Cidades

Sono como forma de melhorar a saúde

Dormir bem é uma forma de prevenir doenças; confira dicas para melhorar o sono

Especialistas falam sobre a importância de dormir bem e revelam curiosidades

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O sono é algo imutável na vida de quase todos os seres vivos. Para os seres humanos ainda mais importante do que muitos possam pensar. Boas horas dormidas podem ser a diferença entre um dia produtivo de um estressante e letárgico. 

“Sono e horas mal dormidas são a grande pandemia do século XXI, e ninguém está falando sobre isso”. A frase é do neurocientista e pesquisador de distúrbios relacionados ao sono da Universidade da Califórnia em Berkeley, Matthew Walker.

O professor lançou um livro em 2018, chamado Why we sleep? (Por que nós dormimos? - em tradução livre) e desde então clama por políticas públicas que considerem a qualidade do sono como um fator de promoção da saúde. 

Em uma palestra dada na série de conferências Ted Talks, o professor explica como dormir pouco pode ser comparado a uma embriaguez natural.

“Pessoas que dormem mal ou pouco têm dificuldades de tomar decisões, a capacidade de raciocínio comprometida, são mais propensas a desenvolverem problemas mentais e doenças cardíacas no longo prazo e possuem o sistema imunológico mais frágil”, explica o especialista.

Ninguém precisa ser especialista para dizer que essa conjunção de fatores podem acarretar uma série de problemas em níveis sociais. Isso em um cenário social estável, a piora é significativa em tempos de pandemia. 

O psiquiatra e PhD em saúde mental José Carlos Rosa Pires de Souza, professor da UEMS, explica que apesar não consideramos tão importante, o sono é o fator mais básico da existência humana. “O sono é um fenômeno ativo de sobrevivência humana, mais importante que a alimentação”, afirma ele. 

Pode parecer uma surpresa a afirmação, mas imagine poder evitar os problemas apontados pelo Dr. Matthew Walker? Em um vídeo postado na internet, ele ainda reforça que o sono deve ter consistência. 

“Diferente do sistema bancário, você não pode contrair dívida durante a semana e tentar pagar horas não dormidas de sono no final de semana, não é assim que o organismo funciona”, alerta o médico.

O Dr. José Carlos Souza reforça a importância do sono para saúde. “Pessoas que dormem mal ou menos do que a necessidade pessoal, tendem a adoecer com mais facilidade e a viver menos anos que os demais”.

Durante um período em que o maior perigo para a saúde é um vírus que exige muito da capacidade imunológica do organismo, dormir bem pode ser um fator preponderante na manutenção do alto nível de defesas. 

Para explicar isso, o psiquiatra destaca as mudanças fisiológicas durante a noite. “Quando dormimos a temperatura do corpo diminui e o cérebro passa a consumir 12% a mais de oxigênio e glicose, principalmente quando estamos sonhando”. 

Como dormir melhor, então?

Vendo por essa perspectiva, a quantidade de sono necessária para manter uma vida ativa, é mais fácil entender as declarações do sono ser mais importante que a alimentação.

Se você não consegue aumentar as horas dormidas, há algumas dicas básicas que podem te ajudar:

  • Dormir sempre no mesmo horário e acordar sempre no mesmo horário. Parece simples, mas muitas pessoas, tendem a dormir muito tarde e acordar muito cedo.
  • Diminuir a exposição a luzes artificias pelo menos uma hora antes da hora de dormir.
  • Criar um ritual pré-sono; tente fazer sempre as mesmas coisas para que seu cérebro se acostume com o padrão e tenha mais facilidade para desligar.
  • Evite álcool e drogas; bebida alcoólica dá a falsa sensação de facilitador do sono. Ela é com siderado um sedativo, assim como a maconha, e apesar de fazer cair no sono mais rápido, por conseguir diminuir a ansiedade, ambos atrapalham os ciclos de sono, dificultam a entrada em estados profundos e pioram a qualidade da noite dormida.
  • Tente dormir até meia-noite; formos feitos para dormir com a falta de luz. Por isso nesse período produzimos melatonina, o hormônio responsável por nos fazer adormecer.

Os especialistas explicam que a maior parte da população requer 7 a 9 horas de sono. Se você dorme menos que isso, ou está privado da quantidade exata de sono, ou faz parte do grupo de pequenos dormidores. 

Esse é um grupo seleto. De acordo com Matthew Walker, apenas 5% da população consegue ter sono de qualidade por pouco tempo. 

Segundo José Carlos Souza é necessário um ‘diário do sono’ com questionamentos feitos pelo médico especialista, em um período de aproximadamente 15 dias para ter uma ideia de qual grupo a pessoa se encontra. 

“[No diário] são registrados parâmetros do horário de se deitar; levantar; número dos despertares durante o período de sono e os motivos; se toma algum medicamento; alterações de memória e concentração; estresse; depressão”, explica o psiquiatra. 

O atendimento médico é essencial para auxiliar aquelas pessoas com distúrbios psicológicos e pessoas com problemas sérios e crônicos para dormir. 

BRASIL

Governo busca conectar todas Unidades de Saúde Indígena até 2026

"Nosso objetivo é chegar até o final do ano que vem com a universalização da conectividade em todas as unidades de saúde indígenas do nosso país", afirmou o secretário nacional de Saúde Indígena

19/04/2025 20h00

de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 1,7 milhão de brasileiros se declaram indígenas, com laços ancestrais com uma das 305 etnias identificadas no país.

de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 1,7 milhão de brasileiros se declaram indígenas, com laços ancestrais com uma das 305 etnias identificadas no país. Reprodução

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O governo federal busca interconectar todas as unidades de saúde indígena do Brasil até o fim de 2026, o que garantiria que todos os estabelecimentos públicos responsáveis pela atenção primária à saúde dos povos originários tenham acesso à internet de qualidade.

“Nosso objetivo é chegar até o final do ano que vem com a universalização da conectividade em todas as unidades de saúde indígenas do nosso país”, afirmou o secretário nacional de Saúde Indígena, do Ministério da Saúde, Weibe Tapeba em entrevista à Agência Brasil, na véspera do Dia dos Povos Indígenas.

Celebrada neste sábado (19), a data promove a diversidade e a riqueza das culturas dos povos originários, além de chamar a atenção para a luta dos quase 1,7 milhão de brasileiros que, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), se declaram indígenas, com laços ancestrais com uma das 305 etnias identificadas no país.

Segundo Weibe, melhorar a conectividade dos territórios permitirá, entre outras coisas, que o Poder Público implemente a infraestrutura de telessaúde nas comunidades, garantindo que os indígenas tenham acesso a médicos especialistas sem precisar deixar suas aldeias.

“Isso também nos permitirá expandir a tecnologia da telessaúde, com a qual podemos evitar as remoções de pacientes indígenas para fora dos territórios”, acrescentou o secretário.

Dos 34 atuais Distritos Sanitários Especiais Indígenas (Dseis), 19 já dispõem do serviço de consultas à distância, que utiliza internet banda larga do Programa Conecta Brasil, do Ministério das Comunicações.

E que, segundo o MPI, reduz o deslocamento dos pacientes, que podem realizar exames de rotina e consultas com cardiologistas, oftalmologistas, dermatologistas, pneumologistas e outros especialistas a partir dos polos bases já devidamente equipados. Segundo a Sesai, a iniciativa tem potencial para beneficiar a mais de 781 mil indígenas.

Divididos estrategicamente por critérios territoriais, tendo como base a ocupação geográfica das comunidades indígenas, os Dseis são unidades gestoras descentralizadas do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena (SasiSUS).

Cada um reúne um conjunto de serviços e atividades, prestadas por meio das Unidades Básicas de Saúde Indígenas (UBSIs), polos-bases e Casas de Saúde Indígena (Casais).

Comunicação

“Além de garantir a inclusão dos dados [clínicos] nos sistemas de informações [nacionais], a conectividade das unidades de Saúde é uma forma de permitir que os profissionais de saúde que vão atuar nestas localidades mantenham contato com seus familiares”, acrescentou Weibe Tapeba ao falar sobre a dificuldade de manter os profissionais não indígenas nos territórios distantes dos grandes centros urbanos.

“Temos territórios de difícil acesso, onde o recrutamento não é um processo fácil, pois o profissional precisa praticamente ficar morando no território por um longo período, às vezes, por meses. Por isso, temos buscado melhorar e garantir as condições de trabalho, incluindo a parte de infraestrutura”, garantiu o secretário.

Ele detalhou que mais de 700 pontos de conectividade já foram implementados e frisando que estas e outras iniciativas da pasta exigem maior aporte de recursos financeiros.

“Assumimos a secretaria [em 2023, primeiro ano da atual gestão federal] em meio a um cenário de desmonte.

Ainda durante a transição [entre os governos Bolsonaro e Lula], a proposta orçamentária enviada ao Congresso Nacional previa o corte de 59% do orçamento da Sesai.

Conseguimos não só recompor o orçamento, como, nos dois primeiros anos, incrementamos o Orçamento em cerca de R$ 1 bilhão”, afirmou Weibe, detalhando que R$ 500 milhões foram aportados em 2023, e outros R$ 500 milhões em 2024, elevando para cerca de R$ 3 bilhões o total atualmente destinado ao subsistema do Sistema Único de Saúde (SUS).

“É o maior orçamento da saúde indígena de todos os tempos. Mesmo assim, temos uma demanda reprimida, um passivo, sobretudo em termos de infraestrutura, especialmente na área do saneamento básico”, admitiu o secretário, informando que cerca de 60% dos territórios indígenas no Brasil ainda não têm acesso à água potável.

“Há vazios assistenciais. Locais onde as ações de saúde são a [única ou das poucas] materialização da presença do Estado brasileiro.

E com a quantia disponível, mantemos cerca de 22 mil profissionais de saúde indígena e todas as unidades de saúde indígena; investimos no sistema de saneamento e custeamos os contratos que os Distritos Sanitários Especiais Indígenas [Dseis] mantém, o que inclui horas-voos e locação de veículos [para transporte de pacientes, profissionais e suprimentos”, disse o secretário, apontando que uma redução do orçamento disponível poderia inviabilizar a prestação do serviço de saúde para a população indígena.

“Temos um estudo que aponta que para darmos conta do passivo e resolvermos os vazios assistenciais, especialmente na Amazônia, seriam necessários quase duas vezes mais recursos do que os que já vínhamos recebendo. A necessidade real seria de cerca de R$ 5 bilhões ou R$ 6 bilhões”, frisou Weibe.

Atendimentos

De acordo com a Sesai, o número de atendimentos a indígenas, incluindo consultas médicas, vacinações, atendimentos odontológicos, entre outros serviços, vem aumentando ano após ano, tendo saltado de 9,18 milhões em 2018 para 17,31 milhões no ano passado.

Diante desse cenário, a Sesai tem buscado alternativas para otimizar a gestão e ampliar a assistência. "Começamos a reorganizar a secretaria, buscando apoio e parcerias com instituições; realizando termos de execução direta e TEDS [Termos de Execução Descentralizada] com universidades e com outras instâncias do governo brasileiro, além de acordos de cooperação técnica com instituições importantes", concluiu o secretário.

 

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CONSCIÊNCIA AMBIENTAL

Campo Grande celebra liderança no ranking de arborização urbana

Capital repete índice de Mato Grosso do Sul e aparece com mais de 90% dos domicílios em vias arborizadas

19/04/2025 17h30

Árvores nas ruas beneficiam a população reduzindo, por exemplo, as temperaturas locais.

Árvores nas ruas beneficiam a população reduzindo, por exemplo, as temperaturas locais. Gerson Oliveira/Correio do Estado

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Com base nos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Campo Grande aparece com mais de 90% de seus municípios em vias que tenham pelo menos uma árvore plantada, colocando a Capital de Mato Grosso do Sul na liderança do ranking nacional. 

Recentemente o IBGE apontou, conforme dados do Censo Demográfico de 2022, que Mato Grosso do Sul aparece como a unidade da federação mais arborizada, tendência que se repete localmente em Campo Grande. 

Se quase 92,5% das residências de MS estão em ruas arborizadas, o índice campo-grandense fica pouco abaixo, batendo 91,4% dos domicílios em vias públicas com ao menos uma árvore. 

Para o  Secretário Municipal de Meio, Gestão Urbana e Desenvolvimento Econômico, Turístico e Sustentável, Ademar Silva Júnior, os reconhecimentos nacionais e internacionais obtidos (como os títulos de "Tree City of the World”, Cidade Árvore do Mundo em tradução livre) pela Capital, mostram o compromisso regional com a sustentabilidade. 

“Pelo sexto ano consecutivo, a cidade recebeu o título de “Tree City of the World”, pela  Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) e pela Fundação Arbor Day. É a única capital brasileira a manter o selo desde sua criação, em 2019, o que reforça o compromisso local com a gestão e manutenção da floresta urbana", cita Ademar. 

Árvores em CG

Para esclarecer a classificação, o IBGE considera apenas a presença de árvores em áreas públicas, ou seja, os pés de manga e demais árvores frutíferas nos quintais campo-grandenses sequer entram nessa equação. 

Analisadas as características urbanísticas do entorno dos domicílios, a metodologia adotada avalia cada trecho das ruas, que são chamados de “faces de quadra”. 

"... Compreendida como um pedaço da quadra onde fica o domicílio,  por exemplo, de uma esquina a outra. Isso significa que as árvores precisavam estar no trecho da rua em que os moradores residiam", explica o município em nota. 

Árvores em ambiente urbano possuem funções bastante específicas, ajudando desde o escoamento, contribuindo inclusive para valorização dos imóveis locais. 

Essas árvores nas ruas beneficiam a população, por exemplo, reduzindo as temperaturas locais, o que torna o ambiente mais agradável e saudável. 

Uma boa arborização urbana é indicada como meio para melhoria da qualidade do ar, removendo poluentes e aumentando a produção de oxigênio, que por sua vez diminuem o estresse e a ansiedade. 

**(Com assessoria)


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