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Pandemia

Coronavírus volta a acelerar em Campo Grande após estabilização dos casos

Casos de ontem chegaram a 854, valor que não era registrado desde setembro em Mato Grosso do Sul

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Mato Grosso do Sul voltou a ter um aumento significativo no número de casos registrados da Covid-19. 

Esta situação pode indicar que o Estado está entrando na temida segunda onda da pandemia. Ao todo, a doença já contaminou 88.965 pessoas, das quais 1.697 morreram em função de complicações da doença.

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De acordo com o médico infectologista e pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Julio Croda, esse aumento pode mostrar que o Estado e, principalmente, Campo Grande, cidade com o maior número de casos e mortes, estão com casos da doença em ascensão.

Segundo dados de exames de RT-PCR, só em Campo Grande o aumento foi de cerca de 40% na positividade dos testes realizados. 

“Impressionante o aumento. Acho que pode ser, sim, sinal de início de segunda onda importante. Se não for feito nada, isso pode piorar. Natal está chegando e as pessoas vão se aglomerar”, declarou o especialista.

Para o secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, ainda é cedo para classificar o aumento como uma segunda onda, mas ele não descarta que possa indicar a vinda desse aumento mais significativo nos próximos dias.

“Ainda não podemos dizer que é uma segunda onda, precisamos ver o comportamento nos próximos dias e os especialistas têm nos ajudado, com orientações. O momento é de alerta pelo crescimento do número de casos, que voltam a preocupar. É um aumento substantivo, mas que ainda não chegou a causar internação na rede pública”, explicou o secretário.

Conforme boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) ontem, de um dia para o outro foram confirmados mais 854 episódios da doença, o que não acontecia há quase dois meses, já que durante todo o mês de outubro o único dia em que houve registro maior que 600 casos foi no dia 3, quando 648 pessoas foram diagnosticadas com Covid-19.

De lá para cá, os casos e as mortes tiveram reduções importantes, chegando a uma média móvel de pouco mais de 300 casos diários. Entretanto, desde a semana passada, é possível perceber um aumento na média móvel e também no acúmulo de infectados em sete dias.

Dados da semana epidemiológica 46, encerrada no sábado (14), mostram que ela superou o período anterior.  

Segundo Resende, o perfil dos casos positivos tem sido de jovens de 20 a 39 anos, das classes mais abastadas. 

“Como são pessoas mais novas, costumam ter sintomas mais leves ou mesmo assintomáticos. Estamos colhendo o que plantamos: se a população plantou desobediência, deixou de lado regras de higiene, vai haver esse aumento, como ocorre em outros estados. Aqui, espero que não chegue essa segunda onda”, declarou.

MEDIDAS

Para o infectologista Julio Croda, uma forma de evitar que esse aumento realmente se transforme em uma segunda onda é o governo agir com mais medidas restritivas, como ocorreu durante os meses em que a circulação do vírus foi mais significativa.

“Com certeza o toque de recolher deve voltar. Tem impacto para evitar aglomerações. Também deve haver cancelamento de eventos que causem aglomeração, como shows, casamentos. Os gestores devem pegar o Prosseguir e ver quais as recomendações lá”, orientou o especialista, referindo-se ao programa criado pelo governo do Estado, em parceria com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), braço da Organização Mundial de Saúde (OMS) nas Américas.

O toque de recolher parou de vigorar em Campo Grande há mais de um mês, desde o dia 15 de outubro. Antes, ele já estava com horário flexível, valendo apenas da 0h às 5h.

Cidades

Denúncia leva Polícia Militar a encontrar espécie de bomba na frente de ótica, em Corumbá

Para retirar a bomba do local, equipe especializada do Bope, em Campo Grande, foi acionada

21/04/2025 14h00

Artefato foi encontrado em Corumbá

Artefato foi encontrado em Corumbá Foto: Divulgação

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Uma pessoa fez denúncia anônima para a Polícia Militar em Corumbá sobre a presença de uma espécie de bomba. O artefato foi deixado em uma caixa, na frente de uma ótica, na rua Paraná, no bairro Popular Nova, que fica na parte alta da cidade. Ao lado da ótica há uma casa.

Para retirar a bomba do local, equipe especializada do Bope, em Campo Grande, foi acionada. O local foi interditado e a ocorrência só deve ser finalizada depois das 16h, quando o Bope deve fazer a detonação da bomba.

A comunicação para a PM de Corumbá aconteceu por volta das 11h deste dia 21/4. Equipe local foi ao endereço e orientou que os comércios ao redor fossem fechados, e as pessoas evitassem circular na calçada onde a caixa com a bomba foram encontradas.

Ainda não se sabe se o artefato tem material explosivo e se corre risco de explodir involuntariamente. O tenente da PM em Corumbá, Perseu, registrou o material e encaminhou informações para o esquadrão anti-bombas do Bope. A orientação recebida era evitar manuseio por conta dos possíveis riscos de explosão. 

"Como Oficial de Dia, já comuniquei o BOP e eles estão em deslocamento para atender esse fato. Mandei as imagens do artefato explosivo, os especialistas do BOP verificaram e eles estão em deslocamento para atender essa ocorrência. A previsão é que demore entre 5 a 6 horas. E nesse caso, a área continua isolada para preservar a integridade das pessoas", detalhou tenente Perseu.

As pessoas que moram próximas não souberam informar para as autoridades quem deixou a bomba na calçada. Como é feriado nacional, o movimento na rua está tranquilo e as pessoas passaram a se acumular no endereço depois da história sobre a bomba. Antes disso, o endereço estava tranquilo. 

A Polícia Civil deve investigar o caso e verificar em câmeras de segurança próximas se há registro de algum suspeito carregando a caixa, que é de madeirite e se assemelha ao material usado para transportar frutas.

A bomba assemelha-se a usa em tanques, mas as autoridades não detalharam que tipo de material se trata e qual nome específico existe. Pelo registro feito, aparenta que a bomba é algo antigo ou que estava guardado e com sinais de ferrugem.

Em agosto de 2022, uma bomba semelhante foi encontrada em centro de reciclagem no bairro Nossa Senhora de Fátima. O objeto foi descartado, mas o dono do estabelecimento, quando viu do que se tratava, acionou a Polícia Militar. Ninguém ficou ferido e o Bope também destruiu o artefato.

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Dom Dimas diz que Papa Francisco foi uma inspiração que marcou o Vaticano

Arcebispo da Arquidiocese de Campo Grande relembrou o período em que ambos trabalharam juntos no Brasil

21/04/2025 12h45

O arcebispo de Campo Grande, Dom Dimas, durante encontro com o Papa Francisco, em Roma, no Vaticano

O arcebispo de Campo Grande, Dom Dimas, durante encontro com o Papa Francisco, em Roma, no Vaticano Arquivo Pessoal

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Arcebispo da Arquidiocese de Campo Grande, Dom Dimas Lara Barbosa, descreveu que apesar do momento de perda, a morte do Papa Francisco nesta segunda-feira (21) foi também um momento marcante para a história da igreja católica, uma vez que segundo ele, o Papa foi uma peça marcante e de muita inspiração dentro do Vaticano.

O primeiro contato entre ambos ocorreu em 2007 durante a 5ª  Conferência Geral do Episcopado, realizada em Aparecida, São Paulo, período em que Francisco foi arcebispo em Buenos Aires.

"Naquela ocasião, Bergoglio (nome de batismo do Papa Francisco é Jorge Mario Bergoglio) foi eleito pela Argentina e eu fui um dos eleitos pelo Brasil. Trabalhamos juntos em Aparecida durante 16 dias, ele era o chefe de redação da equipe e ficou famoso na igreja aqui no Brasil, foi nosso primeiro contato", destacou o arcebispo, conduzido à 2º vice-presidente do Conselho Episcopal Latino-Americano (Celam) na ocasião.

O arcebispo de Campo Grande, Dom Dimas, durante encontro com o Papa Francisco, em Roma, no VaticanoArcebispo relembra período em que trabalharam juntos (Foto: Marcelo Victor / Correio do Estado)

O evento foi um marco para a Igreja na América Latina e Caribe, promovendo a formação de discípulos missionários e a nova evangelização.

Questionado sobre a possibilidade do próximo Papa ser semelhante a Francisco, Dom Dimas disse que apesar de ser muito difícil de afirmar, o próximo escolhido vai dar continuidade ao trabalho já desenvolvido por Francisco ao longo dos últimos anos.

"Apesar dos últimos três (João Paulo II, Bento XVI e Francisco) João Paulo, serem muito diferentes, percebemos uma continuidade no trabalho de todos. O Papa Francisco sempre demonstrou um carinho muito grande no Brasil, desde o conheço. Outro ponto determinante na escolha do próximo líder da igreja católica  pode ser os ideais políticos e sociais do novo líder, fator comentado por Dom Dimas.

"Sem dúvida que o próprio próximo Papa vai ter que partir da realidade que a gente está hoje. Os cardeais vão ter a oportunidade de se reunir e de fazer uma análise da conjuntura social, política, econômica, não só da igreja, mas do planeta, e com isso, vão ter ideia dos desafios. Eles precisam de um tempo para se conhecer, para conversar, estabelecer prioridades", frisou o arcebispo.

O arcebispo de Campo Grande, Dom Dimas, durante encontro com o Papa Francisco, em Roma, no VaticanoDom Dimas, arcebispo de Campo Grande (Foto: Marcelo Victor / Correio do Estado)

Cabe destacar que o  Papa Francisco se posicionou firmemente contra o aborto e a eutanásia, reafirmando a doutrina da Igreja que defende a inviolabilidade da vida humana desde a concepção até a morte natural.

Dimas também já esteve com Francisco no Rio de Janeiro, Colômbia, México e República Dominicana.
A última vez foi há três anos, quando os bispos de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul fizeram a nossa visita chamada ad limina apostolorum, visita que os bispos devem fazer periodicamente a Roma". 

Morte

O Papa Francisco, líder da Igreja Católica desde 2013, morreu nesta segunda-feira (21) aos 88 anos, morreu aos 88 anos às 2h35 pelo horário de Brasília, 7h35 pelo horário local. As informações foram confirmadas pelo portal Vatican News.

Francisco ficou internado durante 40 dias no início deste ano. No dia 14 de fevereiro, ele foi diagnosticado com pneumonia bilateral, por essa razão, foi exigido o uso de antibioticoterapia com cortisona. Além disso, precisou de transfusões de sangue em decorrência de uma baixa contagem de plaquetas, identificadas junto à anemia.

O papa também chegou a ser considerado clinicamente em condição delicada durante o período em que esteve internado, apresentando sinais iniciais de insuficiência renal leve.

Apesar de alguma melhora, os médicos classificaram seu quadro como "reservado", indicando que sua recuperação ainda era incerta e exigia cuidados intensivos.

Os problemas respiratórios enfrentados por Francisco demandaram o uso de ventilação mecânica não invasiva, um procedimento em que uma máscara é colocada sobre o rosto para facilitar a entrada de ar nos pulmões sem a necessidade de intubação. O Brasil possui oito cardeias aptos a participarem do conclave que irá escolher o novo líder do Vaticano. 

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