Cidades

Balanço

Cobertura vacinal contra gripe cresce apenas 3% em Campo Grande

Ao longo dos últimos seis dias, 50 mil doses foram aplicadas pela prefeitura municipal

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Com 50,2 mil doses aplicadas ao longo da última semana, a cobertura vacinal contra a gripe cresceu apenas 3% em Campo Grande e atingiu a faixa de 37% do total estimado.

De acordo com a administração municipal, até o momento, 219.065 doses da vacina contra a gripe foram aplicadas. Ao todo, 89.607 doses foram consideradas válidas para fins de cobertura, ou seja, destinadas a crianças, gestantes e idosos, públicos mais vulneráveis às complicações da doença. Somente entre os idosos, foram aplicadas 69.323 doses, seguidas por 19.494 em crianças e 790 em gestantes. Em um comparativo, 168.855 pessoas haviam sido vacinadas até o último dia 13.

O foco principal da estratégia da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) é garantir a proteção dos grupos mais vulneráveis, que têm maior risco de desenvolver complicações decorrentes da gripe.

Cobertura

Apesar da baixa cobertura vacinal, Campo Grande possui um índice  superior à média brasileira (26,50%) e a de Mato Grosso do Sul (35,17%). A meta estabelecida pelo Ministério da Saúde é de vacinar 90% do grupo vulnerável. 

No fim de semana, 1.072 doses foram aplicadas em ação itinerante, realizada no Shopping Bosque dos Ipês. A vacinação também ocorreu em três escolas da Capital e na Unidade de Saúde da Família (USF) do bairro Tiradentes. Os dados do fim de semana ainda são parciais, destaca a prefeitura.

Para a secretária municipal de Saúde, Rosana Leite de Melo, o esforço para alcançar a meta de cobertura continua sendo prioridade. “Cada dose aplicada representa uma barreira contra a propagação do vírus e uma chance de proteger a vida. Nossos números estão acima da média nacional e estadual, mas ainda não atingimos o ideal. Contamos com o apoio da população para mudar esse cenário”, frisou. 

A superintendente de Vigilância em Saúde, Veruska Lahdo, reforça a importância de buscar a imunização nas unidades de saúde. “A gripe pode evoluir para casos graves, principalmente em crianças pequenas, idosos e gestantes. A vacina é segura, gratuita e está disponível em 74 USFs espalhadas por toda a cidade”.

Coordenador da Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS), Rodrigo Guerino Stabeli lembrou recentemente em entrevista ao Correio do Estado que a vacinação era vista com maus olhos por parte da população, e destacou que o momento é de união.

“Se você não tomar vacina, a doença consegue chegar mais fácil até você e te levar para casos de internações prolongadas e o óbito. Nós tivemos um movimento mundial anti-vacina que aconteceu na pandemia, a vacina vem para salvar vidas e nós estamos fazendo um trabalho muito grande pelo Governo Federal”, destacou. 

Stabeli frisou que o momento crítico faz com que os órgãos se unam para promover um chamamento entre governos estaduais, governos municipais para combater a fake news e resgatar a cobertura vacinal.

“Nós não queremos mais ver as nossas crianças morrendo, nós não queremos mais ter a reintrodução da poliomielite em território nacional. Vacina não vai colocar chip nenhum no seu corpo, vacina não vai te trazer nenhuma coisa com a sua sexualidade”. 

A estimativa do IBGE é que o Estado tenha 1,2 milhão de pessoas em situação de vulnerabilidade, disse o coordenador. Cabe destacar que a vacinação foi ampliada em virtude do decreto de situação de emergência vivido pela capital, situação agravada também pelos inúmeros casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) no município.

Serviço

A vacinação contra a Influenza continua disponível em todas as 74 Unidades de Saúde da Família (USFs) de Campo Grande. Três delas — USF Jardim Los Angeles, USF Jardim Noroeste e USF Universitário — oferecem atendimento em horário estendido, com aplicação de vacinas até às 22h30.

A Secretaria reforça que as vacinas continuam sendo uma das principais ferramentas de prevenção em saúde pública, e que tomar a vacina contra a gripe é um gesto de cuidado coletivo.

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PARALISAÇÃO

Prefeitura e Governo Estadual afirmam que repasses à Santa Casa estão em dia

Além da verba repassada pelo convênio entre Município, Estado e Governo Federal, o Executivo alega que aporta R$ 1 milhão extra, por mês, pagos desde o início do ano

22/12/2025 17h30

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário Marcelo Victor / Correio do Estado

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A Prefeitura Municipal de Campo Grande emitiu nota, durante a tarde desta segunda-feira (22), para afirmar que os repasses financeiros estão em dia com o Hospital Santa Casa. Além disso, também relata que aporta, mensalmente, R$ 1 milhão extra à instituição.

Atualmente, a Santa Casa recebe R$ 392,4 milhões por ano (R$ 32,7 milhões por mês) do convênio entre Governo Federal, Prefeitura de Campo Grande e Governo do Estado para atendimento via Sistema Único de Saúde (SUS).

Confira a nota do Município:

"A Prefeitura de Campo Grande está rigorosamente em dia com todos os repasses financeiros de sua responsabilidade destinados à Santa Casa. Desde o início deste ano vem, inclusive, realizando aportes extras de R$ 1 milhão mensais.

Diante do cenário de greve, o Executivo tem adotado todas as medidas possíveis para colaborar com a instituição neste momento, mantendo diálogo permanente, buscando alternativas que contribuam para a regularidade dos atendimentos e a mitigação de impactos à população".

Além da Prefeitura, o Governo do Estado também se manisfestou sobre os recursos repassados ao hospital. Através da Secretaria Estadual de Saúde (SES) negou estar em débito com a Santa Casa e, por isso, não pode ser responsabilizado pelo pagamento do 13º salário aos servidores. 

Em nota, a Secretaria também afirmou que vem realizando um pagamento extra aos hospitais filantrópicos do Estado nos últimos anos, a fim de auxiliá-los nos custos e no cumprimento de suas obrigações. 

Além disso, a pasta afirmou que todos os pagamentos destinados à Santa Casa são feitos ao Município de Campo Grande, sempre no quinto dia útil. 

O balanço divulgado pela SES mostrou que, de janeiro a outubro de 2025, foram repassados R$ 90,7 milhões, distribuídos em R$ 9,07 milhões mensais. Na parcela referente aos mês de novembro, houve um acréscimo de R$ 516.515, o que elevou o repasse mensal ao hospital para R$ 9,59 milhões. 

“O Estado está integralmente em dia com suas obrigações. Cabe destacar que, além dos repasses obrigatórios, em 2025 o governo estadual já destinou mais R$ 25 milhões em recursos oriundos da bancada federal para atender a Santa Casa de Campo Grande”, ressaltou a nota da SES.

Greve

A paralisação das atividades dos profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa nesta segunda-feira (22) foi motivada pela falta de pagamento do 13º salário. 

O movimento afeta, até o momento, 30% dos serviços oferecidos no hospital, resultando em 1.200 funcionários “de braços cruzados”, entre profissionais do atendimento (consultas eletivas, cirurgias eletivas, enfermaria, pronto socorro, UTI, etc), limpeza (higienização de centros cirúrgicos, consultórios, banheiros, corredores, etc), lavanderia (acúmulo de roupas utilizadas em cirurgias ou exames) e cozinha (copa).

Na última sexta-feira (20), a Santa Casa alegou que não tinha dinheiro para o pagamento do benefício aos servidores, e propôs o parcelamento do 13º salário em três vezes, em janeiro, fevereiro e março. 

No entanto, a proposta não foi aceita pelos profissionais, que foram às ruas pedindo pelo pagamento integral do salário, em parcela única. 

De acordo com a Lei nº 4.090/1962, o 13º pode ser pago em duas parcelas: uma até o dia 30 de novembro e outra até o dia 20 de dezembro, sem atrasos.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Enfermagem, Lázaro Santana, explicou que a movimentação não se trata de uma greve, mas sim, de uma paralisação, e que os serviços estarão funcionando em períodos. 

“Nós não estamos de greve, estamos fazendo paralisações por período. A gente só vai voltar a hora que o dinheiro estiver na conta. Qualquer 30% que você tira da assistência, isso pode gerar uma morosidade, não uma desassistência, mas uma morosidade no atendimento”, explicou ao Correio do Estado. 

Segundo Santana, Estado e Município dizem que os pagamentos estão em dia.

“Ninguém sabe quem está certo, porque o governo fala que está fazendo tudo em dia, o município também, e a Santa Casa fala que não. Só que toda essa falta de comunicação, esse consenso que eles não chegam nunca gera esse tipo de problema, porque hoje nós estamos reivindicando ao pagamento do décimo, mas durante todo o ano paralisamos também cobrando o pagamento do salário do mês. Isso gera um transtorno muito grande. O que a Santa Casa alega é que ela depende de reajuste de melhorias no contrato para poder honrar o compromisso”.

 

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Cidades

Homicida se entrega à Polícia 8 meses após o crime

Homem estava foragido deste a data do crime, em abril

22/12/2025 17h00

Divulgação/PCMS

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Um homem foi preso ontem (21) ao se entregar na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL) após ter estado foragido por 8 meses por ter participado de um homicídio registrado na zona rural do distrito de Anhanduí.

O Crime

De acordo com as informações levantadas, o corpo de um homem foi localizado na manhã do dia 12 de abril de 2025, às margens de um córrego próximo à BR-163. 

As investigações iniciais indicaram que, no dia anterior ao desaparecimento, a vítima esteve no local na companhia de dois conhecidos, após consumo de bebida alcoólica. Apenas um deles retornou para casa. O outro passou a apresentar comportamento considerado suspeito e não foi mais localizado.

Após dois dias de buscas realizadas por familiares, Guarda Municipal e Polícia Militar, o corpo foi encontrado no mesmo ponto onde o grupo havia se reunido. Durante os trabalhos periciais, foram recolhidos objetos que podem ter relação com o crime.

Rendição

No dia 21 de dezembro de 2025, cerca de oito meses após o homicídio, o homem foragido compareceu espontaneamente à Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL), onde confessou a autoria do crime.

Diante dos elementos colhidos, a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul representou pela prisão preventiva do autor. O pedido foi analisado pelo Poder Judiciário, que decretou a prisão preventiva no mesmo dia, resultando no imediato recolhimento do autor ao sistema prisional.

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