Cidades

SAÚDE PÚBLICA

Com vacina sobrando, gripe superlota hospitais da Capital

Dados da Sesau apontam que 1.620 casos de síndrome respiratória aguda grave já foram confirmados em Campo Grande

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Dados do Painel de Síndromes Respiratórias do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) apontam que até o momento, 1.620 casos de Síndromes Respiratórias Agudas Grave (SRAG) foram registrados em Campo Grande esse ano, índice que é 51,2% do total registrado em todo 2023, quando foram notificados 3.161 casos de SRAG. Enquanto isso, a vacinação contra a gripe na Capital é de apenas 33%. 

A secretária de saúde, Rosana Leite de Melo, comenta que apesar do número de casos estar parecido com o do ano passado, a gravidade em que os pacientes se encontram é maior, porque o principal vírus que está causando doenças é o da Influenza A. 

“Embora o número seja parecido, número absoluto, a gravidade é bem maior devido a circulação principalmente do vírus A, da Influenza A. Nós já tivemos óbitos expressivos por causa do vírus A”, relata a titular da Sesau.

Rosana também comenta que na população infantil, os casos estão menos graves que no ano passado, no entanto, devido a outras circunstâncias, como o nascimento de muitos bebês prematuros, colabora na superlotação de leitos para crianças. 

“Nas crianças está grave, mas um pouco menos que o ano passado, porém, a taxa de internação para criança em UTI neonatal, nós também já estávamos vindo quase 90 dias daquele ‘bom’ que teve de prematuridade principalmente por doenças da gravidez, como hipertensão, e não abaixou isso. Então continua nascendo essas crianças, e há a necessidade desses leitos e aí sobrecarregou todo o sistema. Os leitos de CTI não tem um dia que fica abaixo de 100%”, informa Melo. 

De acordo com o CIEVS, 121 óbitos em decorrência de SRAG foram registrados até o momento, enquanto em todo o ano passado, foram 314 mortes.

“Está superlotado, acima de 100%. Os (casos) adultos começaram a aumentar muito. Nós tivemos casos de pacientes entubados na UPA porque não tinha vagas em hospital”, relatou a secretária.

Até o momento, a Sesau informa que 860 internações foram feitas, de pacientes com SRAG, que inclui vírus como Influenza,  Covid e Vírus Sincicial Respiratório.

VACINAÇÃO 

Enquanto o número de casos de SRAG aumentam consideravelmente, e as unidades de saúde estão superlotadas, com mais de 4 mil atendimentos por dia, a vacinação em Campo Grande está abaixo do esperado.

Apesar da imunização contra gripe ter iniciado antes do esperado, em fevereiro deste ano, a Sesau informa que apenas 33% da população apta para se vacinar, tomou a dose do imunizante que previne contra a gripe. 

Em maio deste ano, a secretaria ampliou a vacinação para todo o público acima de seis meses de idade, visando uma maior imunização. Na época, a Sesau informou que pouco mais de 16% das pessoas habilitadas para tomar a vacina, tinham se imunizado. 

Campo Grande recebeu cerca de 225 mil doses de vacina contra a gripe, e atualmente, a Sesau informa que 163.471 pessoas se imunizaram na Capital, restando um pouco mais de 63.980 doses do imunizante, que estão disponíveis em mais de 70 Unidades Básicas de Saúde, Unidades Básicas de Saúde da Família, entre outros pontos de vacinação, como shoppings e supermercados. 

“Tanto a vacinação da gripe, da pólio, que nós começamos, nós estamos fazendo intensivos informativos não só em escolas, mas também extramuros em supermercados, que é o lugar que está vacinando mais, todas as nossas unidades de saúde estão atendendo, mas está baixa (a vacinação)”, expõe Rosana. 

Conforme a Sesau, “as vacinas contra a influenza são trivalentes, produzidas pelo Instituto Butantan e distribuídas para toda a rede pública de saúde. A composição varia anualmente conforme as cepas do vírus predominantes”. 

MEDIDAS 

Entre as outras medidas relatadas pela secretária de saúde, estão a chamada e contratação de mais médicos, a criação de Centros de Operações de Emergência, que possuem os gabinetes de crise que avaliam a situação do município duas vezes ao dia, compra de leitos, aumento de equipes médicas e plantões e criação de Pronto Atendimento Infantil. 

Rosana informa ainda que dois leitos em hospital privado já foram comprados, e que o município iniciou diálogo com o Estado, visando auxílio em relação aos leitos de CTI, e que estão em fase de elaboração do documento. 

“Nós mandamos ofício, antes até mesmo do Decreto, para ver a possibilidade dos hospitais públicos e filantrópicos de ampliar leitos, não tem. Privados, a Unimed e Cassems também não tem condições, o único que tem condições é o Santa Marina, e como ele é privado, nós temos que fazer um contrato e nós estamos preparando a parte burocrática”, esclareceu a secretária. 

A Sesau publicou nessa quarta-feira (5), no Diário Oficial de Campo Grande, o Decreto n° 15.953, que autoriza de forma excepcional, a realização de plantões adicionais por médicos na Rede Municipal de Saúde, em resposta ao aumento nos caros de SRAG. 

“A medida visa garantir a continuidade e qualidade dos serviços nas unidades de saúde, diante da alta demanda, havendo necessidade de assegurar um número suficiente de profissionais para atender a população”, disse a pasta em nota. 

Os plantões extra serão autorizados apenas em unidades que prestam serviços diretamente à população, como Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e Centros Regionais de Saúde (CRS). e os médicos poderão realizar agora até 18 plantões de 12 horas cada.

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TEMPO

Saiba em que regiões do Brasil deve chover acima da média no verão

Inmet divulgou previsão para a estação, que começa hoje (21)

21/12/2025 20h00

Saiba em que regiões do Brasil deve chover acima da média no verão

Saiba em que regiões do Brasil deve chover acima da média no verão Paulo Pinto/Agência Brasil

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O verão do Hemisfério Sul começa neste domingo (21), e o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê condições que podem causar chuvas acima da média em grande parte da regiões Norte e Sul do Brasil, além de poucas áreas do Nordeste e do Centro-Oeste.

No Norte, a maior parte dos estados deve ter mais precipitações e temperaturas mais elevadas. As exceções são o sudeste do Pará e o estado do Tocantins, que podem ter volumes de chuva abaixo da média histórica.

“A temperatura média do ar prevista indica valores acima da média climatológica no Amazonas, no centro-sul do Pará, no Acre e em Rondônia, com valores podendo chegar a 0,5 grau Celsius (°C) ou mais acima da média histórica do período (Tocantins). Nos estados mais ao norte da região, Amapá, Roraima e norte do Pará, são previstas temperaturas próximas à média histórica”, estima o Inmet.

Sul

Na Região Sul, a previsão indica condições favoráveis a chuvas acima da média histórica em todos os estados, com os maiores volumes previstos para as mesorregiões do sudeste e sudoeste do Rio Grande do Sul, com acumulados até 50 mm acima da média histórica do trimestre.

“Para a temperatura, as previsões indicam valores predominantemente acima da média durante os meses do verão, principalmente no oeste do Rio Grande do Sul, chegando até 1°C acima da climatologia”. 

Nordeste

Para a Região Nordeste, há indicação de chuva abaixo da média climatológica em praticamente toda a região, principalmente na Bahia, centro-sul do Piauí, e maior parte dos estados de Sergipe, Alagoas e Pernambuco. Os volumes previstos são de até 100 mm abaixo da média histórica do trimestre.

Por outro lado, são previstos volumes de chuva próximos ou acima da média no centro-norte do Maranhão, norte do Piauí e noroeste do Ceará.

Centro-Oeste

Na Região Centro-Oeste, os volumes de chuva devem ficar acima da média histórica somente no setor oeste do Mato Grosso. Já no estado de Goiás, predominam volumes abaixo da média climatológica do período.

Para o restante da região, são previstos volumes próximos à média histórica. “As temperaturas previstas devem ter predomínio de valores acima da média climatológica nos próximos meses, com desvios de até 1°C acima da climatologia na faixa central da região”, diz o InMet.

Sudeste

Com predomínio de chuvas abaixo da média climatológica, a Região Sudeste deve registar volumes até 100 mm abaixo da média histórica do trimestre.

Deve chover menos nas mesorregiões de Minas Gerais (centro do estado, Zona da Mata, Vale do Rio Doce e Região Metropolitana de Belo Horizonte). A temperatura deve ter valores acima da média em até 1°C, segundo os especialistas do InMet.

Verão

A estação prossegue até o dia 20 de março de 2026. Além do aumento da temperatura, o período favorece mudanças rápidas nas condições do tempo, com a ocorrência de chuvas intensas, queda de granizo, vento com intensidade variando de moderada à forte e descargas elétricas.

Caracterizado pela elevação da temperatura em todo país com a maior exposição do Hemisfério Sul ao Sol, o verão tem dias mais longos que as noites.

Segundo o InMet, nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, as chuvas neste período são ocasionadas principalmente pela atuação da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), enquanto no norte das regiões Nordeste e Norte, a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) é o principal sistema responsável pela ocorrência de chuvas.

Em média, os maiores volumes de precipitação devem ser observados sobre as regiões Norte e Centro-Oeste, com totais na faixa entre 700 e 1100 milimetros. As duas são as regiões mais extensas do país e abrigam os biomas Amazônia e Pantanal, que vivenciam épocas de chuva no período.

TEMPO

Solstício faz deste domingo o dia mais longo do ano

O solstício de verão acontece quando um dos hemisférios está inclinado de forma a receber a maior incidência possível de luz solar direta

21/12/2025 19h00

Solstício faz deste domingo o dia mais longo do ano

Solstício faz deste domingo o dia mais longo do ano Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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O verão começou oficialmente às 12h03 (horário de Brasília) deste domingo, 21. A data marca o solstício de verão no Hemisfério Sul, fenômeno astronômico que faz deste o dia com o maior número de horas de luz ao longo de todo o ano.

As diferentes estações ocorrem devido à inclinação do eixo de rotação da Terra em relação ao seu plano de órbita e ao movimento de translação do planeta em torno do Sol. O solstício de verão acontece quando um dos hemisférios está inclinado de forma a receber a maior incidência possível de luz solar direta

No mesmo momento, ocorre o solstício de inverno no Hemisfério Norte, quando se registra a noite mais longa do ano. Em junho, a situação se inverte: o Hemisfério Sul entra no inverno, enquanto o norte passa a viver o verão.

Além dos solstícios, há os equinócios, que acontecem na primavera e no outono. Eles marcam o instante em que os dois hemisférios recebem a mesma quantidade de luz solar, fazendo com que dia e noite tenham duração semelhante.

O que acontece no verão?

Segundo Josina Nascimento, astrônoma do Observatório Nacional (ON), instituição vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), o verão é a estação mais quente do ano justamente por causa da inclinação de cerca de 23 graus do eixo da Terra em relação ao seu plano de órbita. Esse ângulo faz com que os raios solares atinjam mais diretamente um hemisfério de cada vez.

Quando é verão no Hemisfério Sul, os raios solares incidem de forma mais intensa sobre essa região do planeta, o que resulta em dias mais longos e temperaturas mais elevadas.

Os efeitos das estações do ano são maiores nos locais distantes do equador terrestre. "Nas regiões próximas ao equador, a duração dos dias varia pouco ao longo do ano. Essa diferença aumenta progressivamente em direção aos polos, onde os contrastes são máximos", explica Nascimento.

Previsão do tempo para os próximos dias

Com a chegada do verão neste domingo, São Paulo deve ter dias quentes nas próximas semanas e pode bater o recorde de temperatura do ano na véspera do Natal. De acordo com o Climatempo, os próximos dias também devem ser com menos chuvas e tempo seco na capital paulista.

O que esperar do verão de 2025/2026 no Brasil

Dados do Instituto Nacional de Meteorologia indicam que a maior temperatura registrada em São Paulo em 2025 foi de 35,1°C, em 6 de outubro. A expectativa para o dia 24 de dezembro é de que a temperatura se aproxime de 35°C, o que pode igualar ou até superar o recorde do ano.

O calor deve ser uma constante em grande parte do Brasil. Nesta semana, o Rio de Janeiro pode registrar até 38°C e Belo Horizonte e Vitória devem alcançar máximas entre 32°C e 34°C, com pouca chuva. O tempo quente também deve chegar à região Sul e ao interior do Nordeste, com máximas próximas dos 35°C. No Norte, as máximas se aproximam de 32°C.

O verão se estende até às 11h45 do dia 21 de março de 2026 e será marcado pela Alta Subtropical do Atlântico Sul (ASAS), sistema de alta pressão atmosférica que atua sobre o oceano Atlântico Sul e inibe a formação de nuvens. O fenômeno climático deve atuar como um bloqueio atmosférico, afastando algumas frentes frias que passam pelo Brasil.

A Climatempo prevê que a chuva do verão 2025 e 2026 fique um pouco abaixo da média para estação em quase todo o País. A maior deficiência deve ser na costa norte do Brasil, entre o litoral do Pará e do Ceará, e em áreas do interior do Maranhão e do Piauí.

Já o fenômeno La Niña não deve ser o principal fator climático neste verão, devido à sua fraca intensidade e curta duração. A atuação do fenômeno está prevista para se estender até meados de janeiro de 2026 e sua influência sobre as condições climáticas desta estação tende a ser limitada.

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