Cidades

Especial de aniversário

Capital abre uma farmácia a cada 10 dias

Em junho de 2022, a cidade tinha 307 unidades com ou sem manipulação; agora, quantidade saltou para 344 drogarias

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Campo Grande ganha, em média, uma nova farmácia a cada 10 dias. Em junho do ano passado, a cidade tinha 307 unidades com ou sem manipulação. Em junho deste ano, às vésperas de completar 124 anos, esse número saltou para 344, conforme dados disponibilizados pelo Conselho Regional de Farmácia de Mato Grosso do Sul (CRF-MS).

E não é preciso procurar muito para constatar que esse número não para de crescer e que, em alguma esquina, uma nova unidade está nascendo. Na Avenida Guaicurus, onde existem seis drogarias em um trecho inferior a dois quilômetros, sem computar a farmácia da UPA, as obras de uma nova farmácia começaram em um local de intenso movimento.

Os trabalhos estão a todo vapor no entroncamento da Rua da Divisão com a Avenida Guaicurus, próximo ao Museu José Antônio Pereira, local por onde passam milhares de veículos diariamente e que é palco até de congestionamentos. 

E são justamente locais assim que interessam aos empresários. “O que determina a quantidade de farmácias em determinadas vias ou regiões da cidade é o fluxo de pessoas”, diz Flávio Shinzato, que há quatro anos preside o CRF-MS, mas atua na fiscalização do setor faz 29 anos.

Embora não contradiga a lenda de que Campo Grande tem uma farmácia em cada esquina, o presidente do conselho garante que a cidade não é muito diferente daquilo que ele diz reparar em outras cidades brasileiras. “Em Rondonópolis, por exemplo, tem cinco farmácias na mesma quadra”, exemplifica. 

Conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), o aconselhável é que exista uma farmácia para cada 10 mil habitantes. Ou seja, se Campo Grande tivesse 95 farmácias, seria suficiente. Com 344 unidades, a capital de Mato Grosso do Sul tem uma drogaria para cada grupo de 2,7 mil moradores. 
Mas isso ainda não significa saturação do mercado. 

Prova disso é que uma das maiores redes de supermercados da cidade, o grupo Comper e Fort Atacadista, está com outdoors em algumas de suas lojas anunciando que em breve será ativada a farmácia SempreFort.
Uma dessas novas lojas está prevista para a unidade da recém-repaginada Avenida Cafezais, no extremo sul da cidade. 

E não é que aquela região seja carente de farmácias. Em pouco mais de dois quilômetros dessa avenida existem outras quatro e mais três em menos de 200 metros no fim dela, em uma rua que é praticamente continuação da Cafezais.

AUTOMEDICAÇÃO

Para o presidente do CRF-MS, o risco dessa abundância de farmácias é a possibilidade de isso aumentar a automedicação. Ele não tem números locais sobre a quantidade de ocorrências, mas sabe que, anualmente, o SUS gasta R$ 60 bilhões para tratar problemas de saúde provocados pelo uso errado de medicamentos. 

Ainda de acordo com Shinzato, o Centro-Oeste é a região campeã em automedicação, e Mato Grosso do Sul, por sua vez, é o primeiro colocado entre os três estados e o Distrito Federal. Então, ao que tudo indica, a grande quantidade de farmácias realmente tem influência direta nesse problema. 

Para tentar reduzir o risco do uso errado de medicamentos, as farmácias são obrigadas por lei a manter em tempo integral um farmacêutico em cada unidade. E o CRF-MS parece levar muito a sério a vigilância sobre o cumprimento dessa norma. 

O conselho tem seis carros e seis equipes que ficam a semana inteira nas ruas percorrendo as farmácias, segundo Shinzato.

 “Quando existe alguma suspeita de irregularidade, a gente vai de três a quatro vezes por mês naquela unidade”. Quando é constatada alguma irregularidade, o caso é denunciado à vigilância sanitária, explica ele. 

EMPREGO

E com tanta farmácia, a demanda por mão de obra tem a mesma proporção. Atualmente, existem em torno de 4 mil profissionais inscritos no CRF-MS, que abrange o Estado inteiro, e cerca de 85% são mulheres. 

Cada um paga R$ 480 por ano para ajudar a manter a estrutura do conselho e, automaticamente, a correta regulação do mercado.

Em média, 120 novos profissionais chegam ao CRF-MS por ano, e boa parte é procedente dos novos cursos. Flávio Shinzato não tem informações sobre a quantidade de profissionais que se formam por ano no Estado, mas diz que são sete cursos atualmente em Mato Grosso do Sul. 

Diferentemente daquilo que ocorria em outras épocas, quando o sonho dos acadêmicos era terminar o curso e abrir a própria farmácia, as mudanças do mercado acabam direcionando a maior parte desses profissionais para as grandes redes, embora ainda existam aqueles que conseguem abrir sua unidade e garantir o sustento. 

E essas grandes redes, muitas delas de outros estados, tomaram conta das ruas de Campo Grande. De acordo com um levantamento do CRF-MS, a Drogasil está com 32 unidades na Capital, a Mais Popular tem 25, a Pague Menos já está com 24 e a Drogarias Freire, 13. 

A fama de que Campo Grande tem mais farmácias do que bares não é de agora, mas nos últimos anos essa impressão meramente empírica ganhou força. Em janeiro de 2018, eram 190 unidades. Cinco anos depois, em janeiro deste ano, já eram 330. E entre janeiro e junho deste ano, 14 novas drogarias foram abertas, de acordo com o CRF-MS.

 

"MÃO AMIGA"

Bombeiros de MS 'heróis no RS' participam do 7 de setembro em Brasília

Integrantes do corpo militar sul-mato-grossense viajaram até a Capital Nacional, a convite do Governo Federal, em homenagem ao trabalho de auxílio às vítimas da maior catástrofe climática do Rio Grande do Sul

07/09/2024 15h35

Três bombeiros e dois policiais militares viajaram até a Capital Nacional a convite do Governo Federal

Três bombeiros e dois policiais militares viajaram até a Capital Nacional a convite do Governo Federal Reprodução/GovMS

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Bombeiros e policiais militares de Mato Grosso do Sul, que partiram rumo ao Rio Grande do Sul durante as tragédias que assolaram o Estado sulista - foram parte do tradicional desfile cívico-militar na Esplanada dos Ministérios, em Brasília (DF), neste sábado (7) feriado da Independência do Brasil.

Ao todo três bombeiros e dois policiais militares viajaram até a Capital Nacional, a convite do Governo Federal, em homenagem ao trabalho de auxílio prestado às vítimas da maior catástrofe climática do Rio Grande do Sul, sendo:

  • Tenente Vinícius Castro, do CBMMS;
  • Sargento Abraão Anicésio, do CBMMS
  • Cabo João Figueiredo, do CBMMS 
  • Cabo Carlos Eduardo Hickmann, da CGPA da PMMS
  • Anderson Luiz Veras Silva dos Santos, da CGPA da PMMS

 

Tanto o Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul, como a Coordenadoria Geral de Policiamento Aéreo da Polícia Militar, prestaram apoio importante ao Estado sulista durante ações de resgate e evacuação da população. 

Relembre

Três bombeiros e dois policiais militares viajaram até a Capital Nacional a convite do Governo FederalReprodução/GovMS/Álvaro Rezende

No fim de abril deste ano as chuvas assolaram o Rio Grande do Sul, com danos de inundações e deslizamentos em boa parte do território, com os sul-mato-grossenses sendo enviados já em 03 de maio. 

Esse primeiro grupo de Bombeiros do Mato Grosso do Sul, durante cerca de duas semanas, resgatou mais de 304 pessoas e 309 animais, com uma segunda equipe enviada em 11 de maio para trocar os grupos de apoio. 

Cabe lembrar que, em agradecimento ao ato de Mato Grosso do Sul, houve ainda a disponibilização de militares e equipamentos por parte do governador Eduardo Leite, para ajudar no combate às queimadas no Pantanal de MS. 

Momento que simbolizou a união entre os Estados foi o salvamento da bandeira do RS, feito por agentes militares de Mato Grosso do Sul, material que foi devolvido e entregue de Eduardo para Eduardo em solenidade feita em 1º de agosto. 

**(Colaborou Felipe Machado)

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BALANÇO

Painel da CGU soma 571 denúncias de assédio sexual neste ano

No painel "Resolveu?", da Controladoria-Geral da União, mais de 97% das manifestações são denúncias, e 2,5%, reclamações

07/09/2024 15h09

Não há, até o momento, nenhuma denúncia ou reclamação de assédio sexual no MDH registrado no painel

Não há, até o momento, nenhuma denúncia ou reclamação de assédio sexual no MDH registrado no painel "Resolveu?", da Controladoria-Geral da União. Arquivo

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Denúncias e reclamações de assédio sexual já somam 571 casos neste ano, segundo informações de ouvidorias de 173 órgãos públicos federais, como ministérios, universidades, hospitais, empresas estatais e autarquias. 

Esse número aparece no painel “Resolveu?”, da Controladoria-Geral da União (CGU), onde mais de 97% das manifestações são denúncias, e 2,5%, reclamações.

A lista é puxada pela Universidade Federal de Rondônia (32 registros), pelo Ministério da Saúde (23), pela Universidade Federal de Pernambuco (20) e pela própria CGU (20).

Nessa sexta-feira (6) à noite, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva demitiu o ministro dos Direitos Humanos e Cidadania (MDH), Silvio Almeida, depois de denúncias de assédio sexual.

Até o momento, não há nenhuma denúncia ou reclamação de assédio sexual no MDH registrado no painel “Resolveu?”, da Controladoria-Geral da União.

A relação segue com manifestações originárias do Complexo Hospitalar de Clínicas da Universidade Federal do Paraná e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, cada um com 11 casos.

A Universidade Federal do Rio de Janeiro tem dez ocorrências. A universidade Federal do Ceará e o Ministério das Mulheres, nove registros cada.

O Comando da Aeronáutica, a Universidade Federal do Pará e a Universidade de Brasília, com oito ocorrências cada, formam a lista das instituições com mais denúncias e reclamações.

Cerca de 60% dos registros no painel da CGU identificam o tipo de denúncia. A maioria é de “conduta de natureza sexual”. No mês de agosto, houve alta de registros, com 122 casos ou 21% das ocorrências anotadas pelas ouvidorias de órgãos públicos federais.

Há pouca informação sobre os denunciantes e reclamantes. Três quartos não informaram a localização ou a cor. Entre as 88 pessoas que identificaram sexo, 66 eram mulheres (75%) e 22 eram homens. 

 

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