A Prefeitura de Campo Grande se manifestou, por meio de nota, sobre a paralisação dos ônibus do Consórcio Guaicurus, na manhã desta quarta-feira (22). O Executivo afirma que está com os pagamentos em dia com a empresa, e que o financiamento também envolve outras entidades.
Confira a nota:
A Prefeitura de Campo Grande informa que está rigorosamente em dia com todas as suas obrigações de pagamento junto ao Consórcio Guaicurus. É importante destacar que o financiamento do transporte coletivo urbano envolve também outros entes públicos e a própria sociedade, por meio da tarifa paga pelos usuários.
No que compete ao Município, todos os compromissos estão sendo cumpridos. A administração mantém diálogo constante com o Consórcio para buscar as melhores soluções e assegurar a continuidade e a qualidade do serviço, evitando prejuízos à população.
Cobranças
Themis de Oliveira, presidente do cosórcio Guaicurus, está cobrando o repasse de cerca de R$ 9,5 milhões relativos ao pagamento do transporte dos estudantes das redes públicas.
Conforme o presidente da Câmara de Vereadores, Epaminondas Papy, o poder público está há quase quatro meses sem fazer os repasses previstos para subsidiar o transporte de estudantes. A administraçao estadual estaria devendo pouco mais de R$ 6 milhões e a prefeitura, em torno de R$ 3 milhões.
Ainda de acordo com Papy, o Estado só não fez os repasses porque a prefeitura, que é intermediária, está com o 'nome sujo' e não consegue emitir a certidão exigida pelo governo estadual para que o repasse seja feito.
Paralisação
As ruas de Campo Grande amanheceram sem os ônibus do transporte coletivo nesta quarta-feira (22). Os motoristas retardaram em uma hora e meio o início das atividades em protesto ao atraso no pagamento do adiantamento salarial que normalmente é feito no dia 20 de cada mês.
Normalmente os ônibus começam a circular às 04:30 horas, mas por conta do protesto, entraram em circulação somente a partir das 06:00, o que atrapalhou o início do dia de milhares de pessoas no começo da manhã e tende a gerar atrasos nas linhas ao longo das primeiras horas da manhã, já que somente as tabelas iniciais começaram a partir das 06 horas.
De acordo com Demétrio de Freitas, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo e Urbano de Campo Grande, a categoria agendou para a próxima segunda-feira uma assembleia e caso não ocorra o pagamento e se não houver garantia de que o pagamento dos salários no começo de novembro será feito no dia previsto, existe a possibilidade de greve por tempo indeterminado.


