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Consumo de leite por adultos é 'reabilitado'

Consumo de leite por adultos é 'reabilitado'

ESTADÃO

13/10/2010 - 21h52
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O Ministério da Saúde americano adverte: a intolerância ao leite é rara e o produto está liberado para grande parte dos adultos, e não o contrário. Não se justifica retirá-lo da dieta sem ter certeza de que o problema realmente existe. O alerta feito nos EUA tenta combater teorias contra o leite que ultrapassaram as fronteiras e chegaram a vários países, entre eles o Brasil.

Por aqui, cientistas organizaram um tribunal científico sobre o produto, cujas análises foram publicadas no livro Leite para Adultos - Mitos e Fatos Frente à Ciência (Editora Varella). O leite de vaca é saudável, apontam. A intolerância e as alergias são raras. E não há evidências científicas de que cause doenças respiratórias como a asma, por exemplo. Por outro lado, ainda é controverso que o leite seja benéfico por exemplo para úlceras, como diz a sabedoria popular.

"O leite é um alimento muito rico do ponto de vista nutricional. E seu consumo por pessoas sem componentes restritivos é salutar", afirma a nutricionista Adriane Antunes, professora de Nutrição na Faculdade de Ciências Aplicadas da Universidade Estadual de Campinas e uma das organizadoras do livro ao lado de Maria Teresa Pacheco, do Instituto de Tecnologia de Alimentos, de São Paulo.

Segundo Adriane, cortar o leite na idade adulta se tornou um tipo de modismo, impulsionado por polêmicas como as geradas pelas campanhas que nasceram nos EUA, a Got Milk? - pela substituição dos refrigerantes pelo leite - e Not Milk - pelo veto do produto nas dietas em razão de supostos riscos do alimento.

Não há motivo, portanto, para a maioria da população não seguir a recomendação que consta no Guia Alimentar para a População Brasileira, do Ministério da Saúde, que preconiza três porções de leite e derivados por dia -uma porção é um copo de leite, por exemplo. Segundo a pasta, o leite é a melhor fonte de cálcio, mineral essencial para a saúde dos ossos, mas o País registra redução de consumo. A recomendação só não deve ser seguida se houver diagnóstico claro de problemas, como as alergias e a intolerância _ possível por meio de testes específicos. Mas alguns profissionais no Brasil ainda defendem restrições com veemência para alguns pacientes (mais informações nesta página).

Supervalorização. Além da intolerância à lactose - dificuldade de digerir esse açúcar que leva a diarreias e flatulência -, as proteínas do leite realmente podem gerar alergia em algumas pessoas, com manifestações orais, dermatológicas e respiratórias.

As autoridades de saúde americanas, porém, convocaram um grupo de experts para investigar a real magnitude da intolerância à lactose e consideraram que há uma supervalorização do problema. Apesar de a literatura científica apontar prevalências variáveis da intolerância à lactose (nos americanos afrodescendentes chega a 80%, segundo alguns estudos), os cientistas disseram, em relatório de fevereiro deste ano, que a metodologia dos trabalhos é questionável e não é possível precisar o total de afetados. Relataram ainda que muitas pessoas que pensam ter a intolerância na verdade não possuem diagnóstico clínico e muitas vezes, mesmo que o problema exista, não é preciso retirar totalmente o leite e seus derivados

Deixar de tomar leite pode significar um risco de aumento de casos de fraturas ósseas, entre outros problemas de saúde, em razão da carência de cálcio e vitamina D, nutrientes fornecidos pelo produto, apontou ainda.

No livro brasileiro, os pesquisadores destacam que a resistência à lactose atinge 25% da população, segundo alguns estudos, frequência considerada baixa quando comparada às prevalências de outros países, e explicam que as alergias são raras na idade adulta. O trabalho também desfaz o mito de que o leite não pode ser tomado por adultos porque nenhum outro animal o consome nessa fase. Isso só ocorre, diz, porque sairia caro alimentar os animais. E o desmame ocorre porque os bichos necessitam de outros nutrientes.

"Não dá para generalizar. Retirar o leite exige cuidado. Há testes específicos para se detectar a intolerância à lactose e as alergias. Vemos pacientes com diagnóstico errado e é preciso lembrar que uma recomendação como essa muda toda a dinâmica da dieta do indivíduo e da família, tem impacto social", diz o alergista Fabio Kuschnir, presidente do Congresso Latino-Americano de Alergia, que ocorrerá em novembro no Rio. "É muito preocupante fazer isso sem a confirmação do diagnóstico. Além de rotular as pessoas, um discurso como esse pode levar a deficiências nutricionais."

Segura peão

Touro leva menos de 4 segundos para derrubar locutor em rodeio de MS

Locutor com 30 anos de experiência foi pego de surpresa por touro arredio, que pisoteou o profissional; veja o vídeo

13/12/2024 19h00

Reprodução Redes Sociais

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Uma cena inusitada de um touro literalmente pisoteando um locutor de rodeio tomou as redes sociais e chamou a atenção dos internautas. A situação ocorreu com Pascoal Marques de Souza, de 53 anos, em Paranaíba.

Enquanto normalmente o tempo em que o peão fica em cima do touro é registrado para determinar o vencedor, desta vez o sistema sofreu uma alteração. Assim que o touro entrou na arena, arredio e saltando, partiu para cima do locutor e, em 4 segundos, pisoteou o profissional.

A situação ocorreu na última quarta-feira (11) durante o Primeiro Encontro de Cowboys do município. Pascoal, que estava narrando o rodeio da arena, chegou a falar para o MS Todo Dia que foi tão rápido que nem deu tempo de reagir.

Pascoal ainda contou que, em 30 anos de trabalho em rodeios, nada semelhante tinha acontecido. Outro ponto que chama a atenção é que o peão, que estava em cima do touro — que acabou ficando em segundo plano — conseguiu permanecer no animal por cerca de 15 segundos.

Para o locutor, não deve ter sido a melhor das sensações. No entanto, no vídeo é possível escutar uma pessoa que assistia ao evento gritar: “Assim que é bom.” Apesar da pancada, ele passa bem e seguirá a agenda normalmente.

“Se eu pudesse, ficaria narrando o rodeio 30 dias por mês. Eu sou apaixonado por tudo que envolve rodeio, seja amador, profissional, qualquer tipo de evento. O mais importante é estar lá, levando a emoção para o público”, disse."

Rodeios&Pedidos de casamentos

Mato Grosso do Sul é marcado por peões vencedores, tendo, inclusive, em um torneio disputado no Paraná, um desfecho digno de final feliz. O peão Felipe Mariano, de 28 anos, natural de Deodápolis, conquistou o título e ainda pediu a namorada em casamento.

Com a conquista da Copa Rozeta Cutiano, o peão sul-mato-grossense embolsou uma casa avaliada em R$ 200 mil, sustentável e que utiliza energia solar, na cidade que ele escolher para residir.

Para chegar à final, que ocorreu entre os dias 14 e 17 de novembro, Felipe obteve dez vitórias durante a temporada.

Tradição

A paixão pelo esporte vem de família, herdada do pai, Altamiro Lima dos Santos, e dos tios José Mariano e Jair Honório.

O pai de Felipe venceu a Copa Rozeta em 2019. Além disso, os tios Jair Honório e Zezinho Mariano foram campeões no Rodeio Internacional de Barretos.

A segunda emoção da noite veio com o pedido de casamento à noiva Raíssa Aparecida Santos da Costa, que, segundo o site Minuto Rural, é filha do tropeiro Nilton Cardoso.

Ao som da vitória do filme Rocky, Felipe Mariano pediu para chamar pela noiva, com aliança em mãos cumpriu todo o protocolo, ajoelhou na arena que o consagrou e fez a pergunta que veio seguida do "sim" e o beijo para selar.

 

Mas, como nem tudo são pérolas ou terminam em casamento de vez em quando, o touro rouba a cena e termina virando o personagem principal do rodeio.

Veja o vídeo

 

 

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Saúde Pública

Paciente denuncia falta de insulina em posto de saúde em Campo Grande

Com diabetes do tipo 2, o campo-grandense procurou a medicação em nove unidades de saúde e alegou que a resposta em todos os locais foi a mesma: estão sem a medicação

13/12/2024 18h15

Paulo Ribas / Correio do Estado / Aquivo

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O consultor de vendas de veículos, Renato Nakamura, de 49 anos, que faz tratamento para diabetes do tipo 2, relatou que procurou a medicação (insulina regular) em mais de uma unidade de saúde, como no Centro Especializado Municipal (CEM), e não encontrou.

Segundo Renato, ele procurou o medicamento na Unidade de Saúde Família Aero Rancho, Caiçara, Vila Moreninha III, 26 de Agosto, São Francisco, Nova Bahia, Coophavila II, CEM e ao Posto de Saúde Estrela do Sul. Em todas essas unidades, de acordo com ele, a medicação está em falta.

“Eu faço tratamento de diabetes tipo 2, pois meu organismo não produz mais insulina. Eu tomo dois tipos de insulina, a regular e a NPH. A regular está em falta desde o mês passado”, explicou Renato.

O consultor de vendas explicou que o Sistema Único de Saúde (SUS) até possui a insulina da caneta. No entanto, essa é liberada apenas para pacientes idosos.

“Acabei ficando sem insulina. Eu rodei a cidade de Campo Grande inteira, todos os postos, e não tem. Também na Farmácia Popular está em falta.”

O que preocupa Renato é que ele foi informado de que não há previsão para a medicação ser reposta nas farmácias do SUS e na rede de saúde pública responsável pela distribuição.

“Não vai ter remédio. Meu corpo não produz insulina, e o nível de açúcar vai ficar altíssimo. Isso pode ocasionar a parada de funcionamento dos rins, perda de visão e uma série de outros fatores”, contou Renato e completou:

“Essa medicação é essencial para controlar o açúcar no sangue, especialmente antes das refeições.”
 

Doses

O consultor explicou que, por mês, faz a retirada de uma caixa da medicação e realiza a aplicação três vezes ao dia. O frasco é de 10 ml, e o paciente regula a dosagem que necessita tomar conforme indicações médicas. Caso consiga ter acesso à medicação, ela dura um mês.

“Já estamos há mais de três meses sem essa medicação nos postos e isso é muito preocupante. Espero que essa situação seja resolvida o mais rápido possível, porque ela é vital para o nosso dia a dia e para evitar complicações maiores.”

A reportagem entrou em contato com a Secretaria Municipal de Saúde (SESAU), mas até o fechamento da reportagem não obteve retorno. Assim que houver atualização, será acrescentada na matéria.

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