Cidades

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Como dá vergonha

Como dá vergonha

Redação

28/06/2010 - 06h20
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Nos meus textos estou sempre dizendo da revolta que dá no cidadão que empreende, neste Brasil, essas nossas leis capengas, essas leis que não pegam, essas leis que favorecem o Estado, essas leis que favorecem o poder econômico, financeiro, etc., etc. Tudo no melhor estilo: Manda quem pode, obedece quem tem juízo.

Mas esse juízo eu não tenho. Não consigo me calar diante de tanto abuso de poder, de tanta arbitrariedade. Sinceramente, tem hora que dá vontade de acabar com tudo que empreendo por aqui.  E ir trabalhar em outra freguesia. Não faltam exemplos de abusos!E em vários setores. Dói lembrar o que já fizeram com invasões criminosas a centros de pesquisas. Dói pagar plano de saúde e passar dois meses para conseguir uma consulta. Também, com o que os planos pagam aos profissionais... Dói você ter um empreendimento que custou muito dinheiro e perder tudo porque o estado que te fiscaliza (quase a loucura) permite que o comércio na fronteira seja feito à vontade. Deveriam pelo menos devolver o dinheiro dos impostos pagos... Se o Estado não faz a sua função, não seria justo pagar por isso? Mas tal qual um lugar que conheço muito bem, só se tem deveres. Direitos, nunca!

E infelizmente tudo acaba em pizza. Não aprovo dois pesos e duas medidas. Muito menos a justiça compactuar pela omissão.
Como se já não bastassem os impostos, as taxas, os juros, e tantos encargos, nós, lá do shopping, somos “privilegiados” sempre que alguém ou algum órgão quer levantar dinheiro. Digo isso, porque conversando com pessoas que têm loja fora do shopping, acabei tomando conhecimento que fora dele, fiscalização é coisa que não existe.

Em novembro de 2009 a loja Ferabasca, que há dezoito anos está no mesmo lugar no shopping, gerando empregos e impostos, foi “visitada” pela fiscalização do Inmetro, que após vasculhar a loja conseguiu encontrar quatro peças com as etiquetas da fabrica, com a maneira de lavar adequada, mas segundo eles, sem estar na “ordem” exata. Ou seja, possuíam todos aqueles desenhos informativos, mas não na ordem que eles exigem. Mandamos as quatro peças para as fabricas, que nos enviaram as peças de volta com as devidas etiquetas como o Inmetro desejava. Ou seja, tudo igual para as quatro. Tudo como a fabrica devia fazer. Apesar da ordem não alterar em nada a informação.

Pensávamos ter tudo resolvido, quando recebemos a notificação que um vestido não foi aprovado. Como não foi? Era tudo igual. E mais, o problema não pode ser cobrado da empresa. Não temos como controlar minúcias de cada etiqueta. Esse problema é da fábrica. Ela tem que se explicar. O que deseja o Inmetro com essa fiscalização? Levantar verbas? Já fui multada por esse mesmo órgão e tive que ouvir do responsável, (que inclusive colocou na multa) que eles não concordavam com aquela composição do tecido, mas também não sabiam dizer qual era... Pergunto eu: Se eles que são pagos para isso não sabem, que posso fazer eu? Contratar um especialista para ir comigo nas viagens e ficar examinando etiqueta por etiqueta? Abuso de poder!!!!O Inmetro pagará o profissional? Difícil, não?  Abuso!

Recebi uma multa de R$941,76 de uma peça que custava 60 e poucos reais, que foi para São Paulo e voltou com a etiqueta exatamente como o Inmetro exigiu. Estão multando o quê? Cobram da empresa que apenas comercializa um erro que teria que ser cobrado das fábricas. Estão consertando ou instruindo para um futuro melhor, ou estão só arrancando dinheiro?  E agora? Dá vontade de fazer algo nesta cidade? Acho que eles pensam da seguinte maneira: vamos ver quem tem condição para pagar. E saem atrás do otário que cumpre suas obrigações, mesmo revoltado com toda essa arbitrariedade. E dá-lhe multa.

Reclamar para quem? OAB, Polícia, Judiciário, Legislativo? Se o empreendedor revoltado não pagar a dita multa, fica inscrito na dívida ativa, e incluído no Cadin. Mais “democrático” impossível.  Assim como aquelas listas negras que se entram, caso ganhemos uma revisional. Você ganha a ação, mas a justiça não protege você da lista negra. E as portas se fecham ilegalmente. Todos fingindo que está tudo bem. Para que justiça, se quando contraria os poderosos deixa de ser cumprida? Você tem razão, mas não leva...

Deve haver alguma pessoa com muita bronca de mim naquele órgão, mas vou rezar muito para que ela se coloque no lugar de um empreendedor, e se por acaso for ela  uma empreendedora frustrada (só pode), que se diverte atazanando quem produz, que na próxima encarnação volte novamente como empreendedora, para experimentar do próprio veneno que distribuiu...E de preferência no Brasil...no nosso Estado...na nossa cidade. Isso é um tiro no próprio pé...

 Marisa Mujica, empresária

Networking

Evento reúne Pablo Marçal e João Doria em Campo Grande

A atividade, com enfoque em empreendedores e empresários, contará com a participação do ex-candidato à prefeitura e do ex-governador de São Paulo, no projeto que traz nomes conceituados no ramo dos negócios

29/10/2024 15h30

Reprodu

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Evento de empreendedorismo reunirá Pablo Marçal, João Doria e até um príncipe da Arábia Saudita entre os dias 6, 7 e 8 de dezembro em Campo Grande.

A reunião busca reunir empresários e empreendedores durante o Know How Experience, um projeto considerado um dos maiores do ramo na América Latina.

Marçal

Entre os nomes estão o ex-candidato à prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal, natural de Goiás, que ficou conhecido como um dos principais influenciadores do país.

Durante as eleições de 2024, Pablo Marçal teve embates com os candidatos, sendo o mais conhecido o episódio em que afirmou que o também candidato tucano José Luiz Datena “não era homem” e acabou levando uma cadeirada.

 

Doria

Já João Doria ficou à frente do governo de São Paulo até o dia 31 de março de 2022, quando passou o bastão com a intenção de concorrer como candidato à Presidência da República, o que acabou não acontecendo.

No mandato como governador do estado de São Paulo, Doria comandou o movimento pró-vacina e durante o mandato dele o Butantan desenvolveu a vacina brasileira Coronavac contra a Covid-19.

Além disso, Doria é empresário, fundador do Grupo Doria e do LIDE, e chegou a apresentar o programa de televisão “O Aprendiz”.

Evento

Estão confirmados entre os palestrantes o príncipe Fahad bin Nasser Al Saud, que atua como promotor de Inovação e Empreendedorismo na Arábia Saudita.

Veja os outros palestrantes:

  • Peter Diamandis - Eleito pela Fortune como um dos "50 Maiores Líderes do Mundo";
  • Filipe Trindade - conhecido por ser jurado do reality show mundial "Meet the Drapers";
  • Carol Piffer - que possui expertise tanto em empreendedorismo quanto em educação;
  • Guilherme Lippert - cofundador e Gerente de Contas Chave da V4 Company;
  • Artur Horta - que possui graduação em jornalismo e em Ciências Econômicas pela UFMG e atua pela The Link;
  • William Tang - diretor de Operações do grupo Alibaba no Brasil;
  • Alexandre Baldy - fundador da Allbox Embalagens;
  • Filipe Sabará - fundador do Instituto ARCAH, Horta Social Urbana e Permavita Ambiental;
  • Kaio Poffo - fundador da inovadora pizzaria “Heróis da Pizza”;
  • Ronaldo Estima - que saiu de garçom para se alçar como empresário renomado;
  • Augusto Contijo - formando em contabilidade, comanda as empresas WA Contabilidade & Soluções Empresariais e Tudo Bem Contábil;
  • Mauro Nunes - CEO da MVPN Finance.

Serviço

Know How Experience
Data: 6, 7 e 8 de dezembro
Local: Bosque Expo em Campo Grande

Saiba mais do evento clicando aqui.

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ultima ratio

Juiz que denuncia colegas é visto como "câncer" por desembargador

Quem o classifica assim é o desembargador Marcos Brito, afastado pelo STJ.  "Quanto ao filho da puta de TL, ele não perde por esperar", ameaça outro magistrado

29/10/2024 14h17

Em conversa no watsapp, o desembargador Marcos Brito diz que

Em conversa no watsapp, o desembargador Marcos Brito diz que " O câncer de toda essa estória é aquele fdp do juiz de Três Lagoas"

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Autor de uma série de denúncias no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) contra supostos crimes cometidos por colegas magistrados de Mato Grosso do Sul, o juiz Rodrigo Pedrini Marcos, de Três Lagoas, é visto como um “câncer” pelo desembargador Marcos Brito, um dos cinco afastados por determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ), no último dia 24. 

A revelação de que o juiz de Três Lagoas é mal visto pelos colegas aparece na transcrição de uma conversa pelo watsapp entre o desembargador Marcos Brito e o juiz Fernando Paes, no dia 5 de fevereiro de 2022. 

À época, o CNJ estava prestes a votar uma denúncia contra o juiz Fernando Paes Campos, que em novembro do ano passado foi promovido, por merecimento, a desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul. 

“Bom dia. De qualquer forma, seja qual for o voto da ministra, verdade é que estão fazendo uma puta sacanagem com você Esquecí de perguntar: será que ela faz maioria pro voto dela? O câncer de toda essa estória é aquele fdp do juiz de Três Lagoas”, escreveu o desembargador Marcos Brito. 

O diálogo deixou claro que não era só o desembargador conhecido como Marcão que estava irritado com o colega que insiste em denunciar o mal feito. Além da ira, ele é alvo inclusive de uma espécie de ameaça. 

 “Quanto ao filho da puta de TL, ele não perde por esperar”, respondeu o agora desembargador Fernando Paes, conforme mostram as transcrições feitas pela Polícia Federal, que conseguiu a quebra do sigilo telemático de Marcão. 

Fernando Paes fora denunciado porque, segundo Rodrigo Pedrini, havia ajudado pessoalmente a desembargadora Tânia Borges a tirar da cadeia de Três Lagoas o filho que havia sido preso em flagrante com centenas de munições e 230 quilos de maconha.

Em abril de 2022 o CNJ abriu investigação contra Fernando Paes. Em novembro do mesmo ano, ele foi absolvido e exatamente um ano depois foi promovido a desembargador. A desembargadora Tania Borges, porém, foi demitida a bem do serviço público, em outubro de 2021. 

A prisão do filho da desembargadora foi em 2017 e a demissão, quatro anos depois, somente ocorreu porque o juiz Rodrigo Pedrini fez a denúncia e ficou insistindo na abertura de processo no CNJ. 

Fernando Paes, que à época atuava no TJ como assessor da presidência, acompanhou pessoalmente a desembargadora na viagem de Campo Grande a Três Lagoas, cidade na qual já havia trabalhado e por conta disso tinha “portas abertas” no sistema prisional.  A cúpula do TJ ajudou na defesa do magistrado durante as investigações no CNJ, onde foi absolvido por unanimidade. 

MEGATRAFICANTE

O mesmo “câncer” foi o autor das denúncias que resultaram na abertura de investigação contra o desembargador Divoncir Maran, que supostamente recebeu propina para colocar em liberdade o traficante Gerson Palermo, em abril de 2020. O traficante de cocaína estava condenado a 126 anos de prisão. A libertação foi revogada no dia seguinte, mas ele está foragido até hoje.

Divoncir chegou a ser afastado do cargo em fevereiro deste ano, mas logo depois, em abril, completou 75 anos e se aposentou. Com isso, o caso dele no CNJ acabou não sendo julgado. Em conversa transcrita na operação Ultima Ratio, uma juíza de Aquidauana revela que a Amamsul atua para travar as investigações no CNJ. Divoncir voltou a ser alvo de operação da PF na Ultima Ratio, na semana passada. 

PROPINA

Aqueles diálogos nada típicos entre dois magistrados apareceram na investigação de agora porque existe a suspeita da Polícia Federal de que o desembargador Marcos Brito tenha recebido propina. 

“Na sequência, apresentaremos as mensagens entre MARCOS BRITO e ANDRESON GONÇALVES (proprietário da empresa que transferiu mais de R$ 1 milhão para o Advogado FELIX JAYME, suspeito de compra de decisões de vários desembargadores do TJMS, incluindo MARCOS BRITO, tendo FELIX sacado em espécie grande parte de tal valor)”, diz trecho do documento oficial que traz detalhes das investigações. 

Embora não revele detalhes, a investigação informa que Marcos Brito teria recebido propina para garantir a vitória judicial de Andreson Gonçalves em “um conjunto de processos com valor da causa de mais de R$ 64 milhões” 

Este Andresson, dono de quatro empresas e sócio de uma quinta, por sua vez, é amigo também de um ministro do STJ que tem voto no Conselho Nacional de Justiça. A Polícia Federal acredita que o desembargador Marcos Brito estivesse tentando influenciar na votação no CNJ com a ajuda deste empresário lobista. 

“Aparentemente eles conversam sobre um processo que FERNANDO PAES estaria sofrendo no CNJ. Contudo não fornecem maiores detalhes. É possível que pretendessem que ANDRESON os ajudasse de alguma forma, pois, além de MARCOS BRITO passar o contato deste, FERNANDO PAES cita o “CONS BANDEIRA”, aparentemente o mesmo conselheiro com o qual ANDRESON afirmou ter contato direto (vide acima - ressaltando novamente que tal conselheiro não se encontra sob investigação, nem há elementos de atuação criminosa dele)”, diz trecho da investigação.  

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