As obras de revitalização do corredor gastronômico da Avenida Bom Pastor, no Bairro Vilas Boas, serão iniciadas somente em 2023.
O projeto, com previsão de investimento de R$ 24 milhões, está em processo licitatório, o qual deve ser finalizado ainda este mês, informou o titular da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep), Rudi Fiorese.
“Está em processo de licitação o projeto, quarta-feira [13] foi a abertura da proposta técnica, e o próximo passo é a proposta de preço. Até o fim do mês devemos concluir o processo de licitação do projeto. A empresa que ganhar o certame terá três meses para entregar o projeto e só depois as obras vão começar”, esclareceu o secretário.
Entre as principais ações de revitalização do local estão embutimento da fiação elétrica, como foi feito na Rua 14 de Julho, recapeamento, padronização das calçadas e arborização, priorizando a acessibilidade universal.
“Entendemos que isso vai melhorar o comércio, principalmente para bares e restaurantes, vamos trabalhar para que esse corredor gastronômico seja um lugar seguro, agradável e se torne uma referência para campo-grandenses e visitantes”, pontuou o titular da Sisep.
Conforme a central de projetos do Reviva, os mobiliários urbanos serão instalados em áreas da calçada com uma pintura diferenciada do restante.
Desta forma, as calçadas ficarão livres para que mesas e cadeiras dos estabelecimentos sejam dispostas na área externa.
Ainda de acordo com Fiorese, o investimento de R$ 24 milhões será provido do Pró-Cidades e da Caixa Econômica Federal, por meio do Ministério do Desenvolvimento Regional.
Expectativa
Comerciante há 18 anos na Avenida Bom Pastor, Josimar Dias de Oliveira, 52 anos, diz estar animado com a requalificação do local.
“Na minha opinião, essa requalificação será muito boa, deixará a Bom Pastor mais bonita, agradável e atraente para a população que mora em Campo Grande, bem como para quem vem de fora. Eu acredito que, com a reforma, o número de clientes vai aumentar muito”, relatou.
No entanto, o comerciante também ressaltou que a implantação do corredor gastronômico tem contras, e uma de suas preocupações é acerca de como funcionará o sistema de estacionamento na via.
“O corredor gastronômico tem prós e contras, já temos problemas sérios com o estacionamento. Com toda essa reforma, o fluxo de pessoas deve aumentar, e vão estacionar onde? Eu não sei o que eles vão fazer, mas é preciso pensar em algo acessível e funcional”, salientou.
Josimar pontuou ainda que parte dos comerciantes do local está receosa com as obras e espera que estas aconteçam em meses de menor movimento, para não serem prejudicados.
“Muitos comerciantes não estão animados com as obras de requalificação, porque elas podem causar prejuízo aos estabelecimentos, dependendo da época que serão feitas. Tem gente que tem medo de o processo ser enrolado e até causar falência, como aconteceu com empresários do centro”, esclareceu.
José Antônio
Outra via que se tornará corredor gastronômico será a José Antônio. A rua já passou por revitalização na segunda fase do Reviva, que continua em andamento e compreende a maior parte das ruas do centro e microcentro.
De acordo com a prefeitura da Capital, as mudanças que deixaram a rua mais atrativa devem proporcionar mais um ponto turístico para a cidade.
Além de recapeamento e padronização das calçadas, já executada, a José Antônio receberá pintura, áreas de descanso com mobiliário urbano e arborização.
Assim como na Rua 14 de Julho, o foco do corredor será o pedestre e, por isso, o raio de curvatura das esquinas será aumentado, para dar maior segurança nas travessias e reduzir a velocidade dos veículos nas conversões.
A ideia do corredor gastronômico na Rua José Antônio foi testada em setembro de 2020, quando a prefeitura da Capital realizou algumas intervenções na via, como pinturas, instalações de aparelhos de ginástica, áreas de convivência, paisagismo e mobiliário urbano.