Um boletim médico oficial divulgado nesta segunda-feira (21) pela Santa Sé informa que o papa Francisco foi vítima de um acidente vascular cerebral (AVC), seguido por coma e colapso cardiovascular irreversível.
O relatório de óbito é assinado pelo professor Andrea Arcangeli, diretor da Direção de Saúde e Higiene do Estado da Cidade do Vaticano. A morte foi constatada por meio de registro eletrocardiotanatográfico, método que identifica o momento exato da parada cardíaca (7h35 no horário local; 2h35 no horário de Brasília).
O documento também informa que o papa apresentava histórico clínico de insuficiência respiratória aguda, pneumonia multimicrobiana bilateral, bronquiectasias múltiplas, hipertensão arterial e diabetes tipo 2.
“Declaro que as causas da morte, segundo meu conhecimento e consciência, são aquelas indicadas acima”, afirmou Arcangeli no relatório.
A Santa Sé ainda não divulgou detalhes sobre as cerimônias fúnebres nem sobre os próximos passos do Vaticano com relação à sucessão papal.
Quadro de bronquite
O Papa Francisco se recuperava de uma pneumonia nos dois pulmões, que o manteve internado por 38 dias. Há um mês, ele teve alta e estava sob cuidados médicos.
Em fevereiro, o papa foi internado pela primeira vez. Nos dias seguintes, ele começou a ter dificuldade de discursar durante audiências religiosas, onde admitiu publicamente que estava com dificuldade para respirar e pediu para que o auxiliar finalizar a leitura do sermão.
No dia 14 de fevereiro, o papa foi internado para fazer exames e tratamentos. Três dias depois, o Vaticano informou que Francisco estava com uma infecção polimicrobiana, que é causada por um ou mais microorganismos. O quadro de saúde do papa foi dito como "complexo".
No dia 18 de fevereiro, o Vaticano informou que o quadro do papa era mais grave, uma pneumonia bilateral. Ele teve alta no dia 23 de março, onde fez uma breve aparição pública.