Cidades

AMEAÇA AMBIENTAL

Drenagem em nascente ameaça Rio Perdido, em Bonito

Denúncia aponta que atividade rural pode prejudicar o curso d'água

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Principal “artéria” do Parque Nacional da Serra da Bodoquena, o Rio Perdido está em risco. Um levantamento do Instituto Homem Pantaneiro (IHP) identificou drenos nas nascentes do rio, ação da atividade agropecuária na região, que pode resultar no assoreamento e até sumiço do flume. 

‘Perdido’ em meio as matas de um dos mais importantes ecossistemas do Pantanal, o curso d’água corta pelo menos três cidades do Estado, mas nasce em duas fazendas da região de Bonito - Princesinha e Baia das Garças -, e é nestes locais que está o problema.

“Nós temos o projeto cabeceira e identificamos que 70% a 80% está em ótimas condições, mas lamentavelmente, a nascente que deveria ser prioridade para conservação, está sofrendo intervenções radicais que podem colocar em risco o rio todo”, explicou o coronel Angelo Rabelo, presidente do Instituto Homem Pantaneiro. 

Conforme Rabelo, a situação já foi denunciada aos órgão de proteção do Meio Ambiente e deve ser investigada. “Tem que ser feita uma perícia e, certamente, o Imasul [Instituto do Meio Ambiented e Mato Grosso do Sul] deve ir ao local para verificar se o que está sendo feito é crime ou se é necessária alguma adcionalidade, medidas complementares a legislação.  O nosso papel é comunicar às autoridades e esperar que eles adotem providências no sentido de, não só de proteger a nascente, como a própria propriedade”.

Titular da 2ª promotoria de Bonito, o promotor Alexandre Estuqui Junior, explicou que está a par da denúncia e irá apurar o caso. “Recebi a informação na sexta-feira (3) e já informei a Polícia Militar Ambiental. Eles vão verificar e, caso seja constatada alguma irregularidade, vamos instaurar procedimento”, explicou.

O Imasul foi procurado, mas até a publicação desta reportagem não houve retorno.

PARQUE NACIONAL

Criado em setembro de 2000, o Parque Nacional da Serra da Bodoquena foi a primeira - e, até o momento, a única - unidade de conservação de proteção integral federal implantada no Estado de Mato Grosso do Sul. A criação do Parque tinha como objetivo a proteção da maior área contínua de “Mata Atlântica” no Estado, que está localizada sobre um terreno com características geológicas especiais. 

O parque tem 76.481 hectares de extensão e foi transformado em área de utilidade pública pelo Decreto de Criação. Os dois principais rios do Parque Nacional são o Salobra, localizado no fragmento norte, e o Perdido, no fragmento sul. Assim como na maior parte dos cursos de água da Serra, esses rios apresentam águas muito límpidas, devido à ação das águas da chuva sobre as rochas existentes na região.

A dissolução de tais rochas no caminho de drenagem confere às águas propriedades como o gosto salobro e a dificuldade de apresentar partículas em suspensão. No decorrer do tempo, a interação das águas com as rochas foi a responsável pelo surgimento de numerosas cavidades naturais (cavernas, grutas, abismos, alagados ou não), muitas delas ainda por serem identificadas. 

O trajeto de muitos rios e córregos da Serra passa por cavidades. Alguns trechos do rio Perdido são subterrâneos e os pontos onde as águas adentram cavidades ou saem destas (denominados sumidouros e ressurgências, respectivamente) podem apresentar grande beleza cênica, como é o caso do sumidouro presente na área de onde se localizava a fazenda Boqueirão.

O  Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) tem negociado a compra de propriedades abrangidas pelo parque. Até o momento, foram adquiridos aproximadamente 9.040 hectares (11,8% da área total). Nas áreas ainda não adquiridas, são permitidas as atividades agropecuárias em terras produtivas, mas qualquer forma de supressão ou exploração econômica nas áreas nativas está proibida. 

Educação e ensino

UFGD divulga gabarito preliminar do vestibular 2026; confira

Convocação para as matrículas da primeira chamada está prevista para 14 de janeiro de 2026

17/12/2025 18h18

Divulgação/ UFGD

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A Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) divulgou nesta quarta-feira (17) o resultado preliminar do Vestibular 2026, etapa do processo seletivo aguardada pelos mais de 6,8 mil candidatos que realizaram a prova em 19 de outubro. O resultado final do vestibular e a convocação para as matrículas da primeira chamada estão previstos para 14 de janeiro próximo. 

O cronograma previsto também inclui o período para recursos, que poderá ser acessado nos dias 18 e 19 de dezembro. O Boletim de Desempenho Individual, com a pontuação da redação e o total de acertos, ficará liberado ao candidato durante todo o processo.

No último dia 12 de novembro, o Centro de Seleção divulgou o gabarito definitivo e as respostas aos recursos sobre o gabarito preliminar.

As matrículas serão realizadas pela Pró-reitoria de ensino e graduação (Prograd), com editais e cronogramas próprios, seguindo a ordem de desempenho e o número de vagas disponíveis em ampla concorrência e cotas sociais.

Inicialmente, serão chamados os candidatos que escolheram o curso como 1ª opção, e aqueles que selecionaram como 2ª opção serão convocados apenas se restarem vagas. A lista de documentos pode ser consultada em edital.  

O Vestibular 2026 oferece 984 vagas em 35 cursos presenciais e gratuitos, com provas aplicadas nas cidades de Amambai, Campo Grande, Dourados, Naviraí e Nova Andradina.

Confira a lista preliminar da 1ª opção de curso aqui!

Confira a lista preliminar da 2ª opção de curso aqui!

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Cidades

Tribunal de Justiça aprova projeto com 300 cargos para assessores de confiança

Aprovado na LOA para 2026, TJMS terá orçamento avaliado em mais de R$ 1,4 bilhão, o que equivale a um aumento de 7,3% em relação ao valor atual

17/12/2025 17h30

Fachada do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul

Fachada do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul Foto: Divulgação / TJMS

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O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul aprovou, nesta quarta-feira (17), projeto que cria novos cargos em comissão de assessoria. De acordo com o órgão público, a medida busca enfrentar o aumento da demanda processual, reduzir atrasos e garantir melhores condições de trabalho às unidades judiciais, especialmente aquelas com maior acúmulo de processos.

Ao todo, o projeto prevê a criação de 300 cargos para assessores comissionados, sendo 50 vagas para assessor de desembargador e 250 para assessoria vinculados a juizes de primeiro grau, divididos em 150 para a entrância especial, 75 para a segunda entrância e 25 para a primeira entrância, além de cargos de assessoramento jurídico-administrativo. 

Durante a discussão na sessão administrativa do Órgão Especial, foi destacado que o Judiciário estadual enfrenta dificuldades decorrentes da vacância de cargos e da elevada carga de trabalho em determinadas varas. Como alternativa, a administração propôs a ampliação do número de assessores, priorizando juízos mais sobrecarregados, de forma gradual e conforme a disponibilidade orçamentária.

A iniciativa da presidência do TJMS, sob o comando do desembargador Dorival Renato Pavan, será submetida à apreciação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e, após os trâmites necessários, poderá ser implementada conforme as possibilidades financeiras do Tribunal.

Aumento na gastança

Em meio ao cenário de corte de gastos por conta da queda na arrecadação de tributos, o Governo do Estado publicou, na terça-feira (16), no Diário Oficial, a Lei Orçamentária Anual (LOA), que prevê aumento de gastos nos Poderes.

Enquanto os orçamentos dos respectivos setores aumentaram em 7,9%, a estimativa de crescimento geral de receitas do Executivo, responsável pelos repasses a estes órgãos públicos, teve acréscimo de apenas 2,9%. 

O Tribunal de Justiça, que terá mais 300 salários de assessores para pagar caso seja implementado o projeto, simplesmente acrescentou R$ 100 milhões ao orçamento de 2026, passando dos atuais R$ 1.364.912.200,00 para R$ 1.464.780.100,00, o que equivale a um acréscimo de 7,3%.

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