Cidades

porto murtinho

Começa finalmente a obra de acesso à ponte da rota bioceânica

Trabalhos tiveram início nesta sexta-feira (20), conforme anúncio feito pela ministra do Planejamento, Simone Tebe, em evento na Fiems. Previsão é de que obra seja concluída em 24 meses

Continue lendo...

Orçadas em R$ 472 milhões, as obras do complexo aduaneiro e do trecho de 13 quilômetros de rodovia para interligar a BR-267 à ponte sobre o Rio Paraguai, em Porto Murtinho, começaram nesta sexta-feira (20), conforme anúncio feito pela ministra do Planejamento, Simone Tebet, durante evento na sede da Federação das Indústrias, em Campo Grande. 

“Eu fiz questão de vir hoje aqui na Fiems, porque é pé quente. Exatamente hoje começou a obra da alça dos 13 quilômetros. É importante lembrar que é uma alça, ela é suspensa tanto no início quanto no final da ponte, então ela tem uma complexidade. A ordem de serviço a gente deu em dezembro e a previsão era que as obras começassem em março. Mas o importante é que hoje iniciou”.

Segundo ela, a previsão é de que os trabalhos se estendam por dois anos e a meta é que ainda antes do final de seu terceiro mandato o presidente Lula venha a Porto Murtinho para inaugurar tanto a alça de acesso quanto a ponte.

Os R$ 472 milhões estão sendo bancados integralmente pelo governo federal e a obra da ponte, que deve custar pouco mais de meio bilhão de reais, está sendo custeada com recursos da hidrelétrica de Itaipu. 

A partir da conclusão destas obras, acredita a ministra, “abre um leque de possibilidades que nem nós nem vocês imaginamos para Mato Grosso do Sul ou para o centro-oeste. A vida inteira o Brasil ficou de costas para a América do Sul. E quem está perdendo é o Brasil. Nós estamos perdendo dinheiro, emprego, renda, crescimento econômico, com o turismo, a cultura e uma série de coisas. A gente fala sempre do comércio com a China, mas a gente esquece que o comércio com os países vizinhos será o principal beneficiado”, destacou a ministra.

O resultado da licitação das obras de acesso foi oficializado pelo DNIT em 16 de novembro do ano passado e o vencedor foi um consórcio denominado PDC Fronteira, formado pelas empreiteiras Caiapó, Paulitec e DP Barros, de Goiás e São Paulo, que venceram por terem oferecido o menor preço. 

A previsão é de que sejam gerados , inicialmente, 280 postos de trabalho diretos e 160 indiretos. O canteiro de obras já estava sendo montado desde o começo de setembro próximo à cidade de Porto Murtinho. 

POR QUE MEIO BILHÃO?

Mas o que explica esse alto valor para uma obra de apenas 13 quilômetros de asfalto e que também prevê a construção de uma estrutura aduaneira? Conforme a proposta vencedora, o item mais caro será a terraplanagem, que vai consumir impressionantes R$ 145,9 milhões. 

A obra é no meio do Pantanal, região sujeita a inundações pelo Rio Paraguai. Por isso, os 13 quilômetros terão de ser construídos sobre uma espécie de dique para que fique acima do nível de possíveis inundações. 

A cidade de Porto Murtinho, por exemplo, é protegida por um dique de 11 metros de altura, construído depois de uma grande cheia em 1982, quando boa parte da cidade ficou submersa. Depois disso, na maior cheia que se tem registo, a de 1988, quando o nível do Rio Paraguai atingiu 6,64 metros na régua de Ladário, a cidade ficou a salvo por causa desta barragem. 

E não é somente a estrada que terá de ser construída no alto. O aterro também vai abrigar toda a obra da aduana. E é exatamente esse centro aduaneiro que terá o segundo maior custo de todo o projeto. Dos R$ 472,4 milhões, um total de R$ 126,6 milhões serão somente para essa estrutura. 

Outro item do edital que chama a atenção são as chamadas “obras de arte especiais”, as quais vão consumir R$ 101,5 milhões. O edital não especifica o que serão exatamente essas obras. 

Mas, parte deste dinheiro deve ser destinado a uma grande área de estacionamento para caminhões, já que existe a previsão de que centenas de veículos de carga passem diariamente pela rota bioceânica, indo ou vindo do Paraguai, Argentina e Chile. 

Somente estes três itens (terraplenagem, aduana e obras de arte) vão consumir 79,2% do montante da obra. Ainda de acordo com a licitação, a pavimentação propriamente dita dos 13 quilômetros vai custar “apenas” R$ 23,3 milhões, o que corresponde a 4,9% do custo total. 

A ponte sobre o Rio Paraguai terá 1,3 mil metros e cerca de 60% dos trabalhos estão concluídos. E, por conta do atraso de seis Meses no início dos trabalhos do acesso, é provável que a ponte fique pronta bem antes via de acesso. O governo paraguaio acredita que as obras da ponte sejam concluídas até o fim do próximo ano, um ano antes da conclusão do acesso. 

Cerca de 60% dos trabalhos da ponte em Porto Murtinho já estão concluídos e previsão é de que estejam pronto até o fim do próximo ano

O cumprimento do cronograma da obra do contorno vai depender de vários fatores, dentre os quais o climático. O trecho rodoviário a ser implantado é em terreno plano do Pantanal (solo argiloso) e o período de chuvas na região ocorre, normalmente, entre setembro e fevereiro, com possibilidade de ocorrência de cheia do Rio Paraguai e inundações. Por essa razão, o projeto de engenharia prevê a construção de seis pontes de concreto para vazão da água. 

A obra do lado brasileiro não será a única pendência da infraestrutura logística da rota. No Paraguai,  façta pavimentar o terceiro e último trecho da rodovia-tronco do corredor, de 224 km, entre Mariscal Estigarribia e Pozo Hondo, já na fronteira com a Argentina. É provável que esse trecho seja concluído somente em 2026.

ROTA

A Rota Bioceânica é um corredor rodoviário com extensão de 2,4 mil quilômetros que ligará os dois maiores oceanos do planeta, Atlântico e Pacífico, partindo do Brasil e chegando aos portos de Antofagasta e Iquique, no Chile, passando pelo Paraguai e pela Argentina.

O projeto que começou a ser debatido em 2014 e que iniciou em 2017 tem a promessa de ampliar a relação comercial do Estado com países asiáticos e sul-americanos.

Conforme estudo da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), os custos para o envio da produção sul-mato-grossense serão reduzidos, além do tempo de viagem, que será encurtado em até 17 dias rumo ao mercado asiático.
A Rota Bioceânica, conforme os mais otimistas, terá potencial para movimentar US$ 1,5 bilhão por ano em exportações de carnes, açúcar, farelo de soja e couros para os outros países por onde passará. 
 

Cidades

Segurança passa mal ao inalar gás tóxico em posto de saúde de MS

O vazamento ocorreu na câmara fria da unidade, onde são armazenados os medicamentos

28/07/2025 18h13

Reprodução Governo do Estado

Continue Lendo...

O Corpo de Bombeiros foi acionado após um segurança inalar gás tóxico proveniente da câmara fria de um posto de saúde, no bairro Cohab, em Ladário, município localizado a 421 km de Campo Grande.

Uma equipe se deslocou para a unidade por volta das 19h21 de domingo (27). O posto fica na rua Nicola Scaffa e o chamado foi feito devido a um vazamento de gás na câmara fria, onde são armazenados os medicamentos da unidade.

Segundo informações levantadas com os profissionais que trabalham no local, o segurança do turno da noite passou mal após inalar o gás tóxico e precisou ser encaminhado ao pronto-socorro.

A equipe precisou entrar na unidade utilizando equipamentos de proteção respiratória. Os bombeiros abriram todas as portas e janelas para permitir a ventilação natural do ambiente.

Durante a inspeção, os bombeiros constataram que a câmara fria emitia um sinal sonoro, que estava ativado.

Após realizar todo o procedimento de segurança, a equipe repassou as orientações necessárias sobre os cuidados que devem ser adotados em casos de vazamento de gás tóxico.

O estado de saúde do profissional, assim como a origem exata do vazamento, não foi informado pela assessoria do Corpo de Bombeiros.

Assine o Correio do Estado

Chamamento público

ONG intermedia obras ambientais de R$ 3,6 milhões em dois municípios de MS

Edital prevê obras que combatem a erosão do solo e o assoreamento de rios

28/07/2025 18h00

Foto: Divulgação

Continue Lendo...

Com obras em torno de R$ 3,6 milhões, o Instituto Taquari Vivo abriu processo seletivo para contratação de empresa especializada na readequação de estradas vicinais e construção de terraços nos municípios de Figueirão e Alcinópolis.  A ONG venceu o Edital de Chamamento Público lançado pelo Governo do Estado e intermediará as obras que combatem a erosão do solo e o assoreamento dos rios da região. 

As intervenções devem beneficiar diretamente áreas de alta vulnerabilidade ambiental. Os municípios possuem solos arenosos e são fortemente impactados pelas condições precárias das estradas e pelo uso intensivo do solo, o que agrava o carreamento de sedimentos para os cursos d’água.

A contratação prevê a execução de 25 quilômetros de readequação de estradas rurais de leito natural, 375 quilômetros de terraços com camalhão central e 2.460 encabeçamentos nas extremidades dos terraços em cada um dos dois municípios. O objetivo é conter a erosão e impedir que sedimentos continuem impactando negativamente os rios locais.

A empresa vencedora terá até 180 dias para concluir os trabalhos após a emissão da ordem de serviço, com possibilidade de prorrogação mediante justificativa técnica. A fiscalização e a aprovação das obras ficarão sob responsabilidade do próprio Instituto Taquari Vivo.

Ainda segundo o edital, não será permitida subcontratação, e as empresas deverão comprovar experiência prévia na execução de obras similares, além de equipe técnica  para garantir o cumprimento das metas ambientais e estruturais previstas.

Serviço

As empresas interessadas devem encaminhar suas propostas até o dia 14 de agosto de 2025, às 17h30, para o e-mail [contato@taquarivivo.org]. O processo seletivo será conduzido com base no critério de menor preço global. 

Assine o Correio do Estado 

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail marketing@correiodoestado.com.br na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).