Cidades

PREOCUPAÇÃO AMBIENTAL

Com coleta seletiva ineficaz, lei multa em mais de R$ 5 mil quem não separa lixo plástico

Números da Solurb estimam que cerca de 170 toneladas, entre os plásticos duro e filme, são descartados por dia no aterro sanitário de Campo Grande

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Pela Lei Complementar n. 209/2012, o campo-grandense que não separar a porção de plástico reciclável, "mesmo não havendo coleta seletiva regular", pode ser multado em mais de cinco mil reais, em um universo em que cerca de 170 toneladas de plásticos duro e filme são descartadas diariamente no aterro sanitário da Capital. 

Pelo menos 850 toneladas diárias de resíduos são coletadas, conforme dados da Solurb, concessionária responsável pela gestão da Limpeza Urbana e o Manejo de Resíduos Sólidos em Campo Grande. 

Sejam garrafas pet; tubos PVC; copos descartáveis, entre tantas outras aplicações, a concessionária estima que uma média de 15% a 20% dos descartes no aterro sanitário são de materiais plásticos (entre duro e filme). 

Gestora ambiental, Ana Cristina Franzoloso afirma que a coleta seletiva em Campo Grande não é eficaz, justamente por acontecer apenas em alguns lugares, mas também porque a própria população não faz, separadamente, o descarte correto dos produtos recicláveis. 

Legalmente, os plásticos estão relacionados no Código Municipal de Resíduos Sólidos, pelo parágrafo quarto do décimo nono Artigo, como materiais recicláveis. Já o Art.20 descreve a posição a ser adotada, assim como as devidas punições. 

“Assim, os munícipes deverão dispor a fração reciclável em local e de forma adequada, conforme condições estabelecidas em regulamento, mesmo não havendo coleta seletiva regular”, expõe o Executivo Municipal. 

Com isso, diante desse descarte inadequado, a lei estabelece que essa porção reciclável pode ser passível de multa que varia entre R$ 1.201,01 e 5.033,07.

Dona da startup DuBem Sustentável, que oferece produtos e serviços falando do reaproveitamento, descarte e preservação da água, Ana é responsável também pelo Drive-Thru da Reciclagem e frisa que é necessário ainda muita educação ambiental. 

Coleta seletiva

Pelas definições da Solurb, a coleta seletiva engloba papéis, plásticos, vidros e metais, com duas principais modalidades praticadas em campo grande: o recolhimento domiciliar, os nos chamados locais de entrega voluntária (LEV). 

Ainda que a concessionária aponta que, apesar de não cobrir toda a Capital, o sistema de recolhimento de materiais recicláveis é ampliado [gradativamente] ano a ano.

Problema mundial

Segundo o braço da Organização das Nações Unidas (ONU) para Cooperação e Desenvolvimento Econômico, as produções de plástico à base de combustíveis fósseis, dentro de 37 anos, podem chegar a 1,2 bilhão de toneladas, com resíduos ultrapassando a casa de 1 bilhão de toneladas. 

Através da Semana Mundial do Meio Ambiente, esse ano ficou estabelecido pela ONU como de Combate a Poluição Plástica, já que esse material passou por um "boom" no século XX, como alternativa ao vidro, vindo como uma inovação entre as décadas de 1980 e 1990.

"Hoje, na segunda década do século XXI, é um problema fortíssimo, e estuda-se e motivam-se novas alternativas... mas a grande problemática ainda é o ser-humano e o vício na falta de conhecimento, informação e prática do descarte correto", comenta a gestora ambiental. 

Para ela, as pessoas precisam ter o costume de descartar corretamente, e esses resíduos comerciais (não só o plástico) precisam estar aptos para a Central de Triagem, e para entrarem no processo de reciclagem 

"Ele [o plástico] tá vindo com uma violência gigante de poluição, sim, e a alternativa é a redução, descarte correto e novas tecnologias para essa embalagem", frisa. 

Ana ainda faz questão de ressaltar que, no Brasil, a entidade recicladora de plástico é muito pouca, pelo volume de descarte que o País tem e, nisso, vem a parte da gestão pública em coleta seletiva, aliada à conscientização ambiental do munício. 

"Coleta seletiva precisa acontecer em todo lugar, não só alguns bairros. Mas moro no Autonomista, em que minha vizinha coloca tudo junto [o lixo]. Não tenho intimidade, mas já dei a entender e ela continua. Assim como a outra da frente lava a rua, achando que está certa, sem se contentar em lavar só a garagem. Se acontece num bairro assim, imagina nos outros", conclui. 



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NACIONAL

Saiba quem é Adilson Barroso, suplente que deve assumir mandato de Zambelli

Ambientalista e aliado de Jair Bolsonaro, político paulista retorna à Câmara após renúncia da deputada do PL

14/12/2025 15h30

Ambientalista e aliado de Jair Bolsonaro, político paulista retorna à Câmara após renúncia da deputada do PL

Ambientalista e aliado de Jair Bolsonaro, político paulista retorna à Câmara após renúncia da deputada do PL Divulgação/ Câmara dos Deputados

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Com a renúncia da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), anunciada neste domingo (14), quem assume a cadeira na Câmara dos Deputados é o suplente Adilson Barroso (PL-SP), político com longa trajetória no interior paulista e forte ligação com o bolsonarismo.

Barroso recebeu mais de 62 mil votos nas eleições de 2022. Apesar de ter se candidatado por São Paulo, nasceu em Minas Novas, distrito do município de Leme do Prado, em Minas Gerais. Ambientalista de formação, ele foi um dos fundadores do Partido Ecológico Nacional (PEN), criado em 2012, legenda que mais tarde passou a se chamar Patriota e, após baixo desempenho eleitoral, acabou se fundindo ao PTB, dando origem ao Partido Renovação Democrática (PRD).

Trajetória política

A carreira política de Adilson Barroso começou cedo. Aos 23 anos, disputou sua primeira eleição, em 1988, quando foi eleito vereador de Barrinha, no interior de São Paulo, pelo PTB. Foi reeleito em 1992, pelo antigo PFL, e ocupou o cargo de vice-prefeito do município entre 1997 e 2002.

Em 2002, alçou voos mais altos ao ser eleito deputado estadual pelo extinto Partido da Reedificação da Ordem Nacional (Prona). Na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), onde permaneceu até 2010, foi titular da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural e integrou comissões que discutiram mudanças na legislação do imposto de renda e o limite de precatórios e débitos previdenciários.

Após perder a eleição em 2010, Barroso voltou à política municipal e, em 2016, reassumiu uma cadeira na Câmara Municipal de Barrinha.

Adilson Barroso ganhou projeção nacional ao fundar o PEN, em 2012, partido que mudou de nome para Patriota em 2017. À frente da legenda, tentou atrair o então deputado Jair Bolsonaro para disputar a Presidência pelo partido, tanto em 2018 quanto em 2021. As articulações, no entanto, não avançaram.

Em seu site pessoal, Barroso atribui o fracasso da estratégia a interferências internas. “Perdi a chance de eleger o presidente da República pelo Patriota em 2018 e tornar o partido o maior do país”, escreveu, ao citar o ex-ministro Gustavo Bebianno.

Após ser destituído da presidência do Patriota, Barroso deixou a sigla e se filiou ao PL em 2021. No ano seguinte, disputou uma vaga na Câmara dos Deputados e ficou como suplente.

Barroso já havia ocupado uma cadeira na Câmara dos Deputados entre 2023 e 2025, ao assumir a vaga de Guilherme Derrite (PP-SP), que se licenciou do mandato para comandar a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo. Com o retorno de Derrite ao Legislativo, no fim de novembro, Barroso voltou à suplência.

Agora, retorna ao Congresso após a renúncia de Carla Zambelli, que ocorreu em meio à condenação definitiva pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a dez anos de prisão e à perda do mandato, no caso envolvendo a invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Nas redes sociais, se apresenta como “ambientalista, bolsonarista de direita, conservador e patriota”. Em sua biografia no Instagram, afirma ser “amigo do presidente Jair Bolsonaro, Michelle Bolsonaro e do deputado Nikolas Ferreira”. Na foto de perfil, aparece ao lado do ex-presidente, com as bandeiras do Brasil e de Israel ao fundo.

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OPORTUNIDADE

Com salários de até R$ 23 mil, prefeitura de MS abre inscrições para concurso

Há oportunidade em diversas especialidades como enfermeiro, médico, cozinheira, motorista e outras

14/12/2025 14h30

Há oportunidade em diversas especialidades como enfermeiro, médico, cozinheira, motorista e outras

Há oportunidade em diversas especialidades como enfermeiro, médico, cozinheira, motorista e outras Governo de MS

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A Prefeitura de Paraíso das Águas, município localizado a 277 quilômetros de Campo Grande, abriu inscrições para um novo concurso público com vagas para todos os níveis de escolaridade e salários que chegam a R$ 23.557,03. O certame prevê a contratação de servidores efetivos, além da formação de cadastro reserva, sob o regime estatutário.

As inscrições começam às 8h deste sábado (13) e seguem até 15 de janeiro de 2026, exclusivamente pela internet, por meio do site da Fundação FAFIPA, banca responsável pela organização do concurso.

Ao todo, o edital contempla dezenas de cargos distribuídos entre a sede do município e os distritos de Bela Alvorada e Pouso Alto, com oportunidades para níveis elementar, fundamental, médio, técnico, magistério e superior. As jornadas de trabalho variam entre 20 e 40 horas semanais, conforme a função.

O maior salário ofertado é para o cargo de médico clínico geral, com remuneração de R$ 23.557,03 para carga horária de 40 horas. Também há vagas atrativas para cargos de nível superior, como engenheiro civil, arquiteto e cirurgião-dentista, com salários que ultrapassam R$ 8,5 mil.

Cargos e salários

Entre as oportunidades disponíveis estão funções nas áreas da saúde, educação, administração, fiscalização e serviços operacionais. Há vagas para enfermeiro, psicólogo, assistente social, farmacêutico, fonoaudiólogo, fisioterapeuta, agente comunitário de saúde, técnico em enfermagem, além de professores de educação infantil, anos iniciais e disciplinas específicas como português, matemática, inglês, história, artes e educação física.

O edital também contempla cargos como agente de fiscalização, analista de informática, inspetor de alunos, recepcionista, motorista, operador de máquinas, auxiliar de administração, auxiliar de serviços gerais, zelador, cozinheira e trabalhador braçal, entre outros.

Os salários iniciais variam de R$ 1.664,03 a R$ 23.557,03, conforme o cargo, escolaridade exigida e carga horária semanal. As taxas de inscrição foram fixadas em R$ 90 para cargos de nível elementar e fundamental, R$ 115 para nível médio e técnico, e R$ 145 para magistério e nível superior.

Provas

O concurso público será composto por prova objetiva para todos os cargos, de caráter eliminatório e classificatório. Dependendo da função escolhida, os candidatos também poderão ser submetidos a prova discursiva, prova prática e avaliação de títulos.

A prova discursiva será aplicada para cargos como agente de fiscalização, assistente social, agentes da área da saúde, cargos administrativos e professores. Já a prova prática será exigida para funções operacionais, como motoristas, operadores de máquinas, mecânico, técnico em informática e alguns cargos administrativos.

A prova de títulos, de caráter exclusivamente classificatório, será destinada a todos os cargos, conforme os critérios estabelecidos no edital. O conteúdo programático e o cronograma completo das etapas estão disponíveis no documento publicado pela banca organizadora.

A convocação dos aprovados ocorrerá conforme a necessidade da administração municipal, respeitando rigorosamente a ordem de classificação final.

Inscrições e isenção

As inscrições devem ser feitas exclusivamente pela internet, no site www.fundacaofafipa.org.br, até 15 de janeiro de 2026. O pagamento da taxa de inscrição poderá ser efetuado até 16 de janeiro, respeitando o horário de compensação bancária.

O edital prevê isenção da taxa de inscrição para candidatos inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), com renda familiar per capita de até meio salário mínimo, e também para doadores de medula óssea, conforme a legislação federal. O prazo para solicitação de isenção vai de 13 a 23 de dezembro.

Reserva de vagas

O concurso reserva 5% das vagas para pessoas com deficiência, além de cotas para pretos e pardos (25%), indígenas (3%) e quilombolas (2%), conforme previsto em lei. Os candidatos que optarem pelas vagas reservadas concorrem simultaneamente às vagas da ampla concorrência.

O concurso público terá validade de dois anos, a contar da homologação do resultado final, podendo ser prorrogado por igual período, a critério da prefeitura.

Todas as informações detalhadas, incluindo atribuições dos cargos, conteúdos das provas e cronograma, estão disponíveis no edital publicado no site da banca organizadora.

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