A frente fria que na noite deste domingo (03) e madrugada de segunda-feira (04) chegou a Mato Grosso do Sul veio acompanhada de chuva e beneficiou boa parte do sul do Estado e praticamente todo o Pantanal, afastando por mais algumas semanas o risco das queimadas.
No pluviômetro instalado na Fazenda São Francisco, na região norte do Pantanal de Mato Grosso do Sul, haviam sido registrados 24 milímetros até 10 horas desta segunda-feira. Na área urbana de Corumbá o volume foi menor, de 9 milímetros. Mais ao sul, já no município de Porto Murtinho (Fazenda São Luiz), o Inmet registrou 13 milímetros.
Na região da Serra do Amolar, extremo norte do Pantanal de Mato Grosso do Sul, o medidor instalado na propriedade do Instituto Ecoa apontou 10,4 milímetros até por volta das 10 horas.
Embora em volume menor, a chuva também beneficiou a região mais ao leste do Pantanal. Na cidade de Miranda foram 7 milímetros enquanto que em Aquidauana o Inmet apontou 9,6 milímetros.
Porém, os volumes mais generosos em pleno mês de agosto, que normalmente é marcado pela ausência de chuvas, ocorreram na região sul do Estado. Em Sete Quedas, por exemplo, foram 47 milímetros durante a noite e manhã de segunda-feira.
Em Dourados, na segunda maior cidade do Estado, foram 60 milímetros. O volume é superior à média histórica para agosto na cidade, que é de 53 milímetros. Na cidade de Jardim o volume foi menor, mas também generoso para um mês de agosto, 29 milímetros.
Em Campo Grande, na região da Embrapa Pantanal, haviam sido registrados sete milímetros até 11 horas. Na UPA do bairro Universitário, próximo ao terminal de transbordo Guaicurus, foram 8,6 milímetros. Na região central, apenas 5 milímetros.
QUEDA DRÁSTICA
A chuva desta segunda-feira está sendo fundamental para manter afastado o risco das queimadas em um ano que já está sendo marcado pela baixa incidência de focos. Até o final de julho haviam sido 848 focos de incêndio identificados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). É menor número para o período dos últimos 11 anos, segundo a série histórica do instituto.
Conforme os dados do Inpe, a última vez que Mato Grosso do Sul teve menos de 900 focos de incêndio nos primeiros sete meses do ano foi em 2014, quando foram registrados 799.
Em relação ao ano passado, o período com o maior número de focos de incêndio registrados em Mato Grosso do Sul em toda a série histórica, que começa em 1998, a queda foi de 84,3%, já que em 2024 haviam sido 5.419 focos de janeiro a julho.


