Cidades

TRANSPORTE COLETIVO

Corredores de ônibus devem deixar viagens 20 minutos mais rápidas

Com mudanças, consórcio prevê que velocidade média dos ônibus, hoje em 16 km/h, chegue a até 25 km/h

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Os corredores do transporte coletivo urbano de Campo Grande, com faixas exclusivas para ônibus, devem ajudar a diminuir em aproximadamente 20 minutos as viagens dos usuários. Os veículos trafegam pela Capital com velocidade média de aproximadamente 16 km/h, porém, após a finalização do projeto de transporte urbano, os ônibus poderão transitar com média de 25 km/h, de acordo com o Consórcio Guaicurus, responsável pelo serviço.

Ao todo, estão sendo projetados corredores de ônibus em seis vias. São elas: ruas Brilhante, Guia Lopes e Bahia, e as avenidas Marechal Deodoro, Bandeirantes e Calógeras.

As obras na Rua Brilhante e na Avenida Bandeirantes estão em andamento, a segunda em fase inicial, e devem ser concluídas no prazo de um ano. O projeto contempla também outras ruas, como a Bahia – que faz parte do corredor norte do transporte coletivo urbano.

Futuramente, as avenidas Mato Grosso, Costa e Silva e Gury Marques também serão contempladas. “Hoje, o usuário não tem qualidade e, se continuar assim, vai só piorar. Todos serão beneficiados, porque as linhas são integradas”, disse o presidente do Consórcio Guaicurus, João Resende.

Na Avenida Bandeirantes, as obras pluviais estão avançadas e manilhas já estão sendo colocadas para o escoamento de água. O corredor na via terá sete ilhas, totalizando 700 metros de calçada que serão destinadas para as adequações.

A área de embarque e desembarque vai começar no Terminal Bandeirantes e terminar na Avenida Afonso Pena, com espaçamentos. As calçadas já estão sendo quebradas e preparadas para receber as mudanças. Atualmente, elas têm 3,3 metros de largura; com a intervenção, serão retirados 0,3 m. 

O objetivo maior para a construção dos corredores nas vias é para que haja mais agilidade, bem como segurança para os mais de 160 mil usuários do serviço por dia na Capital. “Queremos resolver o problema da pontualidade. O trânsito está cada dia mais intenso, os motoristas estão vivendo uma disputa de espaço entre todos os veículos”, afirmou Resende.

Na Rua Brilhante o recapeamento está em fase final, e pisos especiais já estão sendo assentados nos locais que serão destinados para a construção dos corredores. “Eles terão uma espessura de asfalto maior, a mesma que é usada nos terminais de ônibus”, explicou Resende. 

ANDAMENTO 

Os projetos dos corredores de ônibus fazem parte do PAC Mobilidade Urbana, com a construção de plataformas e estações de embarque das ruas Guia Lopes, Brilhante, Bahia, Marechal Deodoro e Avenida Bandeirantes. 

O primeiro projeto de implantação de corredor exclusivo para ônibus está sendo executado nas ruas Brilhante, Guia Lopes, Marechal Teodoro e Avenida Bandeirantes, região sudoeste. O projeto prevê requalificação numa extensão de 12 quilômetros ao custo de R$ 23,5 milhões, provenientes do governo Federal (PAC Mobilidade) e da prefeitura.

Também com recursos do PAC, a prefeitura contratou, em maio deste ano, a empresa Equipe Engenharia para implantar corredor de transporte coletivo na Rua Bahia, região central da Capital. O recurso investido será de R$4.392.305,41. A obra prevê a execução de 1,2 km de microdrenagem e recapeamento de 1,75 km, a serem concluídos até 2020. 

Na Rua Calógeras, os estudos para implantação de corredor exclusivo para ônibus foram retomados em 2018. No entanto, ainda não foi aberta licitação para iniciar as obras.

Ao todo, a prefeitura tem disponível, desde 2012, R$ 181 milhões em verbas do governo federal para execução do programa PAC Mobilidade. Em razão da falta de envio de documentos, entre outros problemas, a administração municipal quase perdeu o dinheiro e poucos projetos previstos foram, de fato, realizados. 

O pacote inicial pressupõe a construção de quatro terminais, a reforma de outros oito, a criação de quatro corredores exclusivos para ônibus, o viaduto na rotatória na Avenida Gury Marques e a implantação do Centro de Controle Operacional (CCO), que calcula aumento de até 20% na velocidade média dos ônibus.

TRIBUTAÇÃO

Morador de Campo Grande é o que mais gasta com iluminação pública no Brasil

Arrecadação bruta da Cosip da Capital se aproximou de R$ 200 milhões em 2024, três vezes maior que a de Porto Alegre

22/12/2025 09h00

Em 2024, Campo Grande arrecadou R$ 196,8 milhões com a Cosip, o que significa um custo de R$ 206,24 por habitante

Em 2024, Campo Grande arrecadou R$ 196,8 milhões com a Cosip, o que significa um custo de R$ 206,24 por habitante Súzan Benites/Correio do Estado

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Entre as grandes cidades brasileiras com mais de 200 mil habitantes, Campo Grande é o lugar onde moradores mais gastam com a Contribuição Social para o Custeio da Iluminação Pública (Cosip).

Proporcionalmente, a capital do estado de Mato Grosso do Sul está entre as que mais arrecadam no Brasil e tem uma receita anual com a taxa, cobrada de maneira casada com a conta de luz, maior que a do município de Curitiba (PR), que tem o dobro da sua população.

Levantamento da Frente Nacional dos Prefeitos (FNP) indica que, em todo o ano de 2024, a capital de Mato Grosso do Sul teve uma receita bruta de R$ 196,8 milhões com a Cosip. O custo per capita para os moradores da cidade é de R$ 206,24 – o maior do Brasil.

Na capital paranaense, que tem 1,83 milhão de habitantes, praticamente o dobro dos 960 mil habitantes de Campo Grande, foram arrecadados R$ 154,1 milhões em 2024, resultando em uma Cosip per capita de R$ 84,27.

Foi o suposto mau uso desta verba de centenas de milhões de reais que levou o Grupo Especial de Combate à Corrupção (Gecoc) a desencadear, na sexta-feira, a Operação Apagar das Luzes, que investiga um esquema de corrupção em contratos de iluminação pública da Prefeitura de Campo Grande.

Foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão, em um caso que indica a ocorrência de reiteradas fraudes na licitação, além de contratos firmados para a execução de serviço de manutenção do sistema de iluminação pública de Campo Grande, já tendo sido identificado superfaturamento superior a R$ 62 milhões. As empresas envolvidas na operação seriam a Construtora B&C Ltda. e a Construtora JLC Ltda.

A JLC, por exemplo, é a empresa contratada pelo Município para promover a decoração natalina de Campo Grande, por R$ 1,7 milhão. Neste ano, apesar do valor, a decoração se restringiu apenas à área central da cidade.

Em 2024, Campo Grande arrecadou R$ 196,8 milhões com a Cosip, o que significa um custo de R$ 206,24 por habitante

ALTA ARRECADAÇÃO

Os números do levantamento da FNP mostram que na Região Centro-Oeste a arrecadação com a Cosip destoa de outras capitais. Os R$ 196 milhões arrecadados pela Prefeitura de Campo Grande em 2024, que correspondem a 3,6% de sua receita corrente líquida, são mais que o dobro do valor arrecadado em Goiânia.

Na capital de Goiás o município recolheu R$ 98,4 milhões na cobrança casada com a conta de luz. Goiânia, contudo, tem 1,4 milhão de habitantes, o que corresponde a uma Cosip per capita de R$ 65,87, quase um terço dos R$ 206,24 de Campo Grande.

No Centro-Oeste, a segunda e terceira maiores contribuições de iluminação pública estão em Cuiabá (R$ 142,45 per capita) e Dourados (R$ 142,04).

No Brasil, nenhuma cidade com mais de 200 mil habitantes tem uma Cosip per capita superior à de Campo Grande.

CONTRATOS

Como mostrou reportagem do Correio do Estado, dados do site da Transparência da Prefeitura de Campo Grande trazem que a iluminação pública da Capital é dividida em sete contratos independentes, para cada uma das regiões da cidade: Anhanduizinho (Lote 1); Bandeira (Lote 2); Centro (Lote 3); Imbirussu (Lote 4); Lagoa (Lote 5); Prosa (Lote 6); e Segredo (Lote 7).

A Construtora B&C é responsável pelos lotes 4, 5 e 7, que, somados, estão avaliados em R$ 14.885.371,67. Já a Construtora JLC administra a iluminação dos lotes 1, 2 e 3, que resultam em R$ 17.837.068,21.

Avaliado em R$ 4.300.411,70, o Lote 6 ficou sob responsabilidade da MR Construtora. Segundo o titular da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep), Marcelo Miglioli, essa empresa também estaria sendo investigada por estar envolvida nos contratos.

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CAMPO GRANDE

Cavalos invadem avenida e são recolhidos no Terminal Guaicurus

Manada estava vagueando pela avenida Guaicurus, em pleno trânsito, no meio dos carros, apresentando risco tanto para os motoristas quanto para os animais

22/12/2025 08h45

Manada permaneceu abrigada no Terminal por algumas horas, até a chegada dos donos dos bichos.

Manada permaneceu abrigada no Terminal por algumas horas, até a chegada dos donos dos bichos. Reprodução

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Uma cena inusitada chamou atenção, na madrugada desta segunda-feira (22), em Campo Grande: seis cavalos foram recolhidos para dentro do Terminal Guaicurus após serem flagrados perambulando pela região.

Conforme apurado pela reportagem, a manada estava vagueando pela avenida Guaicurus, em pleno trânsito, no meio dos carros, apresentando risco tanto para os motoristas quanto para os animais.

Em seguida, o Corpo de Bombeiros (CBMMS) flagrou a tropa andando pela pista e resolveu recolhê-los para dentro do Terminal Guaicurus, com o objetivo de mantê-los em segurança e resguardar a vida da população.

A manada permaneceu abrigada no Terminal por algumas horas, até a chegada dos donos dos bichos.

Os bombeiros acionaram o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), mas, o órgão não possui plantão noturno. Também acionaram a Polícia Militar Ambiental (PMA), mas, de acordo com a PMA, só é possível atender animais silvestres.

Logo em seguida, o dono dos animais foi localizado. Ele afirmou aos bombeiros que a porteira ficou aberta e por isso os animais fugira. Com isso, os militares conduziram o animal até o local de origem.

 

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