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Direitos humanos já opõem Irã e Brasil

Direitos humanos já opõem Irã e Brasil

estadão

01/03/2011 - 10h34
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A cúpula do governo do Irã reconhece o mal-estar em relação ao Brasil na área de direitos humanos e faz um apelo para a presidente Dilma Rousseff: que não mude o padrão de votação do Brasil na ONU em resoluções que condenam o regime de Teerã.

Em entrevista exclusiva ao Estadão, o chanceler do Irã, Ali Akbar Salehi, admitiu que "pode haver mesmo conflitos em certas áreas na relação bilateral". Nessa segunda-feira, 28, o Irã confirmou a prisão de um dissidente, Mahdi Karroubi, e o chanceler insistiu que os protestos em Teerã não poderiam ser confundidos com o que ocorre na Líbia, Egito e Tunísia. "Não há comparação. Na Líbia, são movimentos espontâneos. No Irã, trata-se de algo manipulado."

Durante o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Brasília não via isso como um problema. Lula evitou criticar o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, chegou a chamar os protestos da oposição de "coisa de perdedores" e os comparou a "torcidas de futebol". Sob o comando do ex-chanceler Celso Amorim, o País se absteve em uma votação na ONU que condenava o apedrejamento no Irã.

Já Dilma criticou a posição brasileira e prometeu endurecer sua posição ao assumir a Presidência. A diplomacia recebeu a visita de ativistas iranianos pedindo a mudança no voto brasileiro na ONU, numa resolução que será colocada à votação no fim de março, que condena o Irã e cria uma investigação sobre a situação em Teerã.

Nessa segunda-feira, a ministra de Direitos Humanos, Maria do Rosário, não respondeu qual seria a posição do Brasil na votação. "A presidente Dilma e o ministro Antonio Patriota tomarão a decisão no momento adequado, mas sempre de forma responsável."

Mesmo antes dos votos, a nova posição de Dilma já gerou um protesto oficial por parte de Teerã. O chanceler confirmou ontem que "existem diferenças". Em oito anos de governo Lula, representantes de Ahmadinejad jamais haviam criticado publicamente o Brasil.

Nos próximos dias, a Suécia vai coletar apoio para a resolução contra o Irã. A esperança dos europeus é a de que o Brasil mude seu voto. Assessores próximos à secretária de Estado norte-americano, Hillary Clinton, também destacaram que querem ver o Brasil "com um novo tom". "Estou preocupada com a situação no Irã", disse Hillary. "Teerã deve garantir a liberdade de expressão e parar com sua campanha de repressão."

O iraniano foi taxativo. "Espero que o Brasil não mude sua posição", afirmou, acrescentando que ficaria muito decepcionado se isso ocorresse e explicou que essas resoluções teriam "motivações políticas", uma forma de apontar que seriam resoluções promovidas pelo Ocidente para pressionar Teerã por sua política nuclear. "No geral, temos boas relações com o Brasil. Mas isso não quer dizer que concordamos com tudo e nem que tenhamos posições comuns em todos os aspectos ", disse, insistindo que Brasil e Irã têm muito o que colaborar no setor de tecnologia, economia e cooperação.

Violações. Salehi explicou que a decisão de seu governo de colocar em prisão dissidentes e silenciá-los é legítimo. " Eles provocaram uma violação nas leis do país." Sobre a pena de morte e apedrejamento, o chanceler insistiu: "essas são as leis do país".
 

Campo Grande

Homem baleado em emboscada teve irmão morto há cinco meses

Conforme informações da polícia, o irmão da vítima foi morto há cinco meses no mesmo bairro, e os suspeitos ainda não foram localizados

03/11/2024 14h45

Divulgação/ PM

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Durante uma emboscada na noite deste sábado (2), um homem de 30 anos foi ferido a tiros no Portal Caiobá. Os atiradores chegaram em uma moto e em um carro até a barbearia onde ele estava. De acordo com a polícia, o irmão da vítima havia sido assassinado há cinco meses na mesma rua onde o homem foi atingido.

Os motivos dessa tentativa de homicídio serão investigados pela Polícia Civil. A vítima foi atingida na coxa direita e no tórax. Gravemente ferido, o rapaz foi levado por testemunhas até uma unidade hospitalar. Ao ser questionado, ele não soube informar quem seriam os autores do crime. 

Uma das apurações da Polícia Civil indica que o irmão da vítima, identificado como Alaor Pires Pécora de Oliveira, de 26 anos, foi assassinado no dia 13 de junho em uma residência no mesmo bairro que ocorreu o crime na noite de ontem (3). 

Na época, a polícia relatou que o suspeito de matar Alaor estava em uma bicicleta e, ao se aproximar da vítima, atirou quatro vezes. Alaor foi atingido por dois tiros e socorrido por familiares ao CRS (Centro Regional de Saúde) da Coopavila, onde já chegou sem vida.

Após atirar em Alaor, o suspeito fugiu e até hoje não foi localizado e nem as motivações do crime foram divulgadas. Equipes da Perícia Técnica estiveram no local e encontraram cápsulas no local. 

Ainda de acordo com as investigações, em junho, Alaor tinha registros de tráfico de drogas e porte de arma de fogo.

A motivação do crime será apurado pela Polícia Civil de Campo Grande  
 

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ENEM 2024

Tema da redação do Enem 2024 aborda valorização da herança africana

Tema da redação é: "Desafios para a valorização da herança africana no Brasil"

03/11/2024 13h45

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O tema da redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2024  é: "Desafios para a valorização da herança africana no Brasil".

A informação foi divulgada neste domingo (3) pelo ministro da Educação, Camilo Santana, pela rede social X. 

Além da prova de redação, os candidatos inscritos no Enem fazem na tarde de hoje as questões de linguagens e códigos e de ciências humanas. A prova começou às 13h30 e o horário de término está marcado para as 19h (horário de Brasília).

A prova de redação exige a produção de um texto em prosa, do tipo dissertativo-argumentativo, com até 30 linhas a partir da situação-problema proposta, dos textos motivadores e dos conhecimentos construídos ao longo de sua formação. 

Ao elaborar a redação, os participantes devem ficar atentos às cinco competências que serão exigidas no texto: 

Demonstrar domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa

Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo em prosa

Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista

Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação

Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos

Entre os critérios que conferem nota zero estão fuga ao tema, texto com até sete linhas, trecho deliberadamente desconectado do tema, desobediência à estrutura dissertativo-argumentativa e desrespeito à seriedade do exame. 

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