Cidades

ASSISTÊNCIA SAUDÁVEL?

Cesta alimentar indígena entregue em MS traz só dois itens "culturalmente corretos"

Entre itens distribuídos aos povos originários do Estado aparecem alimentos que trazem risco à saúde, como óleo de soja; leite em pó e até sardinha enlatada

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Sendo 116.346 mil pessoas, em 32 territórios de Mato Grosso do Sul, divididas em oito etnias (Guarani, Kaiowá, Terena, Kadwéu, Kinikinaw, Atikun, Ofaié e Guató), a cesta alimentar que os indígenas de MS recebem está longe de ser classificada como "culturalmente correta", quando lançado o olhar da alimentação saudável aliada à preservação cultural. 

Kalymaracaya Nogueira é indígena, originária do povo Terena, da Aldeia Bananal - com renome internacional inclusive por ser convidada do programa Masterchef - e detalha alguns riscos nos alimentos distribuídos pelo Governo do Estado, através da Secretaria de Estado de Assistência Social e dos Direitos Humanos (SEAD), e pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). 

"Culturalmente correto não porque alguns itens são causadores de doenças como: sal, sardinha enlatada (hipertensão); açúcar, trigo (diabete) óleo de soja (colesterol)", comenta ela. 

Abaixo seguem as listas dos alimentos presentes na cesta alimentar do Estado e da Conab: 

Estado

Conab

  • Arroz tipo 1 - 5Kg 
  • Feijão Tipo 1 Carioca - 1 kg 
  • Sal refinado 1kg 
  • Macarrão Espaguetti - 500g 
  • Leite em pó Instantâneo - 400g 
  • Óleo de Soja - 900ml 
  • Açucar Cristal - 2 kg 
  • Fubá de Milho - 1kg 
  • Charque Bovino - 500g 
  • Farinha de Mandioca - 1kg
  • 10 kg de arroz 
  • 3 kg de feijão cores 
  • 1 kg de fubá ou flocos de milho 
  • 1 kg de farinha de mandioca ou trigo 
  • 1 unidade de óleo de soja 
  • 1 kg de açúcar cristal 
  • 1 kg de macarrão comum 
  • 1 kg de sal 
  • 2 kg de leite em pó e 
  • 0,5 kg de sardinha enlatada.

Nas palavras de Kalymaracaya, entre todos os itens dessa lista, os que mais se aproximam da cultura tradicional desses povos são: o fubá e a farinha de mandioca. 

"Essa cesta que é entregue não é culturalmente correta. Só dois itens que vi aí que se aproximam da cultura... o restante todo é considerado produto industrializado", afirma a chef.

Segundo a chef, há alguns anos um estudo indígena já apontava para a viabilidade desses próprios povos produzirem seus alimentos, já que esses povos originários possuem terra, sementes orgânicas e, principalmente, o conhecimento necessário. 

Kalymaracaya destaca que há muito tempo deveria ter sido adotada uma política pública onde o indígena, que já praticam a extração de castanhas do cerrado; produção de milho; abóbora, trabalhem e colham suas próprias cestas alimentares com incentivo. 

"Mas o que o governo busca fazer: colocam para dar essas cestas justamente para ganhar algo com isso, é mais importante para eles a entrega do que nós mesmos trabalharmos a terra. Infelizmente é uma coisa que sofremos por isso, porque quando chegam na cidade não tem emprego, oportunidade, já que o indígena é muito marginalizado no Estado de Mato Grosso do Sul". 

Distribuição

Pela Conab, somente neste ano, estavam previstas, a partir de junho, a entrega de 27 mil cestas alimentares à indígenas sul-mato-grossenses, sendo: 10.961 entregues neste primeiro mês; 7.340 unidades em julho e mais 8.711 para o mês de agosto. 

Vale ressaltar que, para essas entregas, a Conab conta com apoio das coordenações regionais da Funai.

Ainda, conforme a Secretaria de Estado de Assistência Social e dos Direitos Humanos (SEAD), para este 2023 a previsão é de uma entrega de 238.788 cestas alimentares a serem entregues.

Estimativa é que mais de 90% da população indígena do Estado seja beneficiada, enquanto áreas não demarcadas, são atendidas com cestas alimentares de responsabilidade do Governo Federal.

 

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Campo Grande

MPE quer que Prefeitura reembolse R$ 3,5 milhões a usuários da Flexpark

Sistema de estacionamento rotativo foi suspenso em 2022, e consumidores que ainda tinham crédito para estacionar podem perder o dinheiro

15/10/2024 12h20

Foto: Correio do Estado / Divulgação

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O serviço de estacionamento rotativo no centro de Campo Grande, antes administrado pela empresa Flexpark, foi suspenso em 2022, e desde então há uma preocupação por parte do Ministério Público Estadual (MPE) com relação ao ressarcimento de valores que ficaram "esquecidos" por usuários do sistema, estimados em R$ 3,5 milhões.

O Decreto Municipal n. 15.154/2022, estabeleceu que os créditos pagos antecipadamente e não utilizados até 22 de março de 2022 deveriam ser preservados e utilizados junto à nova concessionária que vencer o processo licitatório.

Em abril deste ano, os vereadores da Câmara Municipal aprovaram o projeto para que o serviço volte a ser oferecido, e desde então o MPE tem acompanhado as movimentações para garantir que os usuários com crédito tenham acesso a esse valor.

Durante a fase preparatória da licitação, a 43ª Promotoria de Justiça de Campo Grande notou que o Edital de Licitação e o Contrato de Concessão ainda não deixam claro se esses créditos serão de fato respeitados.

Por isso, foi instaurado um Procedimento Preparatório para investigar a possível perda dos cerca de R$ 3,5 milhões, e assegurar que os direitos dos consumidores sejam garantidos pela Prefeitura Municipal.

Caso a questão não seja resolvida administrativamente, o promotor de Justiça, Luiz Eduardo Lemos de Almeida, não descartou a possibilidade de judicializar a questão.

 "É necessário que o poder público adote medidas eficazes e rápidas para evitar prejuízos aos usuários", destacou o promotor.

Volta do parquímetro

O projeto para o novo estacionamento rotativo na região central de Campo Grande, enviado pelo Executivo Municipal e aprovado pela Câmara de vereadores, propõe um aumento no número de vagas e valores que serão cobrados da população pelo uso por hora.

Na época em que foi suspenso, 2.458 vagas eram oferecidas, localizadas entre as avenidas Fernando Corrêa da Costa, Mato Grosso, Calógeras e a Rua Padre João Crippa.

O novo projeto de lei prevê quase 4 mil vagas a mais no sistema, totalizando 6,2 mil.

O prazo de duração do contrato de concessão deverá ser de 15 anos, podendo ser prorrogado. 

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CAMPO GRANDE

Evento reúne 70 brechós com 20 mil itens a partir de R$ 2,00

Evento será realizado no Parque Jacques da Luz, localizado na rua Barreiras, bairro Moreninhas III

15/10/2024 11h45

Bom, bonito e barato: evento reúne dezenas de brechós em um só lugar

Bom, bonito e barato: evento reúne dezenas de brechós em um só lugar Arquivo Pessoal

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Sexta edição do Desapega Campo Grande ocorrerá neste sábado (19), das 8h às 16h, no Parque Jacques da Luz, localizado na rua Barreiras, bairro Moreninhas 3, na Capital.

O evento reunirá cerca de 70 brechós em um só lugar. Mais de 20 mil peças de roupas, sapatos, acessórios, brinquedos, itens de decoração, plantas e livros estarão à venda no local: blusas, calças, saias, jaquetas, casacos, luvas, meias, cachecóis, toucas, sapatilhas, sandálias, tênis, salto, botas, quadros e decorações em geral.

O preço mínimo é de R$ 2,00. Serão vendidas desde peças simples à peças de grife. Os itens são usados, mas em ótimo estado de conservação.

O objetivo é incentivar a moda sustentável, reduzir o desperdício têxtil, preservar o meio ambiente, diminuir o impacto ambiental causado pela produção de roupas novas, apoiar empreendedores locais e quebrar preconceitos.

O evento é realizado todo mês e reúne milhares de pessoas e vende milhares de itens. De acordo com a coordenadora do coletivo, o evento promove a moda circular, consumo sustentável e geração de renda.

"O Desapega CG não é só uma feira, é um movimento que transforma a relação das pessoas com o consumo. A cada edição, mostramos como é possível renovar não só o guarda-roupas, mas também vários outros itens do dia a dia, sem pesar no bolso e ajudando a reduzir o impacto ambiental", salientou a coordenadora.

SERVIÇO

Evento: Desapega Campo Grande 6ª Edição
Data: Sábado, 19 de outubro de 2024
Horário: Das 8h às 16h
Local: Parque Jacques da Luz (área coberta)
Endereço: Rua rua Barreiras, bairro Moreninhas 3
Preços: A partir de R$ 2,00

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