Cidades

Retorno

Candidato a vereador reaparece após 'sumir' por quase 60 dias em Campo Grande

O postulante, que tentou o pleito de 2024 e ficou conhecido pelo trabalho social, reforçou que, em dez dias, estará de volta e prestará todos os esclarecimentos. Veja o vídeo

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O candidato a vereador pelo Podemos, Ronaldo Cardoso, de 45 anos, que desapareceu por supostamente possuir dívidas com agiotas, surgiu nos grupos de WhatsApp por meio de um vídeo, alegando que precisou se afastar por problemas particulares.

No dia 9 de outubro de 2024, Ronaldo deixou a residência e não voltou mais. A servidora pública Susi Adriana Martins, esposa dele, contou ao Correio do Estado que registrou um boletim de ocorrência relatando o desaparecimento do esposo.

Disse ainda, que soube pela sogra que o marido poderia ter adquirido dívidas com agiotas o que não teve conhecimento anteriormente. 

À época, fotos foram compartilhadas em grupos via WhatsApp e no Facebook pedindo informações sobre o paradeiro do candidato a vereador. Ainda em outubro de 2024, Susi relatou que a sogra teria dito que o filho sumiu por ter adquirido dívidas com agiotas.

Sem explicações

Com poucos detalhes, Ronaldo gravou um vídeo para o Centro de Apoio aos Bairros (CAB-MS), atividade que ele desenvolvia ao lado da esposa.

“E hoje quero falar para vocês, meu time, minha equipe, para esse time da CAB-MS. Quero dizer que passei por alguns momentos muito complicados, com problemas particulares, que infelizmente fizeram com que eu me afastasse tanto da minha família quanto de cada um de vocês e desse projeto maravilhoso que é a CAB-MS", disse Ronaldo, e completou:

“Mas, assim, mesmo passando por todo tipo de dificuldade, enfrentando muitas lutas, nunca deixei de pensar em querer ajudar, nem por um minuto sequer, cada um de vocês.”

Ainda no vídeo, em ritmo de campanha, ele seguiu falando do projeto de assistência, convocando a comunidade a participar para “fazer o bem sem olhar a quem” e, em dado momento, agradeceu pelos pedidos de orações.

Desde o desaparecimento, a reportagem entrou em contato com a esposa de Ronaldo, mas não obteve resposta. Com a divulgação do vídeo, ela foi novamente procurada, mas, até o momento, não respondeu.

Retorno

A reportagem contactou Ronaldo Cardoso, que relatou ter gravado o vídeo na quarta-feira (16). Ele confirmou que esteve em Campo Grande e, em seguida, se retirou para dar continuidade a um tratamento.

Com o auxílio de uma amiga, que não teve o nome divulgado, Ronaldo garantiu que, daqui a dez dias, estará na CAB-MS para esclarecer tudo o que aconteceu e retomar o atendimento à comunidade.

Entenda

No dia 9 de outubro, Ronaldo deixou a residência dizendo à esposa que iria conversar com um conhecido para tratar de um emprego, mas não retornou.

Durante a conversa, Susi relatou que o marido sempre teve comportamento equilibrado; no entanto, ao não alcançar votos suficientes para ocupar uma cadeira na Câmara Municipal de Campo Grande, ficou nervoso e chorou muito.

No dia do desaparecimento, por volta das 9h15, a servidora pública relatou que estava no salão de beleza e recebeu uma mensagem de áudio no WhatsApp, enviada por Ronaldo, com visualização única. Porém, devido ao barulho, não conseguiu escutar o conteúdo.

Susi ainda enviou mensagens ao marido, mas elas não foram entregues. No dia seguinte, domingo (10), telefonou para o homem que Ronaldo havia dito que encontraria, mas ele negou qualquer reunião marcada entre os dois.

Sem notícias, Susi procurou a Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídios (DHPP), que investiga casos de pessoas desaparecidas, e registrou um boletim de ocorrência.

Assista o vídeo

 

 

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Cidades

Desemprego e a informalidade de pretos e pardos estão acima da média

Mulheres também têm desocupação maior que a taxa nacional

14/02/2025 23h00

Desemprego e a informalidade de pretos e pardos estão acima da média

Desemprego e a informalidade de pretos e pardos estão acima da média PAULO PINTO/AGÊNCIA BRASIL

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Pessoas pretas e pardas vivenciam mais o desemprego do que as brancas, além de receberem salários menores e trabalharem mais na informalidade. A constatação faz parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (14), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O levantamento aponta que, no quarto trimestre de 2024, a população branca registrou taxa de desemprego de 4,9%, abaixo do índice de 6,2% da média nacional. Na outra ponta, pretos (7,5%) e pardos (7%) ficaram acima da média do país.

Segundo a coordenadora da pesquisa, Adriana Beringuy, essa desigualdade é uma característica estrutural do mercado de trabalho brasileiro, “não apenas relacionada a esse trimestre”.

O estudo do IBGE apura o comportamento no mercado de trabalho para pessoas com 14 anos ou mais e leva em conta todas as formas de ocupação, seja emprego com ou sem carteira assinada, temporário e por conta própria, por exemplo. São visitados 211 mil domicílios em todos os estados e no Distrito Federal.

Informalidade

A desigualdade por cor também é percebida quando se analisa a taxa de informalidade, ou seja, a proporção de trabalhadores que não têm garantidos direitos como férias, contribuição para a Previdência Social e 13º salário.

Enquanto a taxa de informalidade do país no quarto trimestre de 2024 alcançou 38,6%, a dos pretos era 41,9%; e a dos pardos, 43,5%. O índice entre as pessoas brancas ficou abaixo da média: 32,6%.

O IBGE destaca que - entre os terceiro e quarto trimestres de 2024 - a taxa de informalidade caiu no país (de 38,8% para 38,6%) e entre os brancos (de 33,5% para 32,6%), mas ela se elevou entre pardos (43,2% para 43,5%) e pretos (41,8% para 41,9%).  

 “Vale ressaltar essa diferença estrutural desse indicador no recorte de cor ou raça”, frisa Beringuy.

De acordo com o Censo 2022, os pardos respondem por 45,3% da população. Brancos são 43,5%; pretos, 10,2%; indígenas, 0,6%; e amarelos, 0,4%.

Rendimentos

Quando se observa os salários dos trabalhadores, o rendimento médio mensal do país alcança R$ 3.215 no último trimestre de 2024. É mais um indicador que mostra os ocupados brancos acima da média com R$ 4.153 mensais. O inverso acontece com pretos (R$ 2.403) e pardos (R$ 2.485).

Mulheres

A pesquisa do IBGE apresenta, ainda, dados de desigualdade de gênero. A desemprego entre os homens no último trimestre de 2024 ficou em 5,1%. Já o das mulheres, 7,6%.

O desequilíbrio também é percebido no valor recebido por homens e mulheres. Eles fecharam o último trimestre de 2024 com rendimento médio mensal de R$ 3.540, enquanto elas receberam R$ 2.783.

Cidades

STF mantém descriminalização do porte de maconha para uso pessoal

Quantia de 40 gramas diferencia usuários de traficantes da droga

14/02/2025 22h00

STF mantém descriminalização do porte de maconha para uso pessoal

STF mantém descriminalização do porte de maconha para uso pessoal ARQUIVO/AGÊNCIA BRASIL

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A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta sexta-feira (14) manter a íntegra da decisão da Corte que descriminalizou o porte de maconha para uso pessoal e fixou a quantia de 40 gramas para diferenciar usuários de traficantes.

O Supremo julga, no plenário virtual, recursos protocolados pela Defensoria Pública e pelo Ministério Público de São Paulo para esclarecer o resultado do julgamento, que foi finalizado em julho do ano passado.

Até o momento, oito ministros seguiram o voto do relator, ministro Gilmar Mendes. Na semana passada, no início do julgamento virtual, o relator votou pela rejeição dos recursos.

Além de Mendes, os ministros Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Flávio Dino, Edson Fachin, André Mendonça, Luiz Fux e Cristiano Zanin votaram no mesmo sentido.  A deliberação virtual será encerrada às 23h59.

Não legaliza

A decisão do Supremo não legaliza o porte de maconha.  O porte para uso pessoal continua como comportamento ilícito, ou seja, permanece proibido fumar a droga em local público.

O Supremo julgou a constitucionalidade do Artigo 28 da Lei de Drogas (Lei 11.343/2006). Para diferenciar usuários e traficantes, a norma prevê penas alternativas de prestação de serviços à comunidade, advertência sobre os efeitos das drogas e comparecimento obrigatório a curso educativo.

 A Corte manteve a validade da norma, mas entendeu que as consequências são administrativas, deixando de valer a possibilidade de cumprimento de prestação de serviços comunitários.

 A advertência e presença obrigatória em curso educativo foram mantidas e deverão ser aplicadas pela Justiça em procedimentos administrativos, sem repercussão penal.

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