Testado pela primeira vez em outubro de 2024, ônibus movido a Gás Natural Veícular (GNV) voltará a Campo Grande para passar por mais um período de teste, com intuito de estudar mais amplamente a viabilidade da aquisição do veículo para o transporte público.
De acordo com o atual diretor-presidente do Consórcio Guaicurus, Themis de Oliveira, a empresa gestora do transporte coletivo na capital solicitou mais tempo para avaliar se o ônibus - que garante uma alternativa mais bio sustentável para transportar passageiros na cidade - pode ser implementado na frota vigente da empresa.
A previsão é que nesta segunda-feira (14) o ônibus GNV estará em Campo Grande para ser testado no decorrer da próxima semana.
"Pedimos para que ele [ônibus GNV] voltasse para fazer um teste mais abrangente, de 30 dias, na semana que vem o ônibus movido a gás natural já entra em serviço aqui para avaliarmos de forma mais objetiva e precisa", declarou Themis.
Mesmo com a avaliação do primeiro teste, realizado no passado, chegar a uma conclusão que o veículo é mais caro para adquirir, comparado com o tradicional a diesel, Themis entende que uma possível compra do ônibus sustentável ecológicamente é uma boa iniciativa.
"Eu acho uma boa solução, porque Campo Grande tem um adicional que muitas cidade não tem, tem um gasoduto que já está implantado aqui, a MSGás tem disponibilidade de gás para colocar aqui, então pode ser um caminho a se seguir, por ser mais sustentável que o diesel", analisou.
Em média o custo para compra de um ônibus movido a gás natural gira em torno de R$ 1,3 milhão, sendo R$ 400 mil mais caro que veículo comum a diesel.
O modelo testado anteriormente em Campo Grande era da fabricante Scania, e tinha capacidade para transportar 44 passageiros, era equipado com ar-condicionado e tinha câmbio automático, o mesmo modelo já passou por bateria de testes em São Paulo, Curitiba e Recife.
O teste anterior durou apenas uma semana, com o monitoramento do ônibus em várias rotas, chegando até a operar em alguns itinerários pré-estabelecidos.
FROTA
A aquisação do ônibus movidos a gás natural pode ser uma das alternativas para renovação de alguns veículos, que conforme expôs a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Transporte Coletivo, estão acima do limite prudencial de uso.
A frota de ônibus do Consórcio Guaicurus é composta por 460 veículos. Desses, cerca de 412 transitam pela cidade e 48 ficam na garagem como reservas, a serem utilizados caso haja necessidade de substituição.
Quando esteve na CPI do transporte público, Themis, ao ser questionado sobre a troca de 97 ônibus ordenada pela Prefeitura de Campo Grande, disse que o Consórcio Guaicurus não pretende comprar novos ônibus porque não teria condições para realizar um financiamento.
Ele também declarou que a compra de novos ônibus “não resolve o problema do transporte público”. “Ônibus novo é bom, mas, sem o término das obras dos corredores, não adianta”, concluiu o diretor-presidente da concessionária.