Cidades

Corrupção

Candidato Wilton Acosta é alvo da Polícia Federal em ação contra desvio de recursos

Policiais cumpriram mandados na casa dele na manhã desta sexta-feira

RENAN NUCCI

28/09/2018 - 09h47
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A Polícia Federal, em apoio à Promotoria do Patrimônio Público de Campo Grande, cumpriu na manhã desta sexta-feira quatro mandados de busca e apreensão e um mandado de sequestro de veículo, relacionados às investigação sobre desvio de recursos públicos repassados à Instituição de Microcrédito Credquali, antigo “Banco do Cidadão”, ligada à Fundação de Trabalho de Mato Grosso do Sul (Funtrab). Um dos alvos foi o candidato a deputado federal pelo PRB, Wilton Acosta, ex-presidente da Funtrab. 

Na casa dele, localizada no condomínio Residencial do Parque, em frente à sede do Ministério Público Estadual, no Parque dos Poderes. Três policiais chegaram  por volta das 7 horas da manhã, em uma viatura descaraterizada. Cerca de uma hora depois, foram embora levando uma pasta.

O advogado Luiz Carlos Bueno acompanhou o cumprimento das ordens judiciais com Wilton e alegou que nenhum documento foi apreendido na residência. “Não localizaram documentos referentes à operação. Nenhum veículo foi apreendido no local”, disse Bueno.

De acordo com as investigações, entre o segundo semestre de 2016 e primeiro semestre de 2017, recursos da entidade teriam sido utilizados indevidamente para a aquisição de bens privados e pagamentos de despesas particulares de ex-dirigentes e membros do Conselho Deliberativo, alvos das buscas na data de hoje. 

O advogado reforçou que Acosta já havia prestado esclarecimentos sobre os fatos e está à disposição da justiça. Além disso, não tinha participação nas decisões administrativas da Credquali.

“Ele era diretor da Funtrab, sim, é fato. Mas não jamais ocupou qualquer cargo de gestão na instituição investigada [Crediqualli]. Quem deve prestar esclarecimentos agora é o diretor da instituição, pois Wilton não exercia cargo lá”, pontuou Bueno, reforçando que espera ter acesso aos autos para definir quais serão os próximos passos da defesa.  
 

Matéria atualizada às 10h20 para acréscimo de informações*

Cidades

MS tem o segundo maior índice de mortos pela polícia da história

O presente ano está atrás apenas do ano passado, que havia sido recorde

20/11/2024 18h28

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Imagem ilustrativa Arquivo/Correio do Estado

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Dois homens, de dois municípios diferentes de Mato Grosso do Sul, foram mortos pela polícia na última terça-feira (19). Agora, o número de vítimas de agentes do Estado chegou a 70 no ano, o segundo maior índice registrado na série histórica divulgada no portal de dados da Secretaria Estadual de Justiça de Segurança Pública (Sejusp).

O presente ano está atrás apenas do ano passado, que foi o recorde em mortes causadas por agentes de Estado em Mato Grosso do Sul, com 131 mortos de janeiro a dezembro, quantidade 156,8% superior ao registrado em 2022, quando 51 foram mortos.

Os 70 mortos de 1º de janeiro a 20 de novembro deste ano se igualam às 70 vítimas registradas em todo o ano de 2019. Confira o levantamento:

Imagem ilustrativa

Perfil das vítimas

Assim como nos anos anteriores, em 2024 os homens representam a maior parte dos mortos pela polícia: foram 62 vítimas, número que representa 88,5% do total registrado. Apenas uma mulher foi vítima, e outros sete casos não tiveram o sexo especificado.

Quanto à idade, mais de metada das vítimas (52,8%) eram jovens de 18 a 29 anos. Na sequência, figuram adultos de 30 a 59 anos, que representam 31,4% do índice. Os adolescentes representam 5,7% do índice. Sete casos não especificaram idade, e representam 10%.

A maioria dos óbitos aconteceram em Campo Grande (36). No interior do Estado, foram registrados 34, sendo 19 na faixa de fronteira.

Casos mais recentes

Em menos de 12 horas, dois homens, um de 32 anos e outro de 33, morreram em confronto com a Polícia. O primeiro caso aconteceu durante a tarde, e o segundo à noite, nesta terça-feira (19).

Em Bataguassu, um homem de 32 anos foi baleado e morto por policiais civis após reagir ao cumprimento de um mandado de busca e apreensão. A Polícia Civil não divulgou muitos detalhes a respeito da ocorrência.

Em Dourados, um homem de 33 anos morreu após reagir a abordagem de policiais civis do Setor de Investigações Gerais (SIG). Conforme apurado pela mídia local, ele estava sendo monitorado pela polícia suspeito de ameaçar uma família devido a uma dívida.

Na noite de segunda-feira (18), Gabriel Nogueira da Silva, de 27 anos, responsável pelo assassinato do médico Edivandro Gil Braz, de 54 anos, foi baleado e morto por policiais, após resistir à prisão e tentar fugir da delegacia onde estava detido, localizada em Dourados.

Colaborou: Naiara Camargo.

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Fauna

Lojista é multado em R$ 24 mil por expor cabeça de animais em Campo Grande

A ação do Ibama encontrou exposição de cabeças de onça pintada, queixadas e até a arcada dentária de tubarão no estabelecimento

20/11/2024 18h15

Crédito: Ibama MS

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Uma loja que expunha cabeças de animais silvestres foi alvo de fiscalização pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), em Campo Grande.

Os agentes encontraram várias cabeças de espécies da fauna sul-mato-grossense, como:

  • onças-pintadas (Panthera onca);
  • onças-pardas (Puma concolor);
  • queixadas (Tayassu pecari);
  • jacarés (Alligatoridae);
  • cervos-do-pantanal (Blastocerus dichotomus);
  • peixes pintados (Pseudoplatystoma corruscans);
  • dourados (Salminus brasiliensis).


Além disso, foram apreendidos "troféus", como a arcada dentária de um tubarão. As peças foram recolhidas, e o estabelecimento foi autuado conforme estabelece a Lei Federal de Crimes Ambientais (nº 9.605/98) e o Decreto nº 6.514/08.

O proprietário recebeu uma multa que totalizou R$ 24 mil, e os suspeitos de organizar a “exposição” irão responder pelo crime na Justiça.

É importante ressaltar que a legislação brasileira proíbe a exposição de partes de animais para comercialização, situação enquadrada na Lei de Crimes Ambientais como venda ilegal de artesanato feito com partes de animais silvestres.

Crédito: Ibama MS

Tráfico de animais


Com a ação, o Ibama tenta inibir tanto a oferta quanto a procura, bem como o tráfico de animais silvestres.

"Quanto mais raro é um animal, maiores são o interesse e o preço que pagam por ele", afirmou a superintendente do Ibama em Mato Grosso do Sul, Joanice Lube Battilani, que completou:

"Essa prática está aliada ao fato de que algumas pessoas, de forma equivocada, acreditam que esses tipos de objetos feitos com partes de animais silvestres servem como amuletos, trazendo proteção e prosperidade."

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