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Campo Grande volta ao grau extremo para Covid-19; restrições para impedir contágio podem aumentar

Neste grau, somente atividades essenciais seriam liberadas para funcionar; hospitais estão lotados

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O aumento nos números de casos em Campo Grande colocou o município em grau extremo no Prosseguir.  

Apesar de a Capital constar na cor cinza, a do grau extremo, no sistema Mais Saúde, criado para monitorar on-line o programa Prosseguir, o governo de Mato Grosso do Sul se recusa a encará-los como oficiais.  

O Correio do Estado apurou que existe uma pressão - e também uma tensão - sobre a necessidade de se aumentar as restrições de circulação de pessoas, faltando uma semana para o Natal.  

Além de Campo Grande, outros seis municípios estão em grau extremo: Naviraí, Amambai, Dourados, Aquidauana, Bela Vista e Sete Quedas. 

No período em que Campo Grande entrou para o grau extremo, em setembro deste ano, o acesso aos dados instantâneos do Mais Saúde sobre o programa Prosseguir, os dados que estão disponíveis na plataforma, chegaram a ter a divulgação instantânea restrita, passando a ser mostrados somente por notas do governo. 

A liberação dos dados, porém, foi liberada em outubro e novembro, quando a pandemia mostrava um recuo nos casos e nas mortes.  

 

Colapso?

Na semana passada, a capital sul-mato-grossense já estava com a bandeira vermelha, com risco elevado. As medidas do número elevado, porém, como início de toque de recolher às 21h, por exemplo, não foram cumpridas pela administração municipal.

Por causa do reforço das medidas, o secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende, reuniu-se na tarde desta quinta-feira com representantes do município e do Ministério Público. Em pauta, estava a ampliação das restrições de locomoção para frear o contágio. 

Em Campo Grande, as únicas restrições são o toque de recolher das 22h às 5h - o mesmo aplicado em todo o Estado - proibições de festas e eventos com mais de 80 pessoas, e limitação de 40% da capacidade em estabelecimentos comerciais.  

Nesta quinta-feira (17) o número de leitos ocupados atingiu 117% em Campo Grande, o que significa que os hospitais estão improvisando a internação dos pacientes com Covid-19 nos corredores, para poder atender a todos.  

Por causa da superlotação, o Ministério Público de Mato Grosso do Sul ingressou com ação civil pública, em que pede a ampliação de leitos de unidade de terapia intensiva (UTIs) que já são insuficientes. Situação de colapso hospitalar. 

O prazo para ampliação solicitado ao Judiciário, é de cinco dias. Ainda não houve decisão até a publicação da reportagem, embora a promotora de Justiça, Filomena Fluminhan, tenha solicitado urgência na ação.  

Segundo a promotora, as medidas restritivas não foram suficientes e as sugestões do MPMS não foram acatadas pelo Comitê de Enfrentamento à Covid-19.

O Governo do Estado, publicou anteriormente, um decreto que determina que os municípios cumpram com as determinações do Prosseguir, mas as recomendações para a bandeira vermelha já não estavam sendo acatadas anteriormente por Campo Grande. Agora, com o nível extremo, a recomendação é o lockdown.  

Além da Capital, Dourados e outros cinco municípios também estão na zona de risco extremo. Outros 20 em laranja e 52 em vermelho.  

Nesta quinta-feira, 16 pessoas morreram em Mato Grosso do Sul de Covid-19, 10 delas em Campo Grande.  

 

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O programa

O programa Prosseguir foi instituído pelo governo de Mato Grosso do Sul neste ano, e contou com o apoio da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), o braço da Organização Mundial da Saúde (OMS) nas Américas.  

O programa utiliza critérios objetivos para estabelecer seus graus, que vão do baixo (nunca alcançado neste ano), ao extremo. Na semana passada, por exemplo, a Capital estava no grau elevado.  

Os critérios são, número de leitos disponível, quantidade de testes, contingente de profissionais de saúde, volume de novos casos, informações sobre o deslocamento de pessoas, entre outros. 

O que poderia continuar aberto?

No grau extremo, em que Campo Grande ingressou nesta quinta-feira, somente as atividades listadas abaixo seriam permitidas. Elas são consideradas essenciais, conforme decreto do governo do Estado.

A aplicação destas medidas, porém, depende da prefeitura de Campo Grande, que ainda não se manifestou.  

 

I – Assistência à saúde, incluídos serviços médicos, odontológicos (somente urgência e emergência), fisioterapêuticos e terapeutas ocupacionais e hospitalares;

II – Assistência social a vulneráveis

III – Segurança pública e privada

IV – Defesa civil;

V – Transporte e entrega de cargas;

VI – Transporte coletivo intermunicipal de passageiros;

VII – Transporte de passageiros por táxi ou aplicativo;

VIII – Coleta de lixo

IX – Transporte coletivo;

X – Telecomunicações e internet;

XI – Serviço de call center;

XII – Abastecimento de água;

XIII – Esgoto e resíduos;

XIV – Geração, transmissão e distribuição energia elétrica;

XV – Produção, transporte e distribuição de gás natural;

XVI – Iluminação pública;

XVII – Indústria e comércio de produtos de saúde, higiene, alimentos e bebidas;

XVIII – Serviços funerários;

XIX – Atividades com substâncias radioativas e materiais nucleares;

XX – Vigilância e certificações sanitárias e fitossanitárias;

XXI – Prevenção, controle e erradicação de pragas dos vegetais e de doença dos animais;

XXII – Inspeção de alimentos, produtos e derivados de origem animal e vegetal;

XXIII – Vigilância agropecuária;

XXIV – Controle e fiscalização de tráfego aéreo, aquático ou terrestre;

XXV – Serviços de pagamento, de crédito e de saque e aporte prestados

XXVI – Tecnologia da informação e data center para suporte das atividades essenciais;

XXVII – Fiscalização tributária e aduaneira;

XXVIII – Transporte de numerários;

XXIX – Mercado de capitais e seguros;

XXX – Fiscalização ambiental;

XXXI – Produção, distribuição e comercialização de combustíveis e derivados;

XXXII – Monitoramento de construções e barragens;

XXXIII – Geologia (alerta de riscos naturais e de cheias e inundações);

XXXIV - Atividades agropecuárias, incluindo serviços de produção pecuária e cultivos lavouras temporárias e permanentes;

XXXV – Serviços mecânicos em geral;

XXXVI – Comércio de peças para veículos de toda natureza;

XXXVII – Serviços editoriais, jornalísticos, publicitários e de comunicação em geral;

XXXVIII – Centrais de abastecimentos de alimentos;

IXL – Manutenção, instalação e reparos de máquinas, equipamentos, aparelhos e objetos de atividades essenciais e de baixo risco;

XL – Serviços de entrega de alimentos, produtos de higiene e medicamentos;

XLI – Construção civil, montagens metálicas e serviços de infraestrutura em geral

XLII – Serviços delivery em geral;

XLIII – Drive Thru para alimentos e medicamentos.

XLIV – Frigoríficos, curtumes, produção de artefatos de couro;

XLV – Extração mineral;

XLVI – Industria têxtil e confecções;

XLVII – Serrarias, marcenarias, produção de papel e celulose;

XLIII – Industrialização e distribuição de produtos à base de petróleo;

IL – Indústrias do segmento de plástico e embalagens;

L – Produção de cimento, cerâmica, artefatos de concreto;

LI – Indústria metalúrgica;

LII – Indústria química;

LIII – Consultorias, serviços contábeis e advocatícios, imobiliária e corretagem em geral;

LIV – Serviços de engenharia, agronomia e atividades científicas e técnicas;

LV – Usinas e destilarias de álcool e açúcar;

LVI – Serviços cartoriais;

LVII – Atividades da Justiça Eleitoral, incluídas a preparação e a realização dos pleitos;

LVIII – Educação dos níveis fundamentais e médio, em formato presencial;

LVIX– Educação de nível superior e pós-graduação, em formato presencial.

Show

Opção de lazer: Falamansa sobe ao palco do "MS Ao Vivo" neste domingo

Show acontece no Parque das Nações Indígenas com entrada gratuita

20/04/2024 10h30

Tato, Falamansa Foto/Reprodução

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O Parque das Nações Indígenas, será mais uma vez palco para um espetáculo do programa cultural "MS ao Vivo". O grupo de forró Falamansa, famoso por hits populares nos anos 2000, com ritmo que ficou conhecido como forró universitário, vem a Campo Grande neste domingo (21) e promete animar a galera ao som de sucessos como "Xote dos Milagres" e "Rindo à Toa".

Evento do Governo do Estado, por meio da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, conta com entrada gratuita, a fim de proporcionar uma experiência única para o público da Capital, celebrando a cultura e a música brasileira. Desta forma o projeto procura levar entretenimento promovendo o acesso à arte e à cultura para todos. 

Na edição deste domingo estarão presentes feirantes e expositores da economia criativa, como explica a produtora cultural Carina Zamboni. "Nós somos da Adamas (Associação das Meninas), uma associação que tem como missão fortalecer a economia criativa do nosso estado. Para o "MS ao Vivo" levaremos o que temos de melhor da gastronomia. Serão oito food trucks e nove barracas, com quitures e guloseimas, desde pipoca, churros, pastel, espetinho, saltenha até os lanches. Tudo para deixar o show mais animado", detalha a produtora.

O show de abertura do "MS ao Vivo" será realizado a partir das 17 horas, com a banda Canaroots Reggae, que traz a performance "Canaroots convida", uma homenagem ao compositor Lincoln Gouveia, vocalista e criador deste grupo musical, e que faleceu em 2021 deixando um legado de incalculável valor para o cenário do reggae no Mato Grosso do Sul.

FALAMANSA


Falamansa é uma banda brasileira de forró formada em 1998 na cidade de São Paulo. Com a ascensão do forró nas noites da capital paulista, surgiu na cidade um movimento para atender a demanda das casas noturnas e do público adolescente, que se identificou de imediato com a dança e com o ritmo contagiante do estilo.

Além de começarem a compor suas primeiras canções logo nos primeiros meses do conjunto, Dezinho, Tato, Alemão e Valdir interpretavam sucessos de Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro, misturando sempre o chamado "forró universitário" ou "forró pé-de-serra", com as raízes da música nordestina. Até 2001, o grupo teve mais de 1 milhão de cópias vendidas no Brasil.

corumbá

Prefeitura mantém dentistas alvos da PF por fraude em ponto eletrônico

Investigação apurou que prejuízo para o setor da saúde pública do município chega a R$ 6 milhões

20/04/2024 10h00

Agentes da Polícia Federal cumpriram mandados no Centro Municial de Especialidades Odontológicas Divulgação/PF

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Dentro do Centro Municipal de Especialidades Odontológicas de Corumbá, a Polícia Federal identificou que servidores municipais que eram para cumprir carga horária de pelo menos 20 horas, fraudavam o ponto eletrônico para reduzir o tempo de trabalho, mas seguiam recebendo os salários integralmente. Ao todo, são 11 dentistas que são investigados nos crimes de estelionato, peculato e peculato eletrônico e eles foram alvos de operação da PF nesta sexta-feira (19). 

O caso está em segredo de justiça e a Prefeitura de Corumbá informou que os servidores seguem trabalhando até que haja informação oficial do teor das investigações.

A Operação Esculápio foi desencadeada para que o inquérito policial pudesse avançar. Os investigadores solicitaram à 1ª Vara Federal de Corumbá autorização para sequestro de bens móveis e imóveis em nome dos servidores públicos como forma de tentar reduzir o prejuízo aos cofres públicos. 

Além disso, policiais federais estiveram durante a manhã deste dia 19 no Centro Municipal de Especialidades Odontológicas, que fica no bairro Universitário, mas não houve detalhamento sobre o trabalho realizado no local.

“Segundo as investigações, 11 servidores públicos da área de saúde do município reiteradamente fraudam seus pontos eletrônicos não cumprindo a carga horária contratada pela prefeitura municipal. Em alguns casos a permanência do profissional na unidade de saúde do Centro Municipal de Especialidade Odontológica (CEO) foi de apenas 5 minutos”, confirmou a PF, em nota.

A Prefeitura de Corumbá sugeriu que não tinha conhecimento oficialmente das fraudes e que aguarda notificação das autoridades para novos procedimentos. 

Conforme apurado preliminarmente, até mesmo os nomes de todos os dentistas investigados não eram de total conhecimento do poder público municipal.

Em nota, a Prefeitura de Corumbá reconheceu que ainda não iria abrir processo administrativo ou afastar preventivamente servidores investigados criminalmente. 

“Com relação a Operação Esculápio, realizada nesta sexta-feira pela Polícia Federal, a Prefeitura de Corumbá esclarece que não foi alvo da ação e que até o momento não foi formalmente informada sobre o teor das investigações”, diz trecho da nota. 

“A Secretaria Municipal de Saúde está à disposição da autoridade policial para auxiliar no que for necessário. Se trata de procedimento sigiloso da PF. O Município não tem acesso às investigações. Caso tenha ilegalidades praticadas por servidores, serão abertos processos administrativos disciplinares para a devida apuração”, concluiu.

Durante a apuração policial, houve a identificação que agendamentos para diferentes procedimentos demoravam para serem realizados por que os profissionais de saúde não trabalhavam a carga horária devida. Além disso, tinham os vencimentos integrais sendo pagos regularmente. 

“Além do prejuízo indireto causado pelo retardamento no atendimento à população local, estima-se que o prejuízo direto aos cofres seja da ordem de R$ 6.000.000,00”, indicou a Delegacia da Polícia Federal em Corumbá.

Nas ordens judiciais autorizadas, a PF realizou o bloqueio de bens móveis, como veículos, avaliados em R$ 1,5 milhão. Também houve o bloqueio de bens imóveis avaliados em R$ 5 milhões. 
Esses bloqueios ficam ativos durante todo o período de investigação e prosseguem no período de trâmite judicial, após o oferecimento da denúncia à Justiça Federal. Os investigados vão poder recorrer dessa decisão.

O Centro de Especialidades Odontológicas (CEO) está localizado na rua Eugênio Cunha e realizada procedimentos gratuitos como atendimento ambulatorial, cirurgia, endodontia, prótese dentária, radiologia, periodontia, odontopediatria e atendimento a pacientes especiais.

Conforme dados da Prefeitura Municipal, o prazo médio para vaga nos agendamentos varia de 5 dias a 3 meses, dependendo do procedimento. Não foi possível confirmar qual era o período de atraso que o inquérito identificou que ocorria por conta das fraudes dos profissionais de saúde. 

Dados do Portal da Transparência da Prefeitura de Corumbá mostram que há 58 cirurgiões-dentistas contratados em vínculo estatutário e comissionado, com carga horária que varia de 20 a 40 horas semanais. O salário bruto, conforme folha de pagamento de março de 2024, para esses profissionais fica entre R$ 7,5 mil a R$ 24,9 mil.

 

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