Cidades

Em 10 cidades de MS

Conselhos Tutelares do Estado deverão ter integrantes indígenas

Necessidade foi identificada depois de irregularidades na adoção de crianças por famílias não índias

DA REDAÇÃO

02/07/2015 - 16h13
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O Ministério Público Federal (MPF) em Mato Grosso do Sul encaminhou recomendação a dez prefeituras do sul do estado para garantir a representação das comunidades indígenas nos Conselhos Tutelares municipais. A medida visa garantir melhor entendimento da cultura dos índios e o cumprimento de diretriz do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), que determina o respeito às diversidades étnicas e culturais.
 
De acordo com o portal do MPF na internet, a necessidade da medida foi identificada após apuração de irregularidades em processos de adoção de crianças e adolescentes indígenas por famílias não índias. “Constatou-se a existência de uma visão distorcida da realidade dos povos indígenas, que desconsidera a importância de suas diversidades e peculiaridades culturais, provavelmente fruto de preconceito dos integrantes dos órgãos públicos, inclusive dos Conselhos Tutelares”.
 
Para implementar a medida, o MPF orienta as prefeituras a promover todos os meios para assegurar a participação das comunidades indígenas no processo de seleção e eleição dos membros dos Conselhos Tutelares, tal como divulgar os editais nas aldeias e acampamentos. Caso os concursos já estejam em andamento, os prazos devem ser reabertos para incluir a cota e amplamente divulgados nas comunidades.
 
RECOMENDAÇÃO ACEITA

A recomendação foi encaminhada para as prefeituras de Antônio João, Aral Moreira, Jardim, Paranhos, Ponta Porã, Amambai, Bela Vista, Guia Lopes da Laguna, Laguna Caarapã e Coronel Sapucaia. Destas, as cinco últimas já se manifestaram em favor da medida. Em alguns municípios, a legislação local reforça o entendimento do MPF. Em Amambai e Japorã, lei municipal prevê a cota para os índios. Em Ponta Porã, Paranhos e Tacuru, há projetos de lei para destinar vagas nos conselhos a representantes indígenas.

Cidades

Casal de MS morre em acidente em Goiás

Conhecidos por pegar a estrada juntos, os dois seguiam de carreta pela GO-436 quando houve a colisão com uma picape

05/12/2025 16h30

Reprodução Redes Sociais

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Identificados como Clarice Fátima Barbosa Peralta, de 49 anos, e Paulo César Justino Peralta, de 56, morreram em um acidente que envolveu a carreta em que seguiam e uma picape, na rodovia de Goiás (GO).

As vítimas, que tinham o costume de viajar juntas, se envolveram no acidente na tarde de quarta-feira (3), próximo ao km 15, na região conhecida como Cristalina, envolvendo um veículo Fiat Strada.

Após o impacto, o motorista do caminhão teria perdido o controle da direção, saído da pista e tombado à margem da rodovia.

O casal, natural de Três Lagoas, morreu em um acidente na rodovia GO-436, próximo ao km 15, na região de Cristalina, na quarta-feira (3). Eles estavam casados há 30 anos.

O acidente aconteceu por volta das 14h30, quando o casal viajava em uma carreta e colidiu com um Fiat Strada. Com o impacto, a carreta saiu da pista e tombou.

Equipes de resgate foram acionadas e, ao chegarem ao local, verificaram que Clarice não resistiu. Paulo foi retirado das ferragens com vida e encaminhado a uma Unidade de Pronto Atendimento, mas não resistiu e veio a óbito.

“É com muita tristeza que informamos os falecimentos da sra. Clarice de Fátima Barbosa Peralta e do sr. Paulo César Justino Peralta. Neste momento de dor, nos solidarizamos com familiares e amigos”, comunicou a funerária em uma rede social.

O condutor do Fiat Strada não sofreu ferimentos graves. O casal, três-lagoense, era casado há 30 anos e deixa três filhos. O velório e o sepultamento ocorreram nesta sexta-feira (5), no Cemitério Municipal de Três Lagoas.
 

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Censo 2022

MS tem 16,2 mil pessoas morando em favelas, demonstra IBGE

De acordo com o levantamento, 84,5% dos moradores de favelas no Estado vivem em trechos de vias sem asfalto

05/12/2025 15h45

Comunidade do Mandela, em Campo Grande

Comunidade do Mandela, em Campo Grande Foto: Gerson Oliveira

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Mato Grosso do Sul tem 16.278 pessoas morando em favelas e comunidades urbanas, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (5). A publicação é refrente ao Censo 2022: Características urbanísticas do entorno dos domicílios nas Favelas e Comunidades Urbanas, pesquisa que mostra que o estado lidera o ranking nacional de moradores de favelas em vias não pavimentadas e ocupa a última posição em iluminação pública nesse tipo de território. 

A pesquisa também revelou que 48,5% dos moradores de favelas e comunidades urbanas de MS vivem em ruas sem iluminação pública (8.098) pessoas. Nas áreas fora dessas comunidades, 99,2% das vias contam com iluminação. Entre todas as Unidades da Federação, apenas Mato Grosso do Sul, Amapá, Roraima e Distrito Federal tem menos de 75% da população em favelas com acesso à luz pública, com MS registrando o menor índice (51,4%).

De acordo com o levantamento, 84,5% dos moradores de favelas no Estado vivem em trechos de vias não pavimentadas, (13.897) pessoas, enquanto apenas 14,5% (2.381) residem em ruas com pavimentação. Além disso, 5,1% da população dessas comunidades mora em vias acessíveis apenas por moto, bicicleta ou a pé, o que representa 835 habitantes. 

Em Campo Grande, a Comunidade Esperança apresentou o maior percentual de moradores vivendo em trechos de vias com circulação limitada a pedestres, motos e bicicletas. A cidade também lidera entre as grandes concentrações urbanas em baixa cobertura de iluminação pública em favelas, com apenas 48% dos moradores tendo acesso a ruas iluminadas.

Outro ponto crítico é o transporte público, onde apenas 2,7% dos moradores de favelas e comunidades urbanas em MS vivem em trechos de vias com ponto de ônibus ou van (446) pessoas. Em comparação, 96,3% residiam em ruas sem acesso a transporte coletivo. Nas áreas fora dessas comunidades, o índice de moradores com ponto de ônibus era de 9,5%.

Estudo

O estudo do IBGE destaca que a capacidade de circulação das vias impacta diretamente serviços essenciais, como a coleta de lixo. Segundo Filipe Borsani, chefe do Setor de Pesquisas Territoriais do IBGE, "para que o lixo seja coletado diretamente pelo serviço de limpeza, é esperado que os domicílios se localizem em trechos de vias com capacidade máxima de circulação por caminhão, ônibus e veículos de transporte de carga".

O levantamento detalha outras características das vias, incluindo arborização, calçadas, sinalização cicloviária, obstáculos e rampas para cadeirantes, fornecendo um panorama completo das condições urbanísticas nos entornos de favelas e comunidades urbanas no estado.

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