Cidades

Conselho Nacional de Justiça

Dois conselheiros votam para absolver desembargador de MS que conduziu execução bilionária contra BB

Agora, placar no CNJ é de 2 a 1, pela absolvição de Geraldo Almeida Santiago, que conduziu um processo de execução contra o Banco do Brasil equivalente a duas vezes o PIB de Mato Grosso do Sul

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O desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, Geraldo Almeida Santiago, conseguiu reverter - ainda que momentaneamente - o placar do julgamento no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que pode resultar em sua aposentadoria compulsória da corte. 

Nesta terça-feira (2) foi retomado o julgamento interrompido no dia 5 de março, após pedido de vista do conselheiro Marcelo Terto. Após a retomada, Terto votou pela absolvição de Santiago, além do conselheiro Marcos Vinícius Jardim. 

O placar agora é de 2 a 1 pela absolvição de Santiago. O relator do caso, conselheiro Giovani Olsson, votou pela condenação do desembargador do TJMS. O julgamento deve continuar na próxima sesssão, isso porque outro conselheiro, Pablo Coutinho, também pediu vistas do processo. 

Entenda

O Ministério Público Federal pede para que Geraldo de Almeida Santiago seja afastado do TJMS e aposentado compulsoriamente. Ele é alvo de reclamação disciplinar aberta em 2014, e é acusado de agir com parcialidade em processo quando ainda era juiz da 5ª Vara Cível de Campo Grande.

Na ocasião, Santiago teria proferido várias decisões para bloquear recursos do Banco do Brasil para garantir uma penhora em execução provisória contra o banco estatal. Na maior das penhoras - todas suspensas pelo Superior Tribunal de Justiça - o valor chegou a R$ 1,3 bilhão, em 2011.

A pendência remonta ao ano de 1992. Uma ação do Banco do Brasil contra a Giordani Costa Hotéis e Turismo Ltda., empresa que pertencia a um dos filhos do ex-governador Harry Amorim Costa, teve um empréstimo de R$ 900 mil contraído via Fundo Constitucional do Centro-Oeste cobrado pelo banco.
A cobrança do banco, porém, voltou-se contra a própria instituição em processo julgado pelo magistrado, e o valor a ser cobrado da instituição financeira foi calculado para liquidação em, nada menos, que R$ 326 bilhões.

Esse valor supera o produto interno bruto (PIB) do Distrito Federal, e que, se fosse um estado brasileiro, seria o oitavo PIB do país, conforme os dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Para efeito de comparação, nesta mesma estatítica, Mato Grosso do Sul tem um PIB de R$ 142 bilhões, menos do valor do cálculo aprovado pelo magistrado na época.

O valor também da liquidação arbitrado na época por Santiago equivale, hoje, a aproximadamente 15% dos ativos do Banco do Brasil, que é a terceira maior instituição bancária brasileira e tem pouco mais de R$ 2 trilhões em ativos. 

“Entendemos que há efetivamente uma combinação de uma conduta que é, no mínimo, altamente desidiosa. Identificamos potenciais crimes contra a economia popular. Terceiros de boa fé adquiriram créditos de existência duvidosa. A aquisição destes créditos chegou a ser objeto de apuração no Ministério Público Estadual”, afirmou o relator, que classificação a atuação de Santiago, como “jurisdição predatória” ao colocar, segundo ele, em teste a capacidade recursal do STJ. “Só não houve mais liberação de recursos, porque o STJ impediu a liberação de outros valores”, argumentou em seu voto.

Ao longo do processo, foram três liberações em penhoras determinadas em processos de execução provisória, que somaram pouco mais de R$ 9 milhões, pagas na forma de honorários para o advogado da causa.

A Associação dos Magistrados do Brasil (AMB) pediu o arquivamento da representação e uma pena mais branda. O advogado de Geraldo Almeida Santiago, André Borges, por sua vez, pediu a absolvição ou a disponibilidade (afastamento das funções, com vencimentos proporcionais) do magistrado.

O argumento das defesas do magistrado é de que uma eventual recalcitrância (a insistência em contrariar decisões de cortes superiores em uma mesma matéria) não aconteceu, e que um dos motivos que demonstra que ela não teria ocorrido, foi uma consulta realizada pelo magistrado ao STJ antes de decidir em um dos processos de execução.

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Pantanal

Famasul cria programa para recuperar 500 fazendas afetadas pelo fogo

O programa criado pelo Sistema Famasul, denominado "SuperAção Pantanal", tem como objetivo buscar alternativas que possam ajudar os pantaneiros a reduzir os prejuízos causados pelos incêndios florestais

17/09/2024 16h45

Propriedades Rurais no Pantanal foram atingidas pelo fogo

Propriedades Rurais no Pantanal foram atingidas pelo fogo Divulgação/ Correio do Estado

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Aproximadamente 500 propriedades rurais, localizadas na região do Pantanal sul-mato-grossense, foram identificadas depois de serem afetadas pelos incêndios florestais que devastaram milhares de hectares do bioma pantaneiro. 

Na tentativa de buscar alternativas que possam ajudar os pantaneiros a reduzir os prejuízos causados pelos incêndios florestais, o Sistema Famasul, através do Senar/MS, criou a  “SuperAção Pantanal”, que é um programa de recuperação aos produtores rurais que tiveram suas fazendas afetadas pelos incêndios. 

“Nossa intenção é orientar os produtores em relação às ações e atividades em suas propriedades rurais, a curto, médio e longo prazo, para minimizar o impacto dos incêndios e da produção. Isso reflete na nossa economia pela importância que o Pantanal tem para o desenvolvimento econômico do Estado”, afirmou o presidente do Sistema Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de MS), Marcelo Bertoni.


500 propriedades rurais atingidas pelo fogo 

Durante as análises feitas pelo Sistema Famasul, até o dia 10 de agosto, foram atingidas 500 propriedades rurais no Pantanal sul-mato-grossense. 

Aproximadamente 20 técnicos de campo serão enviados às propriedades atingidas pelo fogo, propondo soluções de recuperação das áreas comprometidas. Os profissionais atuarão durante 60 dias. Um deles, já chegou ao local. É o técnico Daniel Comiran Dallasta em Aquidauana, que encontrou cercas e pastos destruídos.

Na prática desta força-tarefa inédita no bioma, a Famasul será responsável pelo mapeamento e diagnóstico das propriedades, enquanto o Senar/MS fornecerá recomendações práticas de curto prazo aos produtores.

Nós vamos levar todas as ações que o Senar/MS oferece sobre combate a incêndios, brigadas, e o programa Viva Pantanal. Além de oferecer assistência técnica presencial”, afirmou Bertoni.


Financiamento aprovado 

A SuperAção é uma das iniciativas do Sistema Famasul para ajudar os produtores rurais pantaneiros. Na semana passada, atendendo à solicitação da Famasul, o Condel (Conselho Deliberativo do Desenvolvimento do Centro-Oeste) e a Sudeco (Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste) aprovaram uma linha de crédito com condições diferenciadas para produtores rurais do Pantanal, que tiveram suas propriedades impactadas por incêndios florestais. A medida visa proporcionar acesso ao crédito do FCO (Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste) para a recuperação econômica e ambiental de suas áreas.

Outra preocupação é com a dificuldade de pantaneiros para acesso aos centros educacionais. A equipe técnica do Sistema Famasul esteve na região pantaneira conversando com moradores e avaliando a necessidade de criar um polo educacional.

“Após o relatório, ficou evidente que uma unidade de educação precisa ser construída no Pantanal, para garantir que a qualificação profissional chegue aos moradores que, muitas vezes, são impedidos de estudar por causa da distância. Há regiões em que é preciso viajar muitas horas até a cidade mais próxima e nós precisamos ter um olhar atento para isso. O Senar/MS tem cursos de Formação Profissional Rural e Promoção Social que muito pode contribuir para essas pessoas e para o próprio bioma, como é o caso do curso de brigadista e de prevenção e combate ao fogo. Agora, o próximo passo é buscar um local adequado para essa construção”, afirma Bertoni.
 

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TUDO POR VIEWS

PM põe fim às invasões promovidas por influencer "Cata Click"

Em vídeos publicados nas redes sociais, o jovem entrava em comércios da Capital dirigindo sua motocicleta

17/09/2024 16h30

PM põe fim às invasões promovidas por influencer

PM põe fim às invasões promovidas por influencer "Cata Click" Reprodução: Instagram

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Após viralizar nas redes sociais por postar vídeos entrando em lojas dirigindo sua motocicleta, o criador de conteúdo digital, Leonardo Coenga, teve sua Carteira Nacional de Habilitação (CNH) suspensa e sua moto apreendida na manhã desta terça-feira (17). No momento da ação realizada pelo Batalhão de Trânsito da Polícia Militar, o influencer estava dentro de uma concessionária de veículos da Capital.

Confira o momento da abordagem:

 

Segundo o Subcomandante Everton Miller Franco, há 10 dias a equipe vinha recebendo denúncias anônimas que contavam a mesma história: 

  • Um motociclista adentrava os comércios pilotando uma moto
  • Gravava vídeos de si mesmo fazendo brincadeiras de mau gosto
  • E por fim, ainda "tirava onda" com os comerciantes e pessoas que estavam presentes, dizendo que se "confundiu" com o local.

O vídeo mais recente postado ontem, já acumula mais de 20 mil visualizações, nele, Leonardo invade uma loja de material de construção fingindo procurar uma "transmissão para moto". Devido ao incômodo gerado, um dos empresários foi pessoalmente ao Batalhão de Trânsito com o número da placa da motocicleta utilizada, que começou a ser monitorada pelos militares. 

"Diante disso, identificamos que o mesmo cometia diversas infrações de trânsito ali e começamos a monitorar as redes sociais dele. Quando foi na data de hoje, nós recebemos uma denúncia anônima dizendo que o mesmo iria à uma concessionária de veículos localizada na Zahran, escalamos uma equipe de motociclistas militar de fiscalização de trânsito e pedimos para ficar na redondeza fazendo a fiscalização de trânsito ali, caso notassem alguma coisa atípica, tomassem providências", informou o Subcomandante. 

Com a fiscalização já montada, por volta das 10h a equipe avistou a moto, uma modelo Lander. Os policiais foram até o local e lá fizeram a abordagem, onde Leonardo foi autuado em flagrante. O veículo estava com restrição no documento e tem R$1.172,00 em multas. Além de estar com o licenciamento e o IPVA atrasados, somando uma multa no total de R$1.849. O indivíduo foi levado até a Cepol e liberado após esclarecimentos. 

O que diz Leonardo 

No seu perfil com mais de 20 mil de seguidores, o influencer negou qualquer irregularidade, e justificou o documento atrasado devido a clonagem de placa em Diadema - SP, ocorrido no mês de Maio deste ano. 

Já o licenciamento, Leonardo disse que não pagou porque o valor chegava a mais de R$2 mil, o mesmo estava esperando seu advogado resolver a situação. Confira o vídeo completo abaixo: 

 

 

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