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Cérebro de magros e obesos funciona de forma diferente

Cérebro de magros e obesos funciona de forma diferente

FOLHA

13/08/2011 - 15h13
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De acordo com indicativos de pesquisa feita na Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp, o cérebro dos magros e dos obesos reage de maneira diferente aos estímulos gerados pela comida.

Segundo o trabalho,  o cérebro dos obesos tem uma disfunção (causada por inflamações) que prejudica o mecanismo que controla a saciedade. Sugerindo ainda a possibilidade de que, depois de emagrecer, o obeso ganha novamente a capacidade de se sentir satisfeito.

Segundo Simone van de Sande Lee, autora do estudo, trabalhos anteriores, com animais, identificaram uma inflamação no hipotálamo, região do cérebro responsável pelo gasto de energia e controle da fome.

Com isso, a leptina, hormônio que indica saciedade, não era identificada pelo organismo dos obesos, gerando mais vontade de comer.

"Em situações normais, o cérebro capta essa informação do hormônio e a transforma em estímulo para parar de comer. Os indícios mostram que a obesidade decorre, entre outros fatores, de um erro no processamento dessa informação", afirma.

RESSONÂNCIA

No estudo, oito pacientes magros e 13 obesos foram submetidos a uma ressonância magnética funcional (que registra uma sequência de imagens do cérebro). Os obesos fizeram o teste antes e depois de uma cirurgia de redução de estômago.

Todos receberam 50 g de glicose diluída em 200 ml de água durante o exame.

Em todos os voluntários, a ativação dos neurônios no hipotálamo atingiu um pico após a ingestão da glicose. Ela se manteve alta por 30 minutos nos pacientes magros, mas caiu em apenas dez minutos nos obesos.

Depois da cirurgia, os pacientes obesos emagreceram e recuperaram parcialmente essa atividade, chegando mais perto dos índices dos pacientes magros.

"Acreditamos que a atividade neuronal indique, nos pacientes magros, o processamento da leptina. Eles mantêm o estímulo de saciedade por mais tempo", diz a pesquisadora.

Quando os obesos perderam peso, foi encontrada uma quantidade maior de substâncias anti-inflamatórias no líquor (líquido que envolve o cérebro). Essas substâncias combatem a inflamação que prejudica a identificação da leptina e a sensação de saciedade que ela sinaliza.

RESSALVAS

Para o médico Ricardo Meirelles, ex-presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, o trabalho "chama a atenção pela possibilidade de reverter as alterações [cerebrais]". Mas, diz ele, há fatores culturais e psicológicos a serem considerados na obesidade.

A endocrinologista Cíntia Cercato, da Abeso (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica), afirma que a possibilidade de reverter a resistência à leptina traz muitos benefícios, "até mesmo em funções cognitivas".

Já o neurologista da USP Paulo Jannuzzi ressalta que há outros mecanismos a serem considerados.

"É possível o paciente já se sentir saciado, mas querer comer pelo prazer. Mas, se estudos indicarem um caminho novo para lidar com parte desse comportamento, já é um avanço".

Receita Federal

Cocaína avaliada em R$ 1 milhão é encontrada em revestimento de piso

Além da apreensão de cocaína, os agentes da Receita Federal também encontraram, em outras operações, anabolizantes, medicamentos e mercadorias contrabandeadas

21/10/2024 19h00

Entorpecentes estavam escondidos em reverestimentos de piso em uma transportadora de Campo Grande

Entorpecentes estavam escondidos em reverestimentos de piso em uma transportadora de Campo Grande Fotos: Receita Federal

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Agentes da Receita Federal realizaram, neste final de semana, apreensões de pasta-base de cocaína, anabolizantes, medicamentos e mercadorias contrabandeadas nas cidades de Campo Grande, Corumbá e Mundo Novo. De acordo com as investigações, o prejuízo ao contrabando se aproxima dos R$ 2 milhões.

O primeiro flagrante deste final de semana foi a maior apreensão de drogas em Campo Grande. Durante a fiscalização, os agentes encontraram mais de R$ 1 milhão em cocaína disfarçada como rejunte para piso, em uma transportadora. De acordo com as investigações, a droga, que teria saído de Corumbá, tinha como destino a cidade de Jundiaí (SP).

Após receber uma denúncia anônima, os agentes da Receita Federal foram até uma transportadora em Campo Grande e, por meio de uma análise de risco, juntamente com a Alfândega, encontraram 15 pacotes de 2 kg cada um, escondidos em meio ao rejunte de piso.

Para uma melhor verificação, foram utilizados cães farejadores, que constataram que as embalagens encontradas continham cocaína pura, avaliada em R$ 1 milhão.

Os entorpecentes apreendidos foram encaminhados à Receita Federal do Brasil e, em seguida, devem ser levados à Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico (Denar).

Entorpecentes estavam escondidos em reverestimentos de piso em uma transportadora de Campo GrandeReceita Federal/ Imagens

Mais apreensões 

A segunda apreensão deste final de semana ocorreu na cidade de Corumbá, localizada a 427 quilômetros de Campo Grande.

Após receberem denúncias anônimas sobre entorpecentes em hotéis do município, agentes da Receita Federal apreenderam 6,5 kg de pasta-base de cocaína em um hotel no centro da cidade. 

Em busca de respostas sobre quem seria o dono da mercadoria, os agentes realizaram fiscalizações e acompanharam um veículo, descobrindo um transporte irregular de mercadorias. Durante a abordagem, encontraram duas mochilas com cocaína, avaliada em R$275 mil.

Apreensões de Anabolizantes 

Em Mundo Novo, a 463 quilômetros de Campo Grande, os agentes encontraram um veículo na BR-272 que transportava anabolizantes e eletrônicos de forma irregular, avaliados em quase meio milhão de reais.

Outras apreensões ocorreram na cidade de Dourados, a 221 quilômetros de Campo Grande, onde os agentes encontraram vestuários e medicamentos avaliados em R$10 mil.

Além da Receita Federal, a operação conta com a participação de diversas instituições de segurança pública, fiscalização e defesa, como o Exército Brasileiro, a Marinha do Brasil, a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal, as Polícias Rodoviárias Estaduais, a Polícia Militar, a Polícia Civil e o MAPA. Essas instituições atuam de forma conjunta nas fronteiras terrestres de todo o país.

 

 

 

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Cidades

Moradores precisam evacuar comunidade e escola ribeirinha após incêndio avançar no Pantanal

A linha de fogo cresceu no domingo (20) e nesta segunda ficou a cerca de 300 metros de atingir casas

21/10/2024 18h45

Incêndio avançou no Pantanal

Incêndio avançou no Pantanal Foto: Divulgação / Prevfogo Ibama

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Um incêndio de grande proporção na região do Pantanal Paraguai obrigou que moradores da comunidade Aterro do Binega e funcionários de escola municipal instalada no local precisassem sair em emergência. A linha de fogo cresceu no domingo (20) e nesta segunda ficou a cerca de 300 metros de atingir casas.

Parte dsse incêndio é, aparentemente, uma continuação do que vem sendo registrado desde a semana retrasada nessa região, que fica a 200 km de Corumbá, rio Paraguai acima, entre Mato Grosso do Sul e Mato Grosso.

Esse incêndio também ameaçou a comunidade indígena Barra do São Lourenço. As chamas foram reduzidas na sexta-feira à noite, porque houve uma chuva. No sábado, a temperatura ficou mais baixa do que os 40⁰. Mas neste domingo, as temperaturas altas voltaram naquela área e o fogo acabou crescendo durante a noite de domingo.

Durante a noite deste dia 20, brigadistas da Brigada Alto Pantanal e do Prevfogo/Ibama navegaram pelo rio Paraguai e deram suporte para a comunidade. Eles monitoraram a área do fogo e fizeram orientação. Logo nas primeiras horas de segunda, os brigadistas retornaram ao local e como o fogo avançava, moradores decidiram deixar as casas.

O fogo de turfa, que é esse fogo subterrâneo, foi apontado como o principal fator para ainda ter incêndio, mesmo após chuva. O volume de água que caiu não foi suficiente para resfriar a terra.

Nessa região do Pantanal, que não tem energia elétrica a não ser por sistema solar ou gerador, há muita fumaça há mais de uma semana, de forma ininterrupta. São mais de 100 pessoas que vivem nas duas comunidades afetadas pelos incêndios. 

A Brigada Alto Pantanal, do Instituto Homem Pantaneiro (IHP), o Prevfogo/Ibama e os Bombeiros de MS estão fazendo combate, que foi reforçado por uma pequena chuva que caiu no final da tarde. 

Ainda assim, não há previsão para retorno dos moradores em condições de segurança. Muitos deles estão em outra comunidade,  a Amolar, que não tem registro de incêndios graves. Eles estão com parentes e amigos.

Como a região é perto da divisa com MT, tem também brigadistas do ICMBio, que estão atuando na área do Parque Nacional do Pantanal Matogrossense.

A área aproximadamente  afetada nesse território pelo fogo dos últimos sete dias ultrapassa os 500 km², conforme dados do Firms/NASA.

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