Cidades

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Com extenso histórico de maus-tratos a animais, fazendeiro será investigado em MS

Pela 4ª vez, equipes policiais estiveram no local e se depararam com os bovinos que apresentavam sinais de desnutrição; no local, havia carcaças espalhadas pela propriedade e falta de cuidados essenciais

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O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), por meio da 2ª Promotoria de Justiça de Coxim, abriu um Inquérito Civil para investigar casos recorrentes de maus-tratos a animais na fazenda Vaca Baia, localizada no município de Coxim. A informação foi divulgada no Diário Oficial.  

A apuração do MPMS tem como base relatórios da Polícia Militar Ambiental (PMA), que esteve no local em quatro ocasiões e constatou as condições precárias dos bovinos. Os animais apresentavam sinais de desnutrição, havia carcaças espalhadas pela propriedade e faltavam cuidados essenciais.

O Promotor de Justiça da 2ª Promotoria de Justiça de Coxim, Marcos André Sant’Ana Cardoso, relatou que os bovinos estavam em estado crítico, com sinais evidentes de desnutrição e desidratação, a ponto de seus ossos ficarem visíveis. Além disso, não havia pastagem nem feno disponível para a alimentação, a água era escassa e a presença de carcaças de outros animais mortos agravava ainda mais a situação.  

O relatório também destaca que as denúncias contra o proprietário da fazenda têm sido recorrentes, principalmente durante os períodos de seca. Diversos autos de infração e relatórios de fiscalização ambiental reforçam as acusações.

Outro caso

Em outro caso, também em Mato Grosso do Sul, um homem foi autuado e multado em R$ 4,5 mil por maus tratos a animais e porte ilegal de arma de fogo na região da Usina Santa Helena, zona rural do município de Batayporã, localizado a 309km de Campo Grande. 

A ação ocorreu após uma abordagem do Batalhão Rural a uma caminhonete Ford F-1000, onde foram encontrados oito cães confinados dentro de uma gaiola improvisada na carroceria do veículo, em condições precárias.

Ainda durante a vistoria, os policiais também localizaram no interior da caminhonete uma arma de fogo sem registro e duas munições intactas. O condutor foi encaminhado à Delegacia de Polícia Civil de Nova Andradina, onde foi autuado em flagrante pelo porte ilegal de arma e munições.

Diante dos fatos e comprovada a situação de maus-tratos, foi aplicada uma multa de R$ 4.000,00, sendo R$ 500 por animal. Todos os cães foram resgatados e encaminhados ao Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) para realizar exames e cuidados necessários. 

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Controle biológico

Suzano usa joaninhas para combater pragas em eucaliptos de MS

Empresa abriu laboratório em Ribas do Rio Pardo para aumentar capacidade produtiva do inseto

31/03/2025 15h30

Joaninhas consomem até mil ovos da praga psilídeo-de-concha por dia

Joaninhas consomem até mil ovos da praga psilídeo-de-concha por dia Divulgação

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A Suzano, maior produtora mundial de celulose e referência global em bioprodutos de eucalipto, está revolucionando o manejo florestal no Brasil com uma iniciativa pioneira: o uso de joaninhas no controle biológico de pragas.

Em 2024, a empresa liberou mais de 210 mil joaninhas da espécie Olla v-nigrum em suas florestas nos estados de Mato Grosso do Sul, São Paulo e Maranhão, cobrindo uma área total de 57 mil hectares.

A estratégia permitiu evitar o uso de 17,1 mil quilos de defensivos agrícolas, resultando em uma economia superior a R$ 3 milhões para a companhia.

A espécie

A joaninha Olla v-nigrum foi escolhida por sua eficácia contra o psilídeo-de-concha (Glycaspis brimblecombei), uma das pragas mais prejudiciais ao cultivo de eucalipto.

O inseto predador é capaz de consumir até mil ovos da praga por dia, contribuindo para um equilíbrio natural no ambiente sem causar superpopulação.

Para garantir o sucesso da iniciativa, a Suzano realizou dois anos de estudos detalhados sobre o comportamento do inseto, incluindo sua adaptação a diferentes temperaturas e dietas. As pesquisas foram conduzidas em parceria com instituições renomadas como a UNESP, Embrapa Florestas e Universidade Federal de Viçosa (UFV).

Impactos ambientais e econômicos

Além de reduzir significativamente o uso de pesticidas químicos, o projeto fortalece a biodiversidade local e promove práticas agrícolas mais sustentáveis.

Segundo Maurício Magalhães Domingues, pesquisador da Suzano, "inovação e sustentabilidade caminham juntas na companhia". Ele ressalta que a iniciativa não apenas contribui para a preservação ambiental, mas também gera benefícios sociais como a valorização da ciência e a criação de empregos relacionados à produção dos insetos em laboratórios.

Resultados

Desde o início das pesquisas em 2022 até a liberação em larga escala em 2024, os resultados têm sido satisfatórios. A técnica já está sendo aplicada em diversas unidades florestais da Suzano, com planos de expansão para 2025.

A empresa pretende aumentar a capacidade produtiva das joaninhas em seu novo laboratório em Ribas do Rio Pardo (MS) e ampliar o número de hectares cobertos pelo controle biológico.

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Campo Grande

Entregadores participam de motociata na Capital em prol de melhorias para a categoria

Movimento "Breque Nacional dos Apps 2025" foi convocado por trabalhadores de aplicativos de entregas em diversas cidades do país

31/03/2025 15h04

Paralização reuniu aproximadamente 50 entregadores na Capital

Paralização reuniu aproximadamente 50 entregadores na Capital Gerson Oliveira

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Na manhã desta segunda-feira, 31, aproximadamente 50 moto entregadores realizaram uma motociata pedindo melhores condições de trabalho nas principais plataformas de serviço de delivery, como iFood, Uber Flash e 99 Entrega. O ponto de partida se deu na Avenida Joaquim Dornelas, no Bairro Amambaí, e, de lá, os entregadores seguiram até a Praça do Rádio Clube. 

Essa foi a primeira de quatro motociatas programadas em quase 60 cidades do Brasil. A categoria alega precarização do trabalho e pedem aumento da tarifa de entrega paga pelos aplicativos. 

Para João Pedro Corrêa, entregador freelancer, o valor da tarifa mínima não acompanhou o aumento dos preços de manutenção dos veículos, peças, combustível, alimentos e até o salário mínimo. "O iFood, por exemplo, paga R$1,50 por quilômetro. Muitas vezes, acaba não compensando fazer a entrega e se arriscar pelo valor baixo", comenta. 

Para quem usa a entrega como principal fonte de renda, o desgaste é intenso. "Quando a entrega era minha fonte de renda, tinha que trabalhar dia e noite para conseguir pagar as contas. São 10, 12 horas por dia se arriscando muito", relembra o jovem. 

Ele também afirmou que o iFood não oferece suporte em caso de imprevistos mecânicos ou acidentes. "Até existe um 'auxílio', mas eu nunca ouvi ninguém dizer que conseguiu acionar. A gente manda foto do acidente e todas as informações, mas não acontece nada."

O movimento "Breque Nacional dos Apps 2025" foi convocado por trabalhadores de aplicativos de entregas em diversas cidades do país. Entre as principais pautas estão:

  •  Aumento da taxa mínima de entrega para R$ 10,00;
  • Reajuste do valor por quilômetro rodado de R$1,50 para R$ 2,50;
  • Limitação das rotas de bicicleta a um máximo de 3 km;
  • Pagamento integral da taxa por entrega, sem redução em pedidos agrupados.

Esse movimento também busca dar continuidade às pautas e discussões entre as plataformas digitais e os representantes dos trabalhadores no ano de 2024, mas que não avançaram para resoluções que agradassem os entregadores.
 

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