Cidades

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Em discurso, Nelsinho destaca Lula e Dilma e ignora o governador

Em discurso, Nelsinho destaca Lula e Dilma e ignora o governador

MARCO EUSÉBIO

03/02/2010 - 07h39
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O apoio recebido do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e, em particular, da ministra-chefe da Casa Civil cotada a disputar a sucessão presidencial, Dilma Rousseff (PT), marcaram o discurso do prefeito Nelsinho Trad na abertura dos trabalhos deste ano da Câmara dos Vereadores de Campo Grande ontem. Entretanto, embora tenha elencado a participação do governo estadual em obras locais, não citou o nome do governador André Puccinelli (ambos do PMDB). Antes de iniciar sua fala, Nelsinho pediu um minuto de silêncio em homenagem a dona Assunção, mãe do ex-governador José Orcírio Miranda dos Santos (PT), que faleceu no domingo (31/1). Ao apresentar à Casa de Leis o Relatório de Atividades de 2009, na primeira sessão do segundo ano desta oitava legislatura, o prefeito começou lembrando que o ano anterior começou “sob o impacto de uma crise mundial sem precedentes, gerada nos Estados Unidos”. E frisou que graças a investimentos do governo federal pôde manter acelerado o ritmo de obras e o desenvolvimento urbano. Nelsinho destacou a importância de os homens públicos ouvirem a população. “Ninguém administra mais sem ouvir, se isolando da sociedade”, alertou. “Isso é coisa do passado”, afirmou. Disse, em seguida, que, para atravessar a crise, contou com a ajuda dos governos e bancadas federal e estadual, apoio do Legislativo e Judiciário e da sociedade “que se mostra a cada dia mais crítica, consciente e participativa”. Citou sua equipe e a compreensão dos vereadores, que atenderam o pedido de só indicar prioridades. Para ilustrar, o prefeito afirmou que em 2009 a receita foi 7,20% menor do que era prevista. O motivo foi a redução nos repasses referentes ao Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICMS), Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) e Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Somadas, as perdas representaram R$ 75 milhões a menos nos cofres municipais. “Para se ter ideia do impacto, em 2008 crescemos mais de 25% em relação a 2007. Em 2009, o crescimento foi de apenas 9,87%, comparando ao ano anterior”, explicou. “Muita gente pergunta porque simpatizo com o governo federal. Foi porque o Governo Lula alocou investimentos às prefeituras ajudando a enfrentar a crise”, afirmou. Acrescentou que sua estratégia foi priorizar a construção civil, que gera milhares de empregos, avançando e consolidando obras com recursos federais, estaduais e contrapartida municipal. E o prefeito já conta com mais ajuda de Lula para 2010. Relembrou o telefonema de Dilma no início do ano avisando que o Ministério das Cidades aprovou investimentos de R$ 55 milhões para melhorar a mobilidade urbana da cidade. A verba seria do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) das Cidades Históricas e será investida na revitalização central e sinalização. Seu discurso pró-Lula já ecoa na Câmara. “Se o prefeito apoia o Governo Lula, apoiamos o prefeito”, disse, há poucos dias, o presidente da Casa, Paulo Siufi (PMDB), que ontem, ao discursar, reforçou: “Não lhe faltará apoio”. Questionado se considera que, caso o PMDB confirme apoio a Dilma, ele seria o principal interlocutor com a ministra no Estado, Nelsinho evitou polemizar e respondeu à reportagem: “Você que está falando”.

Ribas do Rio Pardo

Motorista ignora parada e capota carro roubado no interior de MS

Homem confessou aos policiais que veículo era produto de furto e que receberia R$ 1,5 mil para levar carro até Minas Gerais

24/12/2025 15h45

Foto: Divulgação / PRF

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Um motorista foi preso em flagrante pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) na tarde desta terça-feira (23), após desobedecer a uma ordem de parada, fugir em alta velocidade e capotar um carro roubado na BR-262, em Ribas do Rio Pardo, no interior do Estado. Apesar da gravidade do acidente, o condutor saiu ileso.

De acordo com a PRF, a equipe realizava fiscalização de rotina no km 150 da rodovia quando deu ordem de parada a um Nissan/Versa. A sinalização foi feita por meios físicos, sonoros e luminosos, mas o motorista ignorou a determinação e iniciou a fuga.

Durante a perseguição, o condutor passou a dirigir de forma extremamente perigosa, com manobras em alta velocidade, ultrapassagens pela contramão e também pelo acostamento, colocando em risco outros usuários da via. Já no km 165, ao tentar ultrapassar um veículo pelo acostamento, ele colidiu lateralmente com o retrovisor de outro automóvel.

Após a colisão, o motorista perdeu o controle da direção, saiu da pista e capotou o veículo. Com o carro imobilizado, os policiais se aproximaram e deram voz de prisão ao condutor, identificado como Régis Yuri do Nascimento. Ele não sofreu ferimentos e foi algemado por precaução, diante do receio de nova tentativa de fuga.

Ainda no local, o homem confessou aos policiais que sabia que o veículo era produto de furto e que receberia R$ 1.500 para transportá-lo de Uberlândia (MG) até Campo Grande. Os agentes também constataram que o Nissan/Versa, modelo 16SL CVT, de cor cinza, estava com as placas adulteradas.

Durante a ocorrência, a PRF apreendeu o automóvel e um telefone celular da marca Samsung. A princípio, foram constatados os crimes de adulteração de sinal identificador de veículo automotor e desobediência. O caso foi encaminhado à Polícia Civil de Ribas do Rio Pardo.

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CRISE

Santa Casa "esquece" de médicos em acordo e incerteza sobre o 13º continua

Hospital anunciou fim da paralisação dos enfermeiros, farmacêuticos e parte administrativa na manhã desta quarta-feira (24), mas 'acordão' não contempla os médicos celetistas

24/12/2025 14h30

Santa Casa e médicos celetistas ainda não entraram em acordo sobre o 13º salário

Santa Casa e médicos celetistas ainda não entraram em acordo sobre o 13º salário Foto: Gerson Oliveira/Correio do Estado

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A Santa Casa de Campo Grande e os médicos celetistas da entidade ainda não entraram em acordo sobre o pagamento do 13º salário e a previsão é incerta.

Nesta quarta-feira (24), o hospital anunciou que entrou em acordo com o Sindicato dos Trabalhadores na Área de Enfermagem do Estado de Mato Grosso do Sul (Siems), Sindicato Intermunicipal dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de MS (Sintesaúde), Sindicato dos Técnicos e Tecnólogos em Radiologia de MS (Sinterms) e Sindicato dos Farmacêuticos do Estado de MS (Sinfarms).

Na proposta feita pela Santa Casa e aceita pelas classes acima consta o pagamento de 50% do benefício na manhã desta véspera de Natal e o restante no dia 10 de janeiro, que será feita com dinheiro da 13ª parcela que o Governo do Estado transfere aos hospitais filantrópicos de MS e não está prevista em contrato. Com isso, a paralisação parcial chegou ao fim.

Porém, dentro deste ‘acordão’ feito entre o hospital e os sindicatos não estão contemplados os médicos celetistas. Segundo o Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul (Sinmed-MS), não houve sequer uma proposta da instituição para a classe, que, até o momento, não ameaça entrar em greve para que os serviços essenciais à população não parem.

Para garantir o pagamento do 13º, o sindicato entrou com pedido de liminar na Justiça na última terça-feira (23), pedindo para que o benefício fosse quitado integralmente dentro de 48 horas. Além disso, o Sinmed-MS pede indenização por danos morais no valor de R$ 500 mil, que seria revertida ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).

ACUSAÇÃO

Nesta terça-feira, o Sinmed enviou uma nota à imprensa acusando a Santa Casa de lockout, ou seja, que o hospital estaria pressionando uma greve da classe para gerar pressão no poder público.

Ainda no comunicado, o Sinmed-MS disse que os ofícios do hospital chegaram após o sindicato convocar uma assembleia com a categoria, na noite de segunda-feira, para debater sobre uma proposta feita pela instituição de como seria feito o pagamento do 13º salário. 

Na oferta, constava o parcelamento do benefício com início em janeiro de 2026, sem a inclusão de juros ou correções pelos atrasos.

Firmes na posição de não parar com as atividades, os médicos celetistas decidiram por não acatar a sugestão da Santa Casa. Além de entrar com pedido de liminar determinando o pagamento imediato do benefício, o sindicato também pede responsabilização de gestores e audiência de conciliação entre as partes para que o problema seja resolvido logo.

“Nunca vimos esse tipo de atitude na história da Santa Casa. O problema da falta de pagamentos e do 13º salário é de responsabilidade exclusiva deles como empregadores. Eles nos chamaram apenas um dia antes do vencimento do prazo para dizer que não pagariam, demonstrando total falta de gestão e de respeito com os médicos celetistas”, esclarece o presidente do Sinmed-MS, Marcelo Santana.

GREVE

Com duração de cerca de dois dias, a greve dos profissionais de enfermagem, limpeza e copa impactou a população campo-grandense logo na semana de festividades natalinas, já que 30% dos funcionários das áreas citadas ficaram sem trabalhar, afetando atendimento e alguns serviços considerados essenciais.

Os serviços afetados pela paralisação dos funcionários foram: consultas eletivas, cirurgias eletivas, enfermaria, pronto-socorro e unidade de terapia intensiva (UTI), limpeza (higienização de centros cirúrgicos, consultórios, banheiros e corredores), lavanderia (acúmulo de roupas utilizadas em cirurgias ou exames) e cozinha.

Esta foi a segunda greve no setor de serviços essenciais em Campo Grande nos últimos sete dias. Na semana passada, todos os motoristas de ônibus ficaram quatro dias parados também por causa de atraso em pagamentos salariais, situação que foi resolvida somente no final da tarde de quinta-feira (18), após audiência de conciliação selar acordo entre as partes.

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