortes entre 23ºC e 34ºC. Conforme o Inmet, há possibilidade de muitas nuvens com pancadas de chuva e trovoadas isoladas no município. Para esta quinta-feira, também estão previstas temperaturas entre 23ºC e 34ºC.

Na região sul do Estado, os termômetros em Ponta Porã devem variar entre 22ºC e 30ºC hoje. O céu permanece nublado no município, que deve ter pancadas de chuva e trovoadas isoladas nesta quarta-feira. 

CHUVAS EM MS

O Inmet renovou o alerta de tempestades para todo o Estado, com chuvas previstas entre 30 mm e 60 mm/h ou 50 mm e 100 mm, e ventos intensos entre os 60 km/h e 100 km/h.

Ontem, de acordo com o meteorologista Natálio Abraão, Ponta Porã registrou um acumulado de 73 mm, em Ivinhema foram 109,2 mm.

Em Dourados, choveu 26,8 mm ontem. Bonito registrou precipitação de 15 mm e, mais próximo da Capital, Sidrolândia teve um acumulado de 51,4 mm nesta terça-feira.

As fortes chuvas de 113 mm em Porto Murtinho causaram diversos transtornos no município, com o registro de alagamento em diversos pontos da cidade.

De acordo com Abraão, para o mês de fevereiro, os modelos meteorológicos indicam que as chuvas continuarão em todo o Estado. “Será um mês muito chuvoso, e provavelmente, teremos o registro de mais enchentes”, disse Natálio. 

Saiba: No dia 4 de janeiro, houve o maior registro de chuvas na Capital, com o acumulado de 124,4 mm. Por conta do grande volume de chuva, diversas ruas de Campo Grande ficaram alagadas e houve registro de danos em várias regiões da cidade.

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CAMPO GRANDE

Bioparque Pantanal terá Papai Noel mergulhador em programação especial de Natal

Atração promete encantar visitantes de todas as idades

14/12/2025 18h00

Atração promete encantar visitantes de todas as idades

Atração promete encantar visitantes de todas as idades Divulgação/ Gov MS

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O Bioparque Pantanal preparou uma programação especial de Natal para receber o público em dezembro, com uma das atrações mais aguardadas do período: o Papai Noel Mergulhador.

A apresentação está marcada para as 10h dos dias 23 e 24 e promete surpreender famílias e visitantes ao unir magia, educação ambiental e o contato direto com a biodiversidade.

A ação, que já se tornou tradicional no calendário do atrativo, leva o personagem natalino para dentro dos tanques, reforçando de forma lúdica a importância da conservação ambiental e da relação harmoniosa entre o ser humano e a natureza.

Atenção nos horários!

No dia 24 de dezembro, o Bioparque Pantanal funcionará em horário especial, das 8h30 às 14h30, permitindo que o público aproveite a véspera de Natal com uma experiência diferente em um dos maiores complexos de água doce do mundo. O último horário de entrada será até 13h30.

Já nos dias 25 e 31 de dezembro, não haverá visitação. O empreendimento também permanecerá fechado entre 1º e 7 de janeiro de 2026, período destinado à realização de manutenções internas, voltadas à segurança dos visitantes e ao bem-estar dos animais. As atividades serão retomadas normalmente no dia 8 de janeiro.

Bioparque Pantanal

Inaugurado em março de 2022, o Bioparque Pantanal já recebeu mais de 1 milhão de visitantes e se consolidou como referência nacional em turismo científico, inclusivo, sustentável e contemplativo. O espaço é reconhecido pela estrutura moderna e pelo compromisso com a educação ambiental, acessibilidade e conservação da fauna.

A visita ao Bioparque Pantanal é gratuita, mas o agendamento é obrigatório e deve ser feito exclusivamente pelo site bioparquepantanal.ms.gov.br.

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MANIFESTAÇÃO

"Sem anistia", manifestantes protestam contra PL da Dosimetria em todo o Brasil

Atos ocorreram em diversas cidades e classificam projeto como anistia disfarçada aos envolvidos no 8 de Janeiro

14/12/2025 17h00

Os atos foram organizados pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo

Os atos foram organizados pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo Divulgação/ Agência Brasil

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Manifestantes de diversas cidades brasileiras foram às ruas neste domingo (14) em protesto contra a aprovação do chamado Projeto de Lei da Dosimetria, que altera o cálculo das penas aplicadas aos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Para os organizadores, o texto representa uma “anistia disfarçada” e abre caminho para beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro e integrantes de seu governo.

Os atos foram organizados pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, que reuniram movimentos sociais, centrais sindicais, estudantes e partidos de esquerda. Pela manhã, manifestações ocorreram em capitais como Belo Horizonte, Campo Grande, Cuiabá, Maceió, Fortaleza, Salvador e Brasília.

Na capital federal, o protesto teve início em frente ao Museu da República e seguiu em direção ao Congresso Nacional. Durante o trajeto, manifestantes entoaram palavras de ordem e exibiram cartazes com frases como “Sem anistia para golpista” e críticas diretas ao presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB).

Campo Grande

Em resposta a aprovação por 291 a 148 votos na última quarta-feira (10), centenas de campo-grandenses liberais se encontraram na esquina da Rua 14 de Julho com a Avenida Afonso Pena para protestar contra a tentativa de Anistia das pessoas que foram condenadas pelo 8 de janeiro, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Além de apoiadores, a manifestação contou com a presença de algumas autoridades da esquerda de MS, como o deputado estadual Pedro Kemp (PT), que foi o primeiro político a chegar no local.

Em conversa com a reportagem, o parlamentar falou sobre o movimento desta manhã e a importância de dar uma rápida resposta ao PL da Dosimetria.

"Mais uma vez, a população dá um recado para a Câmara dos Deputados, que está votando na contramão de tudo aquilo que a população deseja, porque quem atentou contra a democracia, quem quebrou a série dos poderes em Brasília, quem tentou dar um golpe de estado no Brasil tem que ser condenado e pagar por esses crimes. Dar uma lição na história de que nós não aceitamos mais golpes no Brasil", disse o petista.

O ex-deputado estadual e agora candidato ao governo de Mato Grosso do Sul pelo Partido dos Trabalhadores, como oficializado neste sábado (13) pelo presidente do partido, Fábio Trad também compareceu ao protesto.

"É um momento muito importante, mas não só para a esquerda, para todos os democratas. Eu convido também a direita liberal que respeita a democracia, aquela direita dos anos 90 que respeitava a vontade das urnas, que não apoiava os Estados Unidos contra o próprio Brasil. Ela deveria estar aqui conosco, porque o que está em jogo aqui hoje não é só uma disputa partidária, é uma questão de civilização e barbárie", destaca.

Paulista ocupada

Em São Paulo, a Avenida Paulista foi ocupada por manifestantes concentrados nos quarteirões próximos ao Museu de Arte de São Paulo (Masp). O ato reuniu representantes de sindicatos, movimentos sociais, estudantis e partidos políticos contrários ao projeto.

Durante o protesto, o coro de “sem anistia” foi repetido diversas vezes. Cartazes com dizeres como “Congresso inimigo do povo” ganharam destaque, assim como críticas ao comando da Câmara. Parte dos participantes vestiu roupas verde e amarelas para reforçar a rejeição à anistia dos envolvidos nos atos golpistas.

A votação do PL na Câmara ocorreu em meio a um episódio de tensão, após a retirada forçada do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) da Mesa Diretora pela Polícia Legislativa. Jornalistas foram impedidos de acompanhar a ação, e profissionais da imprensa relataram agressões.

Parlamentares da oposição avaliam que, com as mudanças previstas no texto, Bolsonaro poderia ter a pena reduzida de 7 anos e 8 meses para cerca de 2 anos e 4 meses em regime fechado, conforme o cálculo atual da Vara de Execuções Penais.

Segundo Juliana Donato, da Frente Povo Sem Medo, a mobilização foi motivada pela gravidade da proposta. “Nós entendemos que isso é uma anistia. Os crimes cometidos contra a democracia são muito graves e não podem ser perdoados. A impunidade abre espaço para novas tentativas de golpe”, afirmou. Ela acredita que a pressão popular pode influenciar a tramitação do projeto no Senado.

Protestos no Rio

No Rio de Janeiro, milhares de pessoas ocuparam as ruas próximas ao Posto 5, em Copacabana. O ato contou com a participação de movimentos sociais, sindicatos, estudantes, parlamentares, artistas e militantes de esquerda.

A manifestação ganhou caráter cultural com a participação de artistas como Caetano Veloso e Gilberto Gil, que se apresentaram durante a tarde. O evento foi batizado de “Ato Musical 2: o retorno”, em referência a uma mobilização anterior contra a PEC da Blindagem.

Além do PL da Dosimetria, os participantes protestaram contra a escala de seis dias de trabalho por um de descanso, o marco temporal para demarcação de terras indígenas, o feminicídio e cobraram transparência em investigações envolvendo o Banco Master.

Uma performance realizada por um grupo de mulheres chamou atenção ao comparar parlamentares favoráveis ao projeto a “ratos traiçoeiros”, com a distribuição de animais de borracha e fotos de deputados que votaram pela redução das penas.

A aposentada Angela Tarnapolsky, de 72 anos, afirmou que não poderia se omitir diante do que considera retrocessos democráticos. “Depois de tudo o que vivi desde a ditadura, é impossível aceitar um Congresso com esse nível de retrocesso”, declarou.

O deputado Glauber Braga participou do ato e agradeceu o apoio popular. Com a suspensão de seu mandato por seis meses, ele afirmou que levará o gabinete “para as ruas” e seguirá mobilizado contra o PL da Dosimetria e contra as chamadas emendas Pix, que permitem repasses de recursos públicos sem detalhamento do uso.

O que prevê o projeto

O PL da Dosimetria estabelece que os crimes de tentativa de golpe de Estado e de abolição do Estado Democrático de Direito, quando cometidos no mesmo contexto, sejam punidos apenas com a pena mais grave, e não pela soma das penas. O texto também reduz o tempo necessário para a progressão de regime, do fechado para o semiaberto ou aberto.

A proposta pode beneficiar, além de Bolsonaro, militares e ex-integrantes do alto escalão do governo anterior, como Almir Garnier, Paulo Sérgio Nogueira, Walter Braga Netto e Augusto Heleno.

Parlamentares da oposição preveem, para o ex-presidente Jair Bolsonaro, que o total da redução pode levar ao cumprimento de 2 anos e 4 meses em regime fechado em vez dos 7 anos e 8 meses pelo cálculo atual da vara de execução penal, segundo a Agência Câmara de Notícias. Mas a definição dos novos prazos será do STF e pode ser influenciada pelo trabalho e estudo em regime domiciliar, que diminuem o período de prisão.

O texto original previa anistia a todos os envolvidos nos atos de 8 de janeiro e dos acusados dos quatro grupos relacionados à tentativa de golpe de Estado julgados pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Mas esse artigo foi retirado do projeto.

**Colaborou Felipe Machado**

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