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Com tarifa técnica a R$ 8, prefeitura quer passe a R$ 5,15 em meio a ameaça de greve

Fontes do Correio do Estado informaram que aumento na passagem do transporte coletivo pode ser de 17% na Capital

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A tarifa do transporte coletivo de Campo Grande pode passar a custar R$ 5,15 por causa de reajuste previsto para acontecer neste fim de ano. De acordo com informações obtidas pelo Correio do Estado, esse seria o valor proposto pela prefeitura.

O reajuste de 17% em relação ao atual valor da passagem, de R$ 4,40, fica muito abaixo do que foi indicado pela tarifa técnica que teria sido apontada pela Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos (Agereg). Segundo o Consórcio Guaicurus, concessionária responsável pelo serviço, o valor beira a R$ 8,00.

O presidente do Consórcio Guaicurus, João Rezende, alega que o valor não foi passado para ele, entretanto, afirma que esta tarifa é insuficiente para manter o funcionamento do transporte coletivo de Campo Grande em operação.

“A tarifa técnica está próxima de R$ 8,00, essa é a tarifa que nós temos conhecimento. Se ela quer colocar R$ 5,15, tenho certeza de que esse valor não é suficiente para manter o serviço perene. Estes R$ 8,00 não são o valor que estamos pedindo, é a tarifa técnica, para o serviço funcionar, e não está muito distante de outras cidades”, declarou Rezende.

A concessionária alega que, segundo cálculos realizados pela Agereg e repassados ao Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul (TCE-MS), para manter o serviço em funcionamento seriam necessários a arrecadação de R$ 19,5 milhões por mês.

Para se chegar a esse valor, como a concessionária registra uma média de 2,5 milhões de passagens pagas por mês, seria necessário cobrar R$ 7,80 dos usuários pagantes.

O valor não leva em conta, entretanto, a concessão de subsídios ao transporte público. Para 2023, a Prefeitura de Campo Grande já sinalizou que manterá a ajuda de custo de R$ 12 milhões ao ano, R$ 1 milhão por mês.

O Consórcio Guaicurus, porém, segue batendo na tecla de que esse valor não é suficiente para cobrir todos os custos e os prejuízos que eles alegam ter em relação ao serviço.

“Qualquer coisa menor que R$ 19 milhões é prejuízo, e o Consórcio não tem disposição de bancar prejuízo mais, chegamos no esgotamento, não temos forças mais. Como que uma empresa privada vai ficar tomando prejuízo o tempo todo, não tem lógica”, reclamou Rezende.

O presidente da concessionária ainda acrescentou que o valor de receita de R$ 19,5 milhões foi apurado pela Agência com base nas determinações repassadas pela Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran).

“Esse custo foi apurado pela Agereg com base nas ordens de serviços que a própria prefeitura emitiu para o Consórcio cumprir. Tal qual uma obra, nós temos determinações a cumprir”, alega João Rezende.

O reajuste da tarifa do transporte coletivo já deveria ter sido dado em outubro, segundo a data-base do contrato de concessão, entretanto, há alguns anos essa medida vem sendo deixada para o fim do ano.

A última, no entanto, foi concedida em janeiro de 2022, porque o então prefeito Marquinhos Trad (PSD) decidiu postergar a medida.

Para este ano, de acordo Rezende, a informação passada pela prefeitura seria de que o reajuste poderia ser, novamente, deixado para janeiro de 2023, o que desagradou não só o Consórcio Guaicurus, como também os motoristas de ônibus, uma vez que a concessionária vincula o reajuste nos salários dos funcionários ao cumprimento da tarifa técnica por parte da prefeitura.

GREVE  

Por causa dessa demora na definição, os motoristas de ônibus estão programando uma greve, que seria realizada a partir da próxima semana.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo Urbano de Campo Grande (STTCU-CG), Demétrio Freitas, anunciou uma nova paralisação do transporte coletivo da Capital ontem.
A decisão foi tomada após o Consórcio Guaicurus afirmar que não poderá firmar compromisso de futuros reajustes salariais para seus funcionários, já que não pode garantir que conseguirá pagar.

Em vídeo, Freitas explicou que duas reuniões foram feitas com o Consórcio Guaicurus para discutir sobre o reajuste, mas que as negociações foram paralisadas por conta de indecisão a respeito do valor da tarifa para 2023.

“Nós pedimos, por meio de ofício, para que o Consórcio retornasse as negociações, até porque já está passando um mês da nossa data-base, e fomos informados de que não vão mais sentar com o sindicato, porque não têm condições de estar assumindo nenhum compromisso sem o aumento da tarifa”, relatou.

Segundo Demétrio, o Sindicato comunicou a prefeitura, por meio de ofício, sobre paralisar o transporte coletivo na próxima semana.

“A partir da semana que vem, segunda ou terça-feira, a gente vai estar paralisando os ônibus, até que retornem as negociações”, anunciou. (Colaborou Alanis Netto)

 

Cidades

Justiça determina prisão preventiva de estudante que atropelou e matou atleta

Acidente aconteceu na manhã deste sábado (15) enquanto Danielle corria com um grupo de atletas na MS-010

16/02/2025 11h30

Justiça determina prisão preventiva de estudante que atropelou e matou atleta

Justiça determina prisão preventiva de estudante que atropelou e matou atleta Redes Sociais

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Em audiência realizada na manhã deste domingo (16), foi decretado que o estudante de medicina João Vitor Vilela, de 22 anos - responsável pela morte de Danielle Oliveira, continuará preso, conforme decisão do juíz Aluízio Pereira dos Santos. O acidente aconteceu pela manhã do último sábado (15), quando Danielle foi atropelada enquanto corria na MS-010, saída para Rochedinho.

João Vitor chegou à audiência acompanhado de seu advogado, Leandro José de Arruda Flávio. Durante a defesa foi requerido prisão domiciliar com uso de tornozeleira, com a justificativa de que o estudante estaria sendo ameaçado de morte, no entanto, o pedido foi recusado.

Amigos e colegas da atleta se reuniram em frente ao Fórum de Campo Grande para pedir por justiça e esperar o resultado da audiência.

O acidente

O motorista, havia saído de uma casa noturna e estava em um Fiat Pulse prata, em alta velocidade, quando perdeu a direção, atingiu o grupo e atropelou ela e outra corredora, que se exercitavam junto de um grupo com 20 pessoas, no acostamento da rodovia,

João Vitor estava visivelmente bêbado e foi preso em flagrante por embriaguez ao volante. Latinhas de cerveja foram encontradas dentro do veículo e uma pulseira de boate estava no pulso do autor.

Socorristas tentaram reanimar a atleta por uma hora, mas sem sucesso. A parte lateral frontal do Fiat Pulse foi amassada e teve o vidro quebrado. Não se sabe o estado de saúde da mulher que teve ferimentos.

Polícia Militar, Corpo de Bombeiros Militar, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), Polícia Civil, Polícia Científica e funerária foram acionados para efetuar os procedimentos de praxe.

Danielle corria para combater o luto

Danielle começou no esporte após perder a filha Geovanna, de apenas quatro anos, por um câncer renal. Diagnosticada com Tumor de Wilms, a pequena partiu aos 4 anos e nove meses, após um longo tratamento.

Desde a morte precoce da filha, viu na corrida um meio para combater o luto, e desde 2018 passou a competir em provas de longa distância. 

"Por trás de uma mulher que corre, existe uma mãe solo que trabalha e não deixa faltar o pão de cada dia, que sepultou uma filha de 5 anos, que sofreu com divórcio, que aprendeu a morar sozinha, que dorme pouco para atender as filhas e por preocupação com as contas… Por trás de uma mulher que corre existe uma mulher que tem muita pé, que sonha com dias melhores e menos preocupantes, que treina e é compromissada consigo. E ser disciplinada não é tão difícil pois já enfrentou situações tão difíceis na vida que ser fiel aos seus objetivos é o de menos”, compartilhou a atleta nas redes sociais.

A atleta deixa duas filhas, uma de 19 anos e outra de 6 anos.

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Amigos de atleta morta por motorista bêbado protestam em frente ao Fórum

Danielle foi morta pelo estudante de medicina, João Vitor Vilela, de 22 anos na manhã de ontem (15), enquanto se preparava para a disputa da Maratona de Campo Grande, que acontece em julho

16/02/2025 11h00

Amigos de atleta morta por motorista bêbado protestam em frente ao Fórum

Amigos de atleta morta por motorista bêbado protestam em frente ao Fórum Redes Sociais: Luciana Ferraz

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Na manhã deste domingo (16), cerca de 100 pessoas entre atletas de diversos grupos de corrida e amigos, se reuniram em frente ao Fórum de Campo Grande, para pedirem justiça por Danielle Oliveira, de 41 anos, que morreu no último sábado (15), após ser atropelada na MS-010 enquanto corria. 

Amigos de atleta morta por motorista bêbado protestam em frente ao FórumAtletas e amigos se reúnem em busca de justiça por morte de Danielle - Redes Sociais

No local também ocorreu a audiência de custódia do motorista que atingiu 'Danny', como era chamada. O motorista, identificado como João Vitor Vilela, tem 22 anos e estava em um Fiat Pulse prata, em alta velocidade, quando perdeu a direção, atingiu o grupo e atropelou ela e outra corredora, que se exercitavam junto de um grupo com 20 pessoas, no acostamento da rodovia,

João Vitor estava visivelmente bêbado e foi preso em flagrante por embriaguez ao volante. Latinhas de cerveja foram encontradas dentro do veículo e uma pulseira de boate estava no pulso do autor.

Socorristas tentaram reanimar a atleta por uma hora, mas sem sucesso. A parte lateral frontal do Fiat Pulse foi amassada e teve o vidro quebrado. Não se sabe o estado de saúde da mulher que teve ferimentos.

Danielle começou no esporte após perder a filha Geovanna, de apenas quatro anos, por um câncer renal. Diagnosticada com Tumor de Wilms, a pequena partiu aos 4 anos e nove meses, após um longo tratamento.

Desde a morte precoce da filha, viu na corrida um meio para combater o luto, e desde 2018 passou a competir em provas de longa distância. 

"Por trás de uma mulher que corre, existe uma mãe solo que trabalha e não deixa faltar o pão de cada dia, que sepultou uma filha de 5 anos, que sofreu com divórcio, que aprendeu a morar sozinha, que dorme pouco para atender as filhas e por preocupação com as contas… Por trás de uma mulher que corre existe uma mulher que tem muita pé, que sonha com dias melhores e menos preocupantes, que treina e é compromissada consigo. E ser disciplinada não é tão difícil pois já enfrentou situações tão difíceis na vida que ser fiel aos seus objetivos é o de menos”, compartilhou a atleta nas redes sociais.

Polícia Militar, Corpo de Bombeiros Militar, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), Polícia Civil, Polícia Científica e funerária foram acionados para efetuar os procedimentos de praxe. Danielle deixa duas filhas, uma de 19 anos e outra de 6 anos.

**Com colaboração de Alison Silva**

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