Depois do abraço simbólico pedindo a preservação do lago, o parque das Nações Indígenas recebe neste domingo (14) um show de reforço o movimento que exige iniciativa do poder público diante do grave problema de assoreamento que ameaça o local. O evento é realizado na Concha Acústica “Helena Meirelles”.
Com plateia lotada, artistas regionais cantam em prol da preservação do parque. A iniciativa é da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (ABES-MS), em parceria com o Movimento pela Preservação da Natureza (MPN). “Esse evento é uma mensagem que nós estamos passando para as autoridades, os governos responsáveis pela conservação e manutenção desse patrimônio que é um dos cenários ambientais mais bonitos que a Capital tem hoje, para que seja recuperado o lago. O apelo é exatamente esse”, explicou Aroldo Ferreira Galvão, presidente da Abes.
Presidente da Fundação Estadual de Cultura, a ex-deputada estadual, Mara Caseiro, também participa do evento. “É uma manifestação muito importante e no momento certo. Momento em que nós precisamos de um movimento envolvendo toda a população para falar desse tema tão importante que é a preservação deste parque. Um dos principais cenários de turismo que nós temos e também é um ponto de encontro para celebração da nossa cultura”, disse.
Para a professora Marlene de Campos, 47 anos, o governo precisa enxergar que o parque é um ponto de encontro dos campo-grandenses e parte da cultura da cidade. “Nada melhor que um show para mostrar isso, tanto que está sendo um sucesso”, considera.
Fã do Grupo Acaba, uma das atrações da noite, Elenir Ávila trouxe o neto Artur, de 9 anos, para conhecer um pouco da música do Estado e também se manifestar pela preservação do Parque. “Eu juntei as duas coisas. Gosto muito do Grupo Acaba e queria que ele conhecesse, além disso, acho importante ele saber que devemos pedir pela preservação do meio ambiente. Estou achando maravilhoso”, disse.
Além do Grupo Acaba, se apresentam no evento Altair Santos e Carlota Philippsen; Carlos Colman e Ana Paula; Castelo; Edson Galvão; Fábio Kaida; Gessica Paes; Jerry Espindola; Rodrigo Teixeira; Tangara e Zé Viola; Zé Geral; e Zito Ferrari.
No evento, ocorre ainda o pré-lançamento do livro “Vagabundagens – Romance que Manoel de Barros não escreveu”, de autoria do professor Genival Mota. Também há participação de artesãos locais, com exposição e venda de trabalhos.
ABRAÇO
No dia 17 de março, grupo de manifestantes fez um abraço simbólico no lago do Parque das Nações Indígenas de Campo Grande.Além da questão ambiental, os manifestantes apontaram problemas estruturais e de segurança do parque, que, para eles, está "abandonado". O grupo cobrou ainda uma postura mais efetiva do Poder Público, com relação a manutenção do espaço.