Cidades

COLAPSO

Em Mato Grosso do Sul, 136 pacientes aguardam por leitos

Doentes estão internados em locais improvisados: centros cirúrgicos, ala vermelha, ala azul e prontos socorros

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Nesta quarta-feira (17), 136 pacientes estão na fila de espera por um leito no Estado. Além disso, também houve recorde de internações por Covid-19, desde o início da pandemia.

São 921 pessoas internadas, sendo 519 em leitos clínicos (335 público; 184 privado) e 402 em leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) (298 público; 104 privado).
A ocupação global de leitos de UTI do Sistema Único de Saúde (SUS) na macrorregião de Campo Grande está em 94%; Dourados 91%; Três Lagoas 78% e Corumbá 96%.

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Na fila da macrorregião de Campo Grande, aguardam 110 doentes, que são das cidades de Água Clara (1), Aquidauana (1), Bonito (1), Campo Grande (92), Corguinho (1) e Dois Irmãos do Buriti (2).

Também entram para a lista Jardim (3), Maracaju (1), Miranda (1), Paraíso das Águas (1), Ribas do Rio Pardo (1), Rio Verde de Mato Grosso (2), São Gabriel do Oeste (1), Sidrolândia (1) e Terenos (1). Em Dourados, 6 pacientes aguardam por um leito.

Já nas cidades que fazem parte do Conselho Regional dos Representantes Comerciais de Mato Grosso do Sul (CORE-MS), esperam por um leito um pacientes de Água Clara (1), Alcinópolis (1), Bataguassu (1), Bonito (2), Brasilândia (2) e Dourados (2). 

Jardim (1), Naviraí (3), Paranaíba (2), Ponta Porã (1), Sonora (1), Tacuru (1) e Três Lagoas (2) também fazem parte dos municípios. Os dados são da Secretaria de Estado de Saúde (SES). 

O secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende, alerta que a população vive pior tragédia sanitária e hospitalar da história do Brasil, e que a saúde pública está prestes ao colapso.

O Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (HRMS) tem 21 pacientes intubados de forma improvisada e outros 17 aguardam por leitos de UTI em Unidades de Pronto Atendimento (UPAs).

Hospitais particulares da Capital informaram, por meio de carta, que chegaram ao limite, estão lotados e não possuem mais capacidade para ampliar seu espaço físico. El Kadri, Cassems, Unimed, Hospital do Coração (Clínica Campo Grande), Proncor e Pênfigo assinaram o documento.

Panorama da Covid-19 em 17 de março de 2021

Mato Grosso do Sul contabiliza 42 novos óbitos e 1.447 casos de ontem para hoje. Com isso, já tem 197.541 diagnósticos positivos e 3.709 óbitos, desde o início da pandemia.

De ontem para hoje, Campo Grande registrou 400 novos casos; Três Lagoas 198; Naviraí 84; Sidrolândia 48; Dourados 89; Corumbá 50; Eldorado 45; Ponta Porã 42; entre outros municípios.

Campo Grande, Corumbá, Dourados, Naviraí, Costa Rica, Novo Horizonte do Sul, Paranaíba, Água Clara, Angélica, Aquidauana, Cassilândia, Chapadão do Sul, Itaquiraí, Ladário, Maracaju, Ponta Porã, Rio Verde de Mato Grosso, Sidrolândia e Três Lagoas são as cidades do Estado que apresentaram mortes nas últimas 24 horas.

Já são 11.603.535 brasileiros infectados pelo vírus e 282.127 óbitos. Em um dia, o país registrou 83.926 novos casos e 2.841 óbitos em 24 horas. Recuperados totalizam em 10.261.154. Os dados são do Ministério da Saúde.

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BRASIL

Estudantes indígenas pedem mais espaço e apoio em universidades

Povos pautaram com ênfase suas ciência como uma ferramenta de luta e promoção da equidade

22/09/2024 19h00

 Povos originários tiveram audiência com parlamentares para debater a importância da presença indígena no ensino superior nas últimas duas décadas

Povos originários tiveram audiência com parlamentares para debater a importância da presença indígena no ensino superior nas últimas duas décadas Reprodução/Bruno Spada/Câmara dos Deputados

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Aproximadamente mil estudantes de mais de 100 povos indígenas foram até Brasília na última semana para o XI Encontro Nacional dos Estudantes Indígenas (ENEI), evento da Associação dos Acadêmicos Indígenas da Universidade de Brasília (AAIUnB), que inclui uma série de reuniões com representantes dos Poderes Públicos.

Em audiências no Senado, estudantes indígenas discutiram cotas em universidades, bem como a criação e implementação de uma universidade destinada exclusivamente para povos indígenas, com atenção para as particularidades culturais e educacionais dos indígenas.

Foi entregue também uma carta de reivindicações escrita por coletivos indígenas de 25 universidades, que você confere CLICANDO AQUI.

Na Câmara, os estudantes indígenas tiveram uma audiência com os parlamentares para debater a importância da presença indígena no ensino superior nas últimas duas décadas, com ênfase na ciência indígena como uma ferramenta de luta e promoção da equidade.

“Queremos trazer a ciência indígena para dentro da universidade, não somente ficar na grade ocidental, que as universidades oferecem, mas trazer também a nossa diversidade, a nossa identidade, o que inclui a ciência indígena”, ressalta Manuele Tuyuka, presidente da Associação dos Acadêmicos Indígenas da Universidade de Brasília (AAIUnB).

Alisson Cleomar, da etnia Pankararu, tem 29 anos e faz medicina na UnB. Ele conta que muitos estudantes indígenas ainda enfrentam preconceito na universidade.

“Eu passei por vários professores que não conseguiam me enxergar como alguém capaz de estar ali naquela sala de aula. E isso me prejudica não só na parte acadêmica, mas também psicológica”, ressalta Alisson, que passou no vestibular com apoio de outros estudantes indígenas.

Hoje também é a coletividade que sustenta a continuidade dos estudos. Alisson divide moradia com outros universitários indígenas.

A rede de apoio também foi fundamental para a estudante de engenharia florestal Thoyane Fulni-ô Kamayurá, 22 anos. Ela ficou grávida no início do curso e precisou interromper os estudos.

“Foi desafiador, mas é aquilo. Como a maioria dos indígenas, a gente desde cedo aprende a se virar sozinho. Pelo fato de a gente viver nas aldeias, sempre temos essa questão de trabalho coletivo, seja remunerado ou não. Mesmo que ocorresse uma gravidez de uma criança ou duas, eu já sabia como me virar, porque eu fui criada desse jeito”, conta Thoyane.

Deixar a aldeia é o desafio principal para muitos universitários indígenas. Yonne Alfredo, 25 anos, da etnia Tikuna, do Amazonas, faz biologia na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Ela lembra que teve até apoio dos veteranos, mas ainda assim precisou de muita determinação para ficar longe dos parentes.

“É uma mudança enorme na vida de uma pessoa. Foi doloroso deixar minha cidade, meus hábitos, meus costumes”, relata Yonne. “Quando terminar os estudos, pretendo continuar morando na cidade por um tempo. Quero fazer pesquisas e entender as necessidades do povo antes de retornar à aldeia.”

 

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Transporte

Estudantes ficam até 6 horas por dia dentro de ônibus no interior de MS

Ministério Público fez uma série de recomendações para que o município encurte o tempo; propostas devem ser apresentadas em um prazo de 30 dias

22/09/2024 17h58

Arquivo/MPMS

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A Promotoria de Justiça do Ministério Público de Mato Grosso do Sul identificou que os estudantes da rede pública de Camapuã, usuários de sete linhas do transporte coletivo, ficam cerca de 6 horas dentro do veículo, somados os trajetos de ida para a escola e volta para casa.

O limite estabelecido pela Lei nº 5.146/2017, é de um máximo de 4 horas de permanência dos alunos dentro do veículo, e por isso o MPMS recomendou que o prefeito de Camapuã, Manoel Eugênio Nery, elabora em um prazo de 30 dias um plano de atuação para solucionar a situação, de forma que os alunos não permaneçam mais de 4 dentro do veículo para chegar/voltar da escola.

O promotor também recomendou que os veículos trafeguem somente nos nos trajetos denominadas como "linhas mestras", evitando acessos secundários e de propriedades privadas, e que nos casos em que o transporte fora dos limites das linhas mestras seja necessário, que ele somente ocorra em acessos sem obstáculos, como porteiras e colchetes.

Isso porque o levantamento feito na região constatou que existem quase 100 porteiras nas linhas do transporte escolar, o que contribui para o aumento na duração do transporte.

A publicação foi feita no Diário Oficial do MPMS desta segunda-feira (23). O promotor deu um prazo de cinco dias desde a publicação para que a Prefeitura de Camapuã responda sobre a recomendação. Caso não haja resposta, o Município pode ser responsabilização por "quaisquer eventos futuros imputáveis a sua omissão quanto às providências solicitadas".

As linhas onde o problema foi identificado foram:

  • Mata-mata;
  • Barreiro;
  • Corrégo Silada;
  • Pirizal;
  • Galdino;
  • Baia do Búfalo;
  • e Luizinha

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