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MUDANÇA

Carnaval em Campo Grande deve ser adiado para julho de 2021, diz Sectur

De acordo com o secretário municipal de Cultura e Turismo, Max Freitas, as escolas de samba devem desfilar com meses de atraso por causa da pandemia

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O Carnaval fora de época que acontece extraoficialmente todos os anos pode se tornar a única festividade do feriado no ano que vem. Sem a baixa nos casos de Covid-19 no Estado, a festa, que é realizada geralmente entre fevereiro e março, pode ser adiada para maio ou julho de 2021.

A informação é da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Sectur). De acordo o secretário da pasta, Max Freitas, “existe uma conversa em andamento com a Liga das Escolas de Samba para promover a festa no meio do ano”.

No Rio de Janeiro, umas das referências do Carnaval nacional e internacional, a festa não foi oficialmente adiada pela prefeitura, mas a Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa) anunciou que não haverá os tradicionais desfiles em fevereiro. 

As datas cotadas são entre maio e junho, mas o evento só deve acontecer depois da chegada da vacina contra o coronavírus.

Já em Salvador, a prefeitura já confirmou que o Carnaval deverá acontecer em julho. E em São Paulo, apesar de também confirmado o adiamento, as datas não foram anunciadas. Assim como Campo Grande, as demais capitais ainda não se manifestaram oficialmente a respeito do assunto.

Réveillon

Faltando pouco mais de um mês, ainda não há nada decidido a respeito do Réveillon na Capital. As comemorações promovidas pela prefeitura costumam acontecer nos altos da Avenida Afonso Pena, com atrações musicais e queima de fogos.

“Por enquanto não existe nada cancelado, porém, também não há definições a serem divulgadas. Até porque não sabemos qual será o real estado e a gravidade da segunda onda de coronavírus”, ressalta.

Mato Grosso do Sul registrou mais 785 casos do novo coronavírus e 4 mortes neste domingo (22). Ao todo, o número total de infectados pela doença chegou a 92.467, e o de óbitos, 1.722.

“A doença está muito presente, não só no nosso Estado, mas no Brasil. Há um avanço da doença nesses últimos dias, já está se expressando no número de exames que estamos fazendo, há um recorde substantivo da coleta de testes em todas as cidades, principalmente na Capital”, relatou Resende.

O Correio do Estadohavia noticiado semana passada que os casos da Covid-19 voltaram a crescer em Campo Grande e em todo Mato Grosso do Sul.  

Médico infectologista e pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Júlio Croda afirma que os dados sobre a doença indicam que os casos estão em ascensão. 

O pesquisador defendeu que medidas restritivas voltem a ser tomadas para impedir que uma segunda onda atinja o Estado. Entre as medidas, o cancelamento de eventos, como o Carnaval e o Réveillon.

“Com certeza, o toque de recolher deve voltar. Tem impacto para evitar aglomerações. Também deve haver cancelamento de eventos que causem aglomeração, como shows, casamentos. Os gestores devem pegar o Prosseguir e ver quais as recomendações lá”, disse o especialista, referindo-se ao programa criado pelo governo do Estado em parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), braço da Organização Mundial da Saúde (OMS) nas Américas.

Cidades

Até fim do ano, Petrobras terá projeto de transição energética interessante aprovado, diz Magda

A executiva apresentou o Plano de Negócios 2026-2030 da empresa para empresários fluminenses, lembrando que o plano se estende até 2050, quando a companhia pretende atingir emissões líquidas zero

05/12/2025 22h00

Sede da Petrobrás

Sede da Petrobrás Imagem: Agência Petrobras

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A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, disse que o Conselho de Administração da estatal vai aprovar, até o final do ano, um projeto de transição energética "interessante, e que não é greenwashing (sem impacto efetivo)". A declaração foi realizada em evento na Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan).

A executiva apresentou o Plano de Negócios 2026-2030 da empresa para empresários fluminenses, lembrando que o plano se estende até 2050, quando a companhia pretende atingir emissões líquidas zero.

Magda também destacou os investimentos no Estado do Rio de Janeiro, com foco no Complexo de Energias Boaventura, em Itaboraí, que segundo ela vai ganhar uma petroquímica "moderníssima", mas também não deu detalhes.

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Novo Bolsa Família reduziu beneficiários e valor total de benefícios entre 2023 e 2025

O Novo Bolsa Família foi relançado em 2023 e tem renovado o público atendido ao longo do tempo, diz o relatório "Filhos do Bolsa Família

05/12/2025 21h00

Crédito: Lyon Santos / MDS

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Um novo estudo com dados administrativos do governo federal mostra que, entre o início de 2023 e outubro de 2025, o número total de beneficiários do Novo Bolsa Família diminuiu, assim como o número de famílias e o valor total gasto em benefícios. O levantamento, conduzido pelos professores da Escola de Economia e Finanças da Fundação Getúlio Vargas (FGV EPGE) Valdemar Pinho Neto e Marcelo Neri, chama atenção para os fluxos mensais, que indicam mais saídas do que novas entradas. Isso apontaria "sustentabilidade e rotatividade saudável no programa".

O Novo Bolsa Família foi relançado em 2023 e tem renovado o público atendido ao longo do tempo, diz o relatório "Filhos do Bolsa Família - Uma Análise da Última Década", lançado hoje no Rio de Janeiro. Entre os beneficiários observados no início de 2023, 31,25% já não estavam mais no programa em outubro de 2025. De acordo com a pesquisa, o Bolsa Família oferece proteção em momentos de vulnerabilidade de renda, não se configurando como uma política de dependência permanente. "Mesmo em um horizonte inferior a três anos, o programa segue associado à transição para arranjos de renda mais autônomos, sobretudo nas idades em que o ingresso no mercado de trabalho é mais intenso".

A análise diz que a Regra de Proteção, que permite que a família permaneça no programa por um período quando a renda do trabalho ultrapassa o limite de entrada no programa, tem funcionado como um "amortecedor" entre o Bolsa Família e o mercado de trabalho.

"Isso evita quedas bruscas de renda, diminui o medo de aceitar empregos formais ou registrar-se como Microempreendedor Individual (MEI) e, ao mesmo tempo, garante que, em caso de nova perda de renda, a família possa retornar com prioridade ao programa", cita a publicação.

O lançamento do estudo foi acompanhado pelo ministro do Desenvolvimento, Assistência social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias.

"Quando a gente vê a elevação do PIB no Brasil, surpreendendo muitas vezes a área econômica e técnica, ali tem o PIB dos mais pobres. Aquelas pessoas que lá atrás viviam de transferência de renda, agora tem consumo", afirmou.

Segunda geração

O estudo sustenta que o Bolsa Família conjuga proteção social "robusta" e mobilidade socioeconômica. A evidência, de acordo com o pesquisador, é que muitos filhos do programa deixam de receber o benefício futuramente.

A pesquisa acompanha, ao longo da última década (2014-2025), os membros de famílias que recebiam o benefício em 2014, com foco em crianças e adolescentes. Os resultados indicam que uma parcela expressiva da chamada "segunda geração" de beneficiários deixou de depender da transferência de renda. Entre todos os beneficiários de 2014, 60,68% não recebiam mais o Bolsa Família em 2025. As taxas são ainda mais altas entre os que eram adolescentes naquele ano: 68,8% entre jovens de 11-14 anos e 71,25% entre 15-17 anos. Nas áreas urbanas, a taxa de saída para jovens de 6-17 anos chega a 67,01%.

A escolaridade do adulto responsável também faz diferença: quando a pessoa de referência concluiu o ensino médio, quase 70% dos jovens que tinham 6-17 anos em 2014 deixaram o Bolsa Família ao longo da década.

"Essa emancipação do Bolsa Família é acompanhada por uma saída relevante do Cadastro Único e por aumento da participação no mercado de trabalho formal", cita o estudo. Entre os jovens que tinham 15-17 anos em 2014, por exemplo, mais da metade deixa o CadÚnico até 2025, e 28,4% possuem vínculo formal de emprego no ano de 2023.

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