Dados divulgados pela Prefeitura Municipal de Campo Grande (PMCG) apontam que existem 109,7 quilômetros de ciclovias/ciclofaixas/calçadas compartilhadas, em 79 bairros, espalhados pelas sete regiões da Capital.
Dos 109,7 quilômetros, 3.036 metros são de calçada compartilhada, 17.516 metros são de ciclofaixa e 89.205 metros são de ciclovias.
Buraco em ciclovia na avenida Afonso Pena. Foto: Marcelo VictorEm linha reta, a distância representa uma pedalada entre Campo Grande e Nova Alvorada do Sul, cidades que ficam a 113 quilômetros uma da outra.
Ciclovia é uma pista exclusiva para bicicletas e outros ciclos, separada da rua. Já a ciclofaixa faz parte da pista de rolamento, mas é delimitada por sinalização específica.
A calçada compartilhada é um espaço que permite a circulação simultânea de pedestres, cadeirantes e ciclistas sobre a calçada ou canteiro central.
As ciclovias interligam diversos bairros e todas as regiões de Campo Grande entre si, além de cruzarem as avenidas mais importantes da Capital.
Veja quais são as ruas e avenidas que têm ciclovias/ciclofaixas/calçadas compartilhadas:
- Afonso Pena
- Duque de Caxias
- Lúdio Martins Coelho
- Nasri Siufi
- Fábio Zahran
- Costa e Silva
- Cônsul Assaf Trad
- Avenida Noroeste - Orla Morena
- Nelly Martins (Via Park)
- Rua Petrópolis
- Cafezais
- José Barbosa Rodrigues
- Dom Antônio Barbosa
- Gury Marques
- Avenida do Poeta (Parque dos Poderes)
- Prefeito Heráclito Diniz de Figueiredo
- BR 262 – indo para o Indubrasil
- Amaro Castro Lima
- Rádio Maia
- Rua da Divisão
- Rua Graça Aranha
- Avenida Rita Vieira
- Rua Vitor Meireles
- Ernesto Geisel (em frente ao Shopping Norte Sul Plaza)
- Wilson Paes de Barros
Malha Cicloviária de Campo Grande (MS) - 2025. Foto. Divulgação/AgetranMas, as vias deixam a desejar e precisam de reparos em alguns pontos. Os principais problemas são falta de iluminação, falta de sinalização, falta de pintura, desnivelamento de asfalto, buracos e matagal.
Inexiste poste de iluminação na avenida Wilson Paes de Barros, atrás do Aeroporto Internacional de Campo Grande (CGR), com isso, o ciclista tem que pedalar no escuro. Já os motoristas, que trafegam pela via, precisam usar o farol do carro para enxergar o trânsito.
Ciclista "some" no meio do matagal em ciclovia. Foto: Marcelo VictorNa mesma avenida, após as chuvas intensas dos últimos dias, abriu-se uma cratera gigantesca que “engoliu” a ciclovia.
Corretor imobiliário e ciclista, Lomanto Álvaro, disse que as ciclovias de Campo Grande são perigosas para ciclistas.
"Muitas pistas estão danificadas e para nós de bike, isso se torna muito perigoso, porque o impacto no guidão é muito grande. Mato invade a ciclovia e atrapalha muito também. A empreiteira que fez as ciclovias deixaram a pista com muito buraco, apesar de pista ser nova", contou.
Dona de casa e ciclista, Andressa Rodrigues, afirmou que já até acostumou a pedalar no escuro em Campo Grande.
"Problemas de matagal e iluminação precária está mesmo em todo lugar da pista da ciclovia isso podemos reclamar com indignação", disse.
Andressa ainda ressaltou pontos positivos relacionados a malha cicloviária campo-grandense.
"O ponto de vista positivo é a extensão da pista da ciclovia que já está interligando bairros que não tínhamos tanto acesso em curto tempo. A ciclovia de CG percebemos que as pessoas estão mais interessadas na atividade física, utilizam bicicleta e patinete elétrico até mesmo em uma ida ao trabalho acreditando ganhar tempo e segurança para o destino", contou.
Em reposta aos problemas estruturais apresentados pela reportagem, a Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran) afirmou que estuda ampliar faixas de ciclovia para maior segurança dos ciclistas.
"A Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran) informa que a cidade atualmente conta com uma malha cicloviária que soma 109.757 metros, englobando ciclovias, ciclofaixas e calçadas compartilhadas. Desse total, são 89,2 km de ciclovias, com uma ampliação de 22,2 km nos últimos anos, incluindo trechos nas avenidas Wilson Paes de Barros e Duque de Caxias, conforme mencionado. A gestão estuda a ampliação das faixas de ciclovia, visando a melhoria contínua das condições para o uso seguro por ciclistas", afirmou a prefeitura de Campo Grande em nota enviada ao Correio do Estado.
SAÚDE
Andar de bicicleta tem vários benefícios: faz bem para a mente, saúde e corpo. A prática estimula e melhora a circulação sanguínea, diminuindo os riscos de doenças cardiovasculares. Confira mais benefícios:
- Aumenta a disposição: pessoas ficam mais animadas e 'ligadas no 220' quando pedalam
- Emagrece: o ciclismo queima calorias e acelera o metabolismo
- Define o corpo: pedalar exige força dos músculos e desenvolve quadríceps, músculos das coxas e os glúteos
- Proporciona bem-estar: pedalar faz com que o organismo libere hormônios que causam sensação de prazer, como endorfinas e serotoninas
- Aumenta o fôlego: o ciclismo reforça os pulmões, pois, quando a pessoa pedala, precisa de mais oxigênio e acaba exercitando mais a respiração
- Previne a diabetes: andar de bike regularmente ajuda a controlar os níveis de açúcar no sangue
- Reduz o colesterol: pedalar queima e elimina o colesterol ruim (LDL) do organismo
- Controla a pressão arterial: o processo de contração e relaxamento de veias e artérias fica mais rápido durante o pedal, o que ajuda a baixar a pressão arterial
* os equipamentos de segurança indispensáveis para ciclistas são: capacete, luva, óculos e lanterna.




