Cidades

NOVO PEDIDO

Duplicação da BR-163
não é mais necessária, diz CCR

Concessionária formalizou interesse em nova licitação em dezembro de 2019

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A CCR MSVia apresentou na Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) nova proposta de adesão ao processo de relicitação da BR-163, na qual afirma que a duplicação de 100% dos 847 km concedidos não é mais necessária.
A empresa solicita ampliação do prazo de recuperação, de cinco para 10 anos, da pista já existente e pede a manutenção das tarifas de pedágio atuais, sem a redução média de 53,94%, que deveria estar em vigor desde 30 de novembro, mas foi suspensa judicialmente. 

Em ofício apresentado no dia 14 de janeiro, o diretor-presidente da MSVia, Guilherme Motta Gomes, pede à ANTT que desconsidere o pedido anterior de relicitação por ter “erro material” e acate o novo documento por demonstrar, entre outras coisas, que o procedimento é mais conveniente para assegurar a manutenção dos serviços. O documento cita que “tanto a encampação e caducidade quanto rescisão contratual implicam ruptura abrupta na prestação dos serviços públicos concedidos em grave prejuízo aos usuários”.

Para tanto argumenta que “há risco de descontinuidade” dos serviços em virtude de contingenciamento de recursos públicos e restrições para contratações pela União. Ainda de acordo com a CCR, a relicitação garante que “o atual contratado mantenha, enquanto perdurar o processo, a continuidade e a segurança dos serviços essenciais relacionados ao empreendimento”, destacando que também exime a União de indenizar a concessionária pelos investimentos, que, de acordo com a empresa, totalizam R$ 1,9 bilhão.

PROPOSTA

Para manter os serviços que são oferecidos aos usuários durante a relicitação, a MSVia “propõe a manutenção da tarifa atualmente praticada apenas com a aplicação da correção inflacionária anual pelo IPCA”. Uma tentativa de evitar o retorno da redução de 53,94% na tarifa de pedágio, aplicada pela ANTT no dia 30 de novembro, que acabou sendo suspensa liminarmente por decisão da Justiça Federal do Distrito Federal. 

No documento, a concessionária alega que a crise econômica reduziu o fluxo de veículos e o tráfego ficou muito abaixo do projetado, por isso, “diante dessa nova realidade, a imposição inicial de 100% do trecho concedido durante os primeiros anos de concessão não se justifica mais tecnicamente”, emendando que “as duplicações e demais intervenções para atendimento em nível de serviço essencialmente se mostram desnecessárias neste momento”. O mesmo argumento é usado para sugerir que “as etapas de recuperação da BR-163/MS sejam readequadas em um horizonte de até dez anos, priorizando-se a atuação nos segmentos que apresentem os piores parâmetros de desempenho”, sugerindo que a restauração do pavimento seja em 300 km dos 847 km da rodovia.

No contrato atual, o prazo é de cinco anos também para a duplicação. 

Em relação ao financiamento para investimentos de R$ 5,7 bilhões em 30 anos na duplicação e outras obras, a concessionária alega que, em maio de 2014, o BNDES assumiu o compromisso de financiar R$ 3,033 bilhões, o que correspondia a 70% dos itens a serem executados nos cinco primeiros anos do contrato de concessão.

No documento apresentado no dia 14 deste mês, a MSVia informou que dos R$ 2,847 bilhões que tiveram contrato assinado, só foram liberados R$ 841,5 milhões (30% do total), dificultando o cumprimento das metas contratuais. 
Agora, a proposta de relicitação será analisada pela Agência e avaliada pelo Ministério de Infraestrutura, com “o levantamento de indenizações eventualmente devidas ao contratado pelos investimentos em bens reversíveis vinculados aos contratos de parceria realizados e não amortizados ou depreciados”, conforme consta no artigo 17 da Lei Federal 13.448/2017, Decreto 9.957/2019.

Esse processo ainda depende do Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos da Presidência da República, “ao qual caberá opinar, previamente à deliberação do Presidente da República, quanto à conveniência e à oportunidade da relicitação e sobre a qualificação do empreendimento no Programa de Parcerias de Investimentos da Presidência da República”, de acordo com o Decreto 9.957/2019.

REVISÃO

Enquanto o processo de relicitação começa a andar, a ANTT pode rever a redução média de 53,94% aplicada na tarifa de pedágio. A retificação do valor pode ocorrer porque a diretoria da autarquia também deliberou por fazer uma reunião extraordinária, até fevereiro, para decidir se estão corretas as metodologias usadas no cálculo das perdas causadas no asfalto pelo aumento do limite de peso dos caminhões autorizado pela Lei dos Caminhoneiros.

JUSTIÇA

Ministério da Justiça quer aumentar pena pelo rime de receptação de celulares

Atualmente, a pena para a receptação varia de 1 a 4 anos de detenção

28/03/2025 14h00

Novo PL propõe punições mais pesadas para roubo de celular

Novo PL propõe punições mais pesadas para roubo de celular FOTO: Agência Brasil

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Na quinta-feira (27), foi proposto e enviado ao Ministério da Justiça o projeto de lei que pretende aumentar a punição para quem comprar celulares ou acessórios eletrônicos roubados, respondendo pelo crime de receptação. 

Atualmente a pena para a receptação varia de 1 a 4 anos de detenção, e o projeto sugere que a pena possa ser ampliada em até 50%, ou seja, a pena mínima poderia passar de 1 ano para 1 ano e 4 meses ou até 1 ano e 6 meses, enquanto a pena máxima poderia chegar até 5 anos e 2 meses, ou até 6 anos.

Conforme o Ministério da Justiça, cerca de 1 milhão de telefones foram roubados em 2023 no Brasil, o que justifica a necessidade de um endurecimento nas punições para quem compra aparelhos furtados, o que torna necessária uma pena mais rigorosa.

A proposta é uma tentativa do governo de desestimular a prática de comprar aparelhos roubados e, assim, enfraquecer as redes criminosas que dependem da venda desses produtos.

A iniciativa também visa proteger os consumidores e aumentar a segurança nas ruas, uma vez que o roubo de celulares tem sido uma das modalidades de crime mais recorrentes nas grandes cidades brasileiras. 

Além disso, o Ministério da Justiça também tem investido em soluções tecnológicas para combater o roubo de celulares, sendo uma dessas ferramentas o aplicativo Celular Seguro, que permite ao usuário cadastrar seu aparelho e, caso ele seja roubado ou furtado, o proprietário pode emitir um alerta que bloqueia o celular, impedindo o acesso a serviços vinculados, como aplicativos bancários.

Durante o período do Carnaval, o Celular Seguro registrou um total de 2.469 alertas de bloqueio de aparelhos que haviam sido roubados, furtados ou perdidos em todo o Brasil, o que demonstra a importância da iniciativa.

Para utilizar o serviço, basta acessar o site do programa ou baixar o aplicativo oficial, disponível para Android e iOS.

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Cidades

Ex-prefeito é condenado por irregularidades em obra feita em 1999

O contrato previa um investimento de R$ 65.460,00 na obra, no entanto, foi identificado diversas irregularidades como a mão de obra abaixo da qualidade estipulada

28/03/2025 13h30

Ex-prefeito é condenado por irregularidades em obra

Ex-prefeito é condenado por irregularidades em obra Divulgação

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A 4ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul confirmou, por unanimidade, a condenação do ex-prefeito de Terenos por improbidade administrativa devido a falhas na execução de um contrato para a construção de uma escola rural. Ele deverá pagar uma multa de R$ 7.700,00.  

O contrato, assinado em março de 1999 com uma empresa de arquitetura, urbanismo e construções, previa um investimento de R$ 65.460,00 na obra, voltada ao atendimento de famílias do Assentamento Nova Querência e áreas próximas. Apesar da entrega ter ocorrido dentro do prazo, uma auditoria do Tribunal de Contas do Estado apontou diversas irregularidades, como a não realização de parte dos serviços previstos e o uso de materiais e mão de obra abaixo da qualidade estipulada.  

Na defesa, o ex-prefeito argumentou que não houve dolo e pediu a revisão das sanções, incluindo a multa civil e a devolução de valores aos cofres públicos. Contudo, a relatora do caso, desembargadora Elisabeth Rosa Baisch, ressaltou que, mesmo ciente das falhas na obra, ele autorizou os pagamentos à empresa contratada.  

“A conduta ímproba se consubstancia na ação consciente e voluntária do agente. O acervo probatório demonstra que o apelante, ciente dos problemas na obra da escola, utilizou sua posição de prefeito para permitir o pagamento integral do contrato, mesmo sem a devida execução do serviço conforme estabelecido”, destacou.

O pedido de gratuidade da justiça foi concedido com base na documentação apresentada pela defesa.

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